This Is War escrita por Alface


Capítulo 3
Jason


Notas iniciais do capítulo

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Estou na escola. Aula de biologia. Até agora não consegui prestar atenção no professor. Sempre que tento, a voz de Jake dizendo "a humana certa" vem em minha cabeça. Não dormi muito bem essa noite, e minha irmã recebendo sms de 5 em 5 minutos não ajudava nada. Ela agora está andando com Samuel. É, Samuel. Nós nos afastamos bastante esse ano. No ano passado, éramos como irmãos gêmeos, sempre um do lado do outro. Mas não me sinto nem um pouco culpada. Ele mudou, e se é pra ficar desse jeito, não quero mais. Enquanto pensava nas vozes que ouvi no beco, ontem, uma bolinha de papel caiu em minha mesa.

Abri o papel. Estava escrito "Encontre-me na praça, em frente sua casa depois da escola." Fiquei olhando para todos da sala. Todos prestavam atenção na aula, de menos um. Jake estava olhando pra mim. Mexi a mão com o papel e inclinei a cabeça como quem perguntava "você?!", e ele fez um sinal positivo com a cabeça.

Depois de outras 3 aulas entendiantes, o sinal tocou. Sai da escola, não estava com pressa de chegar na praça, estava com medo de Jake. Ele tinha falado coisas estranhas, no momento acho que ele é um maluco. Vários garotos passaram pelo meu lado correndo atrás de um cachorro. Eles não tinham mais de 6, 7 anos. Coloquei meus fones, olhei minha playlist, com músicas do Green Day, Slipknot e AC/DC. Continuei andando pelo passeio, até chegar na esquina da rua da minha casa. A escola não fica muito longe daqui, dmeoro no máximo 15 minutos pra chegar até lá.

Olhei pra praça ali de cima. Em um dos bancos mais escondido no meio das árvores, estava Jake. Sentado de pernas cruzadas em cima do banco, com as mãos nos joelhos e olhos fechados. Estava calmo, com um sorriso no rosto, aquele sorriso era lindo. Cheguei por trás dele, e coloquei as mãos em seus olhos. Ele soltou um "rum" que parecia ser uma risada.

– Oi, Ane. - disse ele.

– Como sabia que era eu? - Me sentei ao seu lado. Ele não mexeu o corpo, apenas virou a cabeça para mim.

– Apenas sabia. Você veio. Pensei que não viesse.

– É... eu estava meio que...

– Eu sei. Você me ouviu, ontem.

– Como sabe que eu estava lá?

– Longa história. Ane, antes de começar preciso que me prometa uma coisa. - disse ele, dessa vez muito sério.

– Estou ouvindo - coloquei minhas pernas pra cima do banco, cruzadas, e continuei olhando pra ele.

– O que eu disser não sai daqui. Ninguém deve saber, você não pode contar isso pra ninguém. - ele estava olhando em meus olhos. Queria uma resposta.

– Certo. Eu prometo, isso não sai daqui.

– Tudo bem. Ane, você acredita em anjos?

– Sim. Quer dizer... anjos. Eles vivem no céu, certo?

– É... eles vivem sim. Mas... o que me diria, se eu te dissesse que os anjos podem estar na Terra?

Anjos? Na Terra? Faça-me o favor!

– Eu não acreditaria. - disse

– Pois bem. Diagmos que os anjos estão na Terra, escondidos. E não só anjos, mas também demônios.

– Não entendi - o que ele queria dizer com aquilo? Jake era um garoto estranho. Lindo, porém estranho. - Anjos? Na Terra? Isso não é possível, é? Nunca vi um.

– Você está vendo agora. - Ele me olhou. Parecia muito sério, seus olhos mal piscavam. Decidi deixar ele falar. - Jake, como assim? Quer dizer...

– Há séculos atrás um anjo se revoltou. Ele se revoltou com os outros anjos, e com Deus. Queria mais poder, queria ser superior.

– Lúcifer, certo? - concluí.

– Sim. Então ele se tornou um demônio, o primeiro deles. Deus, nosso Senhor lançou uma maldição sob Lúcifer. Ele ficaria preso no inferno, o pior lugar já conhecido. Ele não teria qualidade, não teria dons, teria apenas seu ódio, raiva, rancor e tristeza. Anos se passaram, e mais demônios surgiram. Um deles, Jason, era um anjo. Ele também se revoltou, e desde então é um dos reis do submundo.

– Onde você quer chegar com isso? - eu estava confusa.

– Jason brigou com toda sua família, com uma pessoa em especial. Há mais ou menos 2 séculos, houve uma grande confusão. Um humano, controlado por Jason começou a fazer coisas estranhas, agir de modo estranho. Ninguém sabe ao certo o que ele fez, mas houve guerra. Não me lembro muito bem do que houve, na verdade não me lembro de nada, mas nós, anjos ficamos presos na Terra, junto com os demônios.

– Espera, Wow! "Nós"?

– Sim, Ane. Eu, eu sou um anjo. Na verdade, eu era um dos maiores anjos, até a guerra. Depois perdi metade da minha memória. Mas continuando. Anjos e demônios estão presos na Terra. Os demônios, dia após dia, tentam aprisionar a alma dos humanos. Jason quer se tornar o rei de uma nova era, e pra isso ele precisa dos humanos a seu favor. Muitos anjos, todos os dias lutam contra demônios, para tentar livrar os humanos da dor e sofrimento.

– Então... se eu achar um garoto lindo, todo branco e estranho, ele é um anjo? Quem são os demônios?

– Não é bem assim. Cada anjo é de um jeito. Morenos, loiros, ruivos, são de todos os jeitos. Eles podem estar em qualquer lugar, protegendo humanos, ou um humano em especial. Os demônios? Ninguém sabe quem são. Eles se escondem nas sombras. Geralmente, são os bonitos, sedutores, que vão te persuadir.

– Ah. - foi tudo o que consegui dizer. Eu estava acreditando em Jake, por mais louco que parecia. - e o que você quis dizer com "a humana certa"?

– Jason não está na Terra. Ele está preso, em sua gaiola, no inferno. Mas ele está se libertando. Ele precisa de almas humanas para poder sair da gaiola, e ele está conseguindo. Ódio, rancor, tristeza, depressão, maldade, todos esses sentimentos humanos o deixa mais forte. Quando ele se libertar, o mundo estará condenado. Haverá uma segunda grande guerra entre anjos e demônios. Tudo será uma confusão, e os humanos, vocês serão penalizados por isso. Vocês sentirã a dor, vocês sofrerão. O sofrimento, ele não pode ser anulado. Mas o único modo de Jason conseguir atacar os anjos aqui, na terra com seus demônios, é tendo alguém daqui liderando seu exército.

– Um humano. - interrompi Jake

– Exatamente. Ele precisa de um humano pra poder de rebelar. E quando ele fizer isso, nós anjos estaremos condenados. A única forma de conseguirmos lutar, é ter um humano nos liderando, nos guiando. Um humano que nos represente, e nos ajude.

– Porque o humano é tão importante?

– Há profecias, profecias que nenhum anjo ou demônio pode decifrar. Precisa-se ter pecado para decifrá-las, e os anjos estão livres. Os demônios tem isso de sobra, mas também é preciso amar, para decifrá-las, e amor é algo que demônios não sentem. Só uma criatura pode ser pecadora e amar ao mesmo tempo, o humano. Ele é a criatura mais perfeita já criada por Deus.

– Jason. Ele já tem um humano?

– Provavelmente.

– A que se referem essas profecias?

– Essas profecias são antigas, e poderosas. Se Jason colocar suas mãos em uma delas, ele terá poder. Quem decifra o enigma das profecias tem poder sobre a Terra, e todos os seres que vivem nela. Jason quer dominar o mundo.

– Meu Deus - eu devia estar com a maior cara de bunda do mundo. Era muita coisa pra processar.

– Você me perguntou sobre A humana certa. Eu estava falando de você. Eu fiquei encarrecado de achar a pessoa que poderia guiar os anjos. Quero você. Você é quem deve nos ajudar a vencer o Jason.

– O QUE? FICOU MALUCO? POR QUE EU?

– Você é uma boa pessoa. Por mais que tenha raiva de algo, consegue amar. Seu coração é um conflito, o tipo de humano perfeito. Por favor, eu preciso de você. Nós precisamos de você. - ele pegou na minha mão e olhou para mim como se fosse um cachorrinho que pedia carinho.

– Eu não sei... Jake é muita coisa.

– Me responda o mais rápido possível. Eu preciso de você, Ane. - ele me olhou mais uma vez, soltou minha mão e desapareceu. Fiquei ali olhando pro lugar que ele estava sentando. O garoto desapareceu.

– JAKE! - Gritei. Não tinha ninguém na praça, na rua, em lugar nenhum. Entrei pra casa. Me tranquei no quarto e fiquei pensando em tudo o que ouvi. Jake, um anjo. Eu não sabia se ria ou chorava. Não sabia se aceitava, por mais maluco que fosse. Eu queria acreditar, mas não consguia. Tudo bem, digamos que seja verdade. Eu? Ane? Guiando os anjos? Ridículo. Minha cabeça está explodindo, tomei um remédio e me deitei. Fiquei pensando nas palavras do Jake. Uma nova era, comandada por demônios. Tortura, dor. Isso seria horrível.

O dia amanhece e já estou na escola. Procuro por Jake, mas não o acho. Na hora do intervalo procuro por toda escola. O vi dentro da sala, mas não tive como falar. Então me lembro do lugar em que Jake normalmente gosta de ficar. Em cima da árvore do pátio. Vou até lá, olho para cima. Jake está lá, esocndido. Qualquer um que passasse por ali não o notaria.

– Precisamos conversar. - é tudo o que digo. Ele da um pulo e cai no chão.

– É, nós precisamos.

Enquanto estavamos andando até o corredor para conversar, Samuel passou do meu lado.

– Já conheceu o novo aluno? - disse ele, como se nada tivesse acontecido.

– Não, quem? - disse Jake

– Ele ali ó - Samuel apontou pra um garoto que estava cercado pelas garotas. Ele era alto, bonito, tinha olhos escuros. Usava jeans preta justa, vans pretos, e seus cabelos pretos eram penteados de forma que faziam um topete na franja. Ele tinha um alargador na orelha direita. Era o tipo de bad boy que deixa qualquer garota louca. - o nome dele é Jason, ele é legal.

Jake olhou com mais atenção pra ele. Assim que Samuel saiu e foi até o garoto, olhei pra Jake.

– Jason? - perguntei. Esse nome havia ficado na minha cabeça, martelando de segundo à segundo.

– Não pode ser. - disse Jake. Sua expressão ficou preocupada. Ele saiu correndo pelo corredor até chegar no fim, onde ninguém podia nos ver. - Você aceita ou não?

– Eu aceito. - disse. Olhei nos lindos olhos de Jake, estavam preocupados.


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