Bad Dreams escrita por Alex Baggins


Capítulo 6
Entre Mexicanas Psicopatas e Mexicanos Pervertidos


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais ♥



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Ramon era um idiota.

Eu sorria, mas minha vontade era enfiar meu salto na boca dele até ele calar a boca. As piadas dele era ruins, as cantadas eram piores e ele só parecia saber falar de carros. E eu sorria e assentia, agindo como Drew Cabeça de Glitter sempre agia com os caras. Parecia funcionar, sendo que com 16 anos ela já tinha dormido até com o zelador.

Além de idiota, o cara era burro. Ele não percebia que eu estava sempre fazendo os mesmos gestos? Sorri, ri, acena, joga cabelo. Ele estava muito ocupado falando de carros ou dizendo coisas como “Seu pai é ladrão? Porque ele roubou o brilho das estrelas e pôs nos seus olhos”. Eu estava quase morrendo tamanha a força que eu tinha que fazer para não revirar os olhos.

Eu queria olhar para o lado, para Anúbis e Walt. Estariam eles rindo de minha terrível tentativa de flerte?  Provavelmente. Eu criei uma imagem mental deles se corroendo de ciúmes e quase ri. É claro que eles não estariam assim.

Enquanto ele falava sem parar, eu divagava sobre coisas inúteis. Coisas como: “Esse ponche cheira a xixi de camelo” ou “o que terá para o jantar amanhã?”. Ele nem percebia minha falta de interesse, contando que eu acenasse na hora certa.

Alguns minutos depois, a música passou de um pop agitado para uma balada romântica. Os casais se dirigiam para a pista de dança e se abraçavam, balançando desajeitados numa tentativa fraca de dançar.

-Quer dançar? – perguntei a Ramon, indicando a pista com a cabeça.

Ele sorriu.

-Claro! – me ofereceu o braço do mesmo jeito que uma vez Anúbis havia feito. Esse gesto parecia muito errado quando Ramon o fazia.

Caminhamos até a pista e paramos no meio dela, bem em baixo de um globo de luz. Ramon passou o braço pela minha cintura e me puxou para perto, com um sorriso enjoativo. Eu sorri amarelo e entrelacei meus dedos atrás de seu pescoço. Dançamos por algum tempo, do mesmo jeito que os outros: sem jeito nenhum. Eu queria tanto ir embora. Voltar para a Casa  do Brooklyn, jogar basquete com Khufu, roubar beijos de Walt, sentir saudade de Anúbis e me matar por causa de meu dilema amoroso.

Dançamos juntos por duas músicas até que voltou a tocar músicas animadas. Eu dei graças aos deuses que não tinha mais que ficar ali com ele. Porém, estava na hora de leva-lo para o interrogatório. Eu levantei minha cabeça até ele, fazendo a cara sexy que Jaz havia me ensinando, apesar de ela parecer ridícula para mim.

-Então... – comecei chegando para perto dele – A gente podia ir para um lugar mais reservado. – sugeri.

Ele pareceu surpreso por um momento, mas satisfeito. Assentiu com um sorriso enorme no rosto e pegou minha mão, tirando-nos da pista de dança. Caminhamos lado a lado até a saída, e passamos por Anúbis e Walt. Tentei ao máximo não olhar para eles, mas foi impossível. Dei uma olhadela rápida. Anúbis estava encostado na parede parecendo irritado e Walt estava do seu lado com uma careta aflita. Virei meu rosto antes que alguém percebesse e ao passarmos por ele, fiz um sinal positivo com o polegar nas minhas costas.

Nós saímos e viramos a direita, para um corredor escuro. Procuramos por uma sala desocupada, sem nenhum casal se pegando. A última, de artes, estava vazia, por isso entramos nela. Eu estava começando a ficar nervosa, mas continuei com o plano. Ramon entrou na sala primeiro e eu o segui, trancando a porta atrás de mim e selando a com magia sem que ele percebesse. Virei-me para ele e disse:

-Ok, querido, está na hora.

-Na hora de que? – perguntou ele com um sorriso malicioso.

-Na hora de ir embora. – disse eu.

Rapidamente, eu abri um portal e estava pronta para empurra-lo lá dentro, quando ele virou para mim e disse com uma voz assustadora:

-Eu acho que não, Sadie.

Então ele puxou-me pelo o cabelo e bateu minha cabeça contra a parede. Uma dor terrível me abateu e eu desmaiei.

Quando acordei, o silêncio era sepulcral. Não havia nada, apenas o som da minha própria respiração acelerada. Olhei em volta, sentando-me. Estava sentada no chão de uma sala escura com paredes de pedra. Não havia nada ali, nem ninguém.

Eu estava sozinha em um lugar desconhecido. Não me lembrava do que havia acontecido nem de como havia chegado ali. Flashes de um baile e de um cara com traços latinos me vinham à cabeça até que eu me lembrei.

Ramon. O plano tinha dado errado.

Levantei-me abruptamente, tão rápido que tive que voltar para o chão, devido a uma forte tontura. Por quanto tempo eu havia ficado desacordada? Levantei-me novamente, dessa vez mais devagar e olhei em volta mais uma vez, procurando uma saída. O lugar parecia um calabouço, iluminado parcialmente pela luz de um lampião. A direita havia uma porta tão escondida na penumbra que eu não notei da primeira vez que olhei. Caminhei até ela e girei a maçaneta. Trancada. Soltei um grunhido de frustração. Eu tinha que sair dali.

Do outro lado da porta, alguém riu. Era uma risada fria e cruel, daquelas que dão até arrepios. Eu me afastei rapidamente da porta, me encostando na parede oposta, quando ouvi o som de chaves. Segundos depois, a porta se abriu revelando Ramon que sorria como o gato de Cheshire: Assustadoramente.

-Oh, Sadie! Que bom que acordou. Estava ficando preocupado. – disse ele com um tom de voz simpático.

-Onde estou? – perguntei rudemente.

Ramon deu de ombros.

-Na minha casa. Você não disse que queria um lugar mais reservado? – respondeu ele, seus olhos brilhando cruelmente.

-Seu idio... – eu avancei para cima dele, porém de repente eu estava amarrada e amordaçada. Perdi o equilíbrio e caí no chão.

Ele se ajoelhou no chão ao meu lado, balançando a cabeça enquanto eu me debatia.

- Tsc, tsc, Sadie. Para que tanta violência? Credo. – ele fez um barulho de reprovação com a boca – E eu achando que você gostava de mim.

Eu me jogava de um lado para o outro, tentando ao máximo acertar seu rosto de alguma forma. Soltava grunhidos ao tentar xinga-lo e amaldiçoa-lo, mas nada funcionava.

-Fica quieta, vai. – ele revirou os olhos para mim – Eu nem estou fazendo nada com você! Até parece que eu estou te torturando.

Eu fiquei calada por um instante. Ele olhou para mim desconfiado, mas tirou o pano que cobria minha boca, me permitindo falar, porém eu não disse nada, esperando para ver o que ele faria a seguir.

-Boa menina. – foi minha vez de revirar os olhos.

-Para que você me trouxe aqui? – perguntei num tom de voz brusco com os olhos semicerrados – Você é algum tipo de pervertido? Porque, na boa, você não é meu tipo.

Ele riu.

-Sim, bem sei que seu tipo são deuses e amaldiçoados. Boa escolha! – disse ele com deboche – Não, eu não sou um pervertido.  Se bem que você, Kane, não seria de jogar fora...

Ele chegou mais perto e passou uma das mãos em meu rosto de forma suave, acariciando. Depois, ao ver que eu não reagia se aproximou ainda mais até que nossos rostos ficassem a centímetros de distância. Então ele me beijou.

Devo deixar bem claro que eu não o beijei de volta. Eu simplesmente fiquei parada enquanto ele me beijava. Eu mantinha a boca fechada e os dentes trincados, afinal não havia mais nada que eu pudesse fazer. Foi quando ele tentou aprofundar o beijo que aconteceu.

Eu mordi seu lábio com força até eu começar a sentir o gosto do seu sangue na minha própria boca. Ele gritou e se afastou, então me bateu.

Não daquele jeito de brincadeira, do jeito que Carter fazia. Com tanta força, que dias depois ainda era possível ver a marca de sua mão em meu rosto. Eu senti minha bochecha arder e reprimi um gemido de dor. Ramos se levantou e olhou para mim com um olhar raivoso enquanto tentava estancar o sangue do lábio com a camiseta.

-Olha o que você me fez fazer! Eu não queria bater em você. Rose me fez prometer que a deixaria ilesa para ela. Hunf! – ele bufou – Acho melhor chama-la antes que eu bata em você de novo.

Com esse comentário animador (prazer, sarcasmo), Ramon deu as costas para mim e saiu. Quando a porta se fechou, as amarras se soltaram e eu caí, deitada, as mãos massageando minha face machucada. Soltei um gemido baixo e me recolhi no canto em posição fetal.

O tempo passava. Eu não sabia dizer se era noite ou se era dia, se haviam passado minutos ou horas. Não havia muito que eu pudesse fazer a não ser ficar sentada, soltando grunhidos de dor. Já tentara usar magia e arrombar a parta, mas nada funcionava então me restava simplesmente esperar. Enquanto aguardava, tentava adivinhar onde estava. México? Talvez. Eu tinha a impressão de que ainda estava nos EUA, devido ao clima frio.

Depois, passei a pensar em Walt e Anúbis. Onde estariam? Teriam eles notado minha ausência ou eles também haviam sido capturados? Será que eles estavam procurando por mim? Se sim, como iriam me achar?

Então eu lembrei. O amuleto de Walt! Minhas mãos voaram até meu pescoço, mas não achou nada. Todos os colares, até os da fantasia haviam sido tirados de mim, junto com o amuleto. De repente, eu me sentia mil vezes mais vulnerável do que antes.

Algum tempo depois, eu ouvi novamente o rangido da chave virando no buraco e da porta se abrindo. Mas não foi Ramon que entrou e sim uma garota de uns 18 anos. Eu me lembrava dela. Ela estava lutando ao lado de Jacobi na batalha no Primeiro Nomo. Era uma garota bonita, com longos cabelos castanhos lisos e olhos verde-musgo. Seu rosto, porém era desfigurado por uma cicatriz horrível, que não estava ali antes da batalha.

-Sadie Kane. – sua voz era rouca e tinha um tom amalucado e sombrio que fazia você querer se encolher e se esconder – Finalmente.

Ela caminhou até mim e se sentou na minha frente, a um metro de distância. Seu rosto era calmo e tinha uma expressão pensativa, mas algo em seu olhar me dizia que ela estava longe de ser uma pessoa calma.

-Eu esperei pacientemente... E agora você está aqui! – ela jogou a cabeça para trás e soltou um riso histérico – Você não acha isso simplesmente maravilhoso?!

A esse ponto eu estava tão frustrada e com tanta dor que nem pensei no que estava fazendo. Joguei os braços para o alto e comecei a gritar:

-Não eu não acho isso maravilhoso! Sabe o que eu acho? Eu acho que o hospício deveria checar as portas, porque alguém deixou uma aberta e você saiu correndo! – meus berros ecoavam pelas paredes de forma escandalosa – Eu acho que você é uma doida e Ramon é um doido pervertido! Eu acho que vocês deveriam ME DEIXAR IR EMBORA!

Ela ainda teve a ousadia de rir da minha cara. Minha vontade era colocar minhas mãos ao redor do pescoço dela e estrangular ela até que ela me deixasse ir embora.

-Está com saudade de casa, querida? – perguntou em um tom falsamente preocupado – Saudade dos namorados?

Eu me recusei a responder. Cruzei os braços, e segurei uma resposta sarcástica como: “estou com saudade é da sua sanidade”.

-Ah, não seja modesta. – ela fez um gesto de descaso com a mão – Aposto que você tem vários namorados. Ou apenas dois, não é, querida? – ela deu de ombros.

Rose (esse era o nome que Ramon havia dito) levantou-se e começou a andar em círculos ao redor da sala, as mãos entrelaçadas atrás das costas. Eu a acompanhei com os olhos, me perguntando como ela não ficava tonta. Com uma voz sonhadora e com um quê de nostalgia, ela começou a contar:

 -Sade, Sadie, eu também já fui muito bonita. Tinha muitos pretendentes. Ah, mas eu não prestava muita atenção neles, eu já gostava de outro garoto. Ele era bonito, inteligente, gentil, doce... Ele era perfeito. – ela soltou um suspiro sofrido – Eu o amava e ele também me amava. Nós íamos fugir e se casar. Ter uma vida normal. Nosso plano era ir logo após a batalha.

“Mas algo deu errado. Vocês eram mais fortes e mais poderosos, já que lutavam ao lado dos deuses. E no meio da batalha você chegou. Parecia invencível, trazendo de reboque seu irmão e o Olho de Rá. Correu para ajudar seu tio, o Sacerdote-leitor Chefe, que lutava contra Jacobi. Num ataque de fúria, Jacobi lançou uma faca em você. Mas você desviou, não foi, querida? Você sabe quem essa faca acertou?”

De repente, ela se ajoelhou na minha frente e começou a gritar com força:

-Ela o acertou! Bem no meio do peito dele! Não havia mais chance, quando eu cheguei perto o suficiente para ajuda-lo, ele já estava MORTO! MORTO!

Ela caiu em um choro desesperado, tão sofrido que me deu vontade de consola-la de alguma forma, afinal eu sabia que era assim que eu estaria se Walt tivesse morrido. Eu ainda teria Anúbis, mas essa pobre menina não tinha mais ninguém. Porém eu sabia que não era o meu consolo que ela queria.

Rose se recuperou do choro e secou as lágrimas no dorso da mão enquanto se levantava. Então ela me mandou um olhar mortal, cheio de ódio, tão venenoso que a pena que eu estava sentindo dela antes se transformou em medo.

-Você deveria ter morrido no lugar dele, Kane. E hoje eu só vou cumprir isso.

Então eu entendi. Ela queria me matar por vingança. Eu deveria ter morrido no lugar do garoto dela, mas como isso não aconteceu, ela queria ter certeza que eu ia morrer de qualquer jeito.

-Mas antes – continuou ela com um sorriso diabólico – você irá saber o que é perder quem você ama. Seu namorado já está aqui, querida, dentro da casa. Ele só precisa te achar. Que tal soltar alguns gritos para facilitar o trabalho?

Ela convocou um cajado do Duat o apontou para mim, sussurrando algo. Então eu explodi.

Bem não desse jeito. Mas era o que parecia. Parecia que cada pequena parte de mim havia sido engolida por chamas e me corpo parecia explodir. Era uma dor terrível, que eu não desejaria para ninguém (talvez para Setne, aquele fantasma safado). Eu queria que ela me matasse logo, para me poupar de tanto sofrimento.

Walt estava ali, eu podia sentir. Mas aquele lugar deveria ser enorme. Por isso que ela precisava que eu gritasse. Ela precisava que ele me achasse, para que ele morresse junto comigo.

Mas eu não gritei. Juntei todas as forças que eu tinha para não gritar. Mantive-me em silêncio, me contorcendo no chão. Eu iria retardar Walt o máximo que eu conseguia.

De repente, a dor parou. Eu estava no chão, arfante, meu corpo ainda formigava, mas não havia mais dor nenhuma. Rose estava ajoelhada do meu lado, com um olhar impressionado.

-Você é forte, garota. Poucas pessoas conseguem passar por uma maldição dessas sem gritar. Bem, mas já que essa não funcionou, vamos tentar um ataque físico um pouco mais forte.

Ela virou meu corpo com um chute que me acertou bem nas costelas, tirando-me o ar. Então Rose pegou um objeto que eu não pude identificar e me atacou nas costas. Foi como se ela estivesse escrevendo nas minhas costas com uma faca, tamanha a dor. As lágrimas caiam de forma descontrolada e meus lábios estavam cheios de sangue devido ao fato de que eu estava o mordendo para segurar o grito que ameaçava sair.

Mas, do mesmo jeito que antes, a dor parou. Rose se afastou de mim e me lançou um olhar decepcionado.

-Você está mesmo decidida a não soltar um berrinho, não é? Mas que coisa! – ela deu de ombros – Isso não vai adiantar de muita coisa, você sabe. Você só está tornando a sua morte mais dolorosa.

Ela se levantou novamente e tornou a apontar o cajado para mim. Seus olhos brilhavam de uma forma cruel que me fazia querer me esconder, se eu tivesse forças para me mexer.

-Está na hora, Sadie, de você experimentar um gostinho dos seus próprios medos. Quem sabe assim você me dê aquele grito que eu preciso, hã?

O mundo a minha volta começou a girar. Não da forma que gira quando você está tonta, mas como se eu tivesse entrado no meio de um redemoinho. Mas com a mesma velocidade que começou, parou. E eu me encontrei novamente naquela sala tenebrosa.

Eu estava de pé ao lado da porta e Rose havia desaparecido. A sala continuava vazia, exceto por uma pilha estranha escondida no escuro que eu não conseguia identificar. Lentamente, eu fui me aproximando da pilha, até que consegui ver o que era.

De certa forma, eu estava ciente de que aquilo era um feitiço ilusório que Rose havia lançando em mim. Eu sabia que nada daquilo era verdade. Mas fazia parte do feitiço me fazer acreditar que o que estava acontecendo era verdade. Por isso eu gritei.

Porque, empilhados na minha frente, estavam os corpos das pessoas que eu mais amava.

Carter, Walt, minha mãe, meu pai, Tio Amós. Todos eles mortos.

Eu me joguei do lado dos corpos, gritando, chamando por eles. As lágrimas escorriam pelo meu rosto. Aquela tortura era muito pior do que qualquer uma que Rose tinha feito comigo.

-Carter, por favor, acorda! Walt, não, não faça isso comigo! – gritei em desespero, meu coração apertado – Tio Amós, não! NÃO!

Eu segurei a mão fria de Carter e deitei minha cabeça nela, pedindo para que ele voltasse para mim. Pedindo para que ele ficasse comigo. Depois eu peguei a mão de Walt e fiz a mesma coisa, implorando, chamando por ela.

Atrás de mim, alguém tossiu como que para chamar minha atenção. Eu me virei e vi Anúbis, parado na porta. Ele olhava para os corpos com uma cara de tédio, mas eu não me importei. Eu corri até ele e o abracei.

-Anúbis! Ainda bem que você está aqui! – eu disse aliviada enquanto afundava meu rosto no peito dele – Você pode ajuda-los. Você pode salva-los!

Ele me empurrou para longe dele, com tamanha força que eu caí no chão. Lançou-me um olhar de nojo e disse:

-Afasta-se de mim, mortal indigna. - ele parecia tão diferente do comum, com um olhar arrogante de superioridade. Ele estava tão parecido com seu pai – Porque iria ajuda-la? Qual é o meu interesse em você, mortal? Nenhum. Quer saber, eu vou embora. Você está me dando nojo.

Ele se virou e saiu pela porta, batendo-a atrás de si e me deixou ali, no escuro com os corpos das pessoas que eu amava. Eu corri até a porta e comecei a esmurra-la, gritando seu nome:

-ANÚBIS! ANÚBIS, VOLTE AQUI! ANÚBIS!

Minha voz começou a sumir e eu comecei a lentamente voltar para a realidade. Eu estava tonta e esgotada. Quando finalmente voltei para minha posição antiga, estirada no chão, ensopada de suor e sangue, eu tive um relance de Walt, Carter e Anúbis parados na porta me olhando horrorizados.

-Vocês... Estão... Vivos... – sussurrei fracamente.

Então, acabada tanto física quanto emocional, eu desmaiei novamente.


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Notas finais do capítulo

Oi, gente! Desculpem a demora, viu? Esse capitulo foi bem difícil de escrever por ser um capitulo bem mais intenso do que os outros. E o capitulo está enorme, né? 7 páginas do Word!
Desculpa também qualquer erro de gramática, eu não tenho beta e eu não tive tempo de revisar a fic.
Para as meninas que estavam dizendo que preferiam Anúbis e Walt juntos, sinto muito, lindas, mas eu tive que mudar. Vocês não tem ideia de como é difícil escrever uma fic em primeira pessoa com duas pessoas! É complicado demais!
Aqui está uma foto do desenho que eu fiz da fantasia da Sadie. Eu não sou muito boa, então relevem isso, ok?
https://pbs.twimg.com/media/A_-YjgPCUAECwVj.jpg:large
Outra coisa gente, leiam minha história original que eu comecei a postar? http://fanfiction.com.br/historia/306881/Aprendendo_A_Voar/
Beijos, amo vocês!
Mi
P.S: O próximo capitulo é Walt POV