Immortal Love escrita por Azumi, Vincent Phillips


Capítulo 43
Musical Act: Déjà vu


Notas iniciais do capítulo

Triste, mas legal



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                V. Phillips

            Não importava quanto eu tentasse eu nunca conseguia e agora que estive tão perto das minhas respostas eu perdi tudo por uma falha. Posso ficar culpando Shadows por milhares de anos, mas sei que foi falha minha deixá-lo escapar assim. Eu sou um erro ambulante e agora vago sem sentimentos, sem esperança, sem rumo e nada mais me atinge. Numa tempestade forte eu vaguei sem direção com uma canção no coração.

“Nenhuma verdade me machuca

Nenhum motivo me corroí

Até se eu ficar só na vontade já não dói

Nenhuma doutrina me convence

Nenhuma resposta me satisfaz

Nem mesmo o tédio...

Me surpreende mais”

Eu apenas vivo sem motivo, mas sabendo que estou vivo e vagando sem nenhum objetivo e mesmo querendo ficar sozinho eu via Kree sempre vagando por aí atrás de mim como a minha sombra, mas eu não me importava, na verdade, eu já não me importava com nada. Como uma folha caída eu só vago até o chão.

“Mas eu sinto que eu to viva

A cada banho de chuva

Que chega molhando meu corpo”

Kree parecia preocupado e também fiquei pensando em como Lorraine estaria após tudo aquilo, mas acho que nem mesmo isso me deu vontade de voltar atrás. Eu continuava caminhando como se a vida não fizesse mais sentido, mas com o pensamento que nem o suicídio vale à pena. Meu coração tinha um buraco grande demais para caber qualquer coisa até mesmo a tristeza.

“Nenhum sofrimento me comove

Nenhum programa me distraí

Eu ouvi promessas e isso não me atraí

E não há razão que me governe

Nenhuma lenda me guia

Eu tô exatamente onde eu queria estar...

Mas eu sinto que eu to viva

A cada banho de chuva

Que chega molhando meu corpo”

Andei sem descansar por dias a fio minha alma já tinha ficado para trás, minha mente simplesmente não existia mais. Era só corpo. Um corpo de um monstro! Destruí minhas próprias esperanças e afoguei meu coração nessa tempestade sem fim que eu criei fora e dentro de mim.

“A minha alma nem me lembro mais

Em que esquina se perdeu

Ou em que mundo se enfiou

Mas já faz algum tempo...

Já faz algum tempo...

Já faz algum tempo...

Faz algum tempo”

A canção se repetia em dentro do meu corpo como um eco sem fim. Uma casca vazia com trilha sonora ou talvez apenas um caixão no embalo de uma bela sinfonia fúnebre. Eu apenas abria minha boca e as palavras saiam como mágica, mas o mais interessante é que não importava onde eu estivesse Kree estava lá com algo para fazer de percussão e mesmo se eu não estivesse cantando ele tocava no mesmo ritmo que eu imaginava parecia que seu coração estava em sincronia perfeita com o meu. Era bonito... Se eu não estivesse tão vazio e frio eu poderia sorrir. Eu apenas continuei a cantar...

“A minha alma nem me lembro mais

Em que esquina se perdeu

Ou em que mundo se enfiou

Mas eu já não tenho pressa...

Eu já não tenho pressa...

Eu já não tenho pressa...

Não tenho pressa.”

Sentei no alto de um prédio Kree tocava bateria no ultimo andar alto o bastante para todos os andares ouvirem, mas nada do que ele fazia calava a minha voz pelo contrario a completava e  fazia tudo que eu cantava ser sentido na pele de todos que ouviam a canção. A canção de um coração vazio e uma boca trêmula cheia de esperanças perdidas e sonhos destruídos.


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Notas finais do capítulo

Resumindo o cap: Falo pouco, mas falo bonito daushduas