Livro 1: Fogo escrita por Dama do Fogo


Capítulo 7
Pró-Dobra - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Eis um novo episodio para vocês, espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/304200/chapter/7


– Ai.. Ai... você é hilária Mayumi. – falou Sokka enxugando uma lágrima. - Escuta essa Zuko.

– Estou ouvindo. – respondeu ele. Zuko era quem estava guiando o Appa, mesmo ainda acreditando que eles deveriam ter voltado nas naves da nação do fogo.

– Você fez isso? - falou Katara dando risada das histórias de Mayumi. - Eu não acredito.

– Eu sempre tive a chance de fugir, mas nunca o fiz. Uma vez, um soldado da prisão veio me dar água e para que isso acontecesse, eles teriam que prender meus braços e minhas pernas com correntes para evitar que eu a dobrasse e os ferisse. – Ela sorriu. – Não sei se ele era um novato ou coisa do gênero, mas quando um deles entrou em minha cela para me amarrar, o outro veio já com a vasilha de água em mãos. Antes mesmo que eles conseguissem me pegar eu dominei a água da vasilha e prendi os homens nas paredes, em blocos de gelo.

– E então? – Toph perguntou apreensiva.

– O calor estava tão intenso naquele dia, que ao invés dos outros soldados liberarem os que estavam presos, começaram a lamber o gelo.

– Eu não acredito. – falou Aang rindo.

– E você, onde estava? – Suki perguntou curiosa.

– Em minha cela.

– Por que não fugiu? – foi a vez de Katara perguntar.

– Porque eu sabia exatamente onde estava. – Mayumi respirou fundo. – Meu irmão Li, havia me contado sobre as prisões da nação do fogo e essa em particular havia chamado a minha atenção, afinal era para lá que pessoas como eu, eram enviadas. Estava no meio do deserto e só havia areia e calor. Se eu não fosse morta pelos soldados da nação do fogo, certamente seria pelas areias escaldantes.

– Você sempre foi esperta. – falou Zuko e Mayumi corou. – Ei, eu tive uma idéia. – Ele fez com que Appa descesse ao lado de uma cachoeira.

– Porque descemos? – Perguntou Aang.

– Eu pensei que poderíamos parar um pouco e nos refrescar. - Zuko abriu os braços e a figura da cachoeira ficou atrás dele. – esse falatório sobre areia escaldante e deserto, fez o calor aumentar.

– Tá bom, quem é você e o que fez com o Zuko? – falou Sokka e se aproximou do jovem, cutucando a cabeça dele com o cabo do bumerangue.

– É verdade, você não é o senhor esquentadinho?

– Ele não era assim quando o conheci. – falou Mayumi e encarou o jovem.

– Não posso nem fazer uma gracinha que o povo já julga.

– Anda Zuko, o que foi? – falou Toph.

– Tá bem, eu só achei que é o mínimo que a Mayumi merece, depois de viver quase quatro anos longe da água, ela precisa disso aqui.

– Own. – Katara olhou para os dois. – Que bonitinho.

– Obrigada gatão. – falou ela e deu um beijo no rosto de Zuko e esse sorriu envergonhado. – Só tenho um problema: Eu não tenho roupas de banho.

– Eu tenho e acho que pode dar em você. – falou Katara e mexeu na bolsa. De lá tirou um top vermelho e um short com uma saia pregada a ele. – É, deve servir.

Toph deu uma pisada na terra e surgiu uma cabana de areia.

– Anda, vai logo se trocar. – falou ela.

Depois de alguns minutos, a jovem aparece novamente com as roupas postas.

– Então...

– Está linda. – Zuko nem ao menos piscava.

– Serviram direitinho.

– Então, o que estamos esperando? – Falou Sokka e arrancou suas roupas. – Festa na cachoeira.


...


Mayumi estava sentada na beira do rio, aos pés da cachoeira e observava a todos se divertindo. Parecia bastante preocupada e pensativa, tanto, que só percebeu que Zuko se aproximava, quando ele se sentou ao seu lado.

– Algum problema?

– Não, eu estou bem.

– Está mesmo?

– Na verdade, não. – Mayumi balançou a mão levemente e um rastro de água se formou em sua frente. – Eu deveria estar feliz por estar indo para casa, mas, no entanto, eu estou preocupada com o que vão pensar de mim. – ela se desconcentrou da água e encarou Zuko, o rastro se desfez. – Eu fico imaginando que muita coisa deve ter mudado nesses quatro anos, tudo deve estar diferente. – ela abaixou o olhar. – Isso me faz sentir como se tivesse borboletas em meu estomago.

– Eu sei bem como é isso. – falou ele e tocou a cicatriz em seu rosto. – Já tive essa sensação também.

– Como isso ocorreu? – a jovem levantou a mão e tocou no rosto do jovem dominador de fogo.

– Agni Kai. Um pouco depois de você ser levada.

– O que estava em jogo?

– Minha honra.

– Não foi por minha causa, foi?

– Não. – ele sorriu. – Eu sempre tive vontade de participar de uma reunião de guerra e quando finalmente consegui, falei na hora errada e desafiei um general, mas o que eu não sabia era que por eu ter desafiado o general na presença de meu pai, foi ao meu pai que eu desrespeite. No dia da marcado, eu descobri que teria que lutar contra ele. Eu me recusei e ele me marcou, para me lembrar de minha covardia. – Ele encarou o seu reflexo na água. – Me expulsou da nação do fogo e disse que eu só poderia retornar quando eu encontrasse o avatar.

– Então você o encontrou.

– Não foi dessa forma. Em uma luta na cidade de Ba sing se, Azula atingiu Aang com um raio e esse foi dado como morto, ela disse ao meu pai que tinha sido eu e ele me aceitou de volta, mas me faltava um pedaço, era tudo diferente lá.

– Entendo.

– Então um dia eu descobri meu verdadeiro caminho e me rebelei contra o meu pai. Procurei Aang e me ofereci para lhe ensinar a dominação de fogo. A partir daí, ele se tornou meu amigo. – Ele encarou Mayumi que apreciava perplexamente a história. – Aang lutou conta meu pai e eu contra Azula. No final, me tornei o senhor do fogo.

– Mas que história.

– É. – Zuko segurou na mão de Mayumi. – Eu só lhe contei ela para que você entenda que no final, tudo fica bem. O que tem que ser, será. Não se preocupe com o seu retorno, todos que verdadeiramente lhe amam, ficarão felizes em te ver. – Ele corou. – Assim como eu fiquei.

– Mesmo eu pondo uma faca de gelo no seu pescoço.

– Não nessa hora. – Mayumi gargalhou e Zuko também. Eles voltaram a observar o restante do grupo e ficaram curiosos.

– O que eles estão fazendo? – falou Mayumi ao ver que Aang tentava derrubar Katara de um monte de areia que Toph havia criado no meio do rio.

– Vocês não vão acreditar no que acabamos de inventar. – Falou Sokka eufórico.

– O que foi? – perguntou Zuko.

– Um jogo novo. – Sokka passou a mão pelo pescoço do senhor do fogo e fez um gesto como se estivesse mostrando um quadro. - Chama-se PRÓ-DOBRA, ou seja, dobra de profissionais. – Ele pegou Mayumi e Zuko pelo braço. – E vocês estão convocados a participarem.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijinhos!