Yabai De! escrita por Pockolli_sis


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

N/A.: Esse capítulo está cheio de cortes temporais estranhos e que pulam de lugares para outros, sem sentido algum. Espero que vocês entendam a ordem das coisas.
Ele tá curto, mas eu prometo que o 3 vai ser esclarecedor do porque da história. E nesse capítulo 2 aparece uma personagem importante, que estou decidindo ainda se vai interferir ou não no decorrer da coisa.
Obrigada por lerem!

O.B.S.: Eu to meio grogue, por isso eu escrevi um pouco só, e as palavras me fugiam da cabeça. Demorei uns 2 minutos pra lembrar da palavra 'Maternal'. .___________________. Mas pode deixar que eu tenho a base da história na cabeça e não vou parar no meio não.



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Capítulo 2 –

- AAAAAAAAAAAAH, finalmente!!!!!!!!!!!!!! – berrou um Natsurou hiperativo, correndo no meio da praia já deserta. Parou na margem de uma onda que acabara de quebrar e respirou fundo a brisa marítima que adorava, de olhos fechados.
Abriu os olhos e se deparou com um por do sol incrivelmente lindo... exageradamente laranja, rosa... Não sabia como descrever aquilo. Era a vista que ele mais adorava: o mar azul de Okinawa no fim de tarde, no pôr-do-sol. Dava-lhe uma sensação de alívio... Às vezes até um arrepio.
Tirou o celular do bolso e olhou o horário. Quinze para as seis. Era terça, tinha que fazer a janta hoje. Voltou-se para a direita e começou a andar lentamente em direção à sua casa, seguindo a trilha da praia. Enquanto caminhava aproveitava para molhar os pés nas ondas, que a cada vez subiam mais.
Morria de medo que a maré subisse e ele não conseguisse sair da praia a tempo! Foi saindo da areia, e pisou na calçada, já perto de sua casa.
Olhou para os dois lados antes de atravessar a rua – embora ela não fosse nem um pouco movimentada – e entrou em outra, estreita. Os postes já estavam acesos, embora ainda estivesse claro.
Tirou um molho de chaves gigantesco do bolso e selecionou uma quando parou em frente o portão de uma casa. Era simples, com um quintal enorme e cheio de flores e pequenas árvores e arbustos, mas a construção em si aparentava ser pequena. O muro que envolvia a casa era de tijolos, o portão de ferro e a casa de um azul muito claro.
Abriu finalmente o portão e percorreu um caminho de pedras até a porta da casa. Destrancou-a, deixou os chinelos que calçava na entrada e adentrou. Deixou as chaves na mesa do pequeno corredor que ligava o hall com a sala, e entrou na cozinha.
Acendeu a luz e ligou a TV de 15 polegadas que estava em cima do balcão. Colocou em qualquer canal que passasse um vídeo musical e começou a pegar os ingredientes para uma receita aleatória.
Na importava, apenas tinha que se alimentar. Ligara a TV só para não se sentir tão sozinho. Até a voz da menina do MAXIMUM THE HORMONE(1) cantando Chuchu lovely munimuni muramura era acolhedora.
Não tinha nenhum prato preferido, nem nada programado e nem a quem esperar. Oooou seja: RAMEN!
Estava prestes a colocar a água para ferver, todo feliz que iria poder comer ramen, quando se deparou com um bilhete pregado à geladeira.

Na-chan,
Mamãe vai chegar tarde hoje! Têm comida pra esquentar na geladeira (aquele espaguete de domingo) e vários legumes na geladeira. Tem até furikake(2) se você quiser fazer gohan(3)! Só não vai comer aquelas porcarias, ok, fofinho? Nada de ramen!
Boa noite, meu querido!
Okaa-san(4)

Perplexo, o garoto olhou para o bilhete como se não acreditasse no que estava lendo. Agora teria que se dar o trabalho de lavar arroz, colocar na panela, esperar ele ficar pronto, queimar as mãos fazendo o formato dos onigiris(5), colocar furikake, e finalmente comer. Ô preguiça.
- Hakisamiyo. Maldita mania de ficar com peso da consciência de desobedecer a okaa-san. – suspirou, enquanto pegava um pacote de gohan.


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- Mendokusaaai(6). – reclamou em alto e bom som, enquanto chacoalhava a tela do seu Sony Vaio. – Por que, meu kami-sama(7), por que o senhor faz isso comigo? Você acha graça em ver meu sofrimento? – praguejava.
Tooodo o seu trabalho havia sido perdido por culpa de uma simples maçã. Uma gotinha de suco de maçã que caíra entre as teclas A e S havia acabado com todo o projeto que vinha trabalhando fazia 2 meses!
Que raiva sentia daquela criaturinha kuro(8) pululante que viera entregar aquelas malditas frutas mais cedo. Ai dela se aparecesse denovo na sua frente!
Concordemos que Natsurou não era culpado por nada... só tinha levado as frutas que seu avô pedira. Mas era a fruta que originou aquele suco que estava tomando e que caiu no teclado do seu notebook e queimou todo seu computador o fez perder um trabalho de 2 meses!
Se esparramou em um monte de almofadas jogadas pelo seu quarto, e ficou olhando para o teto. O que faria...? O prazo de entrega era para o final do verão, então só restava 1 mês. E ainda não tinha feito nem a metade ainda...
Hanashiro Yuu ficou em estado vegetativo por alguns incontáveis minutos. Todo seu cabelo cor de chocolate estava bagunçado, e com roupas de malha, não aparentava em nada ser um renomado designer de interiores.
Tinha de planejar o interior de uma loja de uma nova grife de roupas japonesas. Era completamente voltado para o público jovem, um tanto excêntrico. O tema era FRUTAS. Basicamente, a decoração de cada época do ano consentia com os tipos de fruta de suas respectivas temporadas.
Viera para Okinawa não apenas para cuidar do seu avô, como sempre fazia desde seus 18 anos, mas para pesquisa. Quer dizer, Okinawa, ilha, TROPICAL. FRUTAS tropicais. Naqueles 14 anos, desde que saíra daquela ilhazinha quente e abafada e se mudara par Tokyo, era a única vez que voltava para lá com um propósito útil, e não para exatamente cuidar do seu único prezado parente.
Ficou imaginando o que poderia fazer para recuperar todo seu trabalho perdido. Isso é, se ainda tinha jeito de recuperar.


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Sentou-se no sofá à frente da TV para comer sua “refeição”. No que ia dar a primeira mordida, a campainha tocou.
Amaldiçoou quem quer que tenha sido o artista que o incomodava àquela hora da sua janta! Deixou o prato com onigiris na mesinha de centro e levantou-se para abrir a porta.
Na verdade, acendeu a luz de fora e foi até o portão para ver quem era. Ao se aproximar, percebeu que era uma garota. Abriu um enoooooorme sorriso ao descobrir quem era.
- Misaki-san! Que surpresa! – exclamou, ao destrancar o portão. Estava com um sorriso de orelha a orelha, como sempre.
- É... eu estava passando por perto, aí eu pensei em ver o Kohatsu-kun. Faz tempo que não nos vemos, não é? – a garota disse com uma voz doce. Um sorriso cabia perfeitamente em seu rosto a cada palavra que dizia.
Era Eda Misaki, representante da classe de Natsurou. Uma garota que se encaixava tão perfeitamente nos padrões da perfeição que era impossível achar que ela existia de verdade. Suas feições eram calmas, e passavam um aspecto amável, até maternal. Nariz pequeno, assim como sua boca que se comprimia em dois lábios extremamente vermelhos e espessos. Suas bochechas eram um tanto salientes e seu rosto rosado; não era uma típica Okinawana. Algumas mechas de seu cabelo castanho liso perfeito se mexiam com a brisa marítima, e sua franja a altura das sombrancelhas desenhadas estava completamente desalinhada. Mas mesmo assim, conseguia ser incrivelmente primorosa.
- Ah... quer entrar? Eu tenho onigiris! – Natsurou convidou-a, orgulhoso de sua conquista culinária.
- Onigiris...? – riu de leve. - Eu não vou incomodar? Sua mãe não está aí? – indagou, receosa.
- Ah, ela provavelmente não volta antes da meia noite. Entra aí, me faz companhia! – o loiro a encorajou, dando espaço para ela passar pelo portão.
- Ok... mas só se você me deixar fazer um jantar digno, por favor! Não vai só comer onigiris pela noite toda, vai!? Isso não é refeição! – com uma cara de brava, a garota pos seu lado maternal para fora enquanto atravessava a passagem.
- Mas... qual o problema? – indignado, Natsurou a acompanhou até entrar em casa. – Eu não me importo...
- Todo! Tem que comer vegetais também, Kohatsu-kun.
- Tá bom, mamãe. Pode fazer o que você quiser.
Finalmente cedendo, com uma cara de derrotado, Natsurou observou enquanto Misaki ia toda saltitante para a cozinha. Ela exibia uma expressão de vitória no rosto.


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Nem percebeu que dormiu no sofá enquanto Eda Misaki dominava a cozinha da sua casa. Apenas lembrava de ter enfiado a cabeça para dentro do portal e perguntado o que diabos ela estava aprontando e de ter sido acertado na cabeça por uma cenoura voadora, antes de sair correndo. É, ela alegara que aquela refeição seria uma surpresa, e não tinha nada que se pudesse fazer sobre isso.
Sentara-se no sofá, imaginando. Estava com fooome, fato. Acordou logo depois, nem percebendo que tinha adormecido.
Era fato também que aquele cheiro que estava sentindo era MUITO bom. Tão bom que o fez flutuar até a cozinha para saber o que diabos ela estava aprontando. Meteu a cabeça para dentro do cômodo para espiar, mas foi surpreendido:
- Ei, Kohatsu-kun. Eu disse pra você ficar lá na sala. – num muxoxo, Misaki o repreendeu. – Mas você tem sorte de ter chego num momento oportuno. Já acabei. – completou a frase com um sorriso.
O garoto contemplou a cozinha. Aquele cheiro magnífico não era só cheiro, afinal. Avistou a mesa no canto da parede toda arrumada, com uma toalha que ela provavelmente achara no fundo da gaveta – uma xadrez azul bebê com branco -, dois pratos, talheres, e finalmente: uma porção gigante de udon!
Seus olhos brilharam mais do que nunca. Finalmente uma refeição decente, feita por uma garota maravilhosa e com cheiro e aparência maravilhosos!
- Ah! Sugoi! – com uma feição surpresa, ele adentrou completamente na cozinha. Estava perplexo que ela conseguira fazer tudo aquilo sozinha, e em tão pouco tempo! Deu uma olhada no relógio antes de ir espiar, e ainda eram 8 horas!
- Ah, que bom que gostou! Estava com medo que fosse uma coisa muito comum, udon... – com um aspecto feliz, ela pode suspirar aliviada. Olhou para ele, e convidou-o para sentar.
Os dois se sentaram, um a frente do outro, e enquanto comiam, Natsurou ressaltou o quanto a comida dela estava realmente boa, enquanto ela apenas sorria e olhava, emudecida.


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Conquanto não conseguisse resolver aquele problema, não conseguiria ter paz. Rolou de um lado para o outro no chão do quarto. Chutou várias vezes a parede pra ver se um choque de dor manifestava qualquer coisa que fosse no seu cérebro –e se arrependeu profundamente disso porque não funcionou de nada e seu dedinho estava latejante.
Quando olhou no relógio em seu pulso já eram quase 9 da noite! E finalmente percebeu que estava literalmente em posição fetal, agarrando suas pernas, deitado no chão.
Foi então que caiu a ficha do quão ridículo estava sendo. Era um homem! Ia começar desde o princípio, nem que isso o custasse um mês de sono perdido.
Só que agora não adiantaria pensar em nada... amanhã ia levar o notebook no conserto... ou simplesmente compraria outro... enquanto isso... uma noite de sono não faria mal..


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fim cap2
loading cap3 [?]............................
                         /sleeps.. e_e


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Notas finais do capítulo

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Glossário:
1. MAXIMUM THE HORMONE: Banda japonesa, estilo Slipknot. Mas tem uma menina que canta kawaii em algumas músicas.
2. Furikake: Um tipo de temperinho (?) pra colocar em onigiri.
3. Gohan: Arroz japonês.
4. Okaa-san: Mãe (=Haha)
5. Onigiri: Bolinho de arroz. 6. Mendokusai: Que saco (Versão Nara Shikamaru [?])
7. Kami-sama: Deus
8. Kuro: Preto
9. Udon: Um tipo de macarrão, soba, ou alguma coisa assim, com legumes. (Fontes não confiáveis ._.)
Resumo: Eda Misaki - 16 anos, perfeitinha. Basicamente aquela personagem de que todo mundo tem raiva, porque é fisicamente (?) impossível existir alguém tão fofinho assim. Sim, ela foi criada com o objetivo mesmo de todo mundo ter raiva dela. 8D /apanha
Seeya



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