Immortal Love escrita por Azumi, Vincent Phillips


Capítulo 12
Tenth act: Shadows against shadows


Notas iniciais do capítulo

Agora o bicho vai pegar!



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V. Phillips

            Eu sabia o que tinha que fazer, eu caminhei até a varanda e vi de longe ele, mas não era o Kree que eu conhecia. Sombras o rodavam, ele gritava de raiva e dor, sua pele um tanto morena ficava ainda mais escura com aquelas sombras... Sua alma de ceifeiro tomou posse de seu corpo e seu cheiro, sua face assassina me atraia, ele era um ceifeiro e eu estava faminto! Eu tive que pedir ajuda a Lorraine senão iria acabar comendo a alma do meu melhor amigo.

            - Lorraine ele está descontrolado me ajude! – eu gritei e ela chegou em um instante ao meu lado –

            - K o que está acontecendo? Fale comigo! – ela gritava para ele escutá-la, mas em vão –

            - Cala a boca sua vadia! Meu nome é Kree não é esperta o bastante para decorar um nome de quatro letras? E tem mais se o seu namoradinho aí for macho o bastante ele que venha me pegar! – ele me provocou estava ficando com muita raiva foi então que ele me acertou um soco e saiu correndo... Era a gota d’água.

            - Já que provocou agora agüenta!

            L. Crysin

            Ele disse isso e sumiu, mas não era mais o meu amor Vincent, eram milhares de almas sanguinárias de ceifeiros tomando conta do corpo do meu amado, agora meu melhor amigo e o amor da minha vida estavam com um olhar sanguinário, um sorriso psicopata, uma face de ódio amedrontadora, a única coisa diferente neles era que Vincent era bem mais forte. Uma forte energia emanava de ambos uma energia maciça e escura, como se fosse uma nuvem densa de sombras, a alma de ceifeiro de K estava totalmente em posse de seu corpo e as milhares de almas que Vincent sugou o usavam como brinquedo para seus jogos doentios, eles estavam simplesmente guerreando como inimigos mortais agora era apenas sombras contra sombras.

            Eu mal conseguia vê-los seus corpos se moviam numa velocidade incrível quando eles paravam a única coisa que eu via era Vincent desviando ou batendo no lado direito do corpo do K, ele só batia naquela parte como se tivesse a intenção de fazer algo diferente com o outro lado, ele atingia com golpes de força incomparável a que ele tinha antes, era fascinante e assustador o modo que cada golpe era esmagador e o rosto de K assim como toda a parte direita de seu corpo ia ficando deformado, esmagada e destruída. Com todos esses golpes era impossível ele ficar de pé foi então que K caiu sentado encostado numa arvore ele pega a espada de madeira nas suas costas respira bem fundo e fecha os olhos nesse momento ele até parecia o K que eu conheci...

            “Essa é a diferença entra a minha falsidade e ele ser quem ele é”

            “Para de fingir que não se importa! Mas que droga eu sei que ta doendo pra ti até eu fiquei chateado com o que ela disse, mas você tem que mostrar pra ela que não é o que ela diz, faça ela se arrepender do que fez ENTÂO PARA DE FINGIR QUE NÂO SE IMPORTA!”

“Eu não me importo com o que você fará comigo ou se ele me odeia só sei que ele te ama e me enfrentou, enfrentou seu pai e uma alcatéia inteira de lobos imortais por tua causa se você não reconhecesse nada disso, todos os esforços e sacrifícios você não merece nem o sorriso dele!”

Ele era destemido, companheiro, decido, forte, um safado, mas belo romântico quando bem quer, ela é burro, mas ao mesmo tempo tem idéias ótimas, ele é muito teimoso, mas não desobedece uma ordem minha e principalmente ele pode temer tudo, mas quando alguém precisa dele ele simplesmente não teme nem mesmo a morte esse era o cara que eu conhecia esse era o Kree! Ele estava quase morrendo, mas não havia desistido de lutar e eu me perguntava se ali ainda há um pouco de Kree... Há um pouco de Vincent em quem o massacrava?

“- Vai me obedecer ou eu vou ter de te bater?

             - Melhor eu ir, porque se você me bater eu apaixono!

             - Você é muito irritante!

             - Me ame menos garota!

             - Não há como amar menos que zero! ”

“- Me dê um beijo! – eu não acreditava no que tinha dito   

  - Um beijo? Só isso? – ela parecia também não acreditar

  - Não você entendeu errado... Eu queria um queijo.

             - Mas você não come comida humana!

              - Queijo de alma!?

              - Você mente muito mal, garoto!

  - Droga! “

“Sai daqui Vincent! Vamos logo suma daqui!

 - Não Lorraine, eu não vou sem você! Eu ficarei ao seu lado não importa a situação!”

“O único motivo para eu ter aceitado o desafio de seu pai foi para mostrá-lo o quanto eu era digno de confiança e que eu morreria por você!”

“Ei Lorraine se acalma, foi só uma brincadeira! Eu só quero ficar forte o bastante para te proteger, fica tranqüila ok?”

Tudo isso me acalmava, me fazia pensar e então eu repetia pra mim mesma: o meu amado Vincent está lá e eu sou a única pessoa que pode salvá-lo de si mesmo! Eu corri em direção a eles, mas meu pai me parou e estava andando até lá se fossemos correndo ele repararia e tentaria se defender, andando ele teria que estar apenas concentrado em nós porem a única coisa que ele pensava agora era matar Kree e eu entendi e o segui devagar.

Infelizmente apenas andando talvez fosse tarde demais Vincent estava chegando perto de Kree que ainda estava sentado em baixo da arvore, porem como ultimo suspiro de vida Kree desapareceu com uma velocidade incrível e estava prestes a dar um golpe com toda a sua força concentrada na espada de madeira, ao lado de Vincent ele estava de lado concentrando se naquele que poderia e iria ser o seu ultimo golpe naquela batalha antes dele encostar no Vincent a fogo roxo dele subiu do chão e os rodeou misturado com todo o ódio contido naquela batalha e nós olhos de ambos o fogo se tornou negro e rapidamente atingiu toda a parte esquerda do corpo de Kree fazendo ser lançado metros de distancia, meu pai se desesperou ao ver isso e correu e atingiu o rosto de Vincent com muita força o lançando para perto de mim.

- Corra Lorraine! Corra! Esse não é o Vincent! Saia daí agora! – ele gritava desesperado, mas eu só conseguia pensar em trazer Vincent de volta –

- Não ele está aí dentro eu sei que está e vou trazê-lo de volta! – eu retruquei e me deitei ao lado dele –

Eu me deitei ao lado de meu amado no chão me encaixei atrás dele e coloquei as mãos por baixo dos braços chegando até seu peito, o abracei bem forte e vi uma luz fria e calma emanar de minhas próprias mãos isso fez Vincent se acalmar e também fez com que todas aquelas sombras s alojassem de volta ao corpo dele e entrassem e enquanto entravam formavam desenhos parecidos com aquelas tatuagens tribais até sumirem completamente e ele cair em meus braços.

V. Phillips

Eu acordei como se acorde se de um pesadelo, um pesadelo que não me recordava de quase nada e não acreditava em nada do qual eu me recordava... Era terrível demais para ser verdade. Mas era muito pior! Eu me sentei e vi Lorraine ao meu lado chorando e sorrindo ao mesmo tempo, vi Sr. Crysin parado na minha frente sem chapéu, sem charuto e com uma cara mais branca que o meu cabelo, eu procurei, mas não vi Kree e me perguntava como fui parar ali.

- O que aconteceu? Onde o Kree ta hein? – eu questionei ainda tentado levantar –

- Ele está bem ali! – dizia Sr. Crysin apontando para um corpo no chão –

Eu me levantei e andei até o corpo... Não! Não é possível! Eu não... Fui eu? Só poderia ter sido! Quem mais iria queimá-lo desta maneira! O que houve ali... Perguntei-me em minha cabeça por tanto tempo que minha resposta veio com Lorraine.

- Ele me ofendeu te provocou e te bateu, você ficou muito bravo se descontrolou e as almas de ceifeiro que você sugou tomaram conta do seu corpo e fizeram isso com ele. – ela gaguejava em todas as palavras parecia tão assustada e a culpa era toda minha –

Ele estava destruído! Seus ossos apareciam em algumas partes, onde não estava queimado estava esmagado ou algo do tipo, seu rosto era irreconhecível, mas uma coisa que reparei foi que sua boca estava aberta num tipo de sorriso.

- Ele está... – eu ia perguntar se ele estava morto, mas Sr. Crysin antecipou a resposta –

- Não, por pouco ele está vivo, mas muito debilitado! Ele está quase morto por pura sorte! As almas só estavam de brincadeira! – dizia ele muito serio –

- Brincadeira!? Isso é brincadeira? – eu questionava as palavras de Sr. Crysin –

- Sim! Garoto você acha mesmo que um ceifeirinho de classe baixa iria sobreviver a um Imortal totalmente descontrolado com milhares de almas de ceifeiros usando magia de poder inimaginável se elas não quisessem que ele sobrevivesse!? – ele estava certo mesmo eu odiando totalmente essa idéia –

- E agora? – eu perguntei um pouco mais calmo, mas era impossível ficar calma vendo aquilo e pior sabendo que fui eu que fiz –

- Eu não sei garoto, sinceramente não sei. Nem mesmo eu conseguiria curá-lo!

- Papai talvez o Sr. Mishurwa poderia nós ajudar né? – Lorraine o questionou –

- Mishurwa? Mishurwa Iren? Não tudo menos ele... Ele é o único ceifeiro que eu rejeitei sugar além disso como esse pateta idiota pode nós ajudar? – eu sei que parece exagero, mas eu simplesmente odiava este cara –

- Olha além de ser um ceifeiro sábio e poderoso ele tem altos conhecimentos sobre medicina imortal, poções e principalmente selos das trevas e maldições na verdade ele é a ultima chance do Kree! – explicou Lorraine que por mais que eu odeie a idéia ela estava redondamente certa –

- Tudo bem o chame então. – disse com tanta animação que fez Lorraine rir e passar a mão na minha cabeça –

Eu vi o Sr. Crysin levantar a mão para o céu e com a palma aberta fazer uma luz muito forte e amarela como o sol cortar o céu como um foguete e ir além do que eu poderia enxergar em instantes a mesma energia muito parecida com um raio solar cruza o céu de volta e desta vez cai como um meteoro bem atrás de todos nós. Através da poeira e fumaça eu mal posso enxergar, mas é fácil reconhecer aquela risada ridícula e irritante ele sabia como me irritar e chegar de um jeito ridiculamente idiota.

- Muito bem estou aqui qual é o problema seu velho lobo rabugento? O que!? Mas o que este filhote de Lucker está fazendo aqui e mais como ele ficou assim? – ele perguntou me fazendo assustar como ele poderia saber quem era ele ainda mais daquele jeito –

- Ora sua velha raposa esguia na mudou nada em um século não é mesmo, esse filhote do Esteban foi atacado pelo nosso amigo Vincent acho que já se conheceram pelo que ele me disse, ele foi possuído pelas almas que comeu e acabou quase matando o melhor amigo! – Sr. Crysin sorriu, mas não estava feliz –

- Como sabe que ele é filho do Esteban Lucker? – eu perguntei ainda pasmo com a idéia –

- Ora assim como o Crysin vê almas, eu vejo o DNA da pessoa e Lorraine vê os tecidos ósseos, musculares entre outros... Habilidades ganhadas ao longo de eras meu garoto! Conheci Esteban Lucker sua assinatura genética é inconfundível! – ele falou com calma, mas algo o assombrava percebi pela voz – Então já começou o processo da maldição né? Estamos numa bela fria... (risos) * - eu não entendi nada, mas nem precisei falar ele viu isso no meu olhar –

- Ele não sabe Iren é melhor explicar a ele! – disse Sr. Crysin –

 - Ora tudo bem... Há muitos anos atrás um jovem príncipe Imortal cruzou a fronteira da sanidade e começou a se alimentar de almas de ceifeiros assim como você! Ele comeu milhares, talvez milhões de almas e se sentia muito satisfeito e poderoso com isso, mas como tudo há sempre um preço a se pagar. Ele amava uma garota, uma garota imortal prometida a outro príncipe certa vez ele matou esse tal príncipe e quando sua amada descobriu tal ato o repreendeu infelizmente com muito ódio e sombras no coração o príncipe deixou ser possuído pelas almas que sugou e se tornou algo implacável! Ele matou a amada e qualquer um que ficasse em seu caminho, magos de todos os lugares para parar esse príncipe demônio... Foi então que criaram um pergaminho que pode selar as almas e pará-lo pela dor de matar sua amada ele se baniu e o pergaminho era passado de geração em geração de magas portadoras do pergaminho até que ele se perdeu entre as eras e a sua chance de se salvar e salvar todos a sua volta de... Você mesmo! – ele terminou e curou Kree e saiu eu pasmo do mesmo modo apenas ouvi suas instruções deitei Kree na cama e fui treinar e assim seguiria esses dois dias que segundo a Iren, Kree iria ficar em coma –

“O nossos piore inimigos são os monstros que vivem dentro de nós, não por nós mesmo, mas sim por sempre machucar quem amamos”


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Notas finais do capítulo

É isso ai mais um cap pra quem gosto e logo logo mais um cap especial tbm ^^