Lost Memory escrita por Dri Viana


Capítulo 30
Chapter Thirty


Notas iniciais do capítulo

Penultimo capitulo!



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Na manhã seguinte, antes de ir para a Universidade, Sara entregou ao marido um caderno e lhe explicou que ali, ele havia escrito as coisas que lhe aconteceram durante o período que ficou desmemoriado e que dias atrás, tinha lhe pedido que só lhe entregasse aquilo quando ele tivesse recuperado a memória e não se lembrasse de que a tinha perdido e nem o que tinha vivido nesse tempo.

— Eu escrevi isso? - ele olhou curioso para o objeto que ela lhe estendeu.

— Sim! Seu médico te deu a ideia de fazer isso pra que você tivesse a oportunidade de saber através de seu próprio relato, o que viveu e passou.

Ele apenas assentiu, pegando aquele caderno de capa dura.

— Bom, eu já vou. Nos vemos mais tarde. - ela lhe deu um beijo rápido.

— Bom trabalho!

— Obrigada!

Assim que ela saiu, ele foi até a cozinha e avisou Shirley que ia estar no escritório caso ela o procurasse, a mulher apenas assentiu.

Após se acomodar em sua cadeira no escritório, ele abriu aquele caderno. A primeira página parecia como uma introdução.

''Olá, Grissom!

Se você estiver lendo isso agora é porque nossa memória já deve ter voltado por completo e você não deve se lembrar do que nos aconteceu nesse meio tempo em que ficamos desmemoriado. Mark, nosso médico, me deu a idéia de escrever esse ''diário''. Aqui escreverei o que nos aconteceu desde o dia em que despertamos desmemoriado, até onde continuarmos assim. Tentarei expressar da melhor forma possível nessas folhas, os momentos que vivemos e espero que mesmo não se lembrando dos fatos aqui descritos, você possa ao menos sentí—los ou imaginá—los. ''

O supervisor virou a página e ali estava o primeiro capítulo intitulado: ''Um despertar com a mente vazia.''

Ele então começou a ler...

''Era uma manhã de um dia qualquer, eu dormia, quando de repente ouvi meio que ao longe, uma voz suave e doce pronunciar um nome: ''Gil''. Depois senti uma mão macia acariciar minhas costas e novamente, ouvi a mesma voz chamar só que agora mais perto, aquele nome desconhecido por mim. Então, devagar fui abrindo os olhos e me deparei com a imagem de uma linda e desconhecida mulher ali perto de mim. Ela me sorria docemente enquanto seu olhar cheio de ternura me fitava.

Eu não fazia ideia de quem ela fosse!

Meio confuso e desconcertado com a presença dela, a questionei a respeito de quem ela era e também, que nome era aquele pelo qual ela me chamava. No exato instante que lhe lancei essas perguntas, vi seu sorriso sumir e seus olhos me encararem em confusão. Ela me perguntou séria se eu estava brincando com ela para lhe dizer aquilo. Prontamente eu neguei isso e lhe reafirmei que não fazia ideia de quem ela fosse, nem que nome era aquele pelo qual ela me chamava e muito menos, que lugar era aquele em que me encontrava.

Notei que ela ficou imediatamente assustada com isso assim como eu já estava desde que despertei e nada reconheci. Olhei bem ao redor onde me encontrava e o desespero bateu em mim ao perceber que por mais que eu tentasse, não conseguia reconhecer aquele quarto e nem aquela mulher que se encontrava diante de mim.

Senti a cabeça completamente vazia ao tentar buscar alguma lembrança nela e foi aí que meu desespero aumentou.

O que tinha me acontecido?

Por que não conseguia me lembrar de nada?

Onde estavam minhas lembranças?

Angustiado, nervoso e totalmente desconcertado e desesperado por não conseguir encontrar as respostas para essas perguntas que vinham espocando em minha cabeça, eu então, caí em prantos. Enquanto chorava convulsivamente, senti aquela mulher que eu ainda nem sabia o nome, me abraçar... Segundos depois, ela também chorava junto comigo. Passamos longos minutos assim, chorando juntos e abraçados. Depois mais calmos e sem chorar, nós começamos a trocar algumas palavras. Ela se ''apresentou'' a mim, disse seu nome: Sara. E o que era para mim: Esposa. Éramos casados há mais de quinze anos, foi o que ela me disse, mas eu não me lembrava disso e nem de nada. Estava desmemoriado, porém, naquele momento, ainda não havia me dado conta disso.''

Ainda continuando naquele mesmo capítulo, Grissom descobriu que logo após ter lhe contado quem era, Sara pegou uma caixa no closet e começou a tirar de dentro dela várias fotos deles dois juntos, outras dele com os filhos, com os amigos e mais outras. A cada foto que ela lhe mostrava lhe contava quando, onde e em que momento ela fora tirada. Sara também lhe contou sobre a vida dele, em que trabalhava, sobre seus amigos, sobre eles dois, o namoro, casamento, filhos e tudo mais.

'' ... Eu ouvia com toda a atenção tudo o que Sara ia me dizendo. Olhava para aquelas fotos e aquelas pessoas que estavam comigo nelas, mas não conseguia me lembrar delas. Isso era frustrante. Passei um bom tempo conhecendo minha história por intermédio daquelas fotos e das coisas que Sara ia me relatando. ''

Seguindo mais um pouco, ele leu como foi o primeiro encontro com o filho pequeno que ao saber que ele o tinha esquecido lhe gritou que ''não gostava mais dele ''; a tristeza que foi ouvir aquilo e ver o garotinho chorar; e mais a noite, sua escolha em dormir no quarto de hóspedes e não no mesmo quarto que a esposa.

Parágrafos...

Capítulos...

E folhas foram sendo lidas.

O supervisor soube que no início ele se isolava da família e que por conta desse fato teve a primeira briga com Sara, mas no dia seguinte eles fizeram as pazes e ele ainda lhe prometeu que tentaria não se isolar mais dela e das crianças. Soube também, sobre a vez que Sara ficou doente por conta de uma tremenda chuva que pegou e que isso fez com que ele ficasse bastante preocupado com ela. Que nesse mesmo dia ele dormiu pela primeira vez ao lado dela. E que foi a partir dessa noite que ele passou a dormir todas as noites ao lado dela, pois foi tão bom acordar ao seu lado que ele não queria mais voltar a dormir sozinho no quarto de hóspedes como vinha acontecendo.

Depois teve a primeira consulta com seu neurologista; a descoberta da gravidez de Sara; a sua readaptação em viver daquela forma desmemoriada; a redescoberta de gostos, costumes e hábitos que lhe eram comuns antes de perder a memória que foram ressurgindo com o passar dos dias, semanas e meses, tal como, a sua reaproximação da família que foi também acontecendo nesse mesmo período, igualmente ao carinho e amor que fora adquirindo pelos filhos e principalmente, pela esposa, como pode ler em determinado parágrafo.

'' ... A cada dia que passa, eu vou me encantando mais e mais com a Sara. Ela é uma mulher sensacional! Uma mãe extremamente admirável. E uma esposa adorável! Vejo em seus olhos, em suas atitudes e em seus cuidados comigo, o grande e incondicional amor que ela tem por mim. Ela me ama tanto e eu sinto que começo a amá—la também. ''

A riqueza de detalhes com os quais os fatos eram narrados, proporcionavam a Grissom poder imaginá-los. A cada nova página, ele descobria fatos e mais fatos. Coisas e mais coisas que não imaginava que tivesse vivido.

''Hoje Sara e eu, fomos a médica dela para saber o sexo do bebê, mas tivemos uma surpresa ao saber que ''o bebê'' na verdade, são ''os bebês''. Sara está grávida de gêmeos, um casal. Confesso que levei um susto com essa notícia assim como Sara também, pois no primeiro ultrassom que ela fez mês passado só apareceu um bebê, e agora apareceram dois. Isso foi uma surpresa enorme. A médica estava igualmente surpresa com aquilo, explicou que o mais provável que tenha acontecido para justificar aquela situação, é que um dos bebês tenha se escondido atrás do outro... Passado isso, nós então, ouvimos pela primeira vez o coração dos bebês.

Nossa!! ... Foi o som mais lindo que eu já ouvi. Ele ainda está gravado na minha mente até agora. Se fecho os olhos, sou capaz de ouví—lo perfeitamente ecoando dentro de minha cabeça: ''Tuntum... Tuntum... Tuntum...''. Céus!! Na hora que ouvi esse som senti algo tão indescritível. Uma emoção sem tamanho e nem proporção. Foi um momento mágico e inesquecível esse em que ouvi bater pela primeira vez os corações dos MEUS FILHOS!''

Naquele instante lágrimas escorriam pelo rosto de Grissom ao ler aquilo. Ele não se lembrava daquele momento vivenciado e relatado por ele mesmo, mas se fechasse os olhos e se pusesse a tentar imaginá-lo, era perfeitamente capaz de sentir aquela magia e aquela emoção mencionadas, pois foram exatamente às mesmas que sentiu nas outras duas vezes em que Sara ficou grávida e ele estivera ao seu lado se deliciando com essa mesma situação descrita ali.

Mais algumas páginas e Grissom então, deu uma parada naquela leitura. Incrivelmente já havia passado um pouco da metade daquele diário, e várias, tinham sido suas descobertas!

— Quanta coisa aconteceu!! - ele suspirou profundamente enquanto encarava o teto e ia tentando processar cada informação e/ou situação descoberta durante sua leitura.

De repente, ele ouviu o som alto de uma buzina e minutos depois veio às vozes de seus filhos que acabavam de chegar da escola. Assim que os ouviu, Grissom resolveu encerrar por hora sua leitura para ficar com os filhos e mais tarde retomaria novamente a leitura daquele diário.

 

***

Era quase quatro da tarde. Matt dormia ao seu lado em sono profundo. O garoto e o pai estavam acomodados no quarto de Grissom. Os dois, a pedido do menino, tinham subido horas atrás para ver TV, mas minutos após estarem acomodados ali, o garoto pegou sono.

Grissom aproveitou esse momento e também o fato de que naquele instante estava sozinho em casa já que tanto Shirley quanto Jully tinham acabado de sair, a primeira foi fazer uns pagamentos para Sara e a segunda foi estudar na casa de Penny. E sendo assim, o supervisor achou que aquela seria uma boa hora para terminar de ler sossegado, as folhas que restavam no diário.

Com cuidado para não acordar o filho, Grissom levantou-se da cama e saiu do quarto rapidamente para ir ao escritório pegar o que lia mais cedo. Em pouquíssimos minutos o supervisor já se encontrava de volta ao quarto e em sua cama com seu filho ainda dormindo.

Pela segunda vez, naquele mesmo dia, Grissom abriu o diário. Folheou as várias páginas lidas até que chegou onde havia parado muitas horas atrás, e dali, então, retomou sua leitura.

''... Após uma pequena bateria de exames, Mark descobriu o motivo pelo qual ando de uma semana pra cá, sentindo sucessivas pontadas e dores na cabeça. Os exames revelaram que tenho uma véia entupida na cabeça e meu médico me disse que preciso fazer uma cirurgia pra desentupí—la. Na hora que ele disse isso, eu fiquei temeroso. Uma cirurgia na cabeça? Isso com certeza implicaria em riscos e eu me assustei com essa possibilidade. Questionei Mark se era tão necessário fazer essa cirurgia e ele me disse que sim, pois ela evitaria que eu viesse a ter futuramente, graves problemas como, por exemplo, um AVC ou uma nova perda de memória. Diante disso, não tive outra opção senão aceitar me submeter a essa cirurgia. ''

No parágrafo seguinte o supervisor soube que foi durante essa consulta que seu médico lhe deu a idéia de escrever esse diário que agora ele lia. Posteriormente ele leu sobre a primeira vez que disse a Matt que o amava, após o garotinho ter lhe presenteado com um papel que dizia: Papai, eu te amo. Esse acontecimento emocionou muito a Grissom quando o leu; depois veio a conversa que tivera com Sara onde descobriu algumas coisas sobre sua mãe e também sobre seu pai. E nessa mesma conversa, ele propôs a esposa que fossem passar uns dias na outra casa deles na Califórnia, que ele soubera que tinham por conta de uma conversa horas antes com Shirley. Sua proposta fora aceita de imediato por Sara.

Aí teve os dias que antecederam a viagem; depois a própria viagem e a chegada aquela casa onde segundo Sara, ele havia vivido sua infância e adolescência. Ele não reconheceu o lugar, mas sentiu imediatamente uma sensação que chegou até a achar que fosse se lembrar de algo, só que isso não aconteceu.

Veio o dia seguinte na praia; suas brincadeiras com os filhos e Penny que o divertiram muito durante estarem ali; o enorme incomodo que sentiu em determinado momento, ao ver de longe um sujeito desconhecido se aproximar de Sara que estava sozinha na mesa deles, depois o tal sujeito se sentou com ela e ficou de papo com Sara.

''Foi desagradável e incômodo ver outro homem ficar perto da Sara. E isso ficou pior quando ouvi a tagarela da Penny, dizer que talvez aquele... Imbecil, estivesse lá, dando em cima da minha esposa. Isso me fez sentir algo que naquele momento, eu não sabia bem o que era, mas que agora sei, tratava-se de... Ciúmes. Eu, pela primeira vez, me vi sentindo ciúmes da Sara, da minha esposa... A mulher por quem eu me apaixonei completamente pela segunda vez... ''

Grissom esboçou um pequeno sorriso ao ler esse trecho final. Logo em seguida continuou lendo o restante do capítulo que contava que ele tinha ido até Sara e o tal sujeito de nome Donovan, que falava com ela e meio que confrontado o sujeito, além de tê-lo ''alertado'' gentilmente que mantivesse distância da mesa onde sua esposa estava.

— Pelo visto, estar desmemoriado me fez expor mais abertamente o meu lado ciumento. - ele comentou, virando a página e lendo o restante do capitulo.

Nele se leu sobre sua conversa com Shirley logo após chegarem da praia, onde ele lhe confessou seus sentimentos por Sara; depois sobre a sugestão da empregada de ele chamar a esposa para dar uma volta, só os dois para que assim, quem sabe, ele não consiguisse se abrir para ela. Ele aceitou a sugestão feita por sua empregada, assim como Sara aceitou seu convite para darem uma volta, mais tarde.

Outra página e ele chegou ao capítulo que contava com riqueza de detalhes sobre sua saída a sós com a esposa à praia; a conversa a beira-mar iniciada por ela que fez com que ele logo depois, criasse coragem e enfim lhe revelasse seus sentimentos a ela; o primeiro beijo que ele trocou com ela nesses mais de quatro meses de convivência e por fim, a primeira noite de amor deles.

''... Meu coração parecia uma locomotiva sem freio à medida que eu ia beijando Sara mais e mais, à medida que eu ia despindo-a e descobrindo como era seu corpo. Minha boca ia tocando cada parte de sua pele que era exposta. Eu ia sentindo seu gosto e sua maciez, e isso ia me deixando entorpecido.

Sentia suas mãos me acariciarem com tanta delicadeza e carinho que me vi mais apaixonado ainda por aquela mulher. Confesso que sem memória, eu não sabia como seguir em frente naquilo, nem como fazê-lo. Naquele momento e naquela situação, eu era um completo inexperiente. Porém mesmo assim, eu fui indo... Deixei-me levar pelo momento... Pelo desejo... E pelo amor, e assim, as coisas foram acontecendo linda e magicamente. Posso dizer que aquela noite em que tive Sara em meus braços pela primeira vez, foi simplesmente... Mágica!

(...)

Não faço idéia de como foi anos atrás a nossa ''outra primeira vez", mas algo me diz que ela foi tão mágica e especial quanto essa nossa ''segunda-primeira vez" que tivemos dias atrás. ''

Imediatamente Grissom recordou-se da ''outra'' primeira vez deles que aconteceu mais de quinze anos atrás, no apartamento em que Sara morava, e sorriu bobamente com essa recordação. De fato, a primeira vez tinha sido, exatamente como ele mencionara ali, mágica e especial.

De volta a sua leitura, ele soube como foram os outros dois dias na Califórnia; depois com eles já de volta a Vegas novamente, ele leu sobre mais uma consulta com Mark, nessa foi acertado o dia da operação a qual Grissom se submeteria; ainda teve alguns fatos sobre o seu dia-a-dia com a família que ele já amava mais que tudo; sua relação com Sara, bem como o seu amor por ela que só fazia aumentar mais e mais a cada dia.

Deus, como ele já a amava! E esse amor, podia ser sentido pelas palavras usadas por ele para descrever o sentimento que o tomava por dentro. Mesmo desmemoriado, ele conseguia traduzir seu amor pela esposa exatamente da mesma forma, como traduziria agora, com suas memórias de volta.

Era fato e Grissom pode comprovar isso pela leitura dos últimos parágrafos, que estando sem memória ou com, seu amor e encantamento por Sara sempre seria fortemente descrito da mesma forma e com a mesma intensidade.

Por fim, ele chegou ao último capítulo onde relatava sua primeira lembrança após cinco meses desmemoriado, bem como as outras que foram ressurgindo em sua mente. O supervisor ficou enternecido ao descobrir que a primeira coisa que lembrou foi do dia que conheceu Sara, e ficou surpreso ao saber que fora a blusa que ela usara naquele dia, blusa essa que ela ainda guardava, que havia sido a responsável por lhe trazer aquela lembrança de volta.

 

***

Acomodado na cama do hospital tendo sua esposa ao seu lado segurando em sua mão, Grissom aguardava seu médico vir para levá-lo ao centro cirúrgico para ser realizada sua operação. Mesmo o médico tendo lhe dito que não havia grandes riscos para ele nessa cirurgia, ainda sim, Grissom estava nervoso em fazê-la.

— Sara??

— Oi, amor!

— Vai dar tudo certo, não vai?

Ela viu a sombra do medo estampar seus olhos azuis e tratou logo de dissipá-la dali.

— Claro que vai, meu amor! - acariciou o rosto dele.

— Estou com medo! - ele acabou, confessando em um fio de voz segundos depois.

— É compreensível isso, mas não tem porquê está. Mark já lhe disse que você não correrá riscos na operação.

— Só que ainda sim, não consigo deixar de sentir medo.

— Nós já superamos o mais difícil que foi a sua amnésia, agora vamos superar também essa operação sem problemas, está bem?

Ele assentiu e logo depois ganhou um beijo da esposa.

— Nossos filhos vão vir depois da escola pra cá? - ele quis saber.

— Sim. Disse a Shirley pra trazê-los quando chegassem.

— Não queria que eles me vissem depois da operação principalmente, o Matt. Ele ainda é pequeno.

— Mas eles querem estar aqui, perto de você. Não pode privá-los disso... Ah, Cath avisou que ela e os garotos ainda não vieram, porque estão enrolados com um caso no laboratório, mas assim que terminarem, eles virão pra cá também e o Jim vem junto com eles.

— Não tem necessidade deles virem pra cá. Vão estar esgotados por conta do trabalho e...

— Eles fazem questão de estarem aqui. - ela o interrompeu.

— Eu acho que não existe ninguém que tenha a família e os melhores amigos que eu tenho.

— Acho que não mesmo!

Eles sorriram.

Instantes depois o médico chegava para levar Grissom para realizar a operação.

 

***

— Sara pára de andar de um lado para o outro e se senta, por favor, ou esses bebês vão acabar nascendo prematuramente.

— Eu não consigo ficar sentada Catherine. Já tem mais de quatro horas que essa operação do Grissom está acontecendo.

— Eu li que essas cirurgias costumam demorar mesmo, então se acalma, Sara. - Nick tentou tranquilizar a amiga.

— Eu estou tentando me acalmar, Nick, mas não consigo.

— Olha, Sarinha aposto que os bebêzinhos aí dentro da sua barriga já devem estar enjoados de tanto que você fica andando. Então dá uma sossegada e senta aí para os pobrezinhos pararem de sacolejar um pouco.

Mesmo nervosa ela riu do comentário de Greg e os outros fizeram o mesmo.

— Greg só você pra me fazer rir agora.

Shirley que tinha ido levar Matt ao banheiro e Jully que havia ido comprar uma água para a mãe, voltaram naquele instante para onde Sara e os amigos estavam.

Minutos mais tarde o médico de Grissom aparecia ali na sala de espera. Nem bem ele ia abrir a boca e Sara já foi crivando-o de perguntas.

— Mark como foi à cirurgia?... Correu tudo certo?... Meu marido está bem?


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Notas finais do capítulo

Bem, espero sinceramente que tenha ficado bom e que tenham gostado.
Bjs e nos vemos no ULTIMO CAPITULO.