Lost Memory escrita por Dri Viana


Capítulo 13
Chapter Thirteen


Notas iniciais do capítulo

Depois de mais de um mÊs eu estou postando um novo cap dessa fic. Mil desculpas por tê-las feito esperar tanto por isso, mas é q minha inspiração pra essa fic resolveu dar uma volta pra bem longe e só agora q voltou e ainda aos poucos. Espero q gostem apesar de q eu não acho que esteja tão bom assim esse cap, mas msm assim espero q apreciem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/305884/chapter/13

Nos dias subseqüentes Grissom fez a tomografia computadorizada e assim que os resultados saíram três dias depois, ele e Sara voltaram ao neurologista como o mesmo havia pedido.

O médico ao ver os resultados constatou que não havia lesão alguma no cérebro de seu paciente o que era bom e mau ao mesmo tempo.

Diante de tal resultado o neurologista só conseguia achar naquele momento uma única conclusão plausível que explicasse o que havia acontecido àquele seu mais novo paciente, para que tivesse perdido assim tão repentinamente sua memória. Seu problema aparentemente podia ter sido motivado por estresse ou algo psicológico. O que foi exatamente o mesmo diagnóstico que deu o psiquiatra a Sara.

Dúvidas e questionamentos vieram de Grissom:

O que fazer nesse seu caso então?

Quanto tempo sua amnésia ia perdurar?

Voltariam suas lembranças ou não?

Foi um bombardeio com essas e outras questões de um Grissom temeroso por ter um futuro incerto quanto à volta de suas lembranças e sua vida daqui para frente. E de uma Sara esperançosa para saber quando esse pesadelo que já iria fazer duas semanas que durava, fosse acabar para seu marido voltar a ser aquele mesmo Grissom de antes.

Com uma paciência de Jó, o médico explicou tudo aos dois. Segundo ele o futuro daquela situação não tinha como ser estimado. Lembrou Grissom sobre o que tinha lhe dito na consulta passada "casos que envolvem perda de memória são algo incerto de dar prognóstico conclusivos assim e que tinham que ir devagar  quanto a volta das lembranças dele", a resposta de Grissom foi apenas um aceno de cabeça nada satisfeito.

O doutor Mark ainda comunicou ao casal que Grissom começaria logo um tratamento com remédios para estimular assim sua memória; prescreveu os nomes dos medicamentos e estendeu a receita a Sara lhe recomendando que os comprasse o mais rápido para que Grissom começasse a tomá-los o mais breve possível.

Também foi recomendado pelo médico que seu paciente fizesse uma boa terapia a fim de ser mais um meio de estimular sua memória e até melhorá-la. Mark explicou que nas seções da terapia serão feitos exercícios específicos, que aos poucos e com muita dedicação e esforço de Grissom poderiam até fazer com que aos poucos ele tivesse flashes de lembranças ou na melhor das hipóteses, a memória dele retornasse lenta e/ou gradativamente. Isso foi um alento enorme a Sara e um suspiro de esperança para Grissom que queria muito recuperar o que tinha perdido por conta dessa amnésia... Toda sua história, toda sua vida!

Acertaram os dias e horários das terapias e a próxima consulta para saber como Grissom reagia aos medicamentos, depois disso se despediram do médico.

Dois dias depois, foi à vez de o casal se encontrar no consultório do psicólogo que Sara havia marcado desde a semana passada. Relataram ao médico todo o problema que assolava Grissom e que já perdurava duas semanas. Peter, o psicólogo, não deixou de ficar espantado com aquilo, mas quem não ficaria? Duas horas de conversa com ele e o casal contou tudo o que já haviam ouvido de outros médicos a quem buscaram ajuda; mostraram os exames que o supervisor tinha feito, os remédios que estava tomando, tudo.

O psicólogo analisou tudo e constatou que Grissom estava muito bem medicado e fazendo um tratamento acertado para sua caso. E assim como os outros dois médicos, Peter também chegou a mesma conclusão quanto a possível causa que motivou a perda de memória de Grissom: estresse.

 

****

Os dias foram passando e com eles criou-se uma rotina em que Grissom tinha suas consultas; seguia com os seus tratamentos e terapias imposta por seus médicos na tentativa de se ver o mais rápido possível bom e com suas lembranças de volta.

Em paralelo a isso, Sara também com o passar desses mesmos dias ia cada vez mais se sentindo mal, o que deixava Grissom preocupado com ela.

A mulher vivia com constantes mal-estares. Eram enjôos, algumas tonturas e oscilações de apetite que ele não entendia.

Ora Sara queria comer tudo a sua frente, ora não queria nem sentir o cheiro de comida alguma.

O supervisor achava aquilo tudo estranho e muito preocupante. Será que ela estava com alguma doença grave? Sentiu um temor com essa possibilidade. Algo dentro de si doeu só de imaginar aquilo.

Por várias vezes, ele recomendou a esposa que procurasse um médico. Mas Sara desconversava e Grissom ficava sem entender aquilo.

Por que ela não queria ir à um médico se não passava bem?

O que ele não sabia e nem desconfiava é que sua esposa já tinha uma possível e quase acertiva idéia da razão daqueles seus mal-estares. Porém, ela evitava ir à um médico por medo da certeza absoluta que ele possivelmente lhe daria sobre o que ela tinha.

Mas ela sabia bem que não podia retardar aquela situação por muito tempo. Uma hora teria que enfrentar aquela possibilidade, porém o medo era tão grande, ainda mais pela situação delicada que sua família passava naquele momento.

No entanto ela tinha que encarar a realidade e não empurrá-la para debaixo do tapete como vinha fazendo nos últimos dias.

 

****

— Sara isso não é normal! Tem que procurar um médico e saber o que está acontecendo.

Grissom reclamava en um tom sério enquanto se encontrava escorado a porta do banheiro, a qual estava trancada.

Mais uma vez, Sara passava mal e ontem até tinha desmaiado o que deixou a todos da casa aflitos principalmente, os filhos do casal.

Ainda escorado a porta, o homem ouviu o barulho da descarga. Questão de uns segundos depois foi à vez da chave destravando a porta e ele se desencostou da mesma. Assim que ela foi aberta, Grissom viu uma Sara pálida surgir ali e se encaminhar para cama.

— Vamos a um médico saber por que está passando mal desse jeito.

— Não quero!

Ela se negou sem ainda qualquer coragem de enfrentar a constatação real do que desconfiançava.

— Por que não? - indignou-se Grissom. — Você pode está doente.

— Fique despreocupado que não estou doente.

— Como pode saber isso? - ele se acomodou ao lado dela na ponta da cama.

Sara olhou para o marido e um imperceptível sorriso lhe escapou.

Algumas coisas nele não mudaram com amnésia ou sem!

Uma delas era a nítida preocupação de Grissom com ela.

Mesmo sem lembrar-se da esposa, ele ainda se preocupava e se importava com a mesma força e intensidade que Sara via antes de ele perder a memória. Aquilo lhe era tão claro, que ela chegava a se emocionar e ter esperanças de que lá no fundo o "seu Gil" estava ali lhe enviando sinais através daquele Grissom desmemoriado.

— Gris...

A batida na porta do quarto interrompeu a fala de Sara.

— Entra! - autorizou a mulher. Ela e o marido viram Shirley surgir pelo pequeno vão.

— Dona Sara a... - a empregada se interrompeu ao focar bem o olhar na patroa. — Nossa está pálida. O que houve? - Shirley olhou de Sara para Grissom.

— Ela passou mal de novo, Shirley!

O supervisor foi quem se apressou em responder.

Com uma das sobrancelhas erguidas Shirley olhou de volta para patroa.

Há dias a empregada vinha observando sua patroa e aqueles mal-estares que ela apresentava, os quais só faziam ficar mais constantes a cada dia que passava. Aquela situação lhe pareceu familiar, posto que Shirley lembrava-se perfeitamente de ter visto Sara com esses mesmos sintomas quatro anos atrás quando ela ficou grávida de Matt. De maneira inevitável um sorriso interno acalentou a alma da empregada.

Possivelmente a família Grissom iria aumentar de novo!

Em meio aquele turbilhão que seus patrões viviam com a perda de memória de Grissom, a vinda de um bebê poderia fazer um bem danado a família, além de aproximar seu patrão mais ainda da esposa dele.

— O que houve Shirley?

Sara a questionou tirando a mulher de seus pensamentos.

— Queria saber se a senhora vai querer que faça alguma sobremesa?

— Seria bom!... Podia fazer aquele pudim de leite que Matt e Jully adoram.

— Vou fazer então. Com licença.

Shirley saiu do quarto e deixou os patrões a sós de novo.

— Por que está me olhando assim?

Sara se levantou sob o insistente olhar e atento do marido.

— Não vai me responder o que perguntei? - ele indagou se pondo de pé e tentando retomar a conversa deles, mas viu a esposa suspirar diante de seu questionamento.

— Grissom, eu estou bem.

— Não foi isso que perguntei, Sara.

Mais uma vez ela suspirou. Não queria mais ficar discutindo aquele assunto com ele. Desse modo saiu pela tangente:

— Vou ver o que os nossos filhos estão fazendo.

Sem dar oportunidade de o marido lhe impedir daquilo ou tentar insistir por uma resposta que ela se recusava a lhe dar, a mulher saiu do quarto rapidamente.

Parado ali no meio daquele quarto só restou a Grissom fitar o vazio.

O que estava acontecendo com Sara?

Por que ela fugia do assunto?

Mal sabia ele que logo já descobriria isso!

 

****

Sozinha em seu quarto deitada na cama, Sara tentava ignorar a possibilidade quase gritante de estar grávida. Se aquilo fosse mesmo verdade como ela já dava por certo, o que seria da sua vida daqui para frente?

Como ela cuidaria de uma gravidez, uma casa, dois filhos, sendo um pequeno e uma adolescente, um marido desmemoriado e ainda tinha a universidade quando retornasse ao trabalho?

Céus!

Era um bocado de coisa em cima dela para se responsabilizar. Tinha receio de não dar conta daquilo tudo.

Ouviu uma batida na porta do quarto e autorizou que a pessoa entrasse.

— Dona Sara será que posso conversar um instante com a senhora? - Shirley perguntou com metade do corpo já dentro do quarto e outra fora.

— Claro, entra Shirley! - sentou-se na cama apoiando as costas a cabeceira amadeirada do móvel.

Shirley resolveu aproveitar que não tinha mais serviço para fazer e o fato de Grissom estar entretido junto com os filhos vendo TV na sala, e Sara sozinha no quarto, para vir falar com sua patroa sobre as desconfianças que tinha acerca dos constantes mal-estares dela. Aquela lhe pareceu a oportunidade mais que perfeita para isso.

— Já não é de hoje que quero conversar com a senhora... - iniciou a empregada enquanto se acomodava a ponta da cama indicada por Sara. —... Só que não encontrava a oportunidade certa, mas agora acho que ela chegou.

— O que aconteceu Shirley?

— Me diga a senhora.

— Não sei do que está falando.

— Dona Sara esses seus mal-estares não são normais e creio que a senhora também acha isso, não? - a morena engoliu a seco enquanto apenas respondia com um lento movimento de cabeça. — Lembro-me de já tê-la visto passar mal assim antes e na ocasião estava grávida do Matt. Não acha que pode estar grávida de novo?

Sara suspirou e encarou o nada. Era de se supor que Shirley sendo mulher, observadora e muito esperta iria sacar aquilo. Era tão óbvio! E Sara sabia que para sua empregada não tinha como mentir ou tentar esconder aquilo, como vinha fazendo com Grissom.

— Todos esses dias, eu tenho pensado nisso, Shirley... - ela iniciou e parou dando um longo suspiro, antes de concluir: — E tem grande chance disso ser verdade.

Foi evidente para Shirley como Sara contou aquilo sem um pingo de empolgação e isso chamou a atenção da empregada imediatamente.

— A senhora não me pareceu contente com essa possibilidade. Não gostaria de estar grávida?

Sara se levantou da cama e se dirigiu até a frente do grande espelho que havia na porta do closet do quarto e só então respondeu o que lhe foi perguntado.

— Sinceramente... - seu olhar buscou o da empregada através do espelho. —... Em um momento desses em que me encontro com um marido desmemoriado? - a empregada assentiu em resposta. — Não, Shirley... eu não gostaria de estar grávida!

— Por que não, senhora?

— Não sei se suportaria tantas responsabilidades em cima de mim. - ela respondeu, virando-se de frente para sua empregada que ainda se mantinha sentada na cama. — Tenho que cuidar de dois filhos, um marido que está reaprendendo a viver com pessoas que são sua família, mas ele não as reconhece. Ainda por cima, tenho que dar conta dessa casa e daqui a algumas semanas eu volto a trabalhar. É muita coisa só pra mim. Como vou dar conta disso tudo sozinha?

Levantando-se da cama, Shirley foi até Sara e segurou nas mãos dela.

— Não está sozinha. Tem o patrão.

Sara rolou os olhos para o teto do quarto e soltou um suspiro.

— Do jeito que ele está é difícil contar cem por cento com ele.

— Ele só perdeu a memória, mas ainda pode perfeitamente lhe ajudar. Além do mais, eu estou aqui pra lhe ajudar também. Já falei que pode contar comigo para o que for não falei? - a empregada apertou carinhosamente as mãos de sua patroa.

— Falou. - confirmou Sara com um sorriso. Shirley era mais do que uma ajudante em sua casa, era seu braço direito e a pessoa em quem Sara sabia que podia contar.

— Então não se preocupe e nem diga que está sozinha porque não é verdade. E quer saber de uma coisa? Adoraria que estivesse grávida, se bem que eu acho que isso é quase certeza. - soltando uma das mãos de sua patroa, a empregada tocou a barriga de Sara.

— Também tenho quase certeza disso. - a morena esboçou um sorriso tímido. — Meu ciclo está atrasado e todas essas coisas que sinto são pra mim claros sintomas de gravidez.

— Então por que não faz um teste de farmácia pra comprovar logo isso?

— Ainda não quero encarar a certeza disso.

— Mas não pode ficar evitando isso por muito tempo. Se estiver grávida mesmo tem que começar logo a fazer o acompanhamento com um médico pra cuidar dessa gravidez.

— Eu sei, mas...

— Sem "mas", dona Sara. - Shirley tirou a mão da barriga da patroa e tornou a segurar as duas mãos dela. — Olha, agora mesmo vou comprar um teste aqui na farmácia da esquina pra confirmamos logo essa sua gravidez.

— Gravidez? Você está grávida, Sara?

A voz surpresa de Grissom atraiu de imediato a atenção das duas mulheres, que se viraram para a porta e puderam ver o homem parado ali com uma expressão de total espanto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero não te-las decepcionado com o cap.
Nos vemos no proximo que vou fazer o possivel pra nao demorar tanto quanto esse.
Bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lost Memory" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.