POV Nico di Angelo

Cheguei cedo ao acampamento. Como de costume, nao ia ficar, mas ouvi dizer que Percy e Annabeth vinham fazer uma visita para desejar feliz natal, eu resolvi aparecer também.

Fui direto à casa grande. Lá encontrei o cenário habitual: Sr.D e Quiron a jogar às cartas.

 - Nico! - disse Quiron - que bom ver-te meu rapaz.

 - Ola Quiron - respondi - e Sr.D.

 - Ãh?  - respondeu Sr.D - Oi Quico.

 - Então Nico - continuou Quiron - é desta que vens para ficar?

 - Não, vim só desejar feliz natal.

Nesse momento entrou Juniper, a namorada de Grover, muito aflita.

 - Então Juniper - disse eu - esta tudo bem?

 - Não. Chegou uma rapariga. E foi a deusa Atena que a veio trazer.

 - Como? - perguntou Quiron.

 - Ela está desmaiada junto ao pinheiro de Tália.

 - Vem comigo Nico - disse Quiron.

Segui-o até ao pinheiro que até a alguns anos atrás fora a minha prima (longa historia). Não senti rasto a morte, o que significava que a rapariga devia estar bem de saude. Finalmente chegamos ao pinheiro.

A rapariga era uma princesa. Tinha os cabelos castanhos tão claros que quase pareciam de ouro e os labios rosados que condiziam com a sua pele incrivelmente branca, quase translucida. Usava um vestido preto de gala, até ao joelho, sem ombros e uma gargantilha de prata e diamantes que lhe enfeitava o elegante pescoço.

 - Ela tem qualquer coisa na mão - disse Quiron acordando-me dos meus pensamentos - é um papel.

Tirou da mão de rapariga um papel amarrotado.

 - É uma carta - disse ele - uma carta de Atena. Vem, vamos leva-la para dentro.

Quiron pegou na rapariga. Caminhei a seu lado evitando os olhares curiosos dos campistas.

Na casa grande, Sr.D continuava a jogar às cartas com jogadores invisiveis.

Quiron deitou a rapariga no sofá.

 - Quem é essa? - perguntou Sr.D.

 - Vamos descobrir - respondeu Quiron.

A carta era a explicar o que tinha acontecido à rapariga.

O seu nome era Lillyan Marion, e era filha de Atena. Tinha sido atacada pela medusa, e durante o ataque seu pei e o seu melhor amigo haviam sido mortos. Ela não tinha mais familia, visto que seu pai era filho unico, que nunca tinha conhecido a avó e que o avô tinha morrido á 3 anos atrás. Atena dizia também que ela deveria ir na proxima missão.

 - Que trabalho bem feito - disse eu ironicamente - põe a miua a dormir, deixa-a no acampamento e manda uma carta a explicar tudo. Mas que mania que os deuses têm de pensar que nós somos super herois.

 - Cuidadinho com a lingua rapazinho - avisou Sr.D.

 - Nico - disse Quiron - tens de entender que...

 - Eu entendo - retorqui - mas não vou ser eu a dizer à miuda que o pai e o melhor amigo estão mortos, que é filha de uma deusa grega, que há um monstro que transforma as pessoas em pedra a tentar mata-la e que dentro de pouco tempo, irá numa missão, a mandato da mãe que nem sequer se deu ao trabalho de vir explicar tudo pessoalmente e em vez disso mandou uma carta.

 - O quê? - disse uma voz atrás de mim.

Olhei e dei de caras com uns lindos olhos castanhos assustados a olharem para mim.