Eu andava de um lado para o outro sem conseguir ficar tranqüila. Seth me deixara em casa e voltara imediatamente para a mansão. O bando quileute se encontraria na floresta e seguiria para se unir aos vampiros na clareira, assim que os Volturi chegassem.

Eu estava sozinha há uma hora, andando de um lado para o outro na pequena sala da cabana da família Clearwater. Sue já estava ficando preocupada.

"O que há, criança? Não se preocupe. Tudo vai dar certo. O bando está unido."

Apesar de suas palavras tranqüilizadoras, eu via a preocupação por seus dois filhos, lobos, no meio de todos aqueles vampiros. Então, ela desistiu e me deixou sozinha.

E ali estava eu, sozinha, estressada, irritada, preocupada, nervosa, ansiosa, tudo junto. E Seth lá, no meio deles.

Eu não podia deixá-los assim.

Aquela batalha era mais do que uma batalha física. Eu estava travando uma batalha terrível dentro de mim. A dor e o amor se misturando numa fusão incrível, e tudo o que eu queria era simplesmente mudar a história.

Mudar a história.

Mas eu tinha esse poder.

Toquei o camafeu de leve, fazendo-o brilhar com a leve luz da manhã que invadia a sala pela janela. Flocos de neve caíam aos borbotões e o chão já estava alvo. Os Volturi deveriam estar chegando à clareira naquele exato  momento.

Mudar a história.

Aquilo martelava em minha mente. Deveria eu voltar e mudar? Mas mudar o quê? Eu nem sabia direito o que fazer.

Mudar a história.

Droga de plano. O meu plano não servia de nada. O que eu ia fazer?

Não, eu não ia mudar a história.

Mas não ia ficar ali, parada, esperando notícias chegarem. Nem mesmo notícias boas. As mais prováveis eram as notícias ruins.

E se tivéssemos que morrer, eu queria ver o meu amor pela última vez.

E tentar pela última vez.

Eu ia enfrentar a história. De frente.

Corri para a frente da casa, e peguei o carro de Harry, pai de Seth, falecido há algum tempo. E pisei fundo, direto para a clareira do jogo de baseball.