Finale escrita por Déh Criss


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oooooiiiêêê queridas leitoras!
Sentiram falta de mim???? Claro que não né, estavam com saudade do Patch. Okay. É até chato ficar pedindo desculpas pela demora então nem o farei. A faculdade esta dificil e tenho que coloca-la em primeiro plano. Mas eeesstou aqui!
Esse cap esta longe de estar bom, mas eu recebi muuuuiiiitas msg's me pedindo pra que postasse logo. Então aqui está, para querida Valentina, Line cullen e Liliane. E é claro para as queridas leitoras que ainda não me abandonaram.
Até la em baixo



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Minha primeira reação assim que abro os olhos é de estender os braços para o lado e sentir um espaço vazio na cama onde ele estava... Fecho os olhos e tento controlar a respiração.

Só me acalmo quando sinto o cheiro de bacon e ovos vindo da cozinha. Sei que Patch está la. Eu reconheceria aquele cheiro de pimenta Tabasco em qualquer lugar. Ele adora comida latina. Permito-me um sorriso e logo estou caminhando frustrada para o banheiro.

Culpo meu subconsciente pela paranóia. A visão daquela pena negra ensangüentada... Me aterrorizou. Mais do que qualquer tortura que os arcanjos, caídos e nefilins poderiam me fazer, a coisa que mais temia era perder Patch. E em tempos como esses, não posso ignorar nem os sonhos.

Limpo o rosto e prendo os cabelos, que a essa altura estão engrenados visto à noite agitada que tivera. Imagino se Blythe já leu ou está lendo minha carta agora e balanço a cabeça afastando esse pensamento de minha mente. No espelho me decepciono ao me deparar com um nariz inchado e avermelhado. Esperava alguma melhora afinal de contas, mas não faço a menor idéia do progresso de minha transformação, nem o quanto ela me modificará. Só posso esperar.

Saio mas paro na metade do caminho com a boca meio entre aberta. O “bom dia” morre na garganta e encosto-me à parede que divide a área que seria o quarto da cozinha. Observo quietinha Patch e Liss na cozinha. Ele passa o dedo lambuzado de pasta de amendoim no nariz da garota sentada em sima da bancada. Ela dá uma gargalhada gostosa, daquelas que da vontade de rir junto. Seu rostinho branco está corado, sinal de que passara a manhã rindo.

O sorriso de Patch é diferente. Mais inocente, tranqüilo. É estranho vê-lo assim, brincando com uma garota de sete anos. Não que eu não tenha visto ele feliz ou tranqüilo em outras ocasiões, mas é que é diferente. Ele fica vulnerável, previsível. Tão... Humano.

_A Aurora acordou Cindy. _ Patch fala como se esse fosse meu apelido há anos. A menina ri e se volta para mim.

_Engraçadinhos vocês dois. _ Sento na banqueta ao lado dela._ Pelo menos guardaram algo comestível pra mim né. Já que eu dormi tanto é justo que esteja moooorta de fome.

_O Batman fez panquecas. Ele colocô um negocio ardido no ovo! _ Diz a menina, Patch abre um meio sorriso ainda concentrado na frigideira em sua frente.

_Batman é? Ele ganhou esse título por quê?_ Me aproximo dela e faço cócegas, imito a voz de um fantasma. _ Você acha que ele é um cavaleiro das treeevas?

_Nãão! _ Ela para de rir quando me afasto e olha para mim com os olhinhos cintilantes. _ É porque ele tem uma moto igualzinha a dele lá fora. E ele salvou você dos moços malvados ontem.

Olho para Patch. Ele ri com o comentário da menina. Ou talvez esteja rindo pela mera menção de que ele seja um super herói. “Acho que ele está mais para um anjo da guarda. Só acho.”

_Porque você não mostra pra Nora como se besunta de verdade uma panqueca hein? _ A menina parece ter  sido ligada em ma tomada, ávida por me ensinar uma coisa que certamente, para ela, eu não sei fazer.

Alguns minutos se passam e quando a menina está concentrada na preparação do café da manhã dou a volta no balcão e me junto a Patch na frente do fogão elétrico.

_Onde está Ash? _ Pergunto baixinho. Ele não responde de imediato.

_ Tivemos uma conversa mais cedo. Ele deve está digerindo tudo.

_Uma conversa? Que tipo de conversa? _ Pergunto desconfiada.

_ Uma definitiva. Decidi que seria melhor a franqueza do que os rodeios. Deixe que ele tire suas próprias conclusões.

_ Ou má conclusões...

_Ajo ele decidiu vir conosco. Mas se não o quiser mais por minha causa  terá que arcar com as conseqüências sozinho. Não é nossa responsabilidade...

_Na verdade eu tomei ela pra mim. Sabe que me apeguei aos dois. _ Patch olha para Liss que levanta o rosto somente para lançar um breve sorriso. Ele suspira.

_ Sei. Mas cabe a ele decidir. Relaxe _ Ele coloca a mão em meu pescoço e eu acaricio seus dedos. _ Porque não vai falar com ele? Chame-o porquê logo logo vamos dar o fora. _A ultima parte da frase ele levanta a voz e se volta para Liss que da uma risadinha.

Saio da cozinha e abro a porta, mas não antes de ouvir mais gargalhadas. Isso também me faz sorrir.

Caminho por algum tempo. Ainda é cedo, o sol nascera há pouco. Aguço os olhos e ouvidos mas Ash não parece estar em lugar nem um. Começo a ficar preocupada com esse sumiço, mas logo me acalmo. Ash nunca abandonaria sua irmã do coração dessa forma. Penso no que direi a ele, mas na verdade eu não sei... Sei que não vou poder obrigá-lo, mas não quero que desista de vir conosco. Isso seria sua ruína. Dele e de Liss. Não é seguro pra nem um de nós ficar...

_Veio me dizer mais alguma verdade que não me contou ainda Nora? _ O garoto está sentado o ponto mais alto do Arcanjo e tem que gritar pra que eu ouça de baixo. O sol que a essa altura já está forte, me força a proteger os olhos com as mãos ao olhar para cima.

_Na verdade não. E tecnicamente eu não menti pra você...

_Só esqueceu de contar que seu namorado é um maldito anjo caído e que eu entrei no mesmo carro que ele...

_Hey pode ir parando por ai! Sabe que eu nunca colocaria você em perigo! Acredite em mim, ouve um tempo em que eu não confiava em Patch. Hoje eu confio minha vida e minha alma a ele._ Espero m momento enquanto ele absorve minhas palavres. Mas fico impaciente. _Será que eu vou ter que subir ai e enfiar isso na sua cabeça?!

Com uma agilidade notável, ele desce do brinquedo como se não estivesse a vários metros do chão. Em poucos minutos está do meu lado. Nem ao menos ofegante. Nos encaramos por um longo instante. Aquela sensação de estar olhando um homem muito mais velho engana meus olhos mais uma vez. Então ele passa a mão no cabelo e eu enxergo o garoto, novo, confuso e temeroso que me olha com expressão cansada. Me sento no meio fio da calçada e sem dizer nada, ele se junta a mim.

_Caliel, você tem que entender que eu não queria te magoar...

_Eu já entendi isso Nora. Tá certo que eu fiquei com raiva por você ter escondido de mim... Mas o cara é legal. Acho que dá pra confiar nele... Como eu confio em você.

A afirmação me pega de surpresa. Dou um meio sorriso quando penso no poder de persuasão de Patch. Aprendi muito com ele, porém tenho certeza de que nunca serei tão boa quanto ele. E a revelação de que ele confia realmente em mim... Talvez isso torne diferente nossa relação definitivamente daqui para frente. Dou um tapinha em seu ombro.

_ E você fazendo essa cena toda pra me dizer que tudo bem?! Ora!

_Desde que você também confie em mim, tudo bem né.

_Pelo menos diz que me perdoa?

_Perdoar? Qual é, não precisa...

_Preciso! Vai dizer ou não!?

_Ah ok! Eu te desculpo! Satisfeita?

_Mun hunn. Agora vem que a sua irmã me fez ficar com fome!

Ás 7h00 já estamos todos preparados no Jeep Commoder. O estúdio muito bem trancado e a preciosa moto de Patch guardada. Não demora muito até chegarmos a casa de Dorothea. Explico rapidamente a situação, uma qualquer que inventamos, e ela concorda sem pestanejar, e sem esconder sua felicidade com a oportunidade de ser mãe novamente. Liss parece gostar dela da mesma forma, e Ash se esforça para parecer feliz. Afinal ele só estava indo para uma “viajem”, e logo estaríamos de volta. Pelo menos Dorothea assim pensava.

_Nora, é hora de ir_ Patch anuncia. Até aquele momento ele ficarade vijia perto da janela, olhando discretamente por ela o tempo todo.

_Mas tão cedo! Por que não ficam mais um bocadinho, eu posso fazer um chá...

_Não Dora, agente realmente tem que ir. E você danadinha, trate de se comportar ouviu? _ Dou um abraço em Liss e despejo um milhão de beijos até ela me empurrar reclamando da baba.

Vou até a porta com Dorothea conversando sobre a documentação da menina, coisa que ela teria que providenciar, enquanto Ash se despedia. Ele ajoelhara no chão e abraça a menina saltitante. Consigo ouvir fragmentos da conversa.

_... e você não vai ter que roubar mais nada, vai ter o seu próprio quarto... Não precisa ter vergonha de pedir as coisas pra ela, ele é legal não é? E você logo logo vai pra escola! Você quer isso não quer? Então vê se ti comporta Princesa.

_Eu vo. Quando você voltá eu conto tudinho pra você ta bom?

É demais pra ele. Ele abraça a menina de novo e se levanta saindo apressado. É a vez de Patch se despedir. Ele muda a expressão carrancuda que sustentava na vigilância da rua e da um largo sorriso para a menina que abre os bracinhos  e ele a coloca no colo para um abraço de urso. Ele a balança algumas vezes e dá um único beijo estalado na bochecha, colocando-a no chão em seguida.

Passa-se alguns minutos o silencio  que reina dentro do Jeep. Ash tinha o rosto vermelho, com certeza segurando o choro em prol de manter a dignidade.

_Quando você menos esperar estaremos de volta...

_Guarde a sua pena Nora. Eu to bem._ Sua afirmação me enfurece. 

_ Não Ash, não esta! _ Viro no banco para encará-lo de frente. Patch se mexe incomodado sem tirar as mãos do volante. _ Você fica ia fazendo essa pose de homem adulto mais eu sei que você está triste porque ta se afastando dela e não faz a mínima idéia do que vai acontecer agora! Você tem quinze anos e não precisa fingir que tem...

_Eu tenho dezesseis...

_Para Ash! _ Solto o cinto de segurança e passo para o banco de trás, troco um olhar com Patch que devolve totalmente inexpressivo. _ Eu quero que você para com isso de uma vez por todas.

_Você não entende...

_Claro que entendo. Você se responsabilizou por ela em um lugar onde quem não seguisse as regras levava um tiro. Você pode levar um tiro, mas ela não. Isso te tornou mais duro, mais velho... Mas não precisa ser assim. Você quer chorar?

Era uma pergunta retórica, mas para meu espanto, ele me olha angustiado e balança a cabeça. Sem dizer nada. Seguro seu pescoço e trago-o para baixo para que apoiasse a cabeça em meu colo, e ela aceita de bom grado. Passo a mão em suas costas e sinto seus soluços, tão discretos que se eu não o tocasse não perceberia. Eu segurava um garoto assustado nos braços. E ele finalmente admitiu isso e abaixou a guarda.

Ficamos assim por um bom tempo até que Patch para num posto de gasolina para abastecer. Ash se levanta e esfrega os olhos se recompondo. Ele me lança um discreto sorriso. Passo o dorço da mão em seu rosto e sorrio de volta. Naquele momento eu tomo uma decisão. Ash pode ter perdido temporariamente uma irmã, mas acaba de ganhar uma nova. No tempo em que estivermos juntos nessa viajem e até o momento em que voltarmos... Ou enquanto ficarmos vivos.

Passo novamente para frente, agora abrindo a porta de trás. Assim que me sento e prendo o cinto, Patch estica a mão e segura a minha, sem olhar pra mim. Um gesto silencioso de concordância ao que acabara de fazer. Ele não precisa dizer nada porque eu sei que ele admira os pequenos atos humanos. Humanidade... Será que eu perderei essa parte de mim ao me tornar nefilin?

Patch arranca com o carro e logo o silencio volta a se instalar. É claro que fiquei mais feliz com essa singela aproximação com Ash, mas a inquietação de Patch está me deixando tensa. Ele verifica os retrovisores constantemente. Eu não via nem um carro ou nada suspeito nos seguindo, comecei a me perguntar por que estava sendo tão paranóico.

_Estamos chegando a rodovia que vocês combinaram...

_Shiu! _Patch não diminuiu a marcha, mas seu olhar estava vidrado no retrovisor. Olho pra trás ao mesmo tempo que Ash e não vejo nada de diferente. Então ele vira o carro bruscamente para direita e acelera em uma ruela estreita. Depois de quase atropelar uma senhora ele vira para esquerda em outra rua e de novo para a direita.

Não me atrevo a dizer uma só palavra até que ele pára o carro em uma esquina.

_Que raios foi isso?! _ Ash diz exasperado.

Olho para Patch, ele porem não tira os olhos da rua. Devagar ele acelera e volta para avenida, porém após alguns metros avisto uma viatura que soa a sirene por um momento, indicando ao condutor que parace. Patch, depois de hesitar por um instante, encosta o carro. A tensão que se forma em nossa atmosfera é quase sólida quando um guarda gordo e de pele pálida abaixa a cabeça na janela.

_Algum problema seu guarda? _ Pergunta Patch com falsa despreocupação.

_Documento _Diz com a voz ríspida. Seu olhar se demora um pouco em mim _ Por favor.

Sem parar de encarar o policial, Patch procura a carteira no bolso. Olho para a trás e vejo mais duas viaturas encostadas. Isso não parece uma operação de rotina, visto que não alcançados a rodovia ainda. Contudo é improvável que Bhyte já tenha acionado a policia. E mesmo que tivesse eles dariam 24 horas após o desaparecimento para começar as buscas. “Isso aqui esta muito estranho”.

_Documento de identidade dos menores. _ Diz o policial olhando de Ash para mim.

_Ah seu guarda na verdade não temos nem um com agente porque saímos rapidinho pra dar uma voltinha... _Começo aos tropeços quando ele me interrompe levantando uma prancheta.

_O nome de vocês?

_Déborah Morrw e Pietro Velasque. _Patch é quem responde, apesar da voz tensa, sua convicção é bem convincente. _O guarda suavisa a espressão e dá um sorriso.

_Então indo passear vocês três hein.

_Pois é_ Correspondo com um sorriso contido.

_Só vocês três? Não havia uma menor junto?_ Quando ele vê que hesitamos alarga o sorriso. _ Eu estava fazendo a ronda matinal em Cow Strit essa manhã.

_Ah sim. Ela ficou com a mãe... A minha, empregada...

Antes de terminar de falar, o policial endurece o rosto ficando inexpressivo e de repente saca a arma do bolso e dá disparos em nossa direção. Patch que já estava alerta a todo tempo arranca a toda pela rua quase atropelando o policial.

O policial sai correndo desengonçado para a sua viatura enquanto as outras duas começam a perseguição do carro com as sirenes estridentes ligadas. Patch sai em zigzagueando pela rua. Ele estende o braço para mim e me balança.

_Patch!! _ Ash grita quando dois policiais põem as cabeças para fora e começam a disparar.

POW POW POW

_Celular, rápido! _Demoro um pouco para pega-lo no bolso visto a tremedeira que tomou conta de minhas mãos “Ora essa Nora! Não seja ridícula!”. Assim que consigo passar o celular, ele faz uma ligação sem diminuir a velocidade do carro. _ Maki, he lähettivät poliisi jahtaa meitä! Olemme kadulla Medlem 68. Ratkaise se, nopeasti! _E joga o celular no meu colo novamente. _Avise o Nefilin para seguir pra Portland, e bem rápido.

Os tiros continuam enquanto disco um SMS para Scott, Sigam para Portland rápido, estamos com problemas. Não pare pra policia. Mais tiros. A essa altura já estou com a cabeça abaixada e sinalizo para que Ash faça o mesmo. Seguimos por mais alguns metros até que Patch consegue sair da vista dos policiais, então vira bruscamente o volante entrando em um ferro velho aparentemente vazio e pára o carro atrás de uma montanha de carros e lataria retorcida.

_Não saiam do carro. _Ele sai e se volta para mim pela janela quando solto o cinto de segurança. _ É sério Anjo. _ E sai correndo. Bufo frustrada no banco e cruzo os braços sobre o peito.

_Nora... _ Ash está com o olhar vidrado, fixo em um ponto imaginário a sua frente. Parece transtornado. Junto o cenho quando ele se joga pra frente e balança meus ombros_ Ele perguntou de uma menina, ele só atirou depois que você falou que tinha deixado uma menina em casa! Agente tem que voltar...

_Hey, calma! Eu não acho que eles estejam em posição de fazer isso. Relaxa, eles estão atrás de mim, e de Patch por estar me ajudando... Temos que ficar o mais longe possível dela.

_Ok tudo bem. Mas será que eu posso pelo menos ligar pra ela? _ Sua voz é controlada, mas uma pontinha de ameaça parece pesar em suas palavras. Trato de discar logo o numero de Dorothea e passar o celular pra ele.

Enquanto Ash se distrai com o telefone, saio do carro e olho com cuidado para a entrada do ferro velho. Um portão de grade simples está escancarado, e o trailer aonde deve ser a administração do ferro velho está escuro e vazio.

Sento no chão aonde o entulho ainda me esconde, mas perto o bastante da beirada para vigiar a entrada. Começo a ficar preocupada com a demora. É claro que é uma preocupação idiota como a de hoje mais cedo. Nunca havia sentido isso antes em relação a ele. Sempre tive medo que os arcanjos nos separassem e que nunca mais nos veríamos. Mas nunca realmente senti medo por sua vida. Afinal Patch nem ao menos sente dor!

“Nora você já teve sonhos bem piores! Larga de ser besta!” Ralho comigo mesma e percebo o quão patético a cena me parece. Ponho as mãos no rosto tentando me acalmar. 15, talvez 20 minutos se arrastam. Só quero que Patch volte logo e não me desgrudar dele por um seguindo enquanto estiver viva...

Finalmente ouço passos, e Patch fala comigo em minha cabeça “Anjo, se estiver ai se esconda” Sua voz está bem calma, então o obedeço. Consigo ver ele conversando com mais três homens na entrada. Com certeza eles são estrangeiros, só não consigo adivinhar de onde. Tento ouvir o que dizem, mas novamente falam naquela língua estranha que Patch usara mais cedo. Ouço claramente a ultima frase que um deles diz.

_Onnea vanha ystävä.

_Mika. Risto. Jarco. _ Patch acena com a cabeça e diz o que devem ser os nomes dos homens em despedida, e eles se vão.

Ele não volta de imediato, fica a olhar a rua verificando algum movimento. Fico intrigada. Porque ele não quis que eu visse aqueles homens? Por que não falou deles no carro? “Droga Patch porque tanto segredo!” Patch olha para onde estou escondida quase de imediato, a surpresa estampada em seu rosto. “Porque é preciso.”

De novo.

Meus pensamentos foram transmitidos para Patch. Mas dessa vez foi involuntário. Patch da a volta no entulho de ferragens e olha pra mim ainda agachada no chão. Olho para ele com um misto de emoções: Cansaço, alívio, raiva, confusão... Ele estende o braço pra me ajudar a levantar e me abraça. Não sei se adivinhou que eu precisava disso ou se minha cara estava realmente estranha. Abraço-o com força e enterro o rosto em seu peito. Ele afaga meu cabelo por um tempo.

_É melhor tentar não ter pensamentos muito altos por enquanto Anjo. _ Ele me beija na boca. Um beijo terno e rápido. Conduz-me então para o carro, segurando minha mão. Ash esta do lado de fora com as mãos nos bolsos olhando atentamente e todos entramos.

_Você vai explicar o que foi tudo isso?_Pergunto a Patch.

_Vou.

_Mas não agora? _ Isso é mais uma constatação do que uma pergunta.

_Não.

_Pelo menos pode dizer que raios de língua estranha era aquela que estava falando há pouco? _Agora é Ash quem pergunta curioso colocando a cabeça entre nós ao sentar na ponta do banco.

_Finlandês. _Me surpriendo quando ele abre um sorriso contido. Fito-o intrigada.

_Finlandês? _Repito incrédula.

_Eu tenho algumas boas historias pra contar desse lugar.Boas mesmo.

_Você já viajou mito pelo mundo? _Pergunta Ash.

_Ah com certeza. Passei minha vida terrestre inteira procurando um livro... _ Ele me olha com o canto do olho_ Que no final das contas não me foi muito util.

É claro que não. Se se tivesse sido útil eu não estaria com ele agora. Na verdade eu nem estaria viva. E ele finalmente realizaria seu grande sonho.

Se tornar humano.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro vcs me perdoem, corrida. Esse acabou meio besta e fico curtinho, mas eu compenso tá. E o nome dos amigos do Patch são realmente finlandeses tá, eu pesquisei kkk
Qualquer reclamação será bem vinda, e mais uma vez: eu não li Finale gente! Não sei como foi, nem o que aconteceu com os dois, nem como foi a guerra, naaadaaa! Ok?
Mil beijos sussurrados!
~Déh



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