Entramos na boate, estou eu com o Ramone, a Nanda e o Bruno quando avisto o Caio conversando com uma garota no bar.

—Não é o Caio ali com uma morena? –pergunta Bruno apontando para o bar.

—É o que parece! –repondo tentando disfarça a vontade de raspar a cara da morena no asfalto da rua, traduzindo: disfarça o ciúmes enorme que estava sentindo.

—Você quer ir para outro lugar? –pregunta Nada.

—Jamais, tenho que aceitar o fato de esbarrar com ele as vezes! –digo confiante, na verdade tenho que ficar de olho no Caio e saber se ele realmente pretende passar a noite com a morena, um dia diz que me ama e no outro esta conversando com uma garota seca sem graça com pernas enormes.

—Como quiser! –diz o Bruno enquanto passa por mim, de mãos dadas com a Nanda ele vai para pista de dança.

—Vai ficar aqui na entrada mesmo? –pergunta Ramone.

—Preciso de um copo de vodca e não posso ir no bar Ramone! –digo insinuando que o Ramone tem que me trazer uma bebida, ele entende o recado, enquanto o Ramone vai para o bar eu vou para a pista, estou perto do Bruno mas não tiro os olhos do Caio, analiso tudo, o modo como ele fala, o modo que ela sorri, que aproposito me da náuseas o sorriso dela.

—Esta aqui! –vem o Ramone com tequila.

—Não era isso que eu tinha pedido! –reclamo.

—Acho que você merece!

—Ok! –concordo e tomo

—Ele nem sabe que você esta aqui! –diz a Nanda ao reparar que eu não tiro os olhos do bar.

—Mas vai ficar sabendo! –digo decidida e em seguida viro o copo que estava na mão do Bruno, ele me olha torto reprovando e Nanda ri.

—O que você vai fazer? –pergunta Ramone curioso.

—Vou livra-la de conhecer um cara horrível, um canalha da pior espécie! –viro o copo da Nanda.

—Você tem que parar de pegar a bebida dos outro! –me reprende Nanda.

—Isso se chama ciúmes Lisa! –grita Ramone no meu ouvido e eu faço que não com a cabeça.

—Nos mulheres temos que nos unir contra esse tipo de homem, eu so vou ajudar um garota indefesa! –tento justificar meu ciúmes mas eles apenas dão risada ao notar que já estou falando meio enrolado.

—Lindo esse discurso! –diz o Ramone ironicamente.

—Você não é mulher, não entenderia!

—Ofendeu agora ta? –diz Ramone fazendo bico.

Eu saio da pista e vou em direção ao bar, a garota esta sentada e o caio na frente dela com um copo na mão, entro no meio dos dois, no espaço pequeno que o separam e beijo o Caio, a garota morena olha sem entender nadam se perguntando da aonde eu surgi, ela fica completamente sem graça e vira para o outro lado tentando disfarça, o Caio ao reparar que sou eu se entrega completamente ao beijo, segura firme na minha cintura, coloca a bebida no balcão e segura firme meu cabelo. Satisfeita, eu paro o beijo, largo o Caio no bar sem entender absolutamente nada, totalmente confuso e volto para a pista.

—Você é louca! –diz a Nanda eufórica rindo muito.

—Essa garota não consegue se conter quando esta com ciúmes! –diz Ramone orgulhoso.

—O que foi aquilo? –pergunta Bruno.

—Nada de mais, so salvei a garota! –afirmo com um sorriso satisfeito.

—Salvo de uma ótima noite de sexo eu suponho! –diz Ramone.

—Ótima? Quem disse? –pergunto fazendo pouco.

—Gata, você voltava outra depois que dormia com o Caio “ O melhor sexo da minha vida” foi assim que você descreveu lembra? – pergunta Ramone adorando me deixar vermelha.

—Eu vou ter que ouvi detalhes sobre a vida sexual da minha irmã que eu jurava ser virgem ate minutos atrás? serio? –pergunta o bruno cínico fazendo graça.

—Acho que a Nanda era virgem também? – pergunta Ramone com caras e bocas.

—Amor eu não fui o primeiro? –pergunta Bruno fingindo esta chocado.

—Claro que foi amor! –diz Nanda aos risos e todos rimos.

—Vem cá um minutinho! –diz Caio ao consegui me achar no meio da pista me puxando para um lugar mais calmo, que no caso foi um canto do lado do banheiro.

—Eu estava dançando! –digo birrenta.

—O que foi aquilo? -Ele me pergunta se apoiando com uma mão na parede aonde estou encostada.

—Um beijo! –respondo irônica revirando os olhos.

—Significa que você senti minha falta, e que estava com ciúmes! –diz ele convencido com um sorriso satisfeito no rosto.

—Sonho seu meu querido!

—Jura? –ele me pergunta se aproximando.

—Fica longe de mim!- peço nada convincente.

—Confessa Lisa? Confessa que você ainda me ama? E que não vê a hora da gente ficar junto de novo, confessa? –sussurra ele no meu ouvido, me arrepiando toda, sinto o meu corpo ficar mole me vejo sem forças.

—Nunca! –respondo baixinho e ele coloca a mão na minha cintura e o meu cabelo atrás da orelha.

—Eu quero você de volta, quero você na minha cama, na minha casa, na minha vida, volta pra mim? –sussurra ele enquanto morde levemente a minha orelha, em seguida beija a minha nuca.

—Para! –peço baixo sem forças, ele passa o dedos nos meu lábios me olha fixamente e em seguida morde meu lábios inferiores ignorando meu pedido.

—Vamos sair daqui vai? Estou louco de saudades de você, em todos os sentidos possíveis! – diz ele colocando a mão por baixo na minha blusa e alisando minha cintura e minhas costas, ele junta seu corpo mais perto do meu e me beija. É um alivio beija-lo e como se eu depositasse a saudade dessas quatro semanas naquele beijo, e ele parece fazer o mesmo, nunca um beijo foi tão quente, e nunca um beijo significou tanto a explosão de tantos sentimentos, sentimentos que estavam a flor da pele dos dois.