A Jornada A Saga De Luz E Trevas escrita por Tina Santos


Capítulo 4
Prólogo:Erros


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho!!!
BOA LEITURA!!!!!



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Stefan

Eu estava num beco sem saída.

Depois de tantas curvas e de tanta correria,eu me via preso num corredor longo e sem saída.Um gato de três metros de altura(mais ou menos isso),com garras mortais bloqueava o único modo de fugir.

Ele parecia feliz,com seus olhos vermelhos brilhantes olhando pra um pedaço de carne ,que no caso sou eu!

Me encostei na parede tentando em vão criar um espaço bem maior entre mim e o Gato.Pensar naquele momento parecia muito difícil,porque eu não conseguia nem me lembrar do meu nome ainda mais pensar num plano.Então como uma luz no fim do túnel,uma lembrança surgiu.

Eu tinha uns doze anos,estava sentado num banco na praça em frente ao orfanato onde ainda moro.Eu observava as crianças brincarem umas com as outras enquanto seus pais conversavam entre si,de vez enquanto indo tirar algo que o filho tinha colocado na boca.Me lembrava de estar triste naquele dia.Uma das coordenadoras do orfanato,Clarice chegou correndo e ofegante perto de mim e se sentou no banco ao meu lado.Me lembrava que ela havia me dado uma bronca,mas sua voz era tão calma e controlada quando brigava com alguém que quase nunca a levavam a sério.Eu tinha perguntado pela primeira vez o por que dos meus pais terem me abandonado,ela respondeu que poderia ser a vontade de Deus.Clarice era religiosa,sempre me levava junto com o grupo de crianças para a igreja aos domingos e quando quiséssemos.Mais tarde com meus treze anos me apaixonei por uma garota da minha sala que sempre falava comigo e sorria,me lembrei de ter ficado muito amargurado e triste ao ponto de chorar desesperadamente numa sexta-feira,logo depois que confessei que estava apaixonado por ela,na frente das amigas e do time de futebol!

Aquilo foi um erro enorme,pois ela riu da minha cara e me deu um fora.Depois disso decidi nunca me apaixonar,embora Clarice dizer que era uma idiotice minha,pois na hora certa iria aparecer a garota certa para mim.E claro que eu gostei de mais duas garotas,mas nunca contei a elas.

Voltei ao presente me perguntando o que aquelas lembranças tinham a ver com não ser morto por um gato com garras mortais.O Gato me olhava de forma faminta,e a fome dele era tanta que estava até babando,tateei a parede tentando achar alguma coisa que não tava lá.Quando se estar em desespero...Comecei a fazer um pedido em voz baixa.

_Deus,me ajude!Sou jovem não vive toda a minha vida,nem encontrei o amor ainda._então me lembrei de algo que Clarice dizia quando fazíamos um pedido a Deus._Que seja feita a sua vontade!

Estava de olhos fechados até então,mas senti um vento fresco,no começo fraco que logo depois ficou forte.Abri meus olhos a tempo de ver o Gato vindo pra cima de mim.Uma luz do nada surgiu a minhas costas,era provável que vinha da parede e isso me assustou pois se fosse algo ruim eu tava morto!

A luz brilhava na cor azul e quando pensei em me virar pra ver,cai para trás.Eu tava me pressionando contra a parede no intuito de fazer algo que eu não sabia bem o que.

Cai antes que as garras enormes me fatiassem.Quando a luz se apagou vi entalhes na parede desaparecendo.Olhei ao redor era uma sala grande na minha opinião,mas não tão grande quanto o salão onde eu havia acordado.

A sala reluzia,literalmente,num tom azul céu e tinha quatro colunas altas e seu teto era branco e me fez lembrar de nuvens.Havia uma mesa a minha frente,praticamente no meio da sala,caminhei até ela.Quando cheguei na mesa vi que um arco negro com entalhes que naquele momento eu não saberia dizer do que,peguei o arco com as duas mãos,até que alguma coisa na minha mão direita me chamou a atenção.

Era um anel da cor do céu azul,e era semelhante ao anel do homem do salão,só mudava a cor.Voltei minha atenção para o arco,depois olhei ao redor,embaixo da mesa.Estava a procura das flechas,eu não sabia como usar um arco,mas eu sabia que um arco só é útil quando tem flechas para ser disparadas.

Aquilo.Tudo aquilo não fazia sentido algum.Eu estava mais perdido do que cego em um tiroteio com fones de ouvido.

Como qualquer pessoa que passa por uma experiência doida,eu comecei a falar sozinho.

_Como se usa um arco sem flechas?E eu não sei como usar um arco!E to com fome!_desabafei,e minha barriga roncou.

Naquele momento percebi que se o Gato entrasse naquela sala eu estaria morto.Olhei para todos os cantos da sala,desesperado e apavorado.Meu olhar parou numa porta lilás atrás de uma coluna do lado direito da sala,corri ate lá.Ainda com o arco em mãos,tentei abrir a porta mas ela estava trancada.No meu desespero a chutei e tentei arromba-la.Sem sucesso.

Me afastei da porta com a respiração pesada e irregular.Me sentei no chão ao lado da mesa e tentei me acalmar.Isso demorou muito tempo,quando consegui olhei para o arco.

Analisei ele.Parecia feito de um tipo de madeira negra resistente(porque no meu desespero agora a pouco com a porta,tentei quebra-lo,acertando-o repetidas vezes nela),seus entalhes não eram desenhos,eram formas de círculos que formavam redemoinhos.A corda era tão fina que eu só reparei quando meu dedo triscou nela,que tinha um tom azul bem claro e branco.

Eu puxei a corda e uma flecha na cor branca apareceu,eu senti a energia que ela transmitia mas a flecha não parecia solida,eu coloquei a corda no lugar,sem soltar ela,e a flecha desapareceu.

_Legal!_falei surpreendido._Parece aquele arco do filme...Qual o nome?_eu franzi a minha testa pensando._Hum,não me lembro,mas parece.

Se tocaram,to falando sozinho de novo.

Empunhei o arco na mão esquerda com o braço esticado e com a mão direita puxei a corda e um flecha apareceu.Assumi a posição de um arqueiro,como eu tinha visto nos filmes e soltei a flecha.

Vou dizer,eu esperava que a flecha ficasse pendurada na parede ou que batesse nela e caísse.Só que o que aconteceu foi muito impressionante,impossível e sem noção.

_Meu Deus..._sussurrei.

Quando a flecha atravessou a metade do salão com um assovio e atingiu a parede,eu não esperava que ela destruísse ela.Mas foi exatamente o que aconteceu,com um barulho grande que acordaria uma vizinhança inteira.E o pior e que eu acertei,mesmo sem querer,a parede que separava a mim do Gato com garras terríveis.

Ele ficou surpreso.Acho que em parte pela explosão e outra pela minha idiotice.Eu não estava muito surpreso,afinal eu fazia muita idiotice mas essa e a primeira fez que uma vai me matar!

O Gato olhou a abertura que minha flecha(ou minha idiotice)abriu,era grande o suficiente para ele passar.Ouvi o ronronar feliz dele enquanto passava pelo buraco e afiava suas garras no chão.


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Notas finais do capítulo

Esse e o último capítulo Prólogo do Stefan.
O capítulo do Rafael,sera postado sabado.
Deixem reviews sobre como tá a história e espero ver novos leitores!!!!
UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!!!!!