Acordei um pouco cedo para a escola então resolvi estudar um pouco mais para o teste de física. Meu ditado era: estudar nunca é demais. Ainda mais quando o assunto era física, pois eu e ela não nos dávamos muito bem. E me responda: quem se dá bem com a maldita? Talvez nem a professora.
Terminei de revisar as formulas e fui me arrumar. Calça jeans básica, uma blusa com o simbolo da Fairy Tail e meu all star. Nada muito arrumado. Não me vestiria como as nojentas sem cérebro que só vão para a escola mostrar as pernas para os garotos como o Natsu.
Natsu... vamos falar um pouco daquele garoto: ele é meu melhor amigo, devido a força do destino! Já tentei me livrar da peste, mas a macumba é forte. Apesar se ser muito mulherengo, ele é ótima pessoa. Não para namorar, claro, mas sempre que eu preciso de um abraço, um colo, ele está lá.
Nós somos amigos desde a barriga de nossas mães! Ele nasceu dois meses antes só para ter o prazer – ou não – de fazer aniversário no mesmo dia que eu.
Ele é um fofo comigo, nem parece que é o maior pegador da escola!
Terminei de me arrumar e fui escovar os dentes. Olhei no espelho e sorri com o que vi. Sentia me bem sendo eu mesma, sem maquiagem, ou roupas vulgares.
Desci as escadas correndo, pois já estava começando a me atrasar. Caminhei lentamente até a escola, sem pensar em nada muito significativo para a vida de ninguém. Apenas cantando e observando tudo em volta como fazia todo dia.
“Oi linda.” ouvi uma voz atrás de mim. Não precisava muito para reconhecê-la. Parei de andar e ele me abraçou por traz. Uma sensação estranha passou pelo meu corpo mais eu ignorei.
“Como foi o fim de semana?” eu disse me virando e respondendo ao seu abraço.
“Não muito bom.” ele disse fazendo biquinho.
“Sentiu a minha falta?” ele negou. “Sei que sim.” eu disse andando em direção da escola.
“Não sabe de nada, foi só que eu não fiquei com ninguém.” ele disse passando o braço pelo meu ombro. Bufei, mas de certa forma eu estava feliz com isso.
Nunca gostei quando ele ficava com a escola inteira. Nunca admitiria, mas eu sentia ciumes dele.
Chegamos na escola e logo Natsu foi atacado pelas garotas. E como sempre,eu fui para o fundo da sala me sentar sozinha. Não era culpa dele se um monte de garotas resolviam atacá-lo.
Abri o livro de física mais uma vez, mas era tarde de mais para eu me distrair. Meus olhos haviam sido mais rápidos.Eu olhava para a porta onde Natsu saía de mãos dadas com uma garota.
“Lucy!” ouvi alguém me chamar. Olhei para o lado e vi o Gray olhando para mim. “Será que você pode me ajudar em Física?” ele disse sorrindo.
“Nem vem com essa Gray, você é o melhor aluno de física da história.” ao falar isso ele abriu um enorme sorriso.
“Só queria uma forma de puxar assunto.” eu sorri para ele e me virei de novo.
Não demorou muito para que Natsu voltasse com a amiguinha e a professora chegasse.
“O que foi Lucy?” ele disse se virando. “Você parece triste com alguma coisa!”
“Nada.” menti e ele arqueou uma sobrancelha. “Só estou preocupada com a prova.” suspirei com essa mentira.
“Vai ficar tudo bem,Lucy.” ele disse e beijou a minha testa.
Abaixei minha cabeça, a professora anunciou que começaria a entregar as provas. Respirei fundo e comecei a fazer aquele maldito teste.

[…]

Apesar de tudo eu havia ido bem na prova, então não pensaria mais nela.
Fui para o refeitório que provavelmente já estaria cheio, já que eu havia ficado até mais tarde falando com o professor de história sobre meu trabalho. Ele disse que havia adorado a forma como eu apresentei cada fato e não só copiei e cole como já era de se esperar de todos os alunos.
Assim que eu entrei percebi que algo de estranho. Natsu não estava me esperando na porta como todos os dias. Provavelmente ele estaria se agarrando uma qualquer. E eu havia acertado. Ele estava com a qualquer da Lisanna. Os dois estavam se agarrando como se aqui não fosse uma escola.
Senti algumas lágrimas virem aos meus olhos. Que droga! Por que tudo isso estava acontecendo? Nunca me importei com quem ele ficava ou deixava de ficar. Mas de uns dias para cá... isso me doía muito.
Sequei as malditas lágrimas e segui em direção ao vestiário feminino. A nossa próxima aula seria educação física, então teria que trocar de roupa, coisa que eu odiava fazer perto de qualquer um.
Entrei lá e parecia que todas as garotas que adoravam me zoar estava fazendo uma reunião. O pior, seria contra mim.
“A sem noção chegou.” disse uma de cabelo rosa. Não sabia o nome de nenhuma, mas tudo o que elas me diziam doía.
“A nerd está no pedaço.” disse uma de óculos.
"Puxa!Olha como ela é gorda!" falou aquela que estava agarrada com o Natsu.
E então começou a zoação, as palavras ruins feriam-me de forma profunda. Nunca fui uma pessoa forte, todos sempre conseguia me atingir, me fazer chorar. E mais uma vez ela havia conseguido.
Saí de lá antes que piorasse. Corri para fora da escola.
“Lu?” ouvi alguém gritar o meu nome. “Lucy.” Natsu me chamava. Ele me abraçou quando me alcançou, impedindo que eu atravessasse a rua sem olhar para os lados. “O que aconteceu?” ele disse limpando as lágrimas dos meus olhos.
“Nada, nós podemos ir para casa?” ele assentiu e ele me guiou até a minha casa.

[…]

“Entregue.” ele disse. Olhei nos seus olhos ônix de esbanjavam preocupação.
“Sim, eu vou ficar bem!” eu disse tentando sorrir.
“Claro que vai, eu vou cuidar de você.” ele disse entrando em casa sem ser convidado. “Vou passar a semana aqui!” ele disse se jogando no sofá.
“E quem te convidou?” eu disse puxando ele fazendo com que ele caísse no chão.
“Você precisa de mim.” ele disse olhando nos meus olhos. Seu rosto foi se aproximando do meu e por um segundo eu acreditei que ele iria me beijar.
“Tudo bem.” eu disse virando o rosto. Ele beijou a minha bochecha e sorriu.
“Não vamos mais para a escola.” ele disse se sentando no sofá. Eu me sentei do seu lado e ele me puxou para deitar no seu colo.
“Tá bom.” eu disse sonolenta fechando os olhos.
Senti me flutuando então abri os olhos. Natsu me carregava até meu quarto.

POV Natsu

Meu final de semana havia sido um saco. Por que? Porque a Lucy não estava aqui comigo. Maldita viagem para conhecer o novo apartamento. Os pais da Lucy haviam acabado de se separar, então ela havia viajado o final de semana... inteiro! E eu estava aqui como um paspalho sentido saudades dela.
“Aquela garota me paga!” praguejei.
E nem atender o celular ela fazia. Havia esquecido completamente de mim, seu melhor amigo apaixonado. Sim, apaixonado! No inicio eu negava, dizia que era só um pouco de atração, pois ela é menina e blablablá! Mas hoje, eu não consigo mais negar. Está na cara que eu a amo, só ela que não consegue ver isso.
Até o idiota do Gray percebeu isso. Gray... ele é um garoto da sala. Ele vive caidinho pela minha Lucy, fica dando em cima dala, falado um monte de besteira tentando conquistá-la, mas não percebe que ela não tem olhos para ele. Muito menos para mim.
Não que eu já tenha tentando alguma coisa com ela, mas eu já dei algumas indiretas, mas ou das duas uma, ela é tonta e não entende – acho que não ela é a mais inteligente da escola – ou, ela não quer nada comigo.
Mas mesmo que um dia ela me dê um pé na bunda, eu vou estar do seu lado... apoiando-a, como um bom amigo... e nada mais.
Tenho certeza que você deve estar se perguntando: “Se a ama, por que fica com tantas garotas?” o caso é que eu não quero que ela perceba meus sentimentos e tal.E sempre foi assim e não quero mudar sem ter a certeza de quando essa mudança acontecer, ela vai ser a única garota do meu lado. Contudo, devido ao meu 'jeito' talvez ela nunca olhe para mim como eu olho para ela.

[…]

“Entregue.” eu disse assim que chegamos na casa dela. Lucy parecia um pouco sonolenta e desorientada com o que estava acontecendo, senti que ela não ficaria bem sem mim. Seus olhos não saiam dos meus.
“Sim, eu ficar bem.” ela disse decifrando-me. Se conhece-me tão bem por que não vê que eu sou louco por ela?
“Claro, eu vou cuidar de você!” eu disse entrando e me lembrando do pedido que sua mãe havia feito. Ela viajaria por uma semana, e pedira que eu ficasse com Lucy, mas sem contar o motivo por com certeza a menina fazia escândalo alegando que não precisava de babá e muito menos de mim. As vezes ela sabia ser bem agressiva com as palavras. “Vou passar a semana aqui.” eu disse me jogando no sofá.
“E quem te convidou?” ela disse me jogando no chão com cara de raiva. Ela conseguia ser linda até com raiva!
“Você precisa de mim.” eu disse já em pé olhando nos seus olhos, depois seus lábios. Eram tão convidativos que por um momento eu cogitei em jogar tudo para o ar e beijá-la.
“Tudo bem.” ela virou o rosto, então para disfarçar eu beijei sua bochecha e dei meu melhor sorriso.
“Não vamos mais para a escola.” eu disse me sentando no sofá.
“Tá bom.” ela se sentou do meu lado e eu a puxei para o meu colo.
Nada bem ela estava... percebi que deveria ser mais uma maldade das meninas da nossa sala... minha bebê sempre passava coisas horríveis desde pequenos.Ela vive sendo chamada de nerd,coisa que ela não gosta. Mas eu sempre estava do seu lado para ajudá-la, por pior que fosse.
Percebi que ela estava quase dormindo então a peguei em meus braços e a carreguei até seu quarto. Depositei ela cuidadosamente em sua cama e me sentei na poltrona observando ela dormir, até que eu mesmo peguei no sono.

[…]

Acordei e Lucy se olhava no espelho se questionando sobre algo. Pude ver pelo seu reflexo que algumas lágrimas caiam dos seus olhos. Ela secou rapidamente quando me viu acordado.
“O que foi minha linda?” eu disse abraçando-a por trás e bocejando.
“Você me acha gorda?” ela me olhou pelo espelho.
“Não.” eu disse virando-a. E ela realmente não era, seu corpo era perfeito, sem nenhum erro ou defeito. Com certeza ela era linda. Não magérrima, ou esquelética. Apenas perfeita. “Você é perfeita.” ela esbouçou um leve sorriso. “Te amo.” eu disse acariciando sua bochecha.
“Também te amo, você é meu melhor amigo.” beijei sua tenta. As lágrimas de tristeza vieram aos meus olhos. Não conseguia me conformar que ela só conseguia me ver como amigo. Amigo.
A campainha tocou, não dando tempo de Lucy perceber que eu havia me chateado com as suas palavras. Ela desceu correndo em direção a sala enquanto eu fui para a janela ver que era. E para a minha surpresa era Gray.
Ela abriu o portão e o recebeu com um abraço e um beijo estalado na bochecha. Eles ficaram um tempo falando e entraram. Não queria ver a cara do Gray de jeito nenhum, mas deixar a Lucy com aquele aproveitador? Nunca!
Mas eu tive uma ideia que o deixaria bem desconfortável.

POV Lucy

Ouvi um barulha na escada e logo presumi ser Natsu descendo-a. Continuei a conversa com Gray, até que ele fez uma careta engraçada que me fez olhar para trás e perceber o que estava acontecendo.
Natsu vinha em nossa direção apenas de cueca e praticamente pingando. As gotas rolavam pelo seu corpo e paravam na sua cueca box preta. Desejei ser uma daquela gotículas. Senti todos os meus pelos se arrepiarem e sacudi a minha cabeça. Que ideia idiota, ele era só meu amigo, por quê eu pensaria isso?
“Oi Gray.” ele disse quando passou na frente dele.
“Eai!” ele disse absorto.
“Lucy, eu não consegui achar as roupas que eu deixei aqui.” ele disse passando o nariz carinhosamente na minha bochecha causando-me mais arrepios. “Também naquela bagunça... só consegui achar essa cueca.” ele disse me fazendo olhar para a cueca novamente.
“E tinha que vir pra cá assim?” Gray disse e depois riu. Natsu apenas deu de ombros.
“Veste uma roupa do meu pai.” eu disse me lembrando que algumas roupas dele ainda estavam aqui. Ele fez uma careta de nojo e eu ri.
“Lucy eu vou indo, pois está começando a ficar tarde.” Gray disse se levantando.
“Mais já?” ele assentiu.
“Eu só vim ver se você estava bem, pois não te vi na ultimas aulas.” Gray disse dando um beijo na bochecha. “Amanhã nos vemos na escola?”
“Nós não vamos mais.” Natsu respondeu por mim. Eu apenas dei um sorriso de desculpa enquanto ele saia.
Natsu entrou na casa,me deixando sozinha.
Voltei para a sala e ele não estava mais lá. Subi para meu quarto e ele estava sentado na cama ainda de cueca. Fui até meu guarda roupa e não demorei de achar a roupa dele.
“Pronto.” eu disse colocando na cama. Ele se levantou e meu puxou pela cintura me deixando bem perto dele.
“Você podia me ajudar a tirar isso.” ele disse puxando o elástico do lado da sua cueca.
“Deixa de ser safado.” eu disse dando um tapa no braço dele e virando para ele não ver meu rosto ruborizado. “Se continuar assim eu te ponho para dormir no quarto de hospedes, ou pior no sofá.” eu disse ainda de costas com os braços cruzados.
“Como se depois você não fosse correndo para mim, com medo.” ele disse rindo. Olhei para ele com um olhar mortal. “Não tudo bem!” ele disse erguendo as mãos.
“Estranho o Gray dizer que está ficando tarde! São três horas ainda.” eu disse me sentando na poltrona. “Talvez ele não tenha gostado de ter ver de cueca.” ele riu quando eu disse isso. “Você fez de proposito!” ele apenas assentiu. Eu comecei a gargalhar. “Por que?”
“HÁ, vai dizer que você não gostou?” ele disse com um olhar desconfiado.
“Por que?” ele bufou.
“Não gosto daquele garoto.” ele disse dando de ombros. “Mas vai dizer que você não gostou!”
“Talvez.” eu disse dando um sorriso disfarçado.
Ele me puxou e me abraçou. É bom, ficar assim perto dele. Me sentia protegida. “Vamos dar um pulo da piscina?” neguei com a cabeça. “Então o que quer fazer?”
“Você não tem que ir para casa pegar algumas roupas e deixar a mochila ou algo assim?”
“Posso fazer isso depois.” ele disse nos jogando na cama.

[…]

Abri os olhos e o mundo parecia sorrir para mim. O sol que batia nos meus olhos não me irritava, ele só estavam como todos, tentando saudar a aniversariante do dia. Sorri com esse pensamento e virei-me para abraçar o outro aniversariante do dia. Mas percebi que a cama estava vazia.
Levantei-me e procurei no quarto, mas não o encontrei. Será que ele havia esquecido que tinha que me dar parabéns e saiu? Eu queria que no minimo ele tivesse deixado um bilhete. Senti-me entristecer-me aos poucos. Talvez ele tivesse mandado uma mensagem para o meu celular.
Corri até a cama novamente me lançando contra ela. Olhei e havia 10 mensagens.
“Parabéns!”– Gray
“Felicidades!”– Gray
“Tudo de bom.”– Gray
“Parabéns meu amor, desculpa a mamãe não poder estar ai com você, mas seu presente está no meu closet.”– Mãe.
“Felicidades filha... seu presente está no closet da sua mãe!”– Pai
"Parabéns querida Lucy,muitas felicidades!" Igneel (Pai do Natsu)
“OOOOOOOI enteada linda, parabéns.”– Emi (Namorada do meu pai)
As outras mensagens eram da operadora. Nenhuma de Natsu.
Fui até o closet da minha mãe e lá haviam cinco caixas. Cada uma havia um nome escrito. Duas eram da minha mãe ( uma para mim e outra para Natsu), meu pai, Igneel e Emi. Empilhei todas e levei até a sala onde tive um surpresa. Ela estava cheia de balões no teto e alguns amarrados no chão. Na mesa de centro havia um bolo.
“Achei que nunca ia descer.” Natsu disse fazendo com que eu olhasse para ele. “Feliz aniversário!” ele disse me abraçando.
“Que lindo, e eu achando que você tinha indo embora.” eu disse com lágrimas nos olhos.
“Nunca.” ele disse beijando todo meu rosto.
Até que seus lábios se aproximaram dos meus. Pude sentir sua respiração no meu rosto, ela batia levemente. Por impulso fechei meus olhos. Senti seus lábio capturando os meus em um beijo calmo. Quando ele pedia passagem com a sua língua eu me afastei.
“Não...” eu disse virando o meu rosto.
“Lucy” ele disse tentando tocá-lo.
“Sai Natsu, eu preciso ficar sozinha.” eu disse me sentando. Vi ele pegar suas coisas e deixar um presente na minha pilha do lado antes de sair pela porta dos fundos.
Senti as lágrimas caírem dos meus olhos. Me sentia estranha por ter beijado-o. Agora eu perderia meu melhor amigo?

[…]

POV Natsu

Acordei bem cedo nessa manhã. Era o meu aniversário. Mas o mais importante: era aniversário da minha Lucy! Nada se compararia a essa data especial. Hoje eu me declararia! Mesmo com a possibilidade de levar um chute bem dado dela. Ou talvez não.
Fui até em casa e enfiei tudo o que eu precisava em uma mochila. Tudo tinha que ser muito rápido antes que ela acordasse. Caminhei rapidamente até o parque que havia perto e comprei todos os balões que o vendedor tinha, provavelmente fazendo com que ele achasse que eu era louco.
No instante que eu cheguei em sua casa, pude ouvir seus paços na parte de cima da casa! Ela já teria descido? Não... rezei que não. Coloquei o bolo que eu havia encomendado em cima da mesa de centro. Amarrei alguns balões e outros deixei flutuando no teto.
Estava tudo pronto, mais porque ela demorava de descer? Suspirei pesadamente e fui até a minha mochila e peguei seus presentes. Um eu deixei guardado em meu bolso caso eu não tivesse coragem.
Ouvi seus passos na escada e pus-me a sorrir. Ela parou no fim dela com o mais lindo dos sorrisos. Ela realmente estava surpresa.
“Achei que nunca ia descer.” eu disse fazendo ela olhar para mim. “Feliz aniversário!” eu disse abraçando-a assim que ela colocou os presentes no chão.
“Que lindo, e eu achando que você tinha indo embora.” disse ela com os olhos cheios de lágrimas.
“Nunca.” eu disse beijando todo meu rosto.
Não pude resistir e beijei seus lábios. Não era a melhor forma de declarar me, mas eu sempre fui um tanto quanto impulsivo. Ela me empurrou para longe de si. Pude ver a tristeza brotar em seus olhos junto com as lágrimas.
“Sai Natsu, eu preciso ficar sozinha.” ela disse. Peguei minha coisas e deixei seu presente junto com os outros.
Sai pela porta do fundo. Não iria embora. Não mesmo. Nunca deixaria ela sozinha. Mesmo que ela me descobrisse e ficasse com raiva, fui para a piscina. O ultimo lugar que ela pensaria em ir.
Deixei minha mochila em umas das espreguiçadeiras junto com as minha roupas e pulei em um mergulho que me fez ir até o fundo.
Fiquei ali boiando até que eu ouvi a campainha tocar. Fui até a porta lateral que era o acesso da garagem para a piscina e vi que era o Gray. Ele carregava com sigo uma caixa embrulhada. Um presente para a minha Lucy.
Eles foram para dentro da casa impossibilitando de que eu o vigiasse. Sentei perto do portão até a hora que ele foi embora.
Pulei na piscina novamente e meu celular tocou.
“Podemos conversar?” - era a Lucy!
“Claro.” eu disse sorrindo. “Acho que você deveria tomar um banho de piscina. Está sol, é seu aniversário!” ouvi ela suspirar.
“Tudo bem.” e depois ela desligou.
Não demorou para ela chegar com um biquíni branco, linda.
“Desde quando você está aqui?” ela disse colocando apenas as penas dentro d'água e tampando a barriga.
“Desde que você me mandou ir embora.” eu disse e depois mergulhei indo até ela. Parei na frente dela e perguntei o que estava entalado na minha garganta. “Você ficou com o Gray?” eu disse olhando nos seus olhos.
“Hãn?” ela disse aturdida.
“Eu ficaria com um outro garoto se você levasse um fora!” expliquei-me.
“Eu não levei um fora, eu dei!” ela disse divertida e convencida. 
“Certo.” eu disse deitando minha nas suas coxas. Ela começou a fazer movimentos circulares na minha nuca.
“Você sabe que isso é errado.” ela disse baixinho. “Somos amigos desde sempre. E quero que continue assim. Algo momentâneo acabaria com o que nós temos.” olhei para seus olhos e eu me sentei em seu lado. Tomei suas mãos entre as suas.
“Não quero nada momentâneo. Lucy,eu só sou apaixonado por você.” tomei seus lábios novamente e ela correspondeu-me.
Senti uma sensação de plenitude encher-me. Lucy era o meu amor desde que me entendo por dentro. A única que eu sempre desejei beijar. E a única que eu acreditei que nunca conseguiria.
Não podia prometer que para sempre eu amaria. Mas se e um dia essa paixão acabasse, eu ainda estaria do seu lado, lembrado-a que uma amizade verdadeira como a nossa nunca acaba.
Esse era meu segundo presente. O que estava escondido no bolso da minha calça. Era um coração que se abria. Do lado direito havia uma foto nossa sorrindo. Do lado esquerdo estava escrito Forever and always. Porque era assim que estaríamos: juntos para sempre e sempre.