Meu Caminho, Minha Alma escrita por Beatriz Gallardo


Capítulo 17
O conto de Lana West




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A pequena Lana West. Uma criança. Ou... Uma jovem. Uma pequena figura de apenas treze anos. Uma menina com problemas na vida.

Uma menina ruiva, dos olhos negros, seios pequenos e pele rosada. Uma menina tímida, vivendo com sua família.

Lana West.

Quem seria essa?

Esse diferencial não era por ela ser vampira, por ela ser sereia ou por ela ser algum tipo de monstro. Não era questão de ser feia. Não era questão de ter corpo. Não era questão de ser popular. Era com a família.

A menina baixinha, sozinha naquele frio, caminhava na rua. Cabeça baixa, passos rápidos, lagrima nos olhos. O que estaria acontecendo com a pequena Lana West?

De repente, aquela pequena menina, ouviu vozes em sua cabeça. Elas diziam, suavemente: “Lana, faça uma escolha”, “Lana, o que é a felicidade?”, “pense na família West”, entre outras frases. A menina estava confusa. Quem dizia aquilo? Levantou a cabeça. Olhou para os lados, na rua deserta.

O que estava acontecendo?

A menina olhou para frente. Normalmente ela veria a rua, a calçada, as casas, a sua volta. Mas não. Ela viu uma luz branca, que cegava seus olhos, fazia chiado em seus ouvidos.

A luz sumiu. Viu-se em uma imensidão vermelha. Gritos de uma mulher. Quem seria?

– Mamãe? – Lana tentou gritar, mas sua voz sumiu.

– Não. – Uma voz sussurrou em seu ouvido.

O silencio prevaleceu, o vento soprou seus cabelos lisos. Quem seria? Mais uma vez ela foi gritar. Não conseguiu.

– Mãe...

A menina fechou os olhos. As lagrimas desceram por seu rosto sardento e caíram em seu colo. A menina sentiu um movimento ao seu redor. Abriu os olhos.

Estaria mesmo caindo de um penhasco?

As montanhas rochosas passavam ao seu lado, enquanto ela caía. Tentou se segurar em um galho vindo da terra. Machucou-se, e o ferimento sangrou.

– Mamãe! – Ela finalmente conseguiu gritar.

– Não. – A voz em tom de sussurro repetiu.

A menina parou de cair. Ela parou no ar. O corte em seu braço sumiu. Olhou ao redor. Mata. Verde. Dois trilhos. Uma voz.

– Eu...

–Quem é você? – A menina perguntou assustada.

– Eu sou Lauren. – A voz disse.

Uma menina apareceu na sua frente. No meio dos dois trilhos. Cabelos longos. Pele clara. Tampão no olho.

– Vai ficar tudo bem.

– Vai ficar tudo bem? – A menina perguntou.

– Vai ficar tudo bem.

– Mesmo? Mesmo, de verdade?

– Tudo irá depender de sua escolha... – A menina, Lauren, disse.

– Claro... – A menina afirmou, mesmo não tendo certeza.

Lauren ficou em silencio. Lana ouviu as vozes de sua família. Mãe, pai... Tios, tias. Sua avó. Seu irmão, seu outro irmão e seu ultimo irmão. Todos mais velhos que ela. As vozes eram carinhosas, mas não dava para se identificar o que diziam.

– Mãe... Pai... – Ela disse. – Dona Lauren, quais escolhas eu tenho? – A menina perguntou, as vozes pararam.

– Você deve... Decidir. Há dois caminhos a serem seguidos, mas você só poderá ir por um. O primeiro caminho é... A sua felicidade e o segundo, a felicidade daqueles a sua volta, sua família e seus amigos.

– Preciso responder agora?

– Sim. – Lauren afirmou.

A menina respondeu, em um sussurro, que só Lauren pode compreender. A garota dos cabelos ruivos olhou nos olhos de Lauren, que lhe estendeu a mão, como oferecendo ajuda.

– Eu serei sua guia daqui em diante. Pegue minha mão. – Lauren disse.

A pequena chorona, Lana, estava paralisada por um momento. Era tudo muito novo, recente.

– Quantos anos voce têm? Eu tenho treze. – Lana sorriu, pegando a mão de sua guia.

– Quantos anos você quiser. – Lauren respondeu, sumindo, junto com a garota.

Lana continuou vivendo em sua cidade. Mas depois de sua escolha, sua vida tornou-se diferente.

E você? Qual escolha faria?



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