Hope escrita por ayn


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, comentem por favor, ficarei muito feliz em saber a opnião de vocês, mesmo que vocês não gostem.
Minha primeira fic após Vampire Love (não esqueci da With, só que ela não é só minha e já tinha começado). Espero que gostem, escrevi essa fic com muito carinho. Gostaria de dedicá-la pra minha amiga Decode(Dry), porque foi ela quem me fez ver o outro lado de Rosalie Hale.
Comentem...beeijos meus amores ;****



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- Você é má, Rosalie Hale.

Aquelas palavras me corroeram por dentro. “Você é má, Rosalie Hale!” se repetia milhares de vezes dentro da minha cabeça. Um aperto em meu coração tomou conta do meu corpo. Se vampiros chorassem eu já estaria mergulhada em lágrimas, eu já estaria nadando em um mar tentando sobreviver à correnteza. Não pensei duas vezes, peguei meu casaco e saí correndo porta afora. Carlisle, Esme e principalmente Edward ficaram me observando sumir na relva escura. Um sentimento de solidão tomou conta de mim. Meu coração estava despedaçado, e eram mais de mil pedaços. Eu era má ? Não ! Ao contrário do que eles pensam...eu tenho sentimentos, eu tenho sentimentos muito fortes e um coração muito frágil. Eu queria que eles soubessem o que é se sentir sozinha no mundo, excluída de tudo. Sem amor de ninguém, nem reconhecimento. Tudo que eu faço é em vão para os Cullen. Eu sou Rosalie Hale, a fria sem coração dessa vida. Depois que eu me tornei vampira, a situação só se piorou para o meu lado. Os Cullen ? São minha família, pelo menos se dizem assim. Eu não sei o que pensar a respeito deles; não que eles sejam ruins, nada disso...eu é que não me encaixo ali.

Virando na escuridão da floresta, o crepúsculo pairava no horizonte. O pouco de luz que eu avistava na situação em que me encontrava, vinha de um lugar aberto bem à frente. Não corri mais : andei em direção ao feixe de luz. De repente, um grito me fez congelar. Assustada com tamanho desespero, voltei a correr o mais rápido possível, eu não podia ficar parada, não agora.

Chegando à entrada do que eu achava que era um bosque no meio da floresta meu sentimento materno -  há muito esquecido -  tomou conta do que era ruim. Aquelas covinhas, aquela carinha de bebê...tornou-se obra de arte para meus olhos. Seu corpo era puro sangue, o odor do sangue fresquinho fez minhas narinas arderem de prazer. Uma parte de mim – eu não sabia qual – queria aquele sangue ali, agora. Mas outra – a minha parte maternal – ardia por salvá-lo. Eu não sei exatamente o que aconteceu...eu só sei que, como por instinto, eu pulei para cima do urso que atacava tamanha beleza. Minutos depois o urso já estava no chão, seco. Minha sede por sangue humano já não me corroia mais. Olhei para o lado e lá, ele me observava com uma cara que não sei exatamente qual era, um misto de surpresa e medo. Com muita calma, evitando inalar aquele odor, me aproximei do anjo que ali havia e olhei bem fundo em seus olhos. A dor que ele sentia era imensa, dava para ver na sua expressão já apagada. Eu tinha que salvá-lo, eu tinha que tirá-lo dali antes que ele não agüentasse mais. Peguei-o e o coloquei em minhas costas, por mais que eu fosse forte, eu estava fraca por esconder o prazer que eu sentia com aquele cheiro. Com o maior esforço da minha vida, eu o carreguei quilômetros e quilômetros floresta a fora até a mansão dos Cullen.

Sem fôlego ao chegar a porta da grande casa, procurei deixar meus pensamentos objetivos no que eu queria, foi difícil, várias coisas se passavam pela minha cabeça naquele momento. Edward chegou para abrir a porta mais rápido do que eu podia pensar que ele conseguia. Com mais esforço carreguei-o até a grande mesa da sala principal. Carlisle e Esme logo se encontravam ao meu lado. O desespero estampado em meu rosto e pensamentos fez com que Carlisle percebesse o que eu queria. Seu rosto estava enrugado, sério, ele suplicava com o olhar para eu não pedir mais aquilo. Porém, eu não ia desistir disso nunca, o que eu mais queria naquele momento era salvar aquele anjinho com as covinhas à mostra. Sem dizer um pio sequer, Carlisle levou Esme e Edward para fora, restando só nós dois e o bebê em perigo. Eu não queria olhar mais para o seu rosto de sofrimento, aquele olhar de suplica para mim, aquele corpo todo ferido, aquelas covinhas para fora. Eu não sabia mais o que eu queria. Ele não agüentaria tamanha dor da transformação, seu estágio já estava quase de morte, o sangue jorrava de suas costas, seu pescoço, seu tórax. Carlisle me olhou mais uma vez indeciso, aflito. Sem pensar duas vezes, fiz que sim com a cabeça e daí para frente nunca sofri tanta dor como ao olhar aquele anjo se contorcer de dor. Ele tremia, batia seus pés impacientemente na mesa. Eu sentia o mesmo ardor, a queimação que ele estava sentindo naquele momento, e que estava refletido em seus olhos. De repente uma coisa gelada chamou atenção para a minha mão. Lá estava a grande mão dele apertada na minha. Ele estava tentando suportar tudo aquilo que ele estava passando; foi nesse momento, nesse exato momento, que eu percebi que ele iria agüentar aquilo até o fim.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor, são vocês quem me dão inspiração para continuar escrevendo. ^-^