Matthew ficou pensando nas palavras pertubantes do irmão. “Como assim : ‘os mortos podem voltar à vida’?”

Ficou pensando nisso enquanto Carol continuava dormindo. Ela se parecia tanto com Elizabeth ... A semelhança era incrível, parecia que Elizabeth tinha encarnado em Carol, mesmo assim as duas eram muito diferentes.

Logo amanheceu. Carol acordou sozinha no quarto e sentindo um cheiro gostoso vindo da cozinha.

Se levantou e foi caminhando até lá, enquanto passava pela casa percebeu que o cheiro de sangue havia sumido e a casa estava limpa.

Quando entrou na cozinha se deparou com uma mesa de café-da-manhã e com Matthew lavando um liquidificador.

–Bom dia dorminhoca. –Disse ele com muita alegria.

–Bom dia?! –Disse Carol assustada com a ação dele.

–Fome?

–Não muita ... –Mentira, o estômago dela estava roncando.

–Quando é que você vai confiar em mim?!

Enfim ela cedeu à fome e começou a comer, mas não estava se sentindo muito bem ... Havia quatro dias que não fumava um cigarro sequer, estava sentindo a falta da droga em seu corpo.

–Você está bem?

–Sim.

–Mas não parece, você está pálida Carol.

–Eu estou bem Matthew!

–Tudo bem, não precisa ficar nervosa ... Vou caçar um pouco, não comi nada ontem. Acho bom a senhorita comer e ficar aqui quieta, senão já sabe o que acontecerá com você.

Carol, apavorada, não sabia o que fazer. A fome de um cigarro falava mais alto e nem um centavo ela tinha para comprar um maço, nem sair sequer podia! Ela não sabia mais o que fazer, até que viu um buraco na parede do quarto.

Com a porta da frente e as janelas trancadas, não havia como sair daquela casa semelhante ao inferno. Porém com aquele buraco ela tinha uma chance.

–Será que eu passo? –Se perguntou em voz alta.

Carol foi entrando cada vez mais no buraco um pouco mais largo que sua cintura, foi passando cada membro do teu corpo até ficar metade para dentro e metade para fora, mas seu quadril ficou preso.

–Droga!

Ela começou a se desesperar, mas finalmente, depois de muito lutar! Conseguiu sair.

– Vai a algum lugar?

Vladimir. Merda.