Atlantis escrita por Fantastic Writer


Capítulo 1
Doceria




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Narração de Joanne.

Meu nome é Joanne, e não tenho medo do tal entregador de jornais, bem que podia ser entregador de pizza, não ? Pois é.. esse cara matou minha irmã quando eu tinha 15 anos, há 3 anos atrás.. minha mãe foi embora.. me deixando sozinha e coisas do tipo. Estou lendo um livro que eu não sei bem o autor só que .. Ouço passos.. espere...

– Quem está aí ? – Mesmo sabendo que não haveria resposta eu gritei – Diga ou então... eu ..

Eu nada, peguei uma faca que tinha escondido na mesinha da sala.. junto com uma pilha de livros chatos que queria ler. Por um momento eu ouço silêncio. Até que se apaga toda a luz da sala e eu tenho que sair imediatamente, não encontro a porta, e eu sabia que se eu não desse um jeito logo não duraria muito tempo. A janela. Fui até ela correndo. Ainda de vestido de Bailarina.. eu nunca tiro ele depois de treinos, mas atrapalhando ou não.. eu tinha que sair dali

– Droga! – a barra da saia grudou em algum lugar e derrubou a mesinha de centro e todos os livros nela. Levanto a Janela e saio. Não é muito difícil escalar, só que com medo.. é um pouco mais trabalhoso. Chegando em baixo eu vejo a doceria de uma velhinha bondosa, a porta estava aberta.. e adivinha o que eu encontro.. a velhinha desmaiada no chão .. com o jornal.

– Oh céus.. dona Belle! – Ela estava inconsciente. Fecho a casa cheia de docinhos, mas resisto a tentação. Acho que deveria passar a noite aqui.. então chamei a polícia.

(...)

A polícia aparece fazendo muito barulho. Eu vou abrir a porta quando eles arrombam tudo, aí eles pedem para dar uma olhada no lugar, e depois o delegado queria me fazer umas perguntinhas.

– Então é mesmo o “Entregador de Jornais” que assassinou essa velhinha ?- Supõe o delegado.

– Suponho que sim, está aí o jornal – Digo

– Como posso ter certeza que o entregador não é você

– Claro que não pode ser ela... é uma garota tio - Diz um garoto que chega do fundo, não tinha notado ele antes.

– Silêncio Benjamin! – O delegado fala com o garoto, bonito o garoto. Jovem um pouco forte, com os cabelos castanhos – claro. Achei bonito também os leves cachinhos que saiam do cabelo dele, isso combinava com os olhos verdes dele. Deve ser Ben, o sobrinho do Delegado. – Estamos em uma investigação policial bailarininha, e afinal , você está presa.

Legal, presa. Eu tentei livrar minha própria vida, e nem peguei um docinho da loja sem pagar sequer. Esse entregador de jornal me ama. Chegando na cadeia, que estava deserta,e eu não gostava daquele lugar,cheiro de ferrugem, com os cantos das paredes um tanto molhados e era muito frio também, eu entrai na cela e fui procurar um lugar para me "acomodar" quando eu sento naquele banquinho frio e um tanto nojento, eu não ouvia barulho algum, exceto do garotinho que estava na cela ao lado, tinha uma voz irritante.

– Qual é o seu nome ? – Pergunta o garotinho, parecia ter 11 anos.Estava meio escuro, mas tinha olhos castanhos e cabelo bem preto, espetadinho, ele não tem nem idade pra estar na cadeia afinal.Ele tinha cara de ser esperto e para a idade dele tinha um físico bom.

– É Joanne. – Abaixo um pouco a cabeça.

– O meu é Geovanne, prazer. – Ele estica o braço dele, mas antes que pudesse chegar lá, o delegado entra.

– ah já fazendo amiguinhos, pois bem entregadora de jornais, você passará o resto da vida aqui! – e ele diz isso e sai pra lá dando umas gargalhadas que se dá pra ouvir de longe.

– Tá brincando! Você que é o entregador de jornais ? –ele diz

– Eu não sou o entregador de jornais! - Protesto.

– Pois eu fui preso só por pegar uma maçã.. acho que o tio da feira ia até deixar, mas o delegado prende qualquer um que vê pela frente..falta criminoso nessa cidade, por isso que eu acredito em você.

– Ah que legal, tenho como advogado um garoto de 10 anos.

– 11 ! e faço 12 ano que vem.

Um silêncio longo, e eu olhando as estrelas pela janela, já caía a madrugada. E aposto que no outro dia toda a frança já estaria sabendo quem é o “Entregador de Jornais” . Alguma coisa interrompe meus pensamentos.

– Ei – Fala baixinho Ben, o sobrinho do delegado – Shhh eu acredito em você, e quero te ajudar... eu vou te tirar daqui! – Ele pega umas chaves quando o garotinho diz:

– E eu ? Olha, se não me soltarem eu conto tudo pro..

– Tá bem , tá bem.. eu também solto você, agora, silêncio! – Ben diz.

Saímos das celas até que ele diz.

– Conheço uma saída por ali. – Ele aponta uma portinha, como se fosse um piso falso, dá uns soquinhos no chão até que enconta e pressiona as unhas contra o chão até que ela se abra totalmente.Daí ele puxa pra cima dando jeito pra gente sair. - Ela sempre fica aberta. E saímos.

– Pra onde a gente vai ? – Pergunta Geovanne.

– Não sei.. – Ben responde.

– Não poderíamos ir pra casa de um de vocês ?

– Não seria óbvio demais...

– Ei, então quer dizer que você me solta, sendo que eu não sei nem o seu nome e diz me ajudar ? A gente não sabe nem pra onde vai! Ah se toca.

– Talvez... conheço um cara que pode ajudar a gente muito, pelo menos essa noite.

Andamos até uma casa assustadora. Ela tinha vidraças quebradas, e pelo que parecia, ninguém entrava lá há anos. Benjamin grita

– Sr Cloude! Está aí ? – Nada. Mas de repente sai um velho com uma bengala e um mal humor terrível.

– O que quer garoto? - diz o velho

– Queremos que o senhor nos ajude, velho arqueiro!

– E porque eu ajudaria vocês ?

– É.. que.. bem.. não temos onde ficar e queria pedir se podemos ficar aí.. é só por essa noite!

– Sei, não que eu esteja sendo bonzinho, mas creio que vocês não tem escolha, e .. bela mocinha, não quero que ela fique com frio aí fora.

Entramos na casa empoeirada e o velho não nos oferece nem água. E quando eu olho pra onde ele estava, ele não estava lá mais.

– É um velho inimigo do meu tio... acho que ele tem um bom coração, e adora ser chamado de “Velho arqueiro”.

Ben vê que eu não estou nem um pouco interessada na sua conversa. Subimos as escadas pra ver o que tinha lá. Nada, apenas a sacada de onde dá pra ver as luzes amedrontadas de Paris, e nós numa casa estranha com um velho estranho, onde nem as luzes se ascendem.Ficamos por alguns minutos mechendo e não encontramos nada, então voltamos logo para a sacada.

– Você não tem medo ? – Ben chega por trás de mim

– Nunca tive medo

– Qual é o seu nome ?

– Joanne.

– Você sabe que nós estamos atrás da mesma pessoa não é..

Eu fico em silêncio por alguns minutos. De repente o velho aparece.

– O que fazem aqui no meu porão! – Ele estava com o tal do arco que dava a ele o nome de arqueiro. – Saiam já daí ! a polícia está atrás de vocês! – Sim eu ouvia barulhos da sirene

– Traidor! – Ben morde os lábios de raiva, no momento que ele diz – No três.. 1..2 .. – Nós pulamos, e eu morrendo de medo, aquilo não era como uma dança qualquer, nem Ballet, nem bolero, apenas.. machuquei o meu joelho,

– Parados! Polícia! – O delegado grita no alto falante

– Esperem por mim! – de repente a casa se acende, nos poucos minutos aterrorizantes naquela casa, que parecia estar novinha em folha dessa vez, sai o garoto Geovanne, parecia estar ferido nas costelas, e ele gemia e chorava de dor, tinha levado uma flechada do velho... corremos, enquanto Ben tira uma arma de dentro de não sei aonde e diz:

– Parado! Saia do carro! – e o cara que estava dentro do carro saiu. – Rápido! Entrem no carro! – Entrei e em seguida o garotinho cheio de sangue veio atrás de mim. Ele dá partida no carro, e eu na frente com Ben, quase bati a minha cabeça. A Polícia começa a atirar, e depois de uma pancada forte no porta luvas eu apaguei.



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