Elena P.O.V
Paramos por um segundo de nos beijarmos e ele me fitou, eu corei. Ele segurou minha mão e me puxou, me levando até um quarto, que pelo visto, parecia ser dele. Sentei na cama e ele veio me beijar, eu já sabia qual era a intenção dele. Eu não abriria as pernas tão facilmente pra ele, mesmo ele sendo encantador.
– Ei! Não.
– Que foi?
– Não vou abrir as pernas pra você tão facilmente, não sou essas garotas que você fode e no outro dia passa por elas e finge que não conhece.
– Me ofendeu! Acha que é só isso que eu quero? Foder?
– Já disse isso para quantas?
Ele ficou em silêncio.
– Então tá bom, mas eu ainda vou te beijar. - Ele riu e eu ri junto. Ele veio aproximando o seu rosto do meu e nós beijamos levemente, dessa vez sem pressão.
Nosso beijo foi interrompido por alguém entrando no quarto. Eu olhei para ver quem era e era um cara. Me senti envergonhada.
– Que merda, Stefan. Você não sabe bater? - Stefan. Ah. Era esse o irmão dele, o cara que a Bonnie tinha mencionado.
– Nossa. Foi mal, eu não sabia que você estava com uma garota. Tyler está lá fora e ela está com umas garotas, uma delas está perguntando por você. Uma tal de Caroline.
– Droga. - Damon sussurrou baixinho. Magnifico. Tenho quase certeza que essa tal de Caroline foi uma das muitas garotas que ele trassou. Me levantei da cama e disse:
– É melhor eu ir lá pra fora. - Ele me segurou e não deixou eu ir. Olhei frustada para ele. - Me solta. Agora. - Ele sacudiu a cabeça, me puxou e eu acabei caindo na cama e não consegui conter o riso. Porém, meu riso foi abafado com um beijo faminto dele. Ficamos ali, nos beijando, como se so existisse nós dois. Eu sabia que se continuasemos alio, o clima ia ficar quente. Paramos. Nos olhamos. Eu me levantei e ele veio atrás.
Quando saimos do quarto, senti os olhares em minhas costas. Será que todos estavam pensando que agente tinha transado? Inclusive, senti uma menina loira e bonita me fuzilando com os olhos. Parecia que estava com ciumes dele, ou algo parecido. Será que era ela a tal Caroline? Tudo bem, não me importava. Afinal, eu tinha total consciência de que nós não tínhamos transado. Não tinha o porque para me preocupar com os olhares e com a loira misteriosa ainda me fuzilando.
Aquela festa estava me deixando entiada. Damon estava no meio de alguns amigos, bebendo, é claro. Eu estava sentada, completamente só. Fui até o barmer.
– Qualquer bebida forte o suficiente para me deixar sonsa. - Ele me deu um copo com um bebida que eu não sabia o nome e nem queria saber. Apenas queria ficar sonsa o suficiente para não saber o que eu estava fazendo. Bebi tudo sem parar.

Damon P.O.V
Mesmo eu estando no meio dos meus amigos, eu não parava de fitar Elena. Ela estava ficando completamente bebâda, dançando. Só faltava tirar o vestido, porque ela já estava sem os sapatos.
– Aê, cara, conseguiu comer aquela ali? - Tyler me cutucou e apontou para Elena.
– Cale a boca. - Revirei os olhos e tomei um gole de whisky e fui sentar no sofá.
Caroline estava vindo em minha direção, já sabia que essa garota ia falar um monte de baboseira.
– Damon! Ontem mesmo você transou comigo e agora já está comendo essa aí?
– Caroline, você tem que entender, foi apenas uma foda, nada a mais, nada a menos. Eu não estou apaixonado por você.
– Duvido que ela seja melhor de cama do que eu. Quantos anos ela tem? - Ela realmente estava irritada.
– Nós não transamos. Ela se chama Elena e tem 22 anos. - Respondi severamente.
– Ah, francamente, Damon? Não transaram? Ual! 22 anos, não deve ser tão boa que nem. Damon, ela é ridícula. Você tem que entender que eu sou gostosa, ela não. Eu sou boa de cama e sei como te levar a loucura.
– Escute, porque eu não irei repetir de novo. Pra mim, você só serve para abrir as pernas. Você não teria a menor chance comigo, não só pelo fato de ser vagabunda e dar a sua boceta para qualquer cara que te chama de linda, mas você tem 18 anos. É um bebê ainda.
– Por favor né. Bebê que faz bebê não é mais bebê.
– Frase tipica de vagabunda.
– Muito obrigada, Tyler, você disse que ele realmente gostava de mim e que não queria só me foder. - Ela se levantou e sumiu no meio das pessoas.
– Você disse isso para ela, Tyler? - Eu estava rindo e ele riu junto comigo.
– Disse, não achei que ela levaria a sério. Olha só para ela. - Ah, que lindo, ela estava se exibindo no pole dance, achando que eu iria até ela, pediria desculpas e nós seriamos felizes conto nos contos de fadas. Revirei os olhos e tomei mais dois goles de whisky.

Elena P.O.V
Eu realmente estava sonsa, estava tentando ficar em pé, uma coisa que realmente estava muito dificil. Estava rindo sozinha. O que eu estava fazendo? Mas que se foda. A noite é uma criança e eu ia aproveitar. Estava deixando a melodia da música me levar. Alguém segurou meu braço. Me virei para ver quem era.
– Ei, vai com calma. - Um cara disse para mim, eu sabia quem ele era, só não estava me lembrando seu nome.
– Você é...?
– Stefan. Irmão do Damon. Você é Elena, né? - Balancei em forma de sim em resposta. - Acho melhor você parar de beber um pouco, vem. Vamos lá pra fora. Você precisa de ar fresco. Só não vomite. - Eu ri que nem uma criança sem saber o que ele falou. Ele estava me puxando para fora e eu estava indo. - Vamos ali do lado, tem uma torneira, vamos lavar o seu rosto.
– Não. - Eu ri. - Eu quero que você me beije.
– Como? - Ele soltou uma gargalhada.
– Eu não estou falando nenhuma piada. Estou falando sério, me beije agora ou eu vou te beijar.
– Francamente? Não posso fazer isso, você está bebâda, não sabe o que está falando e outra que você estava beijando o meu irmão.
– Sério, Stefan? Estou começando achar que você é gay.

Stefan P.O.V
Eu não podia beija-lá, apesar de ser tentador. Ela estava bebâda e tinha beijado o meu irmão. Não podia.
– Vamos, venha. Vamos lavar o seu rosto.
– Stefan! - Ela gritou e riu, se jogando no chão. Ainda rindo. - Vamos, me beije. Isso não vai te matar. Apenas um beijinho.
Saduci a cabeça, rindo.
– Ok, você não me beija. Eu te beijo. - Ela se levantou. E quando eu pensei em dizer algo, ela já estava com os lábios colados nos meus. Eu não podia fazer nada, a não ser retribuir. Depois de alguns minutos, ela parou. - Você não queria me beijar, mas retribuiu o beijo. Sinceramente, não sei se o seu irmão vai gostar disso. - Ela sorriu, maliciosamente.
– Você não tem ideia de como ele pode ser perigoso.
– Eu não tenho medo dele.
– Deveria.
Ela revirou os olhos. Até com a maquiagem borrada, bebâda, fedendo a pinga. Ela conseguia ser linda. Mas eu tinha que ficar na minha, Damon já falou que a queria. A última vez que me meti no meio dele e de uma garota, quase perdi os dentes. E não é que eu tenha medo dele. Jamais. Mas eu procuro não provoca-lo, fazer de tudo para ele não ser preso novamente. Mas ela estava me provocando.
– Vamos, Stefan. Eu sei que você quer transar comigo.
– Elena, Elena. Se eu fizer isso, você não tem ideia na encreca em que vamos nós meter.
– Eu gosto do perigo e também gosto de meter. - Eu ri.
Eu gostava de estar com ela, ela me deixava vivo novamente. Ela me lembrava minha ex. Mas eu não a conhecia e já sentia como se estivesse apaixonado por ela, mesmo sabendo que não estava. É como fosse ela que me controlava.Era impossível eu estar apaixonado por ela, estávamos conversando por apenas meia hora e já era como se eu a conhecesse a vida inteira. Isso existe?