F.o.r.e.v.e.r escrita por Kiki_Vampire


Capítulo 1
4 anos depois...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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  Minha mãe me levava ao aeroporto com as janelas do carro abertas. Eu sabia que ela estava tendo um dejávu de quando se mudou para Forks. Ainda mais que o meu destino era o mesmo. Algum tempo após o confronto com os Volturi, minha família decidiu se mudar para New Hampshire, e seguir nossa vida, assim como o planejado antes do confronto. Enfim, estávamos há 4 anos neste estado conhecido como "Suíça da América". Irônico. Em questões de segundo, minhas divagações ficaram para segundo plano.
Eu havia chegado ao aeroporto.

- Renesmee, promete me ligar todos os dias? - Perguntou mamãe.

- Tia Alice ficará com você nesse final de semana e eu estarei segura com Jacob. - disse exibindo um sorriso.

- Eu sei, mas... Tudo bem. Diga a Cha.. papai que mandei lembranças. - arqueei as sombrancelhas. Ela sorriu, diria até envergonhada, ela sabia que estava parecendo vovó Renee.

- Vou dizer. - disse apenas enquanto a pegava em um abraço forte e acolhedor. Eu não gostava de dar "adeus" mesmo que por apenas um final de semana, mas Jacob precisou voltar á La Push. Sua irmã Rebecca havia descoberto sobre os lobisomens de
uma forma não tão agradável.  Além de ir para dar apoio á Jacob, eu estava com saudades do meu melhor amigo depois de Emmett. Meu tio sempre me fazia repetir isso. Soltei-me dos braços da minha mãe e logo olhei para os lados vendo toda a minha família. Papai deixou que minha mãe me trouxesse alegando que precisávamos de um tempo para nós,
mas não era segredo pra ninguém que assim como todo pai ele "não aceita ver sua garotinha crescendo tão rápido". Palavras de Alice. Corri para os seus braços que já estavam abertos a minha espera. Caminhamos para o saguão do aeroporto ainda abraçados, e quando chamaram meu vôo senti outros braços me envolvendo. Primeiro Rosalie, depois Emmett, seguidos de Alice, Esme, Carlisle e Jasper.

- Cuidado. Eu te amo. - disse meu pai em meu ouvido.

- Eu os amo. Muito. Plus que ma propre vie. - disse sorrindo e emocionada com todo o carinho, mas o momento não durou muito tempo e logo eu estava observando o céu nublado, triste e frio de New Hampshire pela janela do avião.

**************


Menos de duas horas depois eu já estava desembarcando, carregando apenas uma pequena mala. Assim que desembarquei pelo portão A9, corri os olhos pelo saguão. Não sabia se Jacob tinha a noção de que chegaria tão rápido, mas logo minhas dúvidas foram embora quando ao longe avistei o meu Jake. Fui caminhando tranquilamente sem desviar o olhar até que encontrei com os olhos tão acolhedores e carinhosos de Jake. Não consegui segurar a minha saudade e confesso ter corrido com um pouco mais de velocidade do que um humano normal, mas o meu interesse era o que encontraria na linha de chegada: carinho, amor, cuidado, atenção, admiração, tudo em um só lugar, tudo nos braços do meu melhor amigo.

- Hey, Nessie! Saudades de você, pequena. - disse sorrindo e me apertando em seu corpo quente. Me soltei apenas um pouco de seus braços e enquanto descansava minha mão esquerda em seu peito, levei minha mão direita ao seu rosto e sem usar nenhuma palavra, consegui transmitir pelo menos um pouco da saudade que senti dele.


"Nunca mais se afaste de mim dessa forma. Eu preciso de você sempre comigo, Jacob." - Transmiti em pensamento. O sorriso que recebi em troca fez com que recebi em troca fez com que meu coração quisesse saltar do peito. Ainda abraçados e sorrindo como se não existisse nenhum problema caminhamos até o estacionamento dando de cara com um Rabbit vermelho. Já escutei muito sobre esse carro que Jacob tanto lutou para montar. Orgulho do meu amigo.


- Vamos, pequena? - chamou Jake que já mantinha a porta aberta para que eu entrasse. O caminho foi feito silenciosamente até chegarmos á casa do meu avô Charlie. Assim que estacionamos avistei Charlie parado á porta de sua casa. Desci do carro rapidamente e logo o abracei.


- Como você cresceu, Nessie! - reparou meu avô espantado. Quando menor ele havia jeito um acordo de saber apenas o necessário então não seria preciso que explicasse o porquê do meu crescimento acelerado e nem mesmo era interessante que ele soubesse.


- E você continua o mesmo velho charmoso de sempre! - brinquei com ele observando seu rosto corar, assim como imaginava minha mãe antes de se transformar.


- Ora se não é minha neta postiça tentando envergonhar o avô. - disse Sue surgindo atrás de Charlie. Agora foi a minha vez de corar. Dei-lhe um abraço carinhoso, e sorri colocando minhas mãos em seu rosto.


"Obrigada."


Ela não se assustaria como Charlie. O sobrenatural já fazia parte da sua vida muito antes até do meu nascimento. Ela sorriu e assentiu num gesto mudo de quem não se importava em continuar fazendo o que fazia. Amar e cuidar de Charlie. Depois desse momento reparei no comportamente do meu avô para com meu amigo. Sim. Mesmo depois de 4 longos anos, os dois ainda se olhavam estranho. No fundo eu sabia que meu avô temia pela minha proximidade com Jacob, enquanto o mesmo se divertia com todo esse temor. Não havia jeito para os dois.

- Então... vamos entrar? - perguntou Charlie desconfortavelmente para Jacob.

- Eu tenho que ir. - respondeu. Pelo seu semblante preocupado, pude perceber que as coisas não estavam nada tranquilas na reserva. Eu ainda não sabia a história direito, apenas soube que Rebecca havia descoberto a existência dos lobisomens vendo Paul se transformar. Pelo visto Charlie e Sue já sabiam da história, já que assentiram e nos deixaram a sos.


- Então... o que realmente aconteceu? - perguntei.

- Podemos falar sobre isso amanhã? - perguntou e eu arqueei as sombrancelhas como quem diz "por que não hoje?" - Você está visivelmente cansada. Posso te levar á La Push amanhã? - assenti e sorri fazendo com que seu semblante preocupado se transformasse em um rosto aliviado e feliz. Novamente o abracei forte. Não queria ficar longe de Jacob, já havia ficado distante por longos e tortuosos dias. - Também não gosto de me separar, mas preciso mesmo ir, pequena. Eu volto. Descanse. - disse antes de dar um beijo em minha testa e correr para entrar em seu carro e partir.  Depois de perder o Rabbit de vista, suspirei e entrei em casa. Essa casa me lembrava os momentos de tensão que senti antes do confronto com os Volturi, senti um aperto no peito, precisava ligar pra minha mãe, eu sabia, ou melhor, sentia que algo estava acontecendo. Avistei Charlie na sala assim como o imaginava quando estava longe: esparramado no sofá, assistindo um jogo de futebol americano, tomando cerveja enquanto comia peixe frito. Passei por ele e lhe dei um beijo  na bochecha. Ele ia levantar, mas Sue apareceu dizendo que me levaria até o
quarto. Eu me sentia em casa na companhia deles, mas ainda ficava relutante em estar aqui sem minha mãe, invadindo o quarto dela. Ri com meus pensamentos.

- Se precisar de alguma coisa pode me chamar, sim?!? - disse Sue. Concordei e logo estava deitada na antiga cama de minha mãe e ligava para ela. Se sentia que havia algo de errado acontecendo, depois da demora em alguém para atender minha ligação eu ganhava a certeza a cada toque.

- Filha? - atendeu meu pai.

- Pai! - respondi animada. - O que está acontecendo?

- Por que a pergunta, meu anjo?

- Você demorou a atender a ligação. E eu sinto, pai. Sinto que há algo errado. - disse tendo o silêncio como resposta. Eu sabia que meu pai não mentiria pra mim, mas a escolha entre contar ou não contar seria mais fácil para mim se mamãe falasse comigo. - Onde está a mamãe? - e mais uma vez o silêncio. Estava preparada a perguntar mais uma vez quando escutei um suspiro resignado.

- Filha, Alice teve uma visão. - disse meu pai. E depois de uma longa pausa ele continuou: - Quase a mesma visão de 4 anos atrás. Neve e a guarda Volturi. - disse por fim. Meu coração se apertou. O que os Volturi queriam agora? Já não haviam visto que eu sou uma
híbrida? Não haviam visto que minha família não havia infringido nenhuma lei? E mais, os Volturi já não haviam provado que minha família tinha amigos que lutariam em nossa defesa caso precisássemos? - Justamente por isso.  - Havia até me esquecido que meu pai poderia ler minha mente, independente da distância.

- Como assim?

- Pelo o que Alice viu, os Volturi viriam até aqui não por nossa causa, mas sim por causa de Stefan e Vladimir. - explicou me confundindo ainda mais. - Há muito tempo atrás era os romenos que comandavam o reino dos vampiros, isso porque eles criaram um clã maior e mais poderoso do que todos existentes, mas um dia, o reino veio ao chão. Os Volturi destronaram os romenos e mataram a maior parte do clã, restando apenas Vladimir e Stefan.


- Agora, eles querem tomar o reinado novamente? - perguntei.

- Sim. Eles viram o tamanho do poder que obtivemos quando reunimos nossos amigos, eles querem aquela mesma reunião, mas agora com um final vitorioso. - terminou Edward.


- Mas, essa visão não é muito correta. Se vocês não aceitarem , muitos dos nossos amigos ficarão relutantes e...

- Somos todos como uma família, Nessie, não queremos criar inimizades por apenas dizer 'não' e claro, não queremos que esse conflito ocorra. Precisamos achar uma forma de acabar com essa sede de vingança dos romenos. - disse rapidamente.

- Onde está mamãe?

- Saiu. - disse nervoso. - Alice a arrastou junto com Rosalie e Esme para um "dia de garotas" - desdenhou e não pude evitar sorrir. Sabia como esses homens poderiam ficar loucos sem suas parceiras por perto.

- Pelo visto ninguém está muito preocupado. - disse aliviada.

- Sim. Não precisa se preocupar. Como estão Charlie, Sue?

- Estão bem. Na mesma rotina futebol americano, cerveja e peixe frito.

- Você está preocupada. Como está Jacob? - Ele está nervoso. Ainda não sei bem o que aconteceu, ele disse que irá me explicar amanhã. Não gosto de vê-lo assim, mas sem saber a situação eu nem posso ajudar. Me sinto impotente.

- Nessie, pode ter certeza que toda a força de Jacob existe por você estar perto. Não se sinta como se não pudesse ajudar, Jacob precisa apenas de sua companhia. - meu pai sempre sabia o que dizer.

- Assim como eu preciso da dele. - disse sorrindo.

- Sim. - pude perceber um tommeio enciumado de sua parte. Estava preparada para prolongar a conversa quando escutei o grito de Emmett como se tivesse brigando com Jasper. - Bom, é melhor eu ir antes que Emmett quebre a casa. Você não... você sabe como ele aceita perder. - disse zombeteiro.

- É...eu sei. Por favor, não permita que meu segundo melhor amigo quebre a casa tão bem decorada da vovó. - respondi.

- Pode deixar. Se cuide, filha. Eu te amo, meu anjo.

- Eu também te amo, papai. Cuide bem da mamãe. - antes que pudesse dizer mais alguma coisa escutei a voz estrondosa de Emmett dizendo "que história é essa de 'segundo melhor amigo'? Esse cachorro já fez a monstrinha mudar de time?" Desliguei o telefone rindo como uma boba. Meu pai conseguiu tirar toda a preocupação que estava em meu coração. Eu sabia que eles dariam um jeito de fazer Stefan e Vladimir mudarem de ideia.


- Nessie? - Sue perguntou do outro lado da porta. Levantei-me da cama e abri a porta. - Deseja algo especial para o jantar? - a mesma perguntou.

- Não estou com fome. - disse tranquilamente, mas Sue me olhava discrente. - Pelo menos não de comida humana. - expliquei suavemente. Ela concordou e acariciou meus cabelos num gesto mudo de quem queria ajudar. - Não se preocupe. Estou bem. Vou dormir e quando acordar caçarei junto de Jacob. - disse.

- Boa noite, então. - respondeu simplesmente. Assim que desceu as escadas, fechei a porta do quarto e comecei a tirar algumas coisas da pequena mala. Alice havia feito questão de arrumar minha bagagem, mas delicadamente neguei. Se dependesse dela eu carregaria três malas para passar dois únicos dias. Retirei das malas meu moletom e me senti a pessoa mais arteira do mundo. Se Alice sonhasse que eu trouxe uma peça dessas pra cá era capaz de vir correndo só para botar fogo em minha roupa de dormir. Me vesti rapidamente e quando estava preparada para deitar senti um vento forte bater em meu corpo, logo sendo substituído por um corpo quente me abraçando de lado. Olhei assustada para Jacob. Não imaginei que ele faria algo assim.

- Desde quando perdeu o respeito pelo chefe Swan? - perguntei brincando.

- Desde que a neta dele nasceu. - disse me dando meu sorriso preferido.

- Oh, então eu te faço mal á esse ponto? - perguntei zombeteira.

- Você me faz perder o juízo, Nessie. - disse olhando nos meus olhos. Estremeci e não pude evitar corar. Ele riu da minha reação e segurou firme em minhas mãos. Eu gostava das reações que Jacob me fazia sentir. Com ele me sentia protegida, amada, desejada. - Já ligou para os seus pais?

- Sim. Só consegui falar com meu pai, parece que as garotas da casa resolveram abandonar seus amados. - sorri olhando para as nossas mãos unidas.

- Nessie? - chamou Jacob levantando meu queixo para que olhasse em seus olhos. - Você está com algum problema? - perguntou suavemente. Assenti. - Tem relação com a sua família?

- Sim. - suspirei. - Stefan e Vladimir. - disse simplesmente o vendo franzir a testa. Não sabia que sua memória poderia ser tão curta. - Drácula 1 e Drácula 2.

- Ah sim. - disse rindo sem graça. - O que aconteceu? - Apenas coloquei minhas mãos em seu rosto mostrando a ele toda a minha conversa com meu pai. E sem querer mostrei até mais do que devia. Enquanto o transmitia minha preocupação com ele, vi seus olhos entristecendo. Ele pegou minha mão que estava em seu rosto e a beijou. - Não quero que se preocupe nem comigo e nem com os Dráculas. E o seu pai está certo.

- Sobre o quê?

- Sua presença é o que me dá forças pra seguir em frente, Nessie. Pra viver. Respirar só tem sentido, porque você é o motivo pelo qual eu o faço. - disse acariciando meu rosto. Segurei forte em suas mãos.

- Eu te amo, Jacob. Você sempre foi como um irmão pra mim. - disse com a voz embargada. Ele sorriu ainda triste e abaixou a cabeça. Será que eu havia dito algo errado?

- É hora de ir embora. Já está tarde. - disse Jake levantando da cama e indo em direção à janela.

- Não vá. - disse baixinho. - Fique. - disse um pouco mais alto e firme dessa vez.

- Melhor não. Você precisa descansar. Amanhã eu venho e te levo até La Push. - antes que pudesse o impedir escutei seus pés batendo no chão no jardim da minha casa. Eu odiava ter que me despedir dele, ainda mais agora que sentia ter feito algo errado. Deitei-me na cama confortavelmente e fechei meus olhos. Os minutos foram passando...eu sentia que já era tarde, mas não conseguia dormir. Ainda com os olhos fechados fui cantando baixinho a canção de ninar que meu pai havia feito pra mim e antes que a canção acabasse eu já entrava no mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Fiquem tranquilos...Há uma continuação, mas como eu já estou com sono e estava difícil configurar a história toda de novo aqui no Nyah, eu postarei amanhã SE vocês gostarem okay?! Bjoos, KK.