Sangue Quente - O Contágio escrita por Wesley Belmonte, Jaíne Belmonte


Capítulo 18
Capítulo Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Não sei se alguém leu o "primeiro" capítulo 18.
Escrevemos ele novamente.
Caso alguém tenha lido, já terão um grande spoiler do que vai acontecer mais tarde.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/305148/chapter/18

Já está amanhecendo e nada de meu pai voltar. Nenhum de nós conseguiu dormir depois do ocorrido. Mas a minha cabeça está muito confusa, são muitas perguntas pra tão poucas respostas.

– Mãe, vou ficar um pouco lá fora, preciso tomar um pouco de ar. – Mamãe não responde, parece que está em estado de choque. Aliás, ela não disse uma palavra depois do que aconteceu.

Ouço um barulho de carro, Jenna volta correndo.

– É o carro do papai! – ela grita, eufórica.

– Você viu se era ele dentro do carro? – Pergunto desconfiado.

– Não. – A resposta dela me alarma, corro até a janela pra confirmar. Vejo Adrian e meu pai descendo do carro, e Misty descendo logo em seguida. Estão furiosos, tanto meu pai quanto Adrian.

Jenna corre e abraça meu pai que não retribui.

– O que aconteceu? - Pergunta ela.

– Nada. – Ele responde, secamente.

– Aconteceram algumas coisas enquanto você esteve fora. – Digo. – Venha comigo que é mais fácil pra explicar. – Adrian, Jenna e meu pai me acompanham, enquanto Misty vai para o banheiro.

– Por que você demorou tanto pai? – Pergunta Jenna.

– Foram só alguns imprevistos. – Ele responde. Saímos da casa e vamos até onde estão os dois cadáveres.

– Zumbis invadiram a cabana? - Pergunta Adrian.

– Não. – respondo. – Olhe melhor pra eles.

– Não acredito. – Meu pai diz, espantado ao distinguir um deles. – É o Ed, uma das pessoas que roubaram a Montana. Mas o que ele estava fazendo aqui? Por que matou ele?

– Eles tentaram nos matar. – Responde Jenna.

– Como assim, matar? – Indaga Adrian.

– Eles vieram na casa, estavam armados. – Respondo. – Quando vi uma moto chegando aqui, peguei mamãe e Jenna e nos escondemos perto das árvores. Quando eles entraram na casa vim até janela e vi que estavam nos procurando e estavam armados. O barbudo saiu da casa pra nos procurar, atirei nele e o matei. Depois matei o outro.

– Não foi bem assim não. Você está perdendo o pedaço mais importante da história. – Diz Jenna. – Ele tentou amarrá-lo, pediu minha ajuda. Mas quando cheguei perto o cara me pegou e colocou uma faca em meu pescoço. Sorte foi o que aconteceu depois. O outro em que o Richard atirou, levantou como um zumbi e atacou o amigo dele.

Meu pai escuta atentamente, não vejo reação nenhuma em seu rosto.

– Vocês podem me deixar a sós com o Richard? – Jenna e Adrian assentem e voltam pra casa.

Agora já imagino uma bronca pior do meu pai. Talvez se tivesse ficado escondido nada disso teria acontecido.

– Como você se sente? – Pergunta ele. Não respondo apenas abaixo a cabeça.

– Entendo o motivo por você querer amarrá-lo, mas quando não tem certeza de quem é a pessoa você deve matá-la se corre algum risco. – Ele passa as mãos no rosto, começando pelos olhos e descendo pela boca. – Agora estou mais intrigado em saber como eles nos acharam aqui, e outra, o que eles queriam aqui? Vamos arrumar nossas coisas e ir embora o quanto antes.


* * *





A presença de meu pai na casa parece ter acalmado minha mãe.







– Charles. – Chama ela. – Por que você demorou tanto?





– Alguns imprevistos ocorreram. – Ao dizer as palavras seu rosto enrubesce e ele se põe a nos contar a história. – No começo foi fácil, fomos até a S10, estava tudo no lugar. Enchemos o galão de diesel, e fomos para a cidade. Chegando lá pensei que encontraríamos muitos zumbis, mas parece que eles migraram. Talvez tenham ido procurar outro lugar para se alimentarem. Passamos em alguns mercados e pegamos tudo que precisamos. Não demoramos muito. Era duas da tarde quando encontramos a delegacia. Deixamos a Misty cuidando do carro, pra não perdermos ele também. Pegamos todos os tipos de armas e munições que encontramos. E quando voltamos para o carro a Misty tinha desaparecido. Começamos a procurá-la. Anoiteceu e nada dela aparecer. Foi então que tudo apagou. Ficamos no escuro, só o luar iluminava. Com tudo escuro ficou mais difícil de encontrá-la. Decidimos voltar pra casa, e no meio da cidade vi uma um vulto. Chegamos mais perto, e quando se virou, vimos que era ela. No começo pensei que ela tinha virado um zumbi, mas ela estava chorando, e agradeceu por termos a encontrado. Ela entrou no carro, Estava ardendo em febre. Decidimos procurar uma farmácia, ou algo do gênero, Não podia deixar ela assim. Com aquela situação percebi que também precisávamos de remédios para nossa viagem. Invadimos uma farmácia e dei alguns analgésicos e antitérmicos pra ela. Depois de alguns minutos ela dormiu. Conversei com Adrian e decidimos esperar ela acordar pra voltarmos.


– Mas ela contou o porquê sumiu? – Pergunto.

– Ela falou algumas coisas de que zumbis tentaram pegar ela no carro e ela correu. Mas não acreditei muito na história dela, mas decidi não perguntar mais nada.

– Já terminamos de guardar tudo no carro. – Adrian vem até a gente. – Charles, verifiquei a moto, acho que posso usá-la. Ela aguenta uma viagem. Mas logo vou precisar de um veículo melhor. São quantos quilômetros até a fazenda de seu pai?

– Não sei quantos quilômetros ao certo, de carro deve ser pelo menos três dias de viagem se descansar durante a noite. Você não acha melhor vir no carro conosco? Fica mais fácil se fizermos turnos na viagem.

– Tenho uma idéia melhor, senhor. – Diz ele. – Você poderia ensinar o Rich e a Jenna a dirigir. As estradas estão vazias, os únicos obstáculos são os cadáveres ambulantes.

– Verdade, não tinha pensado nisso.

Levantamos, ajudo meu pai com a cadeira de rodas. Misty, Jenna e mamãe ficam no banco de trás do carro. Adrian liga a moto e partimos. Vou sentir um pouco de saudades dessa “cabana”. Mesmo com tantas coisas ruins que aconteceram nos últimos dias, ela vai me fazer falta. Mas estou ansioso em chegar à casa de nosso avô. Espero que ele esteja bem e que a praga não tenha chegado lá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estamos sentindo falta de comentários.
Se pudurem comentar no que temos que melhorar, ficaremos gratos. *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sangue Quente - O Contágio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.