Pipoca escrita por Daymare


Capítulo 1
Bagunça




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     Era um dia bastante chuvoso, e os gêmeos estavam sentados no sofá, vendo um desenho, pois não podiam sair para brincar lá fora. Tom estava emburrado, olhando para a TV. Queria sair e brincar com sua bola de baseball nova. Olhou para o lado e viu seu irmão olhando vidrado para as imagens que passavam na tela. Até que um comercial chamou a atenção do gêmeo mais velho.

      Era um todo colorido, com uma música alegres, e bichinhos dançando em volta uma enorme panela de pipoca. Sentiu uma grande vontade de consumir o produto, e se virou para o seu irmão, cutucando-o.

      — Vou pedir para a mamãe fazer pipoca. — Disse se preparando para levantar, mas seu irmão lhe segurou pelo braço.

      — Mamãe está trabalhando no estúdio, e disse para não incomodar. — O outro loirinho disse sério, voltando a encarar o aparelho televisor.

      — Então eu mesmo vou fazer! — Exclamou o mais velho com a sua ‘brilhante idéia’. Porquê não tentar ele mesmo?

      — Você não pode mexer no fogão! — Bill arregalou os olhos. — Crianças não podem mexer no fogão! — Completou, sensato do que dizia.

      — Não sou mais criança! Já tenho seis anos! Sou um homenzinho! — Disse, postando as suas mãos na cintura e sorrindo vitorioso, para depois correr para a cozinha. Bill apenas suspirou e foi atrás, pulando do alto sofá para ver o que aquilo ia dar.

       Tom estava mexendo elétrico nos armários que alcançava, até achar o que tanto queria: O saco com milho de pipoca.

      — Não deve ser tão difícil... — Resmungou para si mesmo — Co-lo-que ó-leo na pa-ne-la e de-pois co-lo-que o mi-lho. Es-pe-re es-tou-rar e tem-pe-re a gos-to. — Leu atrás da embalagem. O irmão o observava apreensivo, escorado no batente da porta.

      O gêmeo mais velho abriu um sorriso e correu para pegar um banco, para que tivesse acesso ao fogão. Depois providenciou uma panela e óleo, seguindo as instruções da embalagem, para depois despejar todo o conteúdo que havia dentro. Girou a manivela do fogão que se acendeu automaticamente, e se afastou, para esperar.

     Aos poucos, os grãos de milho começaram a estourar, e Tom sorria, vendo que conseguira, e logo teria o que queria. O que não esperava, é que a pipoca começasse a pular para fora da panela, indo parar em cantos diversos da cozinha.

      Bill encarou assustado com a quantidade de pipoca que pulava da panela e se depositava no chão da cozinha, sujando-o. E não parava. Os dois ficaram atônitos, vendo um mar de pipoca que saía da panela, e começaram a se desesperar. Aquilo não estava nos planos.

      — Tom! Tom! Você começou, agora faz parar! — Bill sacudiu o irmão pelos ombros, com um olhar desesperado. Provavelmente iria levar bronca por aquela bagunça.

      Mas eu não sei o que eu tenho que fazer! — Disse, em mesmo tom de desespero olhando para as pipocas que ainda estouravam, e caiam para todo o lado.

      Tenta desligar o fogo! — O mais novo quase gritou, e assim o irmão fez, correndo até o fogão e se esquivando dos grãos que voavam sobre si, e desligando a chama. Aos poucos, os estouros foram cessando, e cessando, até pararem.

    

      Simone se espreguiçou na cadeira e se levantou, intencionada a dar uma olhada nos filhos. Desceu as escadas e viu que os dois estavam calmamente sentados, vendo TV. Sentindo sede, foi até sua cozinha, que estava impecável e se dirigiu ao armário, para pegar um copo.

      Sua grande surpresa, um monte de pipoca começou a cair do armário, sem parar. E de ver aquilo, já tinha certeza quem foram os culpados da bagunça.

       BILL! TOM! — Gritou.

      FOI O GORDON! — Berraram em coro, e antes que a mãe pudesse chegar na sala, já estavam na rua, a aproveitar o sol que acabara de sair.


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Notas finais do capítulo

auahuah, depois dessa, eu vou criar uma série, chamada "As traquinagens dos gêmeos" onde eu pretendo escrever todas essas fics da infância dos gêmeos que eles aprontaram até dona Simone arrancar os cabelos.
Espero que gostem!