Sweet California escrita por ElisaChediak


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Tá aqui mais um capítulo :) obrigada a todos que continuam lendo e a todos que começaram a ler agora também, espero que gostem! Lembrando que eu escrevo tudo pelo bloco de notas do meu celular (meu computador tá estragado :/ ) então se tiver erros ortográficos, ou talvez repetição de palavras, comentem e eu vou tentar melhorar! Tá, chega de enrolar, espero que gostem do capítulo hahah :)



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Acordei bem cedo com meu alarme despertando na maior altura as 7:00 da manhã. Levantei e desci as escadas em direção a cozinha, de onde saía um cheiro maravilhoso. Vi Reena em pé em frente ao fogão, mexendo em uma panela rapidamente enquanto ao mesmo tempo batia algo em um liquidificador.

– Bom dia Reena - disse, enquanto me espreguiçava.

– Senhorita Charlotte, já está acordada? Me desculpe, achei que acordaria mais tarde e o café deve demorar mais ou menos uma hora até ficar pronto, mas se eu me apressa.. - a interrompi antes dela ficar sem ar.

– Reena, Reena, calma! Ainda não estou com fome, pode preparar com calma, só acordei cedo para poder desenhar um pouco e mesmo assim comi muito noite passada, estou realmente sem fome agora! Calma! - disse com minhas mãos estendidas em sua direção.

– Tudo bem então senhorita Charlotte. - um sorriso fraco iluminou seu rosto - Obrigada. Mas mesmo assim, vai estar tudo pronto no máximo em até uma hora e meia ok?

Ok Reena. - não pude evitar de sorrir também - Obrigada.

Subi correndo as escadas e coloquei uma roupa qualquer que trouxe de NY, estava com saudade de meus moletons. Coloquei um all star e peguei meu caderno de desenhos, com apenas um lugar em mente para poder me inspirar.

Fui andando pela calçada até aquela praça em que Ed havia me levado, tentando me lembrar dos mínimos detalhes do caminho. Me sentei no mesmo banco em que havíamos nos sentado aquele dia e abri meu caderno. A praça estava bem vazia - na verdade deserta - então fiquei com um pouco de medo de estar lá sozinha, mas perto de mim havia um segurança na porta de um prédio, o que me deu mais segurança caso acontecesse alguma coisa.

Passei pelos vários desenhos que estavam no meu bloco até chegar numa folha em branco, então comecei a desenhar o que via em minha frente. Desenhei alguns brinquedos infantis que estavam no centro da praça, os bancos que a rodeavam, as árvores e os outros detalhes. Depois de acabar minha paisagem, comecei a desenhar pessoas que apareciam em minha mente. Misturei o público que aparecia ali pela manhã, pela tarde e pela noite, de crianças até adolescentes apaixonados e pais preocupados. Quando acabei, dei alguns retoques nas sombras e iluminação até ficar completamente satisfeita com meu desenho. Achei melhor voltar para casa pois sempre perdia a hora quando começava a desenhar e Reena já devia ter acabado o café da manhã como disse que terminaria no máximo em uma hora e meia, então me apressei na volta até a casa de minha tia, não queria deixá-la esperando por muito tempo.

Cheguei por volta das 8:45, e a mesa da cozinha estava toda decorada, com tipos variados de frutas, torradas recheadas, omeletes e uns três sabores de suco à minha escolha. Experimentei de tudo um pouco e quando acabei agradeci a ela - que ficou sorrindo por um tempo - e subi para meu quarto.

Guardei meu bloco de desenhos em minha gaveta e coloquei meu celular no bolso antes de descer novamente e me despedir de Reena. Fui o caminho inteiro até o hospital a pé, já havia decorado o caminho e não queria mais gastar dinheiro com taxis. Chegando lá nem passei pela recepcionista, fui direto ao quarto de minha tia, onde uma enfermeira - que levou um grande susto quando abri a porta - checava como ela estava. Minha tia continuou no mesmo lugar, sem se mexer; sua expressão continuava séria. Andei até a ela enquanto a enfermeira nos deixava a só, e pela primeira vez desde o acidente vi sua voz sair normalmente, sem precisar fazer muito esforço. Seus olhos continuavam demonstrando delicadeza, mas sem a dor de antes e agora eles me fixavam. Sorri em sua direção e segurei sua mão, que abraçou a minha.

– Está melhor tia? - indaguei-a, retribuindo seu olhar.

– Charlotte? - Balancei a cabeça positivamente. - Estou sim, a tontura passou e não estou mais sentindo dor de cabeça.

Que bom então. Me sinto bem mais aliviada. - puxei a cadeira que estava no outro canto da sala e me sentei ao seu lado. - Temos que conversar.

– Eu sei. Andei pensando, e você precisa voltar para Nova York. Não tenho mais condições de cuidar de você e..

– Como assim você espera que eu volte para Nova York com você nesse estado? Mesmo você não querendo, eu vou ficar aqui com você. Essa alternativa nem passou por minha cabeça.

– Mas Charlotte, o que você pode fazer? Com você aqui eu vou ter mais coisas ainda para me preocupar e eu não estou em condições para isso, não mesmo. - agora seu olhar estava preocupado, até um pouco triste. - Não queria te despachar, muito ao contrário disso, eu adoro a sua companhia, mas mesmo assim.. Não queria que você me visse no estado em que vou ficar; isso que aconteceu, esse desmaio realmente não foi nada.

– Tia, se o problema for isso, prometo não te trazer mais preocupações, e não há nada que você me diga que vai mudar minha opinião, eu não vou te deixar nessa cidade sozinha. Não me importa o estado que você vai ficar, eu consigo aguentar isso - Ela abaixou sua cabeça para pensar um pouco. Sabia que eu não desistiria tão fácil.

– Tudo bem. Sua mãe já sabe?

– Sim - abaixei minha cabeça em direção aos pés, não queria olhar em seus olhos. - Ela queria vir também, mas você sabe da nossa condição financeira. Só essa minha viajem nos custou dois anos de economias..

– Bem, então eu pago para ela. Devo ter algum dinheiro guardado, e ainda mais, não poderia descansar se eu descobrisse que alguma coisa aconteceu com você. Mande ela arrumar as coisas e vir para cá no próximo vôo disponível, vou pedir para minha assistente colocar o dinheiro na conta dela e.. - ela se interrompeu e ficou olhando para o nada de repente - MEU TRABALHO! Eu esqueci completamente! Tudo vai desmoronar sem mim lá, se não já desmoronou, e só nesses últimos dias eu deveria ter comparecido em pelo menos 4 reuniões, e meu telefone deve estar cheio de mensagens e.. - agora foi minha vez de interrompê-la.

– Calma tia! Eu ligo pra lá e aviso, fica tranquila. Agora você tem que descansar, não pode ficar assim, nervosa. As coisas vão ser diferentes a partir de agora. Agora tente dormir um pouco, deve estar cansada.

– Estou bem. Já dormi demais, não preciso de mais descanso. - Ela se virou para a televisão desligada em frente a sua cama. - Poderia ligar para mim querida? Vai começar a passar Grey's Anatomy e eu não consigo perder sequer um episódio. - Liguei a TV e me sentei ao seu lado novamente. Não entendi quase nada do seriado, também pelo fato de estar na quinta temporada, mas assisti mesmo assim. Era bom passar um tempo com minha tia.

Acredito que aquele era o quarto mais caro do hospital, pois a televisão era de tela plana, além de também ter um blue-ray. O quarto era enorme, com uma grande janela virada para o jardim do hospital, onde haviam alguns fumantes e crianças brincando.

Quando o relógio bateu cinco horas da tarde voltei para casa, pois precisava resolver as coisas que havia prometido à minha tia. Primeiramente liguei para sua assistente, que ficou aproximadamente uma hora no telefone comigo; primeiro triste com o estado de sua chefe e depois revoltada por ter que fazer todo o seu trabalho por um tempo. Achei egoísta de sua parte, mas não disse nada pois poderia resultar em algum problema maior. Me ofereci para ajudar a fazer alguma coisa, e ela foi me passando milhões de telefones e tarefas para fazer, o que me confundiu completamente.

Depois de conversar com sua assistente, foi a vez de minha mãe, que primeiro recusou o convite por não querer gastar o dinheiro de minha tia, mas acabou aceitando pois não queria deixá-la sozinha num momento difícil assim. Ela disse que veria o horário dos próximos vôos e que me ligaria no dia seguinte.

Quando tudo já estava resolvido, pensei em comer alguma coisa que Reena provavelmente havia preparado para mim, e encontrei um um prato já pronto na geladeira, com vários legumes e um pedaço médio de peito de frango com um molho diferente, então eu esquentei separadamente no microondas e comi. Não tinha comido desde o almoço e estava faminta, então ainda comi outro pedaço de frango. Lavei meu prato e subi as escadas, e sem nem perceber, já estava dormindo em minha cama, sem nem trocar de roupa.

Um pesadelo terrível me fez acordar no meio da noite suando frio e com a respiração acelerada. Me levantei e fui beber um pouco de água, tranquilizando a mim mesma dizendo que fora apenas um sonho, mas eu mesma sabia que não era verdade. Coloquei um pijama e me acolhi nas cobertas, tentando desesperadamente dormir novamente, o que demorou um bom tempo pois quando adormeci o céu já estava mais claro.

Quando acordei novamente, já eram onze horas da manhã, o que me fez pular da cama pois eu precisava ir visitar minha tia. Tomei um banho rápido, escovei meus dentes e coloquei uma roupa qualquer o mais rápido que pude. Desci as escadas correndo, quase esquecendo meu celular e apenas cumprimentei Reena e saí correndo pela porta, sem nem tomar café-da-manhã.

Em vez de ir apé como no dia anterior, peguei um táxi no ponto perto da casa da minha tia. No caminho, notei que eu tinha uma mensagem nova no celular. Era de Ed.

"Esqueci de te mostrar minha surpresa no meio de toda aquela confusão no outro dia, será que poderia passar aí? Ed."

Respondi dizendo para ele chegar na casa de minha tia por volta das 19:00, pois até esse horário eu já deveria ter saído do hospital. Ele respondeu com um "Ok. Te vejo mais tarde".

Chegando ao hospital, guardei meu celular no bolso e entreguei o dinheiro ao motorista, que agradeceu. Andei pelos corredores em direção ao quarto de minha tia, e quando abri a porta quem estava lá dessa vez era o doutor Morgan, que se virou para mim no exato momento em que dei o primeiro passo para dentro do quarto. Ele tentou esconder o sorriso que minha tia não conseguiu esconder.

– Tenho boas notícias - ele disse.


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Notas finais do capítulo

Agradeceria se mandassem críticas :) obrigada!



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