Shadowhunters - Especial De Natal escrita por Ketlenps


Capítulo 4
Capítulo 3 - No Mercado Mundano - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos: Crazy Hunter, Izzy Jackson, Izzy Lewis, Emely Wayland, Jéssih Mellark Black e Carol Siqueira.
Hello, Caçadoras, Mundanas, Vampiras, Feiticeiras, Licantropes e o escambal!
Mais um capitulo, agora com a Camille e o Jonathan no super-mercado. Sim, eles vão fazer bagunça.
Enfim, aproveitem!



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Camille's POV

Já nevava quando eu e Sebastian saímos do apartamento de Magnus. Nossos passos na rua eram rápidos, não falávamos nada. Estávamos em um silêncio sepulcral, olhando de relance para Sebastian o podia ver tremendo de frio mesmo sobe o casaco grosso que usava. Já eu, bem, estava em roupas de frio só para não chamar a atenção, pois acho que os mundanos iriam me achar nada estranha em andar sem estar agasalhada no inverno. Mas também, não tenho culpa se vampiros não sentem frio.

Ouve-se um baque forte ao meu lado, ao olhar, vi ninguém menos que Sebastianzinho esparramado no chão graças a um belo tombo que provavelmente havia sido o gelo na calçada que o fez escorregar e cair. E como de esperado, comecei a rir escandalosamente. Ele bufou irritado e levantou-se desajeitado, mas foi em vão. Ele escorregou novamente e caiu. Pronto, vou morrer de tanto gargalhar. Duas ou três pessoas passavam ali, olharam e deram risadas com eles mesmos, talvez não só pelo tombo de Sebastian, mas também por eu apenas rir e não fazer nada.

– Dá para parar de dar risada? - Sebastian, esbravejou, levantando-se e desta vez apoiando-se na parede. - Ela é horrível.

– E quem disse que é para você gostar, Caçadorzinho de Sombras de segunda mão?-Eu disse, em meio as gargalhadas.

Sebastian parecia prestes a soltar fogo pelas narinas e seus olhos escuros como a noite estavam ferozes e me fitavam como se estivesse prestes a me matar.

– Sua ser do Submundo repugnante. - Ele murmurou com ele mesmo, enquanto ajeitava o casaco e tirava o gelo dele.

– Já estou muito bem acostumada a ouvir as pessoas falarem isso para mim, querido.-Disse, agora sem as risadas. - Em meus séculos de vida já conheci muitos Caçadores de Sombras como você, Morgenstern. - Cheguei perto dele, nossos olhares um grudado no outro, enquanto o dele era furioso e frio, o meu era calculista. -Que se acham superiores a tudo e todos, mas na verdade são apenas um bando de insignificantes, metidos, egoístas, estúpidos e acima de tudo: covardes. - Agora estava a centímetros de seu rosto, podia sentir a respiração de Sebastian, ele estava duro feito pedra e seu olhar sobre mim agora, era como o de uma cobra prestes a dar seu bote. Tolo. Já vi muitos olhares assim para mim. - E você é tudo isso.

Sibilei as últimas palavras, queria que ele as entendesse muito bem. Ele continuou me encarando, seu peito subia e descia irregular. Então, continuei a falar sabendo que minhas palavras estavam causando efeito nele. É claro que estavam, minhas palavras sempre mexem com as outras pessoas.

– Espero que nesse natal alguém pelo menos te dê um abraço verdadeiro, pois você está precisando de alguém que se importe com você mesmo sendo o que é.

E virei as costas para ele, andando rapidamente. Até pensei que Sebastian enfiaria uma estaca de madeira em mim, pelas costas, mas ele nada fez. Acho que o toquei mesmo com minha falas.

– Vamos pegar um táxi. - Sebastian disse secamente atrás de mim fazendo-me virar para olha-o. - Não há mercados próximos aqui, então ir de táxi é melhor do que ir andando.

E deu sinal para um táxi que estava se aproximando ali pela rua. O caminho para o super-mercado também foi em completo silêncio, a não ser pelo taxista mundano que dizia coisas como: "a cidade está linda toda enfeitada por causa do natal, não acham?" Não, eu respondia mentalmente.

– Feliz natal para os pombinhos. - Falou o taxista quando já havíamos chegado e descíamos do carro.

Pombinhos? Prefiro o inferno. Nós dois não respondemos, mas nossos olhares foram enojados apenas de imaginar algo entre nós dois.

– Ótimo, vamos começar pegando as misturas. - Eu disse, ao entrarmos no mercado mundano, que por sua vez, estava lotado. - Ei, pegue o carrinho, meu filho.

Falei ao Sebastian que passou reto pelos carrinhos. Ele revirou os olhos, mas pegou. Clary havia me dado uma lista com as coisas que deveríamos pegar. Eu nem sequer olhava o preço, apenas ia pegando as coisas e jogando no carrinho.

– Isso aqui custa trinta dólares. - Falou Sebastian incrédulo, segurando um pequeno queijo importado, que mesmo eu sendo vampira que vivia do sangue, adorava.

– E?

– E que você é que vai pagar tudo isso aí.

Virei-me para encara-lo já que olhava algumas coisas nas prateleiras.

– Morgenstern, foi sua irmã que pediu para pegar as coisas, então quem vai pagar é você.

– Não importa.

– É claro que importa! - Falei, já perdendo a paciência. Como esse Sebastian consegue me tirar a paciência. - É você e ponto final.

– Sanguessuga, não irei discutir.

Algumas pessoas que passava ali no corredor lançaram olhares para nós como se fossemos completos extraterrestres. Eu retribuí os olhares, e ainda falei:

– Perderam algo aqui? - Porém, as pessoas ignoraram.

Voltei minha atenção a Sebastian.

– Eu é quem não vou discutir. Você não irá morrer se pagar uma compra idiota de ceia de natal que eu nem sequer vou comer.

– E você também não irá morrer.

– Eu já estou morta. - Disse, sorrindo largo. - Você perdeu. Então, irá pagar.

Já disse que sou demais com meu vocabulário? Fomos para a seção de bebidas, e claro eu fui pegando as melhores que tinha. Vinhos, whiskys, licores, champanhes e por aí vai.

– Pegue aquele vinho ali. - Apontei para o outro lado da prateleira para que Sebastian pegasse uma vinho maravilhoso de uma marca que eu conhecia a muito tempo. Mas ele pegou o errado, revirei os olhos. - Não é esse aí.

– Tá. - Ele bufou irritado, pegando outra garrafa.

– Também não é essa. É aquela! - Novamente apontei para a sua frente, um pouco mais acima estava a garrafa. - Aquela com o rotulo branco.

– Está? - Ele segurou uma outra garrafa que também tinha o rotulo branco, mas só que ele á havia pegado um pouco mais abaixo da outra.

– Pelo amor, Morgensten. - E fui até lá. - Você não consegue nem pegar uma garrafa de vinho.

– Então pegue você.

Só tinha um problema: estava na última parte da fileira, e eu não sou uma giganta para conseguir alcançar lá, nem Sebastian pegaria, só se ficasse na ponta dos pés. Mas eu não iria pedir ajuda a ele. Nem morta. Ops, já estou morta. É nessas horas que eu queria estar de salto alto. Fiquei na ponta dos pés e levantei o máximo que podia meu braço e estiquei meus dedos, mas eles apenas raspavam na garrafa.

– Droga. - Murmurei.

– Vai, que você consegue. Camille. - Ele estava rindo de mim? Não, ele não deveria estar fazendo isso.

Dei um pulo e peguei a garrafa, mas com minha força vampiresca a quebrei fazendo a parte de cima da garrafa se quebrar e cair no chão, junto com a metade do liquido cor de sangue que se espalhou pelo piso branco do mercado. Porém, o resto que sobrou na outra parte que estava em minhas mãos a joguei em Sebastian.

– Ficou louca?! - Ele gritou afastando-se enquanto furioso olhava para o casaco cinza que agora se encontrava com uma bela de uma mancha.

Tá. Isso foi infantil, mas sabe como é. Eu fiz de propósito. Não havia ninguém no corredor, e pelo que pareceu ninguém também estava ligando para os gritos de fúria de Sebastian.

– Sua vampira psicótica, doida, louca, problemática...

– Sabia que está se descrevendo? - Questionei, rindo.

Acho que aquilo havia sido a gota final para Sebastian. O vi vindo para cima de mim com os olhos completamente demoníacos de raiva, enfiou a mão no bolso interno do casaco e tirou de lá uma lâmina serafim. Será que ele não percebeu que não estava invisível e que estava num lugar cheio de mundanos?

– Morgenstern, estamos num mercado...

Ele ignorou meu comentário e voou em mim, a lâmina brilhando. Fui mais rápida e desviei dele, mas ele virou-se para trás rapidamente e me empurrou na prateleira cheia de vinhos, me prensando lá com a lâmina em minha garganta. Os olhos dele estavam mais negros do que o comum e a fúria trasbordava deles como água escapando de uma barragem. Se eu respirasse estaria ofegante, talvez. Sebastian, por sua vez, respirava normalmente, mas eu podia ouvir seu coração descompensado.

– Mate-me. - Sussurrei, o fitando nos olhos, o provocando.

Mas ele não teve nenhuma reação, continuava a me fitar, eu aproveitei e tirei seu braço de meu pescoço e virei Sebastian, de modo que segurei seu braço atrás dele, o imobilizando, depois o derrubei com força contra o chão. Ele só não meteu a cara no mesmo porque seus braços impediram. Quem ele pensa que é para enfiar uma lâmina estúpida de Caçador de Sombra em meu pescoço? Tinha que ser um Morgenstern.

Uma pessoa apareceu, franziu o cenho ao ver Sebastian no chão, vidro e vinho esparramado por todo lado.

– Er... - A mulher não sabia o que dizer.

– Levante-se daí amor. - Disse manhosa para Sebastian, estendendo-lhe minha mão, olhei para a mulher e disse: - Não se preocupe. É que uma garrafa de vinho caiu da prateleira e esparramou o vinho no chão e meu marido acabou escorregando.

Sebastian ainda me encarava furioso, e eu continuei com a mão esticada para que ele se levanta-se. Havia um sorrisinho em meus lábios.

– Nossa, é melhor chamar alguma faxineiro para limpar isso aí.-Disse a mulher que provavelmente tinhas uns 35 anos de idade.

– Não se incomode...

Mas a mundana me interrompeu.

– Tudo bem.

No momento que ela virou as costas, puxei minha mão de volta e voltei com meu olhar mortal.

– Terceira. - Eu disse.

– Terceira? - Sebastian franziu a sobrancelha, ainda caído no chão.

– Terceira vez que você cai hoje. - Disse, debochando dele. Tive que rir.

Sebastian fechou os olhos. Provavelmente estava contando até 10 para se acalmar. Depois os abriu de novo e levantou-se, deu pequenos e leves passos até mim. Seus olhos fixados no meu sem desviar em nenhum momento. Bem próximo de mim ele disse:

– Eu só não te matei porque estamos num mercado mundano onde tem um monte deles. - Sussurrou com a voz fria.

– É mesmo? - Indaguei, arqueando a sobrancelha, e retribuindo seu olhar. - Ou você não me matou, pois meus olhos esverdeados e encantadores te impediram? - Seu maxilar ficou rígido, eu sorri. - Eu percebi como você os encarou, bem não é nenhuma novidade muitos já me olharam assim, mas você poderia ter me matado, enfiado a lâmina em mim e arrancado meu coração. Mas você não fez. Porque estava ocupado demais me admirando, como jamais admirou nenhuma vampira do Submundo.

Ele continuou me olhando, era verdade, ele não conseguia desviar seus olhos de mim. Já disse que sou demais? Antes que ele pudesse dizer algo, a mundana que disse que ia chamar alguém para limpar a sujeira que eu fiz, chegou com a faxineira. Sebastian se afastou de mim, ainda me olhando, ignorando as duas mundanas. Desviei meu olhar dele e disse a mulher.

– Obrigada. - Ela apenas sorriu em resposta.

A faxineira fez uma careta. Mentalmente eu até pedia desculpas pela bagunça, mas não tenho a menor culpa se aquele era seu emprego. Podia sentir o olhar de Sebastian sobre mim, enquanto dava atenção as mundanas. Olhei para ele, que lançou-me um olhar afiado como uma lâmina e passou ao meu lado pegando o carrinho de compras. Revirei os olhos e o segui. Nossa ida no supermercado ainda não havia acabado.


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Notas finais do capítulo

O.O Então? O que acharam? kkk Falei que eles iam fazer confusão. Alguém ai ficou com dózinha do Jonathan quando a Camille disse que pelo menos nesse natal alguém deveria lhe dar um abraço, pois ele estava precisando de alguém que se importasse com ele? ;( Tadinho... Acho que eu sou a única que gosto do Jonathan mesmo ele sendo o que é nos livros rsrs
Amanhã tem a continuação desse capitulo.Bem, caso o mundo não acabe né, ai eu posto. Não esqueçam de comentar viu?
Bijus



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