C. Taylor

            Entrando vagarosamente num bar cercado de ceifeiros que me achavam um deles, mas eu sabia a verdade. Eu estava com um traje a rigor! Sapatos, calça social, camisa social branca de manga curta e um belo colete preto que me caia bem, além disso, eu tinha belas luvas abertas, uma gravata vermelha sangue e para terminar um belo chapéu que deixava meu visual realmente perfeito para o que estava por vir. Eu entrei dançando uma moeda entre meus dedos e me aproximei da caixa de musica. Uma bela caixa de musica apesar de antiga bem cuidada com seus detalhes bem gravados e belos LPs. Eu coloquei a moeda escolhi a música e deixei a máquina fazer o resto tudo fluía eu peguei o cigarro das mãos do ceifeiro ao meu lado antes mesmo que ele acabasse de tirar do bolso e acendi e peguei também o isqueiro em sua outra mão para dar uma bela tragada enquanto via Vincent entrar pela porta com força. Ele também estava bem vestido, mas era um terno de linho nobre com uma rosa bem vermelha no bolso. Ele arrumava sua gravata preta e sorria com aquele sorriso que apenas eu sabia o que significava. A música havia começado e ele também... Ele era o assassino!

“Isto é sobre o tempo?

Ah sim é sim, realmente é!

Vamos deixar a festa começar!

Minhas mãos estão tremendo...

Basta tomar uma bebida, substituindo seus nervos.

Vamos começar a festa!”

            Ele estava sorrindo olhando em volta, mas apenas aquele olhar e aquele sorriso fizeram todos os ceifeiros se alvoroçarem e tremerem de medo quando ele começou a dançar era a hora do massacre!

“Você está pronto para correr?

Eu estive esperando pacientemente por isso...

Você está pronto para correr?

Eu estive esperando pacientemente por isso...

Você está pronto para correr?

Eu estive esperando pacientemente por isso...

Você está pronto para morrer?

Porque ultimamente parece que estou ficando louco!”

           

            Ele apenas fechou os olhos e apareceu na frente de um ceifeiro que estava de pé quando ele abriu os olhos novamente sua mão atravessava o coração dele esmagava com fúria. Ele estava se divertindo enquanto sugava o resto daquela alma imunda e quando todos tentaram se levantar para fugir ele os recolocava nos seus devidos lugares.

“Por favor, não se levante!

Ah não, você esta bem ali!

Só não me importo em como te levarei

Então beba ao máximo, ah sim apenas devaste tudo

Tenha eu como o que irá prender você a tudo isto

Minhas doces pequenas ovelhas seu lobo já chegou”

            Sua face era de completa insanidade e isso fazia todos aqueles ceifeiros tremerem o olhar de medo era o que alimentava o lado psicopata do Vincent e fazia tudo aquilo parecer tão divertido eu tragava o cigarro e estalava os dedos no embalar do som da carne rasgando e os ossos se quebrando.

           

           

“Você deve saber que eu sou perigoso.

Minha sede de sangue me excita...

Como é doce...

É isso que nós retratamos na noite em que nós dissemos "Você é o único"?

Estou enlouquecendo sem você.

É difícil de acreditar, mas estou me divertindo.”

            As poucas almas corajosas que tentavam sobreviver eram simplesmente despedaçados por Vincent e apenas com a mão ele matou dezenas em apenas alguns minutos.

“Annabel olhe o que você começou!”

            Eu soltei um grito rasgado me empolgando ao som da musica que ele cantava e queimei a mão do ceifeiro ao meu lado com o cigarro e antes que ele pudesse gritar de dor eu o empurrei até onde Vincent estava para ele ter seu belo fim... Belo para mim!

           

“A faca desliza para baixo na ponta da língua.

Eu estou encontrando prazer em ver você se contorcer.

Eu me inclino apenas para lamber o suor de seu rosto.

Eu gosto da reverência escorrendo minha garganta.”

            Vincent sacou uma faca de seu terno e cortou a garganta do ceifeiro e o matou rapidamente. Ele mirava seus olhos numa ceifeira que estava imóvel com todas as atitudes dele. Ele se aproximou e encostou a lâmina da faca no rosto da ceifeira cantando ao pé do ouvido.

“Você deve saber que eu sou perigoso.

Minha sede de sangue me excita...

Como é doce...”

Ele a beijou e logo arrancou a língua dela com os dentes e cuspiu ela tentou gritar de dor, mas ele a sufocou suspendendo a no ar.

“É isso que nós retratamos na noite em que nós dissemos "Você é o único"?

Estou enlouquecendo sem você.

É difícil de acreditar, mas estou me divertindo.”

            Ele a aproximou de seu rosto para sentir bem de perto seu último suspiro então em me aproximei e gritei ao pé do ouvido dela:

“Annabel olhe o que você começou!”

            Ele a queimou e lançou nas prateleiras de bebidas começando um incêndio que queimava metade do bar e Vincent matava todos com sua faca despedaçando os com leveza e delicadeza como se pintasse uma obra de arte cujo o sangue era a tinta e o bar era a tela.

“Você está pronto para correr?

Eu estive esperando pacientemente por isso...

Você está pronto para correr?

Eu estive esperando pacientemente por isso...

Você está pronto para correr?

Eu estive esperando pacientemente por isso...

Você está pronto para morrer?

Há definitivamente algo errado!

Eles irão gritar?

Eles irão chorar?

Será que eles vão implorar como eles morrem ou terão que aceitar que este é o fim?’

            O barman tentou fugir, mas eu peguei ele pela gola de sua camisa e o joguei dentro do fogo que se formava naquela parte do bar, mas ele conseguiu fugir foi então que eu comecei a persegui-lo enquanto cantava:

“Você está pronto para morrer?

Você está pronto para morrer?

Você está pronto para morrer?

Você está pronto para morrer!?”

Eu o peguei pela parte de trás da camisa e o joguei na caixa de música quebrando não só a caixa, mas também os ossos de seu corpo. Eu continuei a canção dançando com em meio a corpos no chão e jogando sangue para o alto como se dançasse na chuva.

“Estou tão feliz que todos vocês vieram!

Olhando vejo um solitário homem enquadrando a corrosão em um bar.

Olhando vejo um homem no chão desesperado repetindo.

Oh como o sangue me excita...”

           

            Envolvido pela canção que apesar de não sair mais da caixa de som não saia da minha cabeça eu acabei trombando com Vincent e ele estava tão sorridente que isso me deixava feliz.

“Tão doce...”

            Eu o acompanhei na diversão apenas com uma corrente de motocicleta.

“É isso que nós retratamos na noite em que nós dissemos "Você é o único"?

Estou enlouquecendo sem você.

É difícil de acreditar, mas estou me divertindo.”

Não havia mais ceifeiros no bar além de mim então eu me despedi do garçom que estava sentado com o rosto cortado em dois e sai deixando uma moeda na mesa que eu havia me sentado girando até cair na cara manchada de sangue e o final da canção eu sabia bem qual era.

“Annabel olhe o que você começou!”

            Vincent saiu e eu fui atrás dele e fechei a porta, mas ainda pude ouvir um copo se quebrando era o sinal que a música havia acabado.