Dramione - When Fire Meets Ice escrita por Sofia, beaguiar


Capítulo 12
Capítulo 12 - Voltando aos velhos tempos


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!
Não irei fazer um discurso justificando minha demora, pois já expliquei o que está acontecendo: Não tenho tido tempo e atualizo a fic o mais rápido que consigo.
Confesso que este não é um dos meus capítulos favoritos, mas espero que gostem!
Boa leitura!



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Draco estava deitado em sua cama, de barriga para cima, lendo um dos livros que encontrara na estante de seu quarto. Estava absorto nas páginas, lendo sobre as curiosidades mais bizarras da história do quadribol, sentindo o vento de dezembro no rosto, sem se importar muito com o frio. Seus olhos cinzentos deslizavam pelas palavras, andando para lá e para cá na página. O garoto estava tão concentrado que deu um pulo quando Blaise entrou no quarto, fechando a porta com um estrondo.

-E aí, Malfoy? –Disse o moreno, sentando na cama com um pulo.

Draco marcou o livro com cuidado e o colocou de volta na estante, sorrindo.

-Ei, Blaise. O que faz aqui?

-Bom, sabe como é. Eu estava na biblioteca, tentando fazer meu trabalho de Feitiços, mas hoje é sexta feira, as férias de Natal estão cada vez mais próximas e faz um bom tempo que não aprontamos alguma... Então resolvi fazer uma visita.

Draco sorriu.

-No que você está pensando? –O loiro perguntou, já imaginando o que Zabini queria fazer.

-Sair por aí. Ver quantas garotas consigo levar para a cama em um só dia... Sabe como é... –O moreno deu uma piscadela e Malfoy não pôde deixar de soltar uma risada.

-Admiro sua animação, Zabini, mas não estou realmente no clima hoje. –O loiro disse, com certa melancolia na voz.

Na verdade, Draco não estava “no clima” desde quando ficara sabendo que o pai fora levado para um sanatório. Não conseguia mais concentrar-se em algo divertido desde então, desligar os pensamentos e não se importar com absolutamente nada como fazia antes, pois sua mente acabava se voltando para Narcisa e o pai. Era horrível a sensação, o garoto sentia-se mais infeliz a cada dia, e as consultas com Mary não estavam ajudando muito, apesar da psicóloga fazer seu melhor para ajudar o menino. Draco simplesmente não sentia-se feliz, e os únicos momentos em que conseguia se distrair era quando estava lendo, fazendo deveres ou com Hermione, e ultimamente, tentava ao máximo ocupar seu tempo fazendo uma dessas três coisas.

-Ah, qual é, Draco. Não fazemos isso há um bom tempo, e faltam apenas duas semanas para as férias de Natal, duvido que depois disso teremos algum tempo, uma vez que os exames finais ficarão cada vez mais próximos... –Insistiu Blaise, gesticulando.

-Desculpe, cara, realmente não estou no clima hoje, ok? –Draco falou, um pouco ríspido, sem encarar o amigo.

Blaise suspirou, desistindo.

-Malfoy, cara... Está acontecendo alguma coisa? –Zabini perguntou, desta vez falando sério. –Nesses últimos meses você anda tão distraído. Não conversa direito, mal aparece nas refeições, seu desempenho caiu consideravelmente no quadribol e por causa disso estamos em último lugar na disputa... Eu sei que alguma coisa está acontecendo. É algo com a psicóloga?

Draco passou a mão pelo rosto, suspirando, apoiando-se na escrivaninha. Blaise era o único que sabia sobre Mary exceto por McGonagall e Hermione, então porque não contar sobre Lúcio? Afinal, ele era seu melhor amigo, e até mesmo Granger já sabia daquilo. Sentando-se na cama, Draco contou tudo, despejando palavras, sem fazer nenhuma pausa. Blaise era um bom ouvinte, e não interrompeu o amigo nenhuma vez, algo que Draco admirou. Quando o garoto terminou de falar, seguiram-se vários minutos de silêncio, até que Blaise colocou a mão em seu ombro.

-Draco, cara, está tudo bem, certo? Vai dar tudo certo. Tudo vai ficar melhor. Nunca perca a esperança de dias melhores, ok? É apenas uma fase ruim. –O tom de Blaise era calmo e tranquilo, confortante. –Seu pai vai ser liberado em breve, vai se curar. E pode contar comigo, haja o que houver.

Draco assentiu silenciosamente, de olhos fechados. Realmente gostava de ter um amigo como Blaise, o único que sabia que podia contar.

-Dito isso... Por que não tomar um drinque comigo, cara? Esquecer um pouco disso tudo, aliviar o estresse. É sexta, vamos lá! –Zabini deu um sorriso e andou até a prateleira, afastando alguns livros e pegando uma garrafa de uísque de fogo que sabia que Draco escondia. –Uma garrafa? Pelos velhos tempos?

Draco deu um suspiro e sorriu, derrotado. Blaise era incorrigível. Desde o quarto ano, roubava garrafas do pai e escondia nos mais improváveis lugares da casa e de Hogwarts, hábito que Draco acabou aprendendo ao longo do tempo. Desde os quinze anos, era comum o hábito de beber escondido juntos, rindo, sem responsabilidade. Agora, mais maduro, Draco sabia que precisava moderar e colocar alguns limites naquilo, e até que estava indo bem: evitava ao máximo beber em dias de aula ou no intervalo das classes e nunca ficava extremamente bêbado como antigamente, mas é claro que poderia abrir uma exceção para um dia como aquele. Levantou-se num pulo e bebeu um longo gole direto da garrafa, deixando a bebida descer queimando por sua garganta, tentanto por pelo menos um dia esquecer aquilo, contando com a pequena ajuda do álcool.

-Um brinde, cara –Disse Malfoy, levantando a garrafa, dando um sorriso de lado. –Aos velhos tempos.

~*~

-Então, Hermione –Disse Harry para a amiga, dando uma pausa entre uma frase e outra do trabalho de Transfiguração. –Pretende passar as férias de Natal em Hogwarts ou ir para casa?

Os dois amigos estavam na biblioteca, aproveitando a tarde fria de sexta feira para adiantar os deveres exaustivos para a semana seguinte. Hermione abaixou a pena com um suspiro.

-Irei para casa, Harry. O clima aqui em Hogwarts não está exatamente bom, e não estou falando do tempo lá fora. –Ela sorriu. –Estou com saudade dos meus pais.

-Essa fase de Rony vai passar, Mione. Vocês irão se entender, mais cedo ou mais tarde. Nasceram para ficar juntos. –Harry disse, num tom tranquilo. –Vou passar o Natal n’A Toca, junto com Gina e Rony. Acho que já passou da hora de oficializar meu namoro para os Weasleys...

-É, certamente. –Hermione sorriu. –Estou feliz por você e por Gina, Harry, realmente estou.

O moreno deu um sorriso e voltou a escrever. Adorava Hermione e suas palavras na medida certa, sempre tão correta, em todos os sentidos. Era como uma irmã. Odiava o fato dela estar brigada com Rony; os três eram sempre tão uindos, e essas brigas eram um saco em todos os sentidos: Harry ficar no meio do tiroteio não ajudava muito, pois amava a companhia dos dois e odiava dividir o tempo entre os amigos.

-Oi! –Gina disse, saltitando, dando um beijo na bochecha do namorado e um abraço em Hermione. Sentou-se ofegante em uma das cadeiras vazias da mesa, recebendo um olhar severo da bibliotecária.

-Oi Gina. Onde você esteve? –Perguntou Hermione, sem desviar os olhos do papel.

-Passei a tarde no campo de quadribol, treinando alguns arremessos com o Rony. Ele foi tomar banho e pediu para de entregar isso, Harry. –Disse a ruiva, passando um pergaminho para o moreno.

-Ah, certo. São os horários sugeridos para os próximos treinos. Precisamos remarcar alguns por causa das visitas à Hogsmeade depois das férias.

-Ei, eu realmente preciso ir ao meu quarto buscar alguns livros. Volto já, vocês esperam aqui? –Perguntou Hermione, levantando-se. Harry e Gina concordaram com a cabeça, e a castanha saiu correndo pelos corredores.

-Então... –Disse Gina, sorrindo. –Será que eu posso passar a noite no seu quarto, hoje?

-Claro. –Respondeu Harry, sem deixar de sorrir. –Quem sou eu para negar este favor, não é mesmo?

Os dois sorriram, clandestinos, juntando os lábios num beijo carinhoso.

~*~

Draco andava despreocupado até o corujal, um pouco alterado por causa da garrafa de uísque que bebera mais cedo com Blaise. A distração dera certo: o loiro sentia-se mais leve e até um pouco mais feliz, e tinha a esperança de que tudo desse certo, como se estivesse entrando numa maré boa. Entrou no local, procurando por sua coruja, verificando se tinha recebido alguma carta. Finalmente, avistou-a, e desamarrou o pergaminho de suas patas. Enquanto seus olhos corriam pelo pergaminho, o loiro sentiu um arrepio, e, pela primeira vez em dias, realmente começava a acreditar que as coisas iam mudar. O conteúdo da carta era simples:

“ Querido Draco,

Escrevo-lhe para dizer que tudo está bem e que as coisas estão fluindo. Creio que finalmente podemos acreditar que dias melhores estão por vir. Por favor, não quero que crie expectativas, mas a situação por aqui está relativamente boa. Não se desespere! Mando notícias nessas duas semanas, até que você possa vir para casa e presenciar com os próprios olhos essa nova fase.

Seu pai está de volta, e é um novo homem.

Com amor,
Narcisa.”


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Notas finais do capítulo

E então, o que acham que vai acontecer a partir deste ponto? Deixem sugestões! Reviews fazem bem para a saúde da autora.
Lembrando que, se estiverem gostando, recomendem. Ajuda na divulgação da fanfic.
Desde já agradeço.
Até o próximo capítulo!