I Hate Loving You escrita por Minion Maknae


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi anjoos,bom... por onde eu começo? Okok, aqui vai mais um capitulo. Eu realmente não estou gostando do que estou escrevendo atualmente, mas espero que compreendam. Me desculpem se esse capitulo esta meio... tipo... "argh apaga!"

Amo as reviews de vocês, elas me fortalecem pra continuar a escrever. Obrigada :))

Xero no umbigo, até as notas finais 0/



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- Ammm.... Haamm...- a menina disse ainda meio perplexa

Era isso mesmo? Nunca na sua vida havia ganhado nada de Ryan, pelo menos não de espontânea vontade, e agora ele estava na sua frente lhe dando um gatinho de pelúcia.

- É sério! – o garoto disse, rindo da cara de “quem é você?” Que Valerie exibia

- Amm... Hamm – repetiu

- Ta, olha... – disse pausadamente – Não é exatamente um presente, mas é q-que eu... bom, é que eu achei que... olha, você pode n-não... Am... eu... – ele mais parecia um pimentão de tão vermelho, Valerie já estava até cogitando a ideia de ligar pra ambulância – Ok... – ele respirou fundo – Eu quis te dar isso porque eu acho que você vai gostar, bem eu o guardei um bom tempo, mas acho ainda esta inteiro.

- Isso é um gato? – falou analisando o brinquedo

- Não reconhece? – ele falou receoso

- Deveria?

- Não – falou rápido. Ele imaginou que Valerie fosse lembrar afinal aquele tinha sido o único momento de suas vidas que se uniram por vontade própria.

Ele realmente ficou desapontado, pois nunca esquecera esses dias, mas ela... ah, ela esqueceu, então não representou nada. Legal saber disso.

*Há alguns dias a pequena Valerie de apenas nove anos estava procurando algum lugar secreto que ela poderia usar como seu esconderijo para que ninguém pudesse lhe perturbar quando estivesse La, então por coincidência enquanto caminhava num bosque que havia perto de sua casa, encontrou uma pequena casa abandonada.

 Não era bonita, na verdade estava longe disso, era feita de madeira, os poucos móveis que havia ali estavam sujos, corroídos e cheiravam a mofo, sem contar os objetos enferrujados e as janelas quebradas.

Finalmente tinha encontrado um lugar só seu, imaginou mil coisas que aproveitaria daquela coisa velha e abandonada.

Porém duas semanas depois descobriu que não tinha graça nada daquilo se não podia dividir com ninguém.

 Gostava de ficar sozinha, isso com certeza, porém já estava se tornando monótono, não tinha com quem conversar e quando encontrava um objeto estranho na casa não tinha a quem mostrasse, também não poderia se gabar de nada daquilo pra ninguém, e o principal, não tinha coragem pra investigar mais da casa sozinha.

Tentou contar a uma amiga, mas essa disse que Valerie era uma garota e deveria transformar a casa em uma igual a da Barbie, assim elas poderiam brincar que uma era a Barbie e a outra a Christie e fazer encontros para tomar chá e escolher vestidos e... Não! Isso com certeza não estava nos planos de Valerie.

Quando a ruiva finalmente criou coragem e abriu a porta de um dos quartos encontrou um berço enferrujado. Dentro dele havia um gatinho de pelúcia todo empoleirado e rasgado, ela o pegou com cuidado e uma onda de emoções lhe surgiu à cabeça.

 Era apenas uma criança, mas pode pensar em mil coisas que poderiam ter se passado naquela casa, naquele cômodo.

 Onde será que a família que morava aqui esta? Como tudo estava não parecia que haviam saído de livre e espontânea vontade.

Imaginou um pequeno bebê segurando o ursinho como se fosse sua vida, enquanto sua mãe preparava uma bela mamadeira e afagando os cabelos do filho mais velho. Imaginou o pai sentado na poltrona grande perto da sala, ele calculava contas, e vez por outra reclamava com o filho mais velho por ir no quarto e perturbar a bebê.

Sentiu-se mal por sentir certa inveja daquela família. Sempre quis algo assim, tinha certeza de que aquela família fora feliz, porque pelo menos juntos eles estavam. Apostava todas as fichas que a criança do berço que tinha o gatinho sempre tinha seus pais perto, lhe protegendo, dando amor, contando histórias, dando abraços e que ela nunca se sentiu sozinha como Valerie muitas vezes se sentiu.

Queria mesmo saber o que havia acontecido com quem quer que tenha morado ali, como eram, o que faziam, há quanto tempo a casa estava sozinha?

Pelo visto aquelas perguntas nunca iriam ser respondidas.

Quando voltou pra casa passou horas segurando o gatinho de pelúcia, mesmo que ele estivesse realmente acabado e que ela tivesse que espirrar a cada dois segundos nunca largaria aquele bichinho, era como se pudesse estar ligada a criança que um dia fora dona do brinquedo. Era como se o gatinho tivesse esperado por ela todo esse tempo.

- Aí Raposa, o que faz no meu jardim?- Ryan se aproximou da menina que estava embaixo da arvore perto da casa de Ryan. Por mais que não fosse propriedade sua ela gostava daquela arvore.

Depois que viu que ela não deu nenhum sinal de resposta voltou a falar

- Hey ferrugem, o que é isso?

- Um gato, não esta vendo? – respondeu sem tirar os olhos de um ponto qualquer a sua frente

Mesmo com a frieza, Ryan estranhou mesmo ela não ter recamado pelo apelido de raposa e ferrugem do qual odiava.

Amo

- Eu sei, mas porque esta com ele? Olha só isso... – ele se ajoelhou ao lado dela e analisou o gato e tirou uma teia de aranha de seu rabo – Credo! Ele parece ter décadas, onde encontrou? No seu quarto?

- Em uma casa

- Uma casa?

- Aham... – Valerie finalmente resolveu encarar aqueles orbes azuis enormes que olhavam curiosas alternado o olhar entre ela e o gato

- Onde fica essa casa?

- Não te interessa– ele revirou os olhos

- Então eu vou ter que pegar esse urso e joga-lo na lama! – o garoto ameaçou

– ARGH! Como você é chato! Me deixa em paz!

- Só quando me disser onde o encontrou – o garoto era persistente

- Ai, Eu não sei.. – ele franziu o cenho e ela revirou os olhos -... eu fui andando e aí cheguei La.

- E o que tem La? – ele perguntou. Era um moleque muito curioso

- Tem coisas

- Coisas?

- É, tipo... uma poltrona mofolenta, panelas enferrujadas, uma porta no chão da sala, janelas sujas e a de um quarto esta quebrada. – falou impaciente

- E onde estava esse urso?

- É um gato ô coisa! – falou apertando o gato nos braços – Tinha um quarto afastado, tem uma escada pra chegar nele, é escuro e tem uma porta descascando, é meio assustador.

- Você entrou?

- Claro! Não tenho medo de nada! – se virou pra ele mostrando um ar superior- Eu entrei e tinha uma cadeira de balanço, uma janela grande e um berço. O gato tava no berço e eu peguei.

Os olhos do garoto brilharam.

- Me leva La... por favoor!!! –

- Lógico que não, porque eu faria isso?

O garoto insistiu durante dias até a ruiva decidir lhe mostrar a casa.

...

- Ô RAPOSA, ME ESPERA! – o garoto pequeno de longos cabelos escuros corria loucamente atrás da ruivinha que ainda segurava o gato nas mãos

- Já te disse pra não me chamar assim! – falou emburrada, jogando o pequeno urso no chão depois se arrependendo e o pegando como se fosse de vidro

- Mas é o que você é, o que eu posso fazer? – disse parando na frente dela

- Ah, cala a boca! E vê se anda mais rápido, assim não vamos chegar nunca!

- Eu to tentando, mas é que...

- Não me importa, vamos. – disse a pequena voltando a correr e deixando um Ryan revoltado falando sozinho

- Argh! Como você consegue ser tão chata? – o garoto gritava enquanto tentava ao máximo acompanha-la – Da pra ir mais devagar? – ela o ignorava de todas as formas possíveis – MEU DEUS GAROTA, VOCÊ PODE ME OUVIR SÓ UM SEGUNDO?

- Não temos tempo pra suas frescuras – ela disse irritada. Não suportava mais as reclamações do garoto, ele reclamava de tudo

- Não são frescuras! Nos já andamos tudo isso, já devíamos ter chegado! A que distancia estamos dessa casa? Uma hora? Duas? Dez?

- Ai, não seja exagerado, são só alguns minutos. Já estamos chegando. – disse se esgueirando entre as arvores para poder ver melhor – Ah, ali olha! Ali!! Bem ali! Eu disse!! – Valerie apontava feliz pra casa abandonada que havia bem no final do bosque no qual entraram

...

Passaram meses frequentando essa casa,  procuravam tudo o que se era possível encontrar. Quando Valerie queria subir para o quarto do berço chamava por Ryan, inventava uma desculpa qualquer, mas não se atrevia dizer que estava com medo. Encontraram fotos velhas e que se desfaziam se fossem manejadas por muito tempo, encontraram também roupas em estado deplorável, encontraram um rádio que há muito não funcionava.

Esse tal esconderijo era a única coisa que os fazia esquecer de que se detestavam. Todas as vezes que estavam La sentiam-se como detetives, procurando pistas dos antigos moradores

Passavam toda a tarde naquela casa, foi a única época que se entendiam de verdade, brigavam de 5 em 5 minutos, porém preferiam a companhia um do outro do que sozinhos.

Talvez tivesse ate chance de virarem amigos de verdade, porém depois de alguns meses os pais de Valerie descobriram o tal esconderijo e claro, acharam muito perigoso, e logo depois a proibiram de ir La, chamaram uma babá para vigia-la quando não estivessem (o que era quase o tempo todo) e a proibiram de ultrapassar aquela rua.

Depois disso Ryan começou a implicar dizendo que poderia voltar à casa todos os dias se quisesse, amava  jogava na cara todas as coisas que encontrava e fazia por La.

Tudo mentira.

 Ele não havia ido nenhuma vez depois que a menina não pode mais ir, apenas falava para irrita-la, inventava de como havia feito um balanço e que havia encontrado mais fotos (que era o que mais Valerie gostava de encontrar), a menina acreditava em tudo e voltou a detesta-lo como antes. *

- Ta, mas porque ta me dando um urso? – ela franziu o cenho

- É um gato!  - ele disse imitando as inúmeras vezes em que ela a corrigiu – Am... eu vou indo porque eu só queria... - ele ia se virando em direção a porta quando Valerie finalmente se tocou

- AI MEU DEUS RYAN!! – ele se virou instantaneamente – NÃO PODE SER!

- O-oque?

- Onde você o encontrou? E-eu tinha deixado ele na casa quando eu fui a ultima vez, eu escondi bem escondido...  – falava tudo muito rápido e atropelado - Quando eu finalmente consegui fugir daquela babá má e voltar la eu não achei. Depois a casa foi demolida. C-como... como você...

Ele riu

- Puft... Pra que a surpresa? Você não sabe esconder nada. Quem é que esconde o seu precioso gato em baixo de um berço?!

- Ah, eu era criança, achei que ninguém se atreveria a olhar La em baixo – falou corando

O garoto suspirou pesadamente

- Ok, eu segui você e vi o colocando debaixo do berço, pronto falei

Valerie soltou uma risada baixa

- Pra que queria ele? – ela perguntou

- ah, sei La... eu talvez pudesse te chantagear depois – sorriu cínico

- Vai me chantagear agora?

- Talvez... – Ryan disse e Valerie estreitou os olhos – Brincadeira... já disse, é um presente.

- Porque agora? – Valerie não iria parar até descobrir o motivo daquilo, e com certeza não era “só pra ser legal”

- Ora, porque eu quis! Eu o encontrei La em casa e achei que estava na hora de te devolver, então mandei arruma-lo devidamente, pedi para trocarem aquele pano velho e rasgado, coloquei olhos novos, até pedi para colocarem mais daquele negócio de dentro pra ficar fofo, ficou até legal – ele sorriu fofamente o que fez Valerie quase perder os sentidos, como ele conseguia ser tão cínico e fofo ao mesmo tempo?

- Assim? De repente?

- Foi! Mas que coisa! Eu já disse!

- Aham... então você esta me dando o Theodore de volta assim, sem mais nem menos, apenas “para ser legal”?

- Foi – depois franziu o cenho – Theodore? Você da nome estranho pra tudo

- Sim – pegou o gatinho de pelúcia e o abraçou forte, lembranças daquela época voltaram em sua mente.

Como imaginava toda aquela família, como quando ia ao quarto onde achou o gatinho e ficava sentada no chão imaginando a mãe da criança contando histórias para elas dormirem. Lembrou-se de como se desculpava todos os dias com a antiga dona do urso por tê-lo pego.

Detestava lembrar-se de como depois de ir até a tal casa ela chegava à sua casa e pedia para mãe lhe contar histórias igual a um “filme” que viu, mas ela sempre estava compondo alguma música e “não podia perder a inspiração, e depois iria”, mas claro, esse depois sempre era beeeem depois. E seu pai... bom, esse aí se estivesse em casa já era bom.

Quase chorou, porém não iria fazê-lo na frente de Ryan, nunca!

Junto com esses pensamentos de família também veio outro, um mais estranho. Lembrou de como esperava cada segundo do seu dia para poder ir a tal casa com Ryan, e quando ele não ia não tinha graça e ela preferia nem ir. Lembrou de como ela gostava da companhia do garoto, mesmo NUNCA admitindo.

Ela gostava das piadas que ele fazia, e de como quando achavam algo ele sempre deixava ver e pegar primeiro, mesmo que fosse uma coisa da qual ele quisesse muito ela sempre tinha permissão para ver antes. Ele dizia que era porque se fosse uma bomba, ou uma cobra ou um bicho monstruoso ela morria primeiro, mas era tudo lorota, ele gostava mesmo era de ver as expressões de surpresa que ela fazia, é tão bonita.

- V-você ta bem? – ele perguntou vendo que ela havia sentado e focalizado um ponto qualquer no ambiente como fazia antigamente e ele sabia que ela não estava na Terra. – Oii... tudo bem? – cantarolou estalando os dedos na frente dela, que finalmente acordou

- A-ah... sim, to bem sim. – ela riu e o encarou profundamente. Tentou ler aqueles grandes olhos azuis do garoto, tentou invadir sua mente como pode, mas nada. Nem uma brecha.

- Hum... então, não quero que leve como um pagamento pelo que fez por mim, nem como um pedido de desculpas, leve apenas como um presente de... um presente de...

- Um presente de “não tenho nada pra fazer, vou levar o gato pra Valerie só pra ser legal”, o que acha?

- Ótimo! – sorriu – Agora eu vou indo

- Ei, espera!

Ele se virou

- Quer um chocolate quente?


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Notas finais do capítulo

E então? Deleta? .... socorroooo!!

Oh Shisus, o que fazer?

Reviews por favor... digam o que pensam, críticas, elogios, carinhas felizes... alguém?

Amo vocês!! ^.^