Dramione - When Fire Meets Ice escrita por Sofia, beaguiar


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! (Scorose Shippers que liam minha última fanfic tristemente interrompida, espero que vocês, principalmente, gostem!)



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A mansão dos Malfoy estava inquieta.
Era primeiro de Setembro, uma data que marcara a vida de todos os bruxos para sempre e ficava lembrado como o dia mais caótico do ano, com toda a coisa de verificar malões, acordar cedo, ir para a estação, pegar o trem, tudo no tempo certo. Mas naquele dia o clima estava tenso, hesitante. Era o dia em que Draco voltaria para Hogwarts depois de toda aquela guerra e de toda a polêmica que envolvia a família Malfoy.
Narcisa e Draco foram absolvidos de todos os crimes, mas Lúcio teve a varinha confinada e se encontrava em prisão domiciliar, e assim ficaria por um bom tempo.
Draco vestia um terno completamente negro e estava parado no centro da enorme sala de estar, em frente a lareira. Seu pai estava com a barba por fazer e uma expressão vaga, jogado no sofá. Narcisa desceu as escadas, elegante como sempre.
-Draco, querido, você se importaria se fosse sozinho para a estação hoje? – A mulher lançou um olhar discreto e hesitante para o marido, que estava perdido nos próprios pensamentos. Draco entendeu a mensagem. – Por favor.
-Não me importo, mãe.
O garoto se despediu de Narcisa com certo pesar, estava preocupado em deixar o pai sozinho com a mãe depois de tudo que acontecera.
Lançou um último olhar para aquela sala e saiu da mansão, caminhando com passos largos e seguros. Ao chegar em certo ponto, deu um suspiro pesado e aparatou.
Aquele ano seria um ano difícil.

~*~

Hermione abriu a porta do carro do pai pronta para descer. Haviam chegado na estação.
-Obrigada pai! –A garota deu um beijo na bochecha do homem e sorriu para a mãe. – Prometo que manterei contato!
A castanha acena e sai andando, feliz por estar de volta àquele lugar, ao lugar que pertence.
Depois que devolvera a memória de seus pais e a guerra terminara, Hermione estava diferente. Dava para perceber no modo com que a garota andava: Com uma postura confiante, uma expressão segura e um sorriso esperto no rosto. Seus cabelos estavam mais curtos e mais lisos, com cachos nas pontas que caíam sobre os ombros, o que dava à garota uma aparência mais adulta e madura.
Ao chegar no muro entre as plataformas 9 e 10, a garota olhou para os lados, verificando se nenhum trouxa a estava observando. Feito isso, respirou fundo, sorriu e atravessou a passagem.
Como era de se esperar, a plataforma 9¾ estava muito mais tumultuada e barulhenta que o outro lado, mas Hermione já estava acostumada. Rapidamente, avistou Harry e Rony num ponto distante, e caminhou tranquilamente até eles, desviando de alguns primeiranistas que corriam de um lado para o outro. Estava prestes a erguer a mão para chamar a atenção dos garotos quando alguém a derrubou e caiu em cima dela.
-Ei, cuidado por onde anda! –Disse a garota, frustrada, tentando levantar, porém a pessoa que caíra em cima dela ainda não se recuperara do tombo. Assim que a pessoa se levantou, Hermione também se ergueu e recuperou seu carrinho.
-Desculpe. –Respondeu uma voz áspera masculina.
Hermione ergueu os olhos, reconhecendo aquela voz.
-Malfoy?
-Granger?
Hermione encarou Draco por alguns segundos. Ele estava mais alto do que da última vez que a garota o vira, seus cabelos estavam um pouco maiores e levemente desalinhados, como se o garoto tivesse parado de se preocupar tanto com sua aparência impecável de sempre. Seus olhos eram de uma cor cinza gélida com leves pinceladas de azul, e seu nariz era perfeitamente reto. Seu maxilar estava mais elaborado, o que lhe dava uma aparência forte, adulta, que complementava o terno preto que o garoto vestia. Suas bochechas eram levemente rosadas, e seus dentes tão brancos que chegavam a impressionar. Não que Hermione realmente estivesse reparando em todos aqueles detalhes, mas o rosto do garoto era praticamente perfeito, sem nenhuma sarda, mancha, espinha, nada. Aquilo simplesmente não era normal.
O loiro bufou e revirou os olhos, retomando sua caminhada. Hermione simplesmente resolveu ignorar o que tinha acontecido e continuou seu caminho.
-Rony, Harry! –Disse ela, abraçando o moreno com força. –Estava com saudades.
-Mione! – Harry riu. –Me deixe respirar.
A castanha soltou o amigo e olhou para Rony, que estava com as orelhas vermelhas. Ela provavelmente também estava corando, e se limitou a cumprimentá-lo com um beijo na bochecha, embora todos já soubessem que eles estavam namorando.
Gina se aproximou do grupo sorrindo, cumprimentou Mione e Rony com um abraço e Harry com um selinho demorado, fazendo o moreno corar fortemente.
Os quatro entraram no expresso e escolheram uma cabine. Sentaram-se para conversar, mas de cinco em cinco minutos algum dos alunos mais novos olhavam para dentro do compartimento e davam risinhos ao ver Harry, principalmente as garotas.
-Parece que você se tornou um ídolo, Harry. –Falou Gina, rindo. O moreno não parava de corar.
Constrangido, Harry lançou um feitiço para escurecer o vidro da cabine para que finalmente os quatro pudessem ter um pouco de sossego. Hermione falava sem parar sobre como estava animada por ter sido nomeada monitora chefe e Gina falava sobre as propostas que recebia de times de quadribol, Harry e Rony discutiam sobre qual profissão seguir e quase sempre o assunto terminava em aurores e com comentários aleatórios da guerra. Hermione estava feliz por estar ali, com seus melhores amigos, como nos velhos tempos.

~*~

Draco estava em uma cabine no fundo do trem, acompanhado por Blaise e Pansy, que conversavam freneticamente, mas o loiro não estava realmente prestando atenção no assunto.
Seu pensamento se perdia nos antigos tempos em que seu pai era gentil e educado e sua família poderia ser considerada feliz, antes de Voldemort retornar e estragar completamente a vida dos Malfoy. Ás vezes Draco pegava à si mesmo encarando a Marca Negra em seu braço. A Marca estava pálida e quase transparente, mas ainda era visível e o loiro duvidava que ela sumiria algum dia. Ainda se lembrava do ritual de iniciação, onde ele mesmo tivera que matar uma jovem trouxa antes de receber a tatuagem. Ainda podia se lembrar das duas palavras mortais saindo de sua boca, embora ainda não pudesse acreditar que ele mesmo as tinha dito, e da vida deixando os olhos daquela mulher de forma simples e patética, das risadas dos comensais ao seu redor. Aquilo o atormentava até hoje, e seus pesadelos, em sua maioria, traziam lembranças desse dia, no dia em qual recebera a Marca e matara alguém inocente apenas para agradar seu pai.
Pansy Parkison acariciava seu ombro e se atirava em cima dele como de costume, mas aquilo não o atingia mais. Ele não sentia mais nada, em relação à ninguém.
Tomando uma decisão repentina, Draco se levantou sem dizer uma palavra e começou a andar pelos corredores distraído, até que esbarrou em alguém.
Granger.
-Você de novo? –Disseram os dois exatamente ao mesmo tempo.
-Argh. –Exclamou Hermione, irritada. – O que está fazendo aqui?
-Eu é que te pergunto. –Disse o loiro com o mesmo tom sarcástico de sempre.
-Se ainda não reparou na presença do carrinho de doces, Malfoy, suponho que deveria prestar mais atenção nas coisas. Vim comprar algo para comer, é claro!
Draco ficou calado. Não havia percebido que o carrinho estava ali, uma vez que continuava absorto em pensamentos.
-Ei, Mione, por que a demora? –Disse uma voz atrás dos dois. Era Rony.
Ao perceber a presença de Draco, o ruivo franziu o cenho.
-Já estou indo, Ron. –Disse Mione, suspirando.
-Não demore, Mi. –Dizendo isso, o garoto voltou para a cabine.
Draco soltou um riso irônico.
-Que foi? –Perguntou a castanha, revirando os ohos.
-Mi? Que ridículo. –Draco riu mais uma vez. –Esse garoto não larga do seu pé.
Silêncio constrangedor. Draco olhou para a garota e percebeu que ela estava cabisbaixa e corada.
-Espera. –Ele disse. –Vocês estão namorando?
Vendo que a menina não ia responder, Malfoy riu mais alto ainda.
-Patético.
-Por quê? –Alfinetou Hermione. –Você tem algum problema com isso?
O loiro ficou calado com um sorriso torto no rosto, mas sério por dentro. Não sabia como responder àquela pergunta. Os dois ficaram assim por alguns segundos, se encarando em silêncio e na mesma posição, até que um garoto primeiranista interrompeu aquele clima estranho.
-Srta. Granger? –Perguntou o menino. –A Professora McGonagall deseja te ver na última cabine do trem para conversar sobre a monitoria.
-Certo, obrigada. –Disse Hermione, constrangida.
A castanha lançou um último olhar para Draco, mas o garoto não pôde decifrar o que ela escondia por trás daquele gesto. Ele a observou partir por um ou dois segundos, e depois retomou seu caminho, novamente absorto em pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer à minha Beta Co-Autora, Bia, que me ajudou muito na formação deste primeiro capítulo e no nascimento dessa fanfic.
Espero realmente que tenham gostado! Deixem reviews, faz bem pra autora :D