Powerfull - Session 01 escrita por Amanda Ragazzi, LiKaHua


Capítulo 8
Capítulo 08 - Impressões


Notas iniciais do capítulo

Kath: Oi pessoal, como vocês estão sabendo das novas eu estou meio que... Segurando as pontas até a Mandinha voltar. Eu comecei a escrever a história sem a revisão dela, até porque não quero deixar vocês esperando muito, mas quando ela voltar e ver o rumo das coisas pode ser que algo mude ok? Bem, os personagens principais da história já foram apresentados. Espero que gostem desse capítulo, como a história é narrada em primeira pessoa eu vou usar pontos de vista ok?
Boa leitura.



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POV Sophie

Coloquei uma mecha do cabelo azul atrás da orelha enquanto esperava os novatos ao lado de Maristela que parecia impaciente, pois olhava no relógio a cada três segundos. Sorri discretamente, ela era provavelmente a aluna mais impaciente do mundo! Seu poder, teletransporte e persuasão, o que era muito útil principalmente quando precisavam controlar alguma briga. Não contive uma risada baixa enquanto a observava parada em pé com uma prancheta nas mãos:

- O que seria assim tão engraçado Sophie?

- Essa sua insistência de ser perfeita em tudo. Relaxa um pouco.

- Eles estão nove minutos atrasados.

Olhei para a estrada, como se meu campo de visão aumentasse a milhas de distância eu fitei o ônibus parando em meio a estrada com um dos pneus furados. Quase não contenho a gargalhada enquanto me levantava do corrimão de pedra da escada principal onde eu estava deitada. Me aproximei de Maristela tocando-lhe o ombro:

- Acho que vão demorar mais um pouquinho... O pneu acabou de furar. Aceita um café?

Ela soltou uma lufada de ar revirando os olhos e eu caminhei para dentro do instituto, meus shorts jeans com detalhes de rasgo e a meia calça azul escuro com os coturnos de cano curto me transformavam no centro das atenções dentro da Charles Davis, isso sem contar no meu cabelo azul.O instituto era um lugar legal, eu estava morando lá já faziam dois meses, era difícil ficar longe dos meus amigos e da minha família, mas foi a única solução que encontraram pra mim, eu precisava controlar meus poderes.

Eu nunca tive problemas com ninguém desde que cheguei ali, mesmo esperando rejeição pelo meu jeito, o que não aconteceu, eu conhecia todo mundo, todo mundo me conhecia, éramos uma grande família feliz. Ta bom, nem tanto. Eu tinha a sorte de conseguir me misturar em qualquer um dos grupinhos, devo admitir que sou o cúmulo da simpatia, O Instituto Charles Davis para pessoas superdotadas era um lugar de “clãs” podemos assim chamar. Havia o grupo dos caras que não se misturava e das garotas “reclusas”. Pessoas que com certeza você não quer enfrentar em uma batalha e que certamente não quer provocar. Eles são altamente habilidosos e inteligentes. Cada um com seus dons. Também tem o grupo dos “hierarquicos”, gente rica filhos das classes mais altas do mundo que só se mete com gente que pode pagar pelo tempo deles. A classe dos deportistas, que são aqueles que tem habilidades relacionadas a força física, no meio deles tem o Adam, o cara consegue dividir o chão em dois.

Os esquisitões no fundo se chamam de “Os àguias” são os videntes, só vestem preto falam coisas que ninguém entende e andam com pessoas regidas pelos signos lunares. Como eu disse, são esquisitões. A escola foi construída em um castelo da era Vitoriana e dentro desse espaço histórico foram inseridas as mais modernas tecnologias. Eu particularmente acho o lugar lindo! Há torres altas de onde se podem ver os campados pertencentes ao antigo reino vigente que hoje são apenas campos de batalha para os alunos, as paredes conservam a ostentação do império e os quartos dão a sensação que você é uma princesa real! Estou ansiosa com a chegada da galera nova, eles farão minha sala deste ano.

POV Sharon

Maldito pneu! Justo agora tinha que estourar? Pensei enquanto permanecia na cadeira do fundo do ônibus desfrutando das músicas nos meus fones de ouvido. Em uma das poltronas do meio, estava ela. Jessica Mountbatten. Ela estava a viagem toda dando olhadas não muito amigáveis na minha direção, provavelmente nossos santos não se comunicaram muito bem à primeira vista, por mais que eu tentasse ignorá-la para manter a calma ela insistia. Aquilo definitivamente não ia prestar. Ela era demasiado bonita, os cabelos castanhos longos ondulados nas pontas, o rosto típico de uma patricinha americana, mas até que era estilosa, menos mal. Aquilo diminuía minha vontade de vomitar. A nossa chegada ao instituto provavelmente atrasaria em meia hora ou mais, decidi tomar um pouco de ar como a maioria dos esquisitões dentro do ônibus estava fazendo. Havíamos parado em uma estrada de Londres, de um lado floresta e do outro... Bem, do outro também. Era ladeada por enormes árvores e depressões, eu tinha de admitir que era um lugar lindo.

Para minha sorte todos ali eram um conjunto de nerds com QI acima de 190, então não haveria bullying por conta de diferenças intelectuais, de contra partida, talvez as nossas discussões pudessem ser mais interessantes se contarmos com o ponto de vista de todos nós podermos fazer algo que a maioria das pessoas não pode. Enquanto eu observava a paisagem e tentava me concentrar na pureza do oxigênio que invadia minhas narinas ele se aproximou. Nome, Mathew Iron. Habilidade, velocidade sobre humana. Não era o tipo de pessoa com a qual eu me relacionava, na verdade eu não me relacionava com ninguém – Careta. - ele era bonito, os cabelos castanhos levemente desalinhados, usava óculos, o que eu admitia achar um charme, um rosto afilado e era de certa forma forte, mas não o bastante para parecer um armário com pernas. O sorriso galante me fez revirar os olhos:

- Oi. - Ele falou se colocando ao meu lado.

- E ai? - Falei tentando aparentar que não estava para papo.

- Eu estava olhando você no ônibus.

- Percebi sua discrição. - De fato eu havia percebido.

- Sharon não é?

- Minha ficha criminal já está disponível no google?

- Digamos que eu tenho a habilidade da conversa.

- Não me diga?

- Não precisa, necessariamente, ficar na defensiva assim. Quer dizer, estamos no mesmo barco aqui...

- Poderia parar de rodear e falar logo o seu propósito em estar falando comigo? - Eu o olhei desafiadora.

- Tenho uma queda por loiras. - Ele sorriu.

- E por loiras esquisitas também? - Não contive um leve riso.

- São as minhas favoritas.

- Vai ter que fazer melhor que isso.

Falei me afastando em direção ao ônibus novamente. Ele continuou lá, com o mesmo sorriso galante de sempre. Era brincadeira, eu estava ali há meia hora e já tinha um cara me cantando? Quando cheguei mais perto do ônibus Jessica estava parada em direção à floresta, como quem aguardava meu retorno.

- Ora, ora... Sharon Blackmore.

- Ora, ora, garota irritante a vista. - Falei sarcasticamente.

- É verdade que você vem de uma família de bruxas? - Ela perguntou quase rindo.

- É verdade que você descende de macacos extraterrestres?

- Você é ainda pior do que eu imaginei.

- Pena eu não poder dizer o mesmo, nem cheguei a imaginar sua ordinária existência. - Tentei passar e ela me deteve. - Melhor sair da frente.

- Eu não costumo obedecer ordens. - Ela falou energicamente.

Os ventos começaram a soprar de forma violenta, ótimo. Briga antes mesmo do almoço! Com um golpe de tornado ela lançou meu corpo longe contra uma arvore, me coloquei em posição de ataque já furiosa e mirei sua silhueta de onde estava fazendo com que ela fosse arremessada do outro lado da floresta que ficava na outra extremidade da estrada. Ela voltou pairando no ar, que beleza ela voava também! Podia piorar? Não respondam, por favor!

- É o melhor que pode fazer? - Ela perguntou com um sorriso malicioso.

- Vai por mim, é bem melhor você voltar para o seu mundo de batom e me deixar quieta.

- Vamos lá gotica estranha, defenda-se!

Ela gritou movendo os ventos contra mim com fúria, senti meu corpo sendo arrastado para trás de maneira quase inevitável. Já tínhamos plateia! Os outros alunos estavam espalhados por partes da floresta assistindo aquele espetáculo patético. Fechei os olhos me erguendo no ar, abrindo-os de um súbito eu a fitei fixamente, uma onda de energia formou-se nas minhas mãos e eu mirei nela certeiramente:

- Axius!

Ela fora atingida caindo inconsciente por alguns segundos no chão. Calleb e Andrew vieram correndo até nós e a acolheram enquanto eu voltava para o chão. O monitor Carl que era responsável por nós veio também com uma cara nem um pouco amigável:

- O que diabos está acontecendo aqui?

- Ela começou, falei pra me deixar em paz! - Me defendi.

- Sharon isso não justifica você usar magia contra uma colega.

- O que não justifica é essa colega em questão vir testar minha paciencia!

Passei por ele sem dar importância ou mesmo ouvir as palavras que ele dizia. Voltei para o onibus tomando meu lugar com a respiração ainda ofegante e a adrenalina pulsando no meu corpo. Fechei os olhos encostando a cabeça na poltrona.

- Você é ainda mais forte do que eu imaginava. - Era a voz de Mathew.

- Agora você já sabe a distancia que tem que ficar de mim.

- Eu gosto de arriscar.

Eu o olhei por um minuto e ele sorriu. Eu já me perguntava se ficar trancada naquele lugar seria uma boa ideia.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Gostaram do jeito como foi apresentada? Os demais personagens como a Sophie vão aparecer melhor através do ponto de vista de outros personagens ok?