Projeto De Livro(sem Nome) escrita por WriterJonas


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ficou curto, mas o tamanho do capítulo um vai compensar, eu garanto, hahaha :)



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PRÓLOGO

Ela nunca imaginou como iria acabar. Nem como iria acabar, nem como iria começar.

— Estas bem hoje? — uma doce voz murmurou. Mirana abriu seus olhos, e ficou feliz ao ver que o rosto era tão doce quanto à voz.

— Estou bem, obrigado. — murmurou, fechando os olhos novamente.

Ela também nunca havia imaginado como seria depois que ela conseguisse seu intento. Sempre pareceu a ela que a vitória fosse o fim da linha. Não haveria mais nada depois de tudo aquilo que ela planejava. Nem vida, nem morte.

— Eu trouxe-lhe chá. E biscoitos. — murmurou a mesma voz, novamente, sorrindo, enquanto pegava uma bandeja do criado-mudo, e a carregava para a cama. — Com manteiga, eu sei que gostas.

Ela sorriu de volta.

— Ah, Markus, você é sempre tão atencioso e gentil! — exclamou, ajoelhando-se na cama, enquanto ele a abraçava gentilmente, sentando-se ao seu lado.

— Eu faço isso porque a amo, mi Lady. — deu-lhe um abraço apertado, e depois um beijo na bochecha. — Eu a amo, minha Mirana.

Ela sorriu, de repente feliz, e depois bebericou seu chá. Seu coração parecia explodir. Ela sentia-se tão feliz, como não se sentia a tempos. Pareceu até que, por um instante, ela não precisava fazer nada daquilo. Não era necessário.

O que importava seria o presente. Ela era amada agora, e ela amava alguém também. Mas, então, ela se lembrou do que ele dissera. Não haverá volta.

— Eu também o amo, Markus. — murmurou, de todo o âmago do seu coração, pela primeira vez, depois de muito tempo, sendo sincera.

E o beijou novamente, novamente o coração explodindo de felicidade. Agora, ela tinha certeza que nada poderia acabar com aquilo.

Ou não…

Quando soltou Markus, por um instante, seu coração congelou. Sua pele arrepiou-se, e ela sentiu por um momento que o sangue parara de fluir sobre suas veias.

— Markus? — ela murmurou, tateando seu rosto, frio, intacto. — Markus, o que está havendo?! — berrou ela, repentinamente histérica.

Enquanto ela piscava, atônita, ouviu uma explosão. E depois, uma risada triunfante.

— Eu disse que haveria um preço. — ela virou-se bruscamente, procurando desesperada quem havia dito aquilo.

Não quem, mas de onde viera. Ela sabia quem havia dito.

— Quem está aí?!

— Eu disse… É, eu disse. Não haverá volta, mas haverá um preço. — murmurou novamente.

Quando ela se virou de novo, o quarto havia explodidoem chamas. Seuprimeiro intuito foi salvar Markus. Mas, antes mesmo que ela raciocinasse, as chamas invadiram seu corpo.

As chamas alcançaram seu rosto, e ela berrou, agora esperando que Markus o salvasse. Mas não haveria salvação. Para nenhum deles.

— Por favor, eu lhe imploro. — ela murmurou, tremelicando, enquanto se encolhia entre as chamas.

Tudo o que viu foi os sapatos finos e brancos do homem a sua frente. Em sua sombra, ele usava uma cartola. E havia uma bengala em sua mão. Ela desconfiava que ele realmente precisasse daquela bengala. Parecia apenas que ele queria intimidá-la.

Mirana manteve sua cabeça baixa. Seu corpo encolhido. Ela sentia medo. Acima de tudo, medo. Medo por perder, não tudo aquilo que ela havia conquistado, ela enfim percebera que não valeria a pena. Não importaria.

Não importava nada do que ela queria. Tudo que ela ansiava era por salvar Markus. Mas, não havia mais como. O destino de ambos já estava traçado.

— A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás[1]. — ele murmurou, sua voz imensamente assustadora.

Depois disso, não houve mais nada. Ela ainda estava encolhida nas chamas, e ela sentia que elas a mordiscavam aos poucos, como se tivessem vida própria.

Tudo que ela teve tempo de olhar, antes que as chamas a cobrissem por completo, foi o rosto de Markus. Petrificado. Ele ainda sorria. E ela ainda sentia o gosto de seus lábios nos dele.

E ela ainda o amava.



[1] Citação de Caio Fernando de Abreu.



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Notas finais do capítulo

E então, ansiosos pro segundo? Ou não?



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