Unbreakable escrita por Caeruleae Ignis


Capítulo 13
Capitulo 13 - For Auld Syng Lane


Notas iniciais do capítulo

MIMIMI VOCE TA ATRASADA
EU SEI SAI DAQUI
ME DEIXA
eu andei meio ocupada e sem inspiração, então....

ta ai gente
espero q tenha ficado legal



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/306459/chapter/13

For Auld Syng Lane

Os dias depois do Natal passaram rápido demais. Sherlock continuava a investigar os crimes e Carmen se enfiou debaixo das cobertas de Lestrade por quatro dias.

Por um momento, Carmen se colocou sobre o peito de Lestrade e retomou o fôlego após a décima segunda vez seguida que se comiam.

Lestrade tinha o ego do tamanho da Grã-Bretanha.

Carmen pegou-se pensando na noite de Natal, aquele show todo de Sherlock com relação ao seu "namoro" com Lestrade. Aquilo podia ser chamado de namoro? Porque afinal, a única atração que os dois sentiam era carnal. Só...

Sexo. Nada mais.

Pelo menos pela parte de Carmen.

***

Sherlock estava analisando as fotos da cena do crime mais recente quando escutou a porta se fechar. Virou-se para o corredor e fitou uma Carmen ligeiramente desarrumada se tornar estática ao ver a imagem do detetive.

– O que você está fazendo acordado? São quatro horas da manhã.

– O que você está pensando em chegar nessa hora da noite?

– Virou meu pai, por acaso?

Sherlock suspirou e voltou sua atenção às pistas enquanto Carmen se digiria ao seu quarto. O detetive escutou o chuveiro ser ligado e suspirou. Para ele, a noite seria longa.

***

Carmen acordou com uma puta dor de cabeça e olhou o relógio na mesa de cabeceira. 31 de dezembro. Era Ano Novo.

Como de praxe, arrumou-se rapidamente e se dirigiu à cozinha. Sherlock dormia no sofá e a sra. Hudson não estava em casa. A menina observou um bilhete na geladeira e o leu silenciosamente.

"Carmen e Sherlock,

viajei para o interior para passar o Ano Novo com a minha irmã e a família dela. Espero que o Ano Novo de vocês seja ótimo!


sra. Hudson"


A menina soltou um suspiro e acendeu o fogão, enchendo a chaleira com água. Sherlock despertou grunhindo com o som da água preenchendo a chaleira. Carmen encheu o coador de erva de chá e esperou a água ferver enquanto observava o homem se levantar.

– Bom dia - ela falou da cozinha. - Quer chá?

– Sim, por favor. - ele vestiu o robe azul e caminhou em direção a cozinha. Carmen entregou-lhe uma xícara branca com earl grey fumegante, e enquanto bebia, direcionou-se a caixa de correio, ao descer as escadas. Carmen preparava algumas torradas enquanto bebia o seu próprio chá, sentindo pouco a pouco a dor de cabeça passar.

– Carmen, você tem correspondência. - Sherlock colocou algumas cartas ao lado da menina e foi se sentar na sala, lendo o jornal do dia. Carmen abriu um envelope já sorrindo ao se deparar com dois convites para uma das maiores festas de Ano Novo. Sempre recebia esses convites por ser frequentadora assídua dessa boate, além de um dos donos ter uma pequena paixonite pela menina.

Típico.

Carmen se sentou ao lado de Sherlock e mostrou-lhe os convites.

– Você vai nessa festa comigo, né?

Sherlock retirou o jornal da frente e decaiu o olhar sobre Carmen, que mantinha os convites defronte o rosto, mostrando somente os olhinhos pidões.

– Não.

– Por favooooor!

– Não.

– Vamos lá, por favor! Vai ser divertido!

– Por que quer tanto a minha companhia? Leva o Lestrade; ele não é seu namorado?

Carmen estranhou o tom de Sherlock.

– Impressão minha ou você está com ciúmes?

Sherlock levantou o jornal, somente para ser retirado de suas mãos por Carmen.

– Eu aposto que você está com ciúmes e está louco para ir nessa festa. - O detetive fitou a menina veemente - Acho que você tem razão. Vou levar o Lestrade e só volto semana que vem. Reze para que eu não fique grávida.

Ela se levantou rapidamente e no primeiro passo que deu sentiu seu punho ser fisgado pelo moreno. Um sorriso malévolo se delineou entre seus lábios.

– Ótimo, você conseguiu. Eu vou com você.

– Mas...?

– Mas só se você não...

– ...não?

– Contar para ninguém. - Carmen arqueou uma sobrancelha loira com o comentário de Sherlock e voltou a se sentar.

– ...tá. Você tem alguma roupa pra ir?

– Claro que eu tenho roupa para ir nessa festa, Carmen.

– Iiiih, tá de TPM, Sherlock? - Carmen segurou o rosto de Sherlock e apertou suas bochechas, fazendo com que seus lábios se curvassem em um bico. - Fala "peixinho".

Sherlock se desvencilhou da mão de Carmen e voltou a ler o jornal. Carmen terminou seu chá e ao sentir o cheiro de queimado, fitou a cozinha esfumaçada.

As torradas tinham queimado.

***

A noite vinha caindo e Carmen começou a se arrumar. Tomou um longo banho de banheira enquanto esfoliava seu corpo, preparando-se para a noite. Saiu da banheira com o corpo ligeiramente enrugado e se vestiu. Já Sherlock estava entrando em uma crise existencial para se vestir. Faltando meia hora para a festa começar, Sherlock bate na porta de Carmen.

– Carmen?

– Sim, Sherlock?

– Você... erhm. Pode me ajudar? - ela abriu a porta e colocou somente o rosto de fora.

– Quê?

– Não piore a situação. Me ajude.

– Ahn.

Os dois se encararam.

– Tá. Só... espera um pouco. - ela fechou a porta e vestiu um roupão de seda. Já estava vestida, mas não queria estragar a surpresa. Saiu do quarto e foi em direção aos aposentos de Sherlock. Ele também estava de roupão. O cabelo estava seco. Ela se deparou com o caos instalado no quarto do detetive.

– Ahn. - Sherlock gemeu.

– Você está fazendo tempestade num copo d'água por causa de uma festa, Sherlock? - Carmen não pode fazer nada além de rir - Você é um virgem mesmo.

Ele não falou nada.

– Basta uma calça e uma blusa, homem. - A menina agarrou uma blusa branca social sobrevivente e uma calça do mesmo tipo só que preta, e entregou a muda de roupas ao homem.

– Obrigado.

Carmen acenou negativamente com a cabeça e foi para seu quarto. Sherlock ficou lá, sem graça de ter pedido ajuda para escolher uma roupa.


Sherlock andava de um lado para o outro.

– VAMOS, CARMINE!

– PERAÍ, HOMEM! EU JÁ TÔ TERMINANDO A MAQUIAGEM!

Alguns minutos depois de ter gritado, Carmen desce de seu quarto, já pronta. Arrancou um olhar de Sherlock enquanto passava por este, saindo de casa.

– Você vai ficar aí me comendo com os olhos ou vamos para a festa logo? Já deve ter começado.


***

Os dois permaneceram em silêncio no táxi. Carmen fumava um cigarro enquanto fitava as luzes passando rapidamente pelos seus olhos. Em cinco minutos chegaram na boate, e Sherlock pagou a viagem. Ao entrarem no local, encontraram-se em um verdadeiro tumulto. A música estava alta, o lugar cheirava a cigarro e bebida, as pessoas se esmagavam uma entre as outras. Típica festa de Ano Novo. Sherlock teve que ser guinchado por Carmen pelo pescoço para entrar, e logo a menina começou a beber.

– Anda, Sherlock! Bebe logo!

– Não gosto de perder o controle como você, Carmen.

– Larga de ser fresco - ela colocou uma shot de vodka na frente dele - e vira isso logo.

Ele não se moveu.

– Tá com medo de fazer merda? Eu aposto que consigo deixar você descontrolado em uma hora.

Sherlock suspirou e bebeu a dose que Carmen tinha colocado para ele. Ela virou uma de uísque, e outra, e mais outra. Depois da quinta, levou Sherlock para dançar.

O detetive se castigava por ter caído tão facilmente no papo de Carmen. Em menos de uma hora ele já estava tão bebado quanto o mendigo na esquina. Doidaço. Um pouco antes da meia note, Carmen tinha sumido. Dois minutos antes do ano de 2007 começar, ela aparece com mais duas bebidas e entrega uma a Sherlock. Ele vira o gin na boca como água e Carmen começa a rir. A contagem começa. Os dois permanecem em silêncio observando da parede de vidro os ponteiros do Big Ben se aproximarem da meia-noite.

– Feliz Ano Novo, Sherlock.

– Feliz Ano Novo, Carmen.

***

Às duas da manhã Carmen já tinha que segurar os cabelos de Sherlock no banheiro masculino enquanto o detetive vomitava.

– É um virgem mesmo... - Carmen resmungava enquanto segurava o detetive. Os homens que entravam e saiam do banheiro fitavam aquela cena inusitada, focando-se principalmente no tamanho do vestido de Carmen.

– Eu estou bem, eu estou bem. - Sherlock fechava os olhos com força, tentando focar sua visão.

– Arrã. Vamos para casa, eu tenho uma surpresa.

– Quê?

– É, levanta. - Carmen conseguiu, por mais incrível que pareça, levantar Sherlock e carregá-lo até a saída da boate. O taxista o ajudou a entrar no táxi. Quando estavam chegando perto de casa, Sherlock percebeu que a menina enrolava dois cigarros.

– O que é isso?

– Maconha. Nunca viu antes?

Sherlock se assustou com a naturalidade da menina em falar sobre drogas na frente do taxista.

Meu Deus, como você é coxinha, também refletiu.

Chegaram em casa e bateram as costas na parede da escada, enquanto Carmen acendia os dois cigarros ao mesmo tempo, colocando um na boca de Sherlock.

– Fuma. - Sherlock deu uma longa tragada assim que a menina colocou o cigarro na sua boca, sem poder reagir, e assoprou no rosto de Carmen. Os dois gargalharam juntos.

***

– Você tá trapaceando, Sherlock! - Carmen já estava somente de calcinha e soutien, e Sherlock usava somente suas calças. Um sentava na frente do outro sobre a cama no quarto dele, segurando algumas cartas. Strip poker.

– Que mentira, Carmen. E eu acho que você perdeu mais uma peça de roupa, porque... - Sherlock mostrou seu royal flush e arrancou um suspiro de Carmen. Ela se jogou sobre a cama e se deitou, enrolando mais um beck.

– Faz um pra mim também.

– Tá. - Após um minuto, Carmen já tinha acendido os dois cigarros, e Sherlock já estava no terceiro.

– Cara...

– Quê?

– A gente tá muito louco.

Os dois se entreolharam e começaram a rir. Carmen tirou o soutien e o rodou no dedo. As risadas aumentaram quando a peça íntima caiu sobre o rosto de Sherlock. Os dois riram tanto que o oxigênio começou a faltar. Lentamente, ambos foram se cansando até que a lombra e o sono tomou conta deles.

***

Carmen sentiu um par de olhos nela. Estava tudo escuro. Sentia que estava em um sonho. Mas tudo parecia tão... familiar. As pessoas, o lugar... até que reconheceu um rosto.

Mycroft.

Sabia que estava sonhando, mas a presença dele não era somente hipnótica. Ela sabia que tinha visto alguém familiar na festa, só não sabia quem.

O que Mycroft estava fazendo lá?

***

Sherlock se movimentou na cama ao sentir o Sol no seu rosto. Virou o tronco para ficar de barriga para baixo, até que sentiu sua mão alcançar alguma coisa macia. Acariciou uma ponta saliente por alguns segundos e apertou o todo com certa força até reconhecer o que estava apalpando.

Carmen sentiu seu seio direito ser apertado e levou sua mão até a mão de Sherlock, abrindo os olhos. O detetive fez a mesma coisa, e os dois se fitaram ao acordar.

A menina caiu da cama com um grito, procurando pelas roupas. Sherlock se assustou com o grito e escorregou para fora da cama também.

– MAS O QUE CARALHOS, SHERLOCK?! - ela sentiu a dor de cabeça da ressaca lhe atingir como uma pontada, enquanto enrolava o lençol branco em seu corpo.

Os dois não lembravam de nada.

Acho que alguns testes de gravidez terão que ser comprados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

assim gente, eu vejo as contagens das visualizações dos capítulos e dos sets no polyvore, tem muito mais que comentários...

ser leitor fantasma é fácil, quero ver vir aqui escrever
serio gente, ta incomodando essa falta de feedbeck! pode esculachar, criticar, rir, xingar, qualquer coisa! se vocês soubessem o quanto isso ajuda... então, que fique de aviso. eu ando muito sem inspiração, e provavelmente vou deletar a fic se continuar com essa falta de feedbeck. é isso. amo vcs.