Acidentalmente Amor - Segunda Temporada escrita por mebealine


Capítulo 1
Boas-Vindas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Quanto tempo, hehe. Aqui estou eu, novamente, postando mais uma fic pra vocês. Espero que vocês gostem da segunda temporada, de verdade mesmo, vou tentar ao máximo não decepcioná-los. Bom, quero começar avisando que, diferente da primeira temporada, esta aqui não está completamente escrita. Então seria muito bom se vocês dessem sugestões, dissessem a opinião de vocês, dessem críticas. Seria realmente bom, pode me ajudar muito. E, sobre esse capítulo, já vou avisando que não tem muito seddie nele. Começa pelo ponto de vista da Sam e, acho que vão ser uns 3 capítulos apenas com o ponto de vista dela, se eu não me engano. Espero realmente que vocês gostem! Obrigada, beijos e boa leitura.



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Ponto de vista Sam


– Senhorita? – Ouvi uma voz masculina. Abri os olhos lentamente, sem saber muito bem onde estava e quem era aquele homem. Estava meio zonza e com vontade de vomitar. Demorei uns segundos para perceber que não estava em casa e que odiava a forma daquele homem me chamar de ‘’senhorita’’. – A senhorita já está acordada? Está passando bem?

– Quem é você? – Falei com a voz um pouco rouca.

– Sou Romeu. Trabalho aqui no avião. Já chegamos no aeroporto de Nova York. A senhorita passou mal durante o voo e tomou um remédio que acho que tinha um pouco de sonífero; por conta disso, dormiu bastante e não estava conseguindo acordar. Espero que o remédio tenha tido efeito e que a senhorita esteja se sentindo melhor. – Ele deu um sorriso. Olhei para ele tentando processar o que ele dizia, mas só conseguia ouvir algumas coisas. Eu estava com muito sono, mas me lembrava perfeitamente bem de quando tinha tomado o remédio para dormir.

– Ahn... Eu preciso ir ao banheiro. – Falei e tentei me levantar. Romeu me ajudou, me guiando até o banheiro do avião. Algumas pessoas estavam pegando suas malas e suas coisas, e outras estavam tirando fotos.


Ao me olhar no pequeno espelho do banheiro, percebi que realmente não estava com uma aparência muito boa. Parecia que tinha dormido por anos e anos – e realmente me sentia assim.


Lavei o rosto, esfregando bem os olhos com a tentativa de fazer aquela sensação de querer dormir para sempre acabar. Tirei de dentro da minha bolsa uma escova de cabelo e um kit de maquiagem, que Carly tinha me dado no meu aniversário do ano passado. Ela me disse que seria essencial levar a maquiagem para Nova York, afinal eu teria que ir a várias festas, esse tipo de coisa. Aceitei seu conselho, mesmo sabendo que não iria para festa alguma.


Contudo, penteei os cabelos que estavam armados e consegui dar um jeito para que minha aparência não parecesse tão desagradável. Coloquei as coisas novamente na bolsa e quando saí do banheiro, Romeu me esperava do lado de fora.


– A senhorita está bem? – Ele perguntou mais uma vez. – Estava preocupado.

– Eu estou. – Eu disse e, dessa vez, minha voz não saiu rouca. – Obrigada por se preocupar. Agora, eu preciso pegar as minhas malas.

– Ah, sim, eu guio a senhorita até onde as malas estão. Por favor, me acompanhe. – Ele sorriu.

– Será que você pode, por favor, parar de me chamar de senhorita? Isso realmente me estressa. – Dei um sorriso forçado. Não queria ser grossa com Romeu, ele era bonito e bastante simpático, mas aquele ‘’senhorita’’ realmente me irritava.

– Desculpe. Eu também não gosto, mas meu trabalho exige que eu trate as pessoas assim. – Ele riu. – Vem, eu vou te levar até onde estão suas malas.


Romeu tinha olhos meio esverdeados e cabelos pretos. Parecia ter uns vinte anos e era realmente muito bonito. Com certeza era um daqueles caras que se dedicavam totalmente aos estudos e ao trabalho. Ele me levou até o lado de fora do avião e pegou minhas malas.


– Aqui está, senhorita. – Ele sorriu e eu fiz uma careta. – Ah, desculpe mais uma vez. Como devo chamá-la?

– Me chame de ‘’você’’.

– Ah, sim. Você veio para ficar?

– Na verdade, eu vim. Vou ficar alguns meses e depois vou voltar para Washington. Por quê?

– Nada demais, apenas curiosidade. – Ele sorriu. – Será que posso dizer uma coisa antes da senhori... – Parou para pensar – Quer dizer, antes de você ir embora?

– O quê?

– Você é linda. – Ele falou baixinho e depois sorriu. – Espero que se divirta em Nova York. – Acenou para mim e entrou no avião novamente.


Dei as costas para o avião, sem entender muito bem o que tinha acontecido. Eu tinha acabado de receber uma cantada de um homem mais velho que trabalhava para uma famosa linha de aviões? Realmente, Carly estava certa. Os homens de Nova York são muito atrevidos.


Fui caminhando até o aeroporto, procurando por meu pai ou Freddie. Ambos disseram que estariam lá esperando por mim. Eu não tinha conseguido falar com Freddie nos últimos dois dias, mas com certeza era porque a linha telefônica dele estava com problema. Parece que essas operadoras de telefone são horríveis nas cidades grandes.


Assim que entrei no aeroporto, avistei meu pai. Me perguntei se devia ir correndo dar um abraço nele, como acontecem nas cenas dos filmes, ou se devia esperar que ele me visse e fosse até mim. Considerei a segunda opção.


Me sentei em um banco que tinha no aeroporto e peguei o celular, tentando ligar para Freddie. Caixa postal. Aquilo estava realmente me preocupando, era para ele estar ali. Eu sabia que Freddie chegaria mais cedo, ele sempre chega. Passei os olhos pelas pessoas que estavam no aeroporto e não consegui achá-lo. Até que senti uma mão em meu ombro e alguém chamar pelo meu nome.


– Sam! – Infelizmente, não era ele. – Que bom que chegou!

– Ah, oi pai! – Tentei sorrir e parecer realmente feliz por estar ali. Nos abraçamos meio que sem jeito.

– Parece que você não está nem um pouco feliz em me ver. – Ele riu.

– Não é isso, é que eu estou muito cansada.

– Ah, sim, entendo. Washington é meio longe de Nova York. Como foi o voo?

– Foi bom. – Menti. Na verdade, o voo tinha sido horrível. Eu nunca tinha andado de avião e senti muito medo ao andar pela primeira vez e, o pior: sozinha. Acho que vomitei umas três vezes e só consegui dormir por causa do remédio. Mas claro que eu não iria dizer isso á ele. Ele era meu pai, apesar de tudo. E eu realmente queria que ele se sentisse bem por eu estar ali.

– Que bom, querida! Vamos para casa? Sua irmã está esperando por você! – Foi nesse momento que me lembrei que tinha uma irmã gêmea. Durante todo o voo, fiquei pensando em Freddie, em como seriam os próximos meses na cidade grande, fiquei refletindo sobre qualquer tipo de problema que eu poderia arranjar, mas não tinha parado para pensar no pior: a minha irmã. Por mais que eu não tivesse conhecido-a ainda, eu sabia que ela provavelmente não seria uma pessoa gentil comigo. Essas pessoas da cidade grande nunca são. São sempre esnobes e andam de nariz em pé. Com exceção de alguns, é claro, como Freddie.

– Bom... Vamos. – Sorri. Eu não queria ir por vários motivos e um deles era Freddie. Queria vê-lo, queria que ele estivesse ali. Mas ele não estava. Isso me deixou muito irritada e eu esperava que ele tivesse uma explicação que me convencesse de que ele realmente não podia ter ido.


Eu e meu pai caminhamos até o estacionamento em silêncio. Eu não tinha muito o que falar e parecia que ele procurava algum assunto, mas também não encontrava. Ao entrar no carro, me senti aliviada. Não estava mais dentro daquele avião e estava prestes á sair daquele aeroporto. Já estava me sentindo um pouco melhor e o enjôo estava finalmente passando.


Durante o caminho do aeroporto até a casa do meu pai, ele colocou um CD do The Beatles. Fiquei feliz por saber que meu pai tinha um bom gosto musical.


– Posso aumentar um pouco o volume? – Perguntei.

– Claro que pode, querida. Você gosta dessa música?

– Eu adoro. – Sorri e aumentei o volume. Depois de uns minutos, eu e meu pai estávamos cantando no carro todas as letras das músicas do The Beatles e, pela primeira vez desde que tinha chegado em Nova York, eu me senti feliz e bem.


Foi uma pena esse momento ter durado tão pouco.


Meu pai parou o carro em frente a uma casa grande e estacionou na garagem.


– Bem, chegamos querida. – Ele abriu a porta do carro para mim. – Sinta-se em casa.

– Valeu. – Agradeci e, ao sair do carro, dei uma olhada na garagem. Era imensa, com certeza maior que o meu quarto. Antes, eu pensava que garagem servia apenas para guardar um carro, mas aquela dali servia para guardar uns três.


Meu pai me levou até a porta de entrada, que dava em uma sala imensa. Uma mulher morena e muito bonita se aproximou, sorrindo para mim.


– Oh meu Deus! – Ela gritou, o que fez meus ouvidos doerem um pouco. – Você deve ser Samantha, a filha de Tom, não é? – Eu gostaria muito de responder á ela que não, eu era uma mendiga que ele tinha achado na rua e levado para casa, mas fiquei de boca fechada. Precisava causar uma boa impressão.

– Sim, sou eu. – Forcei um sorriso.

– Oh meu Deus! – Ela gritou de novo, me abraçando. – Fico muito feliz por te conhecer! Meu nome é Kimberly, mas pode me chamar de Kim. Eu sou sua madrasta!


Levei um susto quando a ouvi dizer aquilo. Madrasta? Então meu pai tinha outra mulher? Essa era uma parte da história que eu não tinha conhecido.


– Então... Ahn, desculpe Sam, não tinha te contado sobre Kimberly, não é mesmo? – Ele deu um sorriso sem graça. Alguma coisa me dizia que ele tinha preferido não contar.

– Não, não tinha.

– Ah, não ligue para isso, meu amor! – Kimberly riu. – Seu pai sempre foi esse cabeça de vento, vive se esquecendo das coisas.

– Ah, bem eu... – Ia falar alguma coisa, quando fui interrompida por uma figura idêntica á mim.

– Meu Deus, que gritaria é essa? Eu estou tentando falar no telefone, mas não estou consegui... – Ela parou de falar assim que me viu.


Eu sabia que tinha uma irmã gêmea e que provavelmente éramos muito parecidas, mas não posso negar que me espantei com a nossa semelhança. Ela era exatamente como eu – se não fosse pelas roupas de marca e pelo cabelo alisado. Melanie também pareceu muito surpresa ao me ver.


– Samantha. – Ela me cumprimentou com o olhar e continuou de cara fechada.

– Melanie. – Fiz o mesmo.


Algo me dizia que nós duas não seríamos grandes amigas.



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Notas finais do capítulo

Bom, o que acharam do primeiro capítulo? rs. Como eu avisei, não teve nenhum momento seddie, apenas alguns pensamentos da Sam. Ah, me desculpem se o capítulo está muito grande, quem acompanhou a primeira temporada de a.a sabe muito bem que eu sempre tive problemas com isso de divisão de capítulos, rs. Eu tinha até pensando em tirar aquele momento da Sam e do pai dela no carro onde eles cantam músicas, mas sei lá, quis colocar um pequeno momento de pai e filha entre os dois. Bom, espero que tenham gostado e, por favor, não esqueçam de comentar.