The Last Penguins escrita por Ghefrentte


Capítulo 8
Capítulo 8 - A meia-noite, todos os agentes


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior de The Last Penguins, o grupo ficou ilhado no Iceberg após o naufrágio do Migrator. E agora? O que eles vão fazer?



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"Ok, gente...", Começou Ghe. "Vamos ser racionais, e não entrar em pânico. É só irmos no Aquagrabber até a Ilha do CP.".

"Beleza", Disse Bampede. "O Problema é que só cabe uma pessoa no Aquagrabber.".

"Ora, um vai dentro e leva mais um em cima. Ai, o que tá dentro vai levando um a um pra Ilha do CP", sugeriu Azul.

E assim foi feito. Ghe foi dentro, e, um por um, trouxe aos outros com segurança. Quando chegaram, no Ancoradouro, decidiram que passar a noite ali seria muito arriscado pois era uma área muito grande e aberta, propensa a ataques de zumbis, então rumaram ao Forte Nevado. Realmente, estava muito tarde. Por algum motivo, a Torre do Relógio ainda estavam funcionário, e eles puderam ver o horário. 23:50.

Eles arrumaram suas coisas do acampamento.

23:53

Acenderam uma fogueira.

23:55

Comeram o pouco que restava.

23:58

Estavam fazendo os preparativos para dormir.

23:59

E, no momento em que todos fecharam os olhos para dormir...

00:00. Meia-Noite.

Quando deu Meia-Noite em ponto, alguns zumbis, segurando lanças feitas precáriamente, sairam de tudo quanto é lugar: atrás das árvores, dos Fortes Nevados, e até mesmo debaixo da neve. Todos ficaram muito surpresos com o ocorrido então foram facilmente desarmados pelos zumbis.

Os zumbis, que eram muito rápidos e ágeis, amarraram todos com cordas e foram carregando-os, rumo ao Plaza.

"Esses não são zumbis comuns", Pensou Aamelo. "Eles são rápidos, inteligentes, tem todas as partes do corpo intactas. Isso não está certo, droga, eles nem tentaram nos comer! Com certeza tem alguém por trás disso...".

Ao chegarem no Plaza, havia algo muito estranho com O Palco. As letras que costumavam a indicar o nome da peça em cartaz, agora estavam colocadas desajeitadamente de modo que formavam a frase "O Poderoso R". Agora não havia mais uma bilhereria e duas portas, e sim, uma porta dupla gigante de madeira colocada também precariamente que ia até o teto, e dois zumbis, tamém com lanças, fazendo guarda um de cada lado da porta. Eles entraram.

Foi ai que todos ficaram surpresos. O Palco agora estava com algumas paredes quebradas, e tudo estava iluminado por tochas ao invés de uma lâmpada convencional, fazendo aquilo parecer um caverna. Pedaços de antigos cenários se espalhavam como lixo por todo chão, algumas paredes e até mesmo alguns no teto.

As cadeiras estavam quase todas ocupadas: algumas por zumbis, algumas por pessoas amarradas, como o grupo tinha sido, mas a parte mais chocante foi ver o que se encontrava no palco. Era um grande trono, feito de madeira e ossos de pinguins. Sentado no trono, estava Rookie, um antigo agente da EPF. Mas Rookie agora estava diferente. Ele sempre foi um Pinguim verde com óculos escuros de armação vermelha e boné de hélice igualmente vermelho, e essas características ele não tirou do visual. Porém ele agora usava um manto de rei, e por baixo, uma roupa de faraó. (Itens que ele provavelmente pegou de antigos figurinos de peças.). Ele também usava um colar de ossos de pinguim.

"Agentes da EPF, aqui?", Perguntou Rookie, num tom irônico.

"Porque todo mundo que sobrou no CP viraram malucos pscóticos?", Perguntou Ghe.

"CALADO!", Gritou Rookie, com rispidez. Hm, até que dessa vez, veio bastante gente. Não costuma a ter tanta gente dando bobeira a meia-noite.".

"Porque nos trouxe aqui, Rookie?", perguntou Lila.

"Ora, para dar-lhes a honrada chance de participar de minha nova invenção!", Disse Rookie. Dito isso, levantou de seu trono aproximou-se da máquina que costumava a ser a Switchbox 3000. Ela agora estava acomplada a uma cadeira com um cinto de segurança, e acima dessa cadeira, um capacete de moto preso À Switchbox com pedestral de metal.

"Este aqui..." Falou Rookie, orgulhoso. "É o raio operador de mentes 3000! Permita-me demonstrar como funciona... VOCÊ!", Falou, dirigindo-se a um zumbi. "Coloque ele no raio operador de mentes!", falou, apontando para um pinguim amarrado e ainda vivo sentado numa das cadeiras da platéia.

A medida que o zumbi ia se aproximando, o pinguim ia gritando cada vez mais alto: "NÃO, NÃÃÃÃO, POR FAVOR, ME DEIXE IR, NÃO, NÃÃÃÃÃO...". Quando o zumbi chegou numa proximidade relativamente pequena, deu um soco na cabeça do pinguim, que ficou inconsiente.

O zumbi pegou o pinguim da cadeira, e o levou até a cadeira do raio operador de mentes. Depois, afivelou o cinto de segurança e o prendeu com um cadiado. Então, colocou o capacete de moto na cabeça do pinguim.

Rookie puxou uma alavanca da Switchbox.

Raios percorreram o percurso até o capacete e o pinguim começou a tremer como se estivesse sendo eletreocutado.

"Como podem observar", Continuou Rookie, "A mente dele está sendo bombeada com informações para melhorar ao quádruplo sua capacidade mental e física.".

"E o que acontece depois?", Perguntou Bibi.

"Depois o pinguim que foi bombardeado por todas essas informações, morre.", Respondeu Rookie.

Dito e feito. Dois segundos depois de Rookie ter dito a frase, o pinguim levou um choque um pouco mais forte e então a máquina parou.

"Agora, é só esperar ele reviver como zumbi...", Disse Rookie, animado.

Esperaram por cerca de cinco minutos. O pinguim, agora já pálido, arrancou o capacete de sua cabeça, arrancou o cadeado com um puxão brusco de sua nadadeira e levantou-se, desafivelando o cinto de segurança.

"Pronto! Agora ele é um zumbi forte, saudável e inteligente, pronto para obedecer os meus comandos." Falou Rookie, satisfeito. "VOCÊ!", Disse, dirigindo-se ao pinguim semi-zumbificado. "Soque aquela parede.".

Dito e feito. O zumbi deu um soco e abriu um buraco na parede.

"Agora me traga um coquetel de frutas.", Ordenou Rookie.

O zumbi foi para o fundo do palco, após as cadeiras, aonde parecia estar uma rica mesa de buffet. O zumbi pegou diversas frutas, espremeu-as numa jarra, jogou um pouco de cream soda, e depois remexeu. Serviu um pouco no copo, colocou uma fatiazinha de limão no mesmo e levou-o a Rookie.

"Viram?" Disse Rookie, tomando um gole.

"Ok, Rookie, mas até agora você não nos explicou porque estamos aqui.", Falou Justin.

"Ora, está mais do que óbvio! Para transformar vocês em meus agentes zumbis!", Retrucou Rookie.

"Tá, mas porque seus... "agentes"... nos capturaram exatamente a meia-noite?", Questionou Ghe.

"Tenho agentes espalhados por toda a Ilha, escondidos. Comecei esse processo ontem. A meia-noite, todos os agentes capturam os pinguins que estão do lado de fora e trazem pra mim.", comentou Rookie.

"E... porque, exatamente a meia-noite, droga?!", Indagou Azul.

"Tem que ser muito burro pra estar ao relento a meia-noite durante o apocalipse zumbi. E isso facilita o trabalho do raio transformador de mentes. Você sabe, se pegarmos pinguins muito inteligentes, ele acaba superaquecendo.", Explicou Rookie. "Agora, você!", Disse, dirigindo-se a um de seus agentes. "Ponha-a na cadeira do raio transformador!", falou, apontando para Bampede.

Dito e feito. Tudo já estava pronto pra Bampede ser transformada, mas no momento em que Rookie ia puxar a alavanca, um tiro atingiu seu olho esquerdo.

"AI! QUEM FOI O FILHO DA..." Disse Rookie, tateando o chão para achar os restos de seu olho esquerdo.

Então todos olharam pra porta. Lá, encontrava-se um grupo de aproximadamente 15 pinguins, de colete preto, capacete e armas em punho. A Resistência do Rinque.

Bampede aproveitou o tumulto da ocasião e o fato de Rookie ter esquecido de colocar o cadeado no cinto de segurança para sair da cadeira e dar um chute na cabeça de Rookie.

Assim, Bampede rápidamente correu para seus amigos e desamarrou-os. Os agentes zumbis de Rookie, sem saber o que fazer, acabaram ficando ali, parados.

Rookie estava perdendo muito sangue por causa do tiro no olho, e atordoado mentalmente graças ao chute de Bampede. Quando todos já estavam prontos para ir embora, Rookie sussurrou suas últimas palavras.

"Atenção... todos os agentes... iniciar o Protocolo de Emergência Delta B-42.". E faleceu.

Um dos agentes zumbis, que tinha um cordão de apito similar ao que Justin usava, apitou. Nesse momento, centenas de agentes zumbis surgiram quebrando uma das pardes do Palco, e tanto eles quanto os agentes presentes até então, empunharam suas lanças e e correram para atacar o grupo e a Resistência do Rinque.

Todos entraram em ação. Cada um matando os zumbis como podia, e com muito esforço, pois esses era rápidos, ágeis, inteligentes. Em pouco tempo eles haviam matado poucos zumbis e estavam muito cansados. O fim era quase iminente. Quando um enorme aero-porta aviões estraçalhou o teto do Palco e matando 98% dos zumbis. (Os outros 2% foram mortos rápidamente por tiros de membros da Resistência.)

No topo do aero-porta aviões, estava Tia Arctic, A Diretoria, sorrindo radiante olhando para o grupo.

"Caramba, Tia Arctic!", Disse Ghe, agradecido. "Não faz nem uma semana que o apocalipse começou, e você já salvou nossa vida duas vezes!".

"Não precisa agradecer.", Falou Tia Arctic, pousando o Aero-Porta Aviões. "Agora subam, vamos sair daqui.".

Dito isso, os membros da Resistência recusaram a generosidade e voltaram a pé para sua base. Porém, o grupo subiu a bordo do aero-porta aviões e ele decolou.

"Isso era um antigo aero-porta aviões da ASP.", Comentou Tia Arctic. "Tava parado na garagem do meu iglu faz tempo, e, bem, ele foi feito pelo G. Lembrei dele pouco após ter... erm... um pequeno desentendimento com ele.".

"Ele morreu.", Falou Aamelo, da forma menos sutil do mundo.

"Se enforcou com os cabos da própria invenção", Completou Bibi, ainda menos sutil.

"Depois ele virou zumbi e eu o matei.", Concluiu Justin, e a conversa atingiu o ponto em que a sutilidade já estava cabaixo de zero.

"O G... o G...", Matutava Ghe, consigo mesmo.

"Ah, mas esses desentendimentos são passado, garanto que o G me desculparia se estivesse vivo.".

"O G... passado..." Matutava Ghe, de novo. "O G! O PASSADO!", Gritou. "Tia Arctic, se importa em dar uma passada naquele Iglu ali?", perguntou apontando para a Taverna.

Tia Arctic foi até lá e pousou. Ghe desceu e com seu machado arrancou as tábuas com que tinha selado a porta e entrou. Todos, sem entender o motivo, seguiram Ghe, que pareciam apressado.

Ghe entrou na Taverna correndo e depois que os outros entraram ele fechou a porta. Ele correu até o alçapão que dava até a Laddoware, abriu e desceu, seguido dos ouros.

Ele tirou um lençol que cobria uma grande caixa azul. Era uma antiga cabine de madeira. Em um dos lados, havia uma porta. Acima da porta, uma faixa preta que contornava a caixa toda, com os dizeres "Police Public Call Box" em cada um dos quatro lados.

"Então, Ghe...", Estranhou Lila. "O que isso era exatamente pra ser?"

"Chama-se Tardis." Falou Ghe, nostálgico. "É um presente de um velho amigo meu... vamos, entrem!", Disse apressado, já entrando.

Justin estranhou e disse:
"Como é que nós, seis pinguins, vamos caber dentro de uma caixa azul dessas que cabe no máximo um pinguim e...".

Justin olhou pra dentro e ficou sem palavras. 

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai? O que vocês acham que tem nessa caixa azul? Não percam a resposta no próximo capítulo de The Last Penguins!



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