Immortal Love escrita por Azumi, Vincent Phillips


Capítulo 10
Eighth Act: Pardon Me


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap... Vamos ver o desfecho desse desastre amoroso e muito mais nesse capítulo ;)



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C. Taylor


Eu o vi de joelhos, eu o vi sorrir e o vi me fazendo um sinal de aprovação com sua mão, mas depois disso eu o vi desmaiar. Todos corremos até ele, Sr Crysin o examinou ali mesmo e disse que ela já havia perdido sangue demais... Droga era culpa minha se eu tivesse cuidado dele ao invés de discutir com a Lorraine ele provavelmente estaria melhor, mas era tarde pra pensar nisso o importante é que tínhamos um objetivo em comum: cuidar do Vincent.

Eu já havia passado da fase de me culpar e me lamentar, mas Lorraine não. Eu a vi repetir demasiadas vezes que era uma idiota, ela estava certa, mas isso na muda nada agora.

- Não adianta nada ficar se culpando Lorraine temos que cuidar dele agora então se acalme e fique quieta assim não consigo nem pensar!

- Calma? Como posso ficar calma quando o amor da minha vida está nesse estado!? – ela parecia desesperada – o pior é que a culpada disso tudo sou eu.

- Não é só sua... Eu não deveria ter o deixado ir lá sozinho, seu pai não deveria ter dado uma tarefa dessas a ele e principalmente você não devia ter tratado ele daquele jeito, mas ficar se culpando sobre o que já aconteceu não vai fazê-lo melhorar, o que ele precisa agora é de um medico e pelo visto um medico especial.

- Tá com ele bem do seu lado garoto! – disse Sr. Crysin repousando sua mão no meu ombro ele sorria falsamente para mim – vamos para dentro e eu cuido dele, confie em mim eu já fui medico do exercito dos Imortais sei o que faço.

- Confio em você Sr. Crysin, muito bem vou levá-lo até o quarto e você faz o que for preciso pra ele ficar bem o mais rápido possível!

- Eu vou contigo papai! – disse Lorraine correndo atrás do Sr. Crysin enquanto eu caminhava com Vincent no colo –

Ele estava pesado, mas não me importava agora tudo o que eu queria era meu amigo melhor... Meu amigo... (riso irônico) * Eu o coloquei lá e tudo que eu podia pensar é em tudo que deixei de fazer só para tentar desvendar o assassinato do meu pai e todos meus outros parentes, mas nada descobri eu apenas vaguei pelo mundo com minha vida estando vazia de lembranças e sentimentos eu nem sabia jogar futebol do jeito que os outros garotos jogavam. Eu pensei tanto que por alguns segundos dormi de olhos abertos e de pé.

- Muito bem Lorraine e Kree saiam daqui! Eu vou fazer algumas cirurgias, colocar o braço dele de volta no lugar e esperar que ele se recupere muito bem.

- Eu prefiro ficar papai! – disse Lorraine com uma voz baixa e rouca –

- Não Lorraine você fica lá fora esperando com o Kree. – ele parecia serio tanto nas palavras quanto no olhar –

- Se acalme Lorraine ele vai ficar bem tenho certeza disso, ele vive mais de quatrocentos anos aposto que ele passou por coisas piores então fica tranqüila.

Eu não sabia se ela iria se acalmar com isso, mas não poderia deixar de tentar ela estava aflita demais e ela ameaçou sorrir, mas saiu dali antes que eu visse se eu havia conseguido. Antes de sair Sr. Crysin deixou-nos dizermos algumas palavras para ele que mesmo desacordado talvez ouvisse e eu fui o primeiro a falar:

- Bem... A gente se fala quando tu acordar! Só isso.

- Serio? Tá bom né... – Lorraine dizia enquanto pegava a mão dele e entrava na minha frente – Eu queria dizer que sinto muito, não da tempo de dizer tudo que eu queria e prefiro dizer com você acordado, mas queria que você soubesse que do fundo do meu coração eu te amo!

E assim ela saiu chorando e eu com as mãos no bolso indiferente ou pelo menos era o que eu queria que todos pensassem. Ficamos do lado de fora do quarto por muito tempo, Lorraine já havia dormido e eu bem já tinha perdido a noção do tempo e nem me importava tanto com isso só queria que o Sr. Crysin abrisse aquela porta e falasse...

- Cirurgia realizada com sucesso! – ele leu meus pensamentos e acordou Lorraine que mesmo tendo sido pega de surpresa adorou a noticia e correu para dentro da sala, mas iria demorar um pouco pra comemorar... Ele ainda estava se recuperando. Bem havia dois lugares ótimos para esperar ele acordar então Lorraine e eu sentamos e aguardamos.


V. Phillips


Eu acordei não estava muito feliz com essa idéia, mas acordei. Eu estava novamente com o braço no lugar e as dores físicas haviam passado quase completamente, mas a dor do meu coração partido ainda era insuportável! Eu vi Kree trocando o pano que havia em minha cabeça por outro mais molhado e com água morna ele ainda não havia reparado que meus olhos estavam abertos e muito menos que eu estava desperto e pensativo... Pensando como podia doer tanto algo assim, eu que sempre fui tão frio e insensível sofrer por apenas uma garota, eu que enfrentei centenas de milhares de ceifeiros e milhares de imortais, eu que fui atacado por um general imortal e quatro lobos imortais gigantes e sobrevivi não conseguia me recuperar da droga de um coração partido? Era de dar nos nervos e foi por isso que Kree reparou que eu estava acordado... Eu estava chorando e com a veia saltada na testa.

- Vincent! Você acordou! Eu sabia que estaria bem logo... Você está bem né? – ele falava demais e estava afobado, quando reparei que Lorraine dormia ali sentada eu o pedi para falar mais baixo –

- Estou bem fisicamente, mas afinal o que ela está fazendo aqui!? – eu questionei obviamente afinal depois de tudo que ela disse não fazia o menos sentido ela estar ali –

- Ele dormiu faz uma meia hora, ela ficou ai o dia inteiro... Ela se arrependeu do que disse e ficou preocupadíssima contigo e ficou aí, pois tinha uma coisa muito importante para te dizer quando acordar... Enfim eu sei o que é, mas não faz o mínimo sentido eu te dizer. – eu entendia o que ele queria dizer, mas tinha algo mais importante a tratar com ele –

Ele estava sorrindo, tentando me animar, eu via em seus olhos a sinceridade e simplicidade de cada palavra e ato e repetia na minha mente mais de mil vezes a frase mais chocante dele...

“Eu não me importo com o que você fará comigo ou se ele me odeia só sei que ele te ama e me enfrentou, enfrentou seu pai e uma alcatéia inteira de lobos imortais por tua causa se você não reconhecesse nada disso, todos os esforços e sacrifícios você não merece nem o sorriso dele!”

Ele realmente queria me defender e proteger dela e isso me fez tomar uma decisão.

- Muito bem eu já estou melhor e ela deve estar realmente cansada então eu a colocarei na cama e nós vamos lá fora ter uma conversa seria!

- Conversa seria! Comigo!? – ele disse um pouco assustado –

- Não com o Papa!

- Pra que tanto ódio cara?

- Não é ódio seu idiota é apenas uma brincadeira, uma coisa que se faz com amigos.

- Uma coisa que se faz com... Mas isso quer dizer então que...

- É! Quer dizer que você é meu amigo! – estranhamente os olhos dele se encheram de lagrimas e pareciam brilhar muito só de ouvir a palavra amigo –

- É a primeira vez que eu ouço isso de alguém... – ele dizia um tanto envergonhado –

- É você é meu primeiro amigo também, mas isso não importa o que importa agora é! Tá mais que na hora de nós fazermos como amigos fazem e isso inclui... Jogar futebol!

Eu a coloquei na cama e o levei para fora. O sol estava nascendo e batia calmamente em nossos rostos, eu não ligava era uma ótima sensação aqueles ventos esvoaçando meu cabelo e acalmando minha mente.

- Muito bem esse é o Futebol à lá Vincent! Tem cinco regras básicas:

1ª – Essa é a bola! – dizendo isso fiz uma bola de fogo roxo e coloquei em baixo do meu pé –

2ª – Não há gol; 3ª – Não existe vencedor ou perdedor; 4ª – Não tem tempo; E a quinta e não menos importante... Divirta-se!

Dizendo isso joguei a bola no chão e comecei a correr loucamente, ele ainda estava um pouco tímido, mas aos poucos foi se soltando... Como por exemplo, quando ele simulou que a bola estava queimando o seu pé e me fez abaixar um pouco e me deu uma carretilha e saiu correndo com a bola rindo muito, era muito divertido e brincamos até ficarmos exaustos.


C. Taylor


Sentados na grama fofa olhando as nuvens que escondiam o sol na sombra que a casa formava em cima de nós, eu vi uma silhueta com varias curvas adivinhem rapidamente que só poderia ser a Srta Lorraine... Era ela mesma com uma blusa regata branca quase transparente e o sutiã da mesma cor ela esta ali na janela olhando fixamente nos olhos de Vincent que ao vê-la se levantou e estava prestes a sair correndo.

- Não vai! Espera por favor! – ela gritava desesperada pulando a janela e indo até ele, ela o segura pelo braço –

- O que você quer? – ele dizia com o rosto virado para o outro lado – Já não me machucou o bastante!?

- Não faz isso comigo não! Pelo menos olha para minha cara – ela dizia em vão – Eu queria te pedir perdão! Sei que o que eu fiz estava errado, eu estava nervosa, eu estava confusa e principalmente insegura... Eu sei que isso não me dá o direito e nem me absolve de nada, mas te ver desmaiando daquele jeito, ver você naquele estado me fez enxergar o quanto eu estava errada e foi então que eu prometi que eu nunca iria deixá-lo ficar dessa maneira por minha causa novamente!

- O único motivo para eu ter aceitado o desafio de seu pai foi para mostrá-lo o quanto eu era digno de confiança e que eu morreria por você! – ele dizia em prantos assim como ela estava também –

- Então pegue minha mão e diga que eu serei sua para todo sempre!

- Vão ter que inventar outro nome para chamar isso, pois para sempre vai ser muito pouco!

Os dois choravam e se abraçavam e então eu só podia sorrir e bater palmas, novamente comemorava uma vitoria que não era minha.

- Isso aí! Vocês dois conseguiram, eu sabia que iam se acertar!

- Sai pra lá castiçal! – Vincent dizia arremessando fogo na minha bunda só para variar –

Eu sai rindo sabendo o que iria acontecer a partir daí... Com um brilho no olhar e um orgulho de ter ajudado os dois eu me deitei no telhado e comecei a relembrar o passado.

“O preço da honra é o preço que está disposto a pagar por algo que ama de todo coração”



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Notas finais do capítulo

é isso ae espero que gostem tanto quanto os outros e fiquem ligados para mais!