This Is War escrita por Alface


Capítulo 4
Os anjos




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A aula terminou, desde o intervalo não vi mais Jake. Depois que ele viu o tal aluno novo, Jason, ele sumiu. Voltei pra casa, entrei e gritei "Mãe, pai, Naiara?" nenhum deles respoindeu, me lembrei de que irião fazer compras. Subi pro 2° andar, tirei meus tênis, joguei a mochila em um canto. Quando entrei no quarto, Jake estava de costas, com as mão juntas para trás, olhando pela janela.

- É uma bela vista - disse Jake, se virando.

- É... Então, o que acontece agora? - perguntei. Eu havia aceitado a proposta de Jake pra me tornar uma nova cobaia dos anjos ou coisa do tipo.

- Começaremos suas aulas... tem muito o que aprender, o mais rápido possível. - devo comentar que Jake estava em um terno branco muito lindo? Seus cabelos estavam jogados de lado, ele estava com uma gravata lilás, que tinha um diamante no nó. O resto do terno era tão branco que chegava a doer os olhos.

- E o Jason?

- Vamos dar uma volta. - coloquei meus tênis de volta, e saímos de casa. O céu estava escuro, iria chover. Começamos a andar pela rua. - Como você já deve ter percebido, - Jake começou a dizer, calmamente. Ele continuava com as mãos juntas para trás. - Jason chegou à Terra. Eu, assim como todos os outros anjos pensáva que ele ainda estava preso em sua gaiola. Infelizmente, ele conseguiu sair rápido. 

- Como?

- Eu e alguns amigos desconfiamos que ele não se apoderou de emoções ruins no geral. Achamos que ele está se alimentando de ódio, rancor, tristeza, raiva de uma única pessoa. Uma pessoa que nos últimos tempos vem sendo bastante... pessimista. 

- Então, é como se ele estivesse ligado à uma única pessoa?

- Veja bem, Ane. É como eu te disse. Nós anjos precisávamos de uma humana para nos guiar, Jason também precisava de um. Talvez essa pessoa nem saiba que Jason está usando-a. Mas se é o que você está pensando, sim, provavelmente esse humano é o que ele usará na grande guerra.

- Tudo bem... han, me conte um pouco mais sobre os anjos. 

- Contar... exatamente o que? - nós continuávamos caminhando. O movimento na cidade começou a crescer, mas ninguém nos olhava. Como se não fosse estranho uma garota de 15 anos andando por ai com um garoto lindo, alto e usando terno branco.

- Você não tem asas.

- Eu tenho sim - disse ele sorrindo.

- Então porque não posso ver?

Jake abriu sua mão direita, e me mostrou ela, balançando o dedo em que ele usava o anel de prata.

- O anel?

- O anel me permite esconder minhas asas. Com ele posso viver como um humano, ninguém pode vê-las. 

- Você disse que era um anel de família, certo? Quem te deu?

- Eu e meus irmãos ganhamos os anéis. A função dele era nos proteger, no início. Depois se tornou muito mais que isso, se tornou um símbolo. - disse ele, voltando a colocar sua mãos para trás e olhando para frente.

- Irmãos? Anjos tem irmãos?

- Sim. Eu tenho quatro.

- Quatro? Nossa. Quem são? Eles estão aqui?

- Sim. Eu, Jared, Joseph e Jasminy.

- São só três. - comentei

- É... - disse Jake. Ele olhou para baixo e parou de caminhar. Depois de alguns segundos olhou para mim, deu um sorriso e continuamos caminhando.

- Então, han... eles estão na Terra?

- Não tenho notícia deles. Apenas Jared. O que sei é que ele está na Nova Zelândia, está tentando encontrar outros anjos e trazê-los para nosso... pode-se dizer, um "exército"?

- Ah... Uma vez eu li sobre anjos, e falava que eles tinham marcas, nas costas, com um tipo de símbolo angelical ou coisa do tipo.

- É mentira. Os humanos adoram criar versões sobre as histórias dos anjos, uma mais absruda que outra. Existem símbolos que são queimados às costas sim, mas quem os usa não somos nós. São os demônios. É como se fosse um tipo de identificador, é como se fosse a sua marca. 

- Nossa - só consegui imaginar as marcas, elas eram queimadas. Não era como desenhar um ursinho de caneta no braço, eles praticamente colocavam fogo na sua pele. Aquilo era cruel. Decidi fazer uma pergunta idiota, porém... eu tinha minhas curiosidades. - E vocês anjos tem, sabe... poderes?

- Depende, de que poderes você fala? Controlar elementos ou coisa do tipo? Não. Nós temos dons, são raros, mas temos.

- Que tipo de dons?

- Você sabe. Persuasão, tortura... alguns podem ler mentes, apagar lembranças. E também tem os famosos Anjos Cupidos, são raros, mas podem fazer duas pessoas terem... atrações.

- Nossa - eu dei uma risada. - tortura? os anjos são bons, não?

- Somos sim. Tortura é o mais raro dos dons, sabe, você nasce com eles. Ou pode aprneder, o que é doloroso e na minha opinião não vale a pena. Alguns anjos podem torturar humanos, por meio de lembranças ruins, cenas, ou podem até mesmo criar uma cena na sua cabeça, por exemplo, você começa a ver uma pessoa que ama sofrer. Existe também a tortura física, em que você sente dores corporais e coisas do tipo.

- Meu Deus. E você? Qual seu dom?

- Meu dom? - Jake deu uma risada - eu não sei.

- Como assim não sabe? Você nasce com ele, certo?

- É sim, nós nascemos com eles. Mas demora um pouco para desenvolver. No meu caso, até hoje não descobri. 

- Você fala como se não ligasse.

- Eu não ligo. É claro que seria ótimo descobrir e tudo o mais, mas eu tenho vivido muito bem sem ele, ou eles. Agora... sobre o Jason. Ele se matriculou no colégio, o que quer dizer que não posso mais ficar lá. Ele está atrás de mim, e se ele souber que você está me ajudando, vai atrás de você. 

- Ele não vai saber, eu espero...

- Não, Ane. Ele não pode saber, até que você esteja completamente protegida. 

- Eu vou me cuidar, prometo. Mas se você não vai pra escola, como vou te ver? - fiquei um pouco vermelha, eu gostav de Jake, ver ele todos os dias me fazia bem.

- Posso invadir sua casa, se quiser - disse ele olhando para mim

- Talvez. Quem sabe. - de repente começou a trovejar, e as nuvens se fecharam. Começou a chover.

- É melhor você voltar pra casa, seus pais já devem ter chegado. 

- É.É sim. Até amanhã. - disse eu me virando.

- Até - Jake sorriu para mim. Sai correndo pela rua que estávamos. Quando cheguei no final, olhei para trás, e Jake havia desaparecido. Continuei correndo toda molhada até chegar em casa. Meus pais já estavam lá com minha irmã. 

- Você tem visita, Aninha - disse minha mãe

Subi até meu quarto, quando cheguei lá, Samuel estava sentando na minha cama. Ele se levantou e me olhou sério.

- Precisamos conversar. - disse ele.


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