Fada chorava, enquanto as fadinhas a cercavam e a consolavam.

Mesmo com tantas ao redor dela, a delicada guardiã sentia triste, desamparada...

Solitária.

E entendia que, em parte, era culpa dela sentir - se daquela maneira. Jack havia insistido que deveriam para com aquele busca louca. Seja lá o que Norte teve que enfrentar, Frost e Fada dos Dentes passariam por aquilo juntos. Eles tinham os outros guardiões para apoia - los.

Eles tinham um ao outro.

Fada suspirou, cansada. Havia deixado Jack sozinho naquele lugar macabro. Mas era necessário. Se fosse por ela, nunca sairia do lado dele. Mas e se começasse a ficar displicente com os dentes? Será que foi isso que aconteceu com o primeiro casal guardião? Começaram a ignorar o Natal?

Não. Com certeza, não. Noel não era assim.

A dúvida dos acontecimentos machucava o coração da pobre Fada. Isso que a incentivava a continuar procurando.

Foi quando uma voz a despertou dos devaneios.

– Fada. - Era Jack. Ele parecia muito cansado, como se tivesse visto coisas que não deveria.

– Jack? O que aconteceu com você? - Ele se aproximou ao lado dela. As fadinhas voaram, deixando os dois a sós.

– Nada. Estou apenas cansado das buscas, entende? Mas estou bem.

E sorriu. Fada adorava quando ele sorria e Frost sabia disso.

– Você deveria descansar um pouco. - Ela disse, carinhosa.

– E você acha que eu vim aqui fazer o quê?

Ele segurou carinhosamente a cabeça da guardiã e a beijou suavemente. Fada sentiu o rosto corar, a medida que Frost aproximava-se dela.

Já Jack, precisava esquecer das últimas horas. Puxou a Fada mais para perto dele. Começou a beija-la com mais força, de modo que Fada assustou-se e voou para longe.

– O que aconteceu com você? - Ela disse, assustada.

Jack não respondeu. Apenas a encarava sério, sentado no chão.

– Eu conheci alguém. - Ele respondeu, indiferente. - Que pode nos ajudar. Ela... Conhece pessoas que sabem o que vamos enfrentar.

– Ela? - Perguntou a Fada, enciumada.

– Vamos eu e você. Não quero voltar lá sozinho.

– E lá seria?

– Vamos para Arendelle. Precisamos conversar com a rainha Elsa.

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Coelhão foi para o Norte, novamente.

Sentia-se confortável na casa do amigo. Norte sempre dava ótimos conselhos, independente do humor em que estava e o que estava fazendo.

Bateu a porta e foi recepcionado com um sorriso.

– Sinto que ultimamente eu o tenho visto com bastante frequência, caro amigo.

– É, eu sinto isso também.

E ele entrou, receoso.

– Fada pediu para eu te devolver. - Entrou o gorro para Norte, que o pegou com certa aflição. Era momento de perguntar.

– Obrigado Coelhão. Entre, fique a vontade.

Eles sentaram no escritório de Norte. O vento frio batia na janela, mas a fogueira deixava o ambiente confortável. O Coelho respirou fundo.

– Norte, o que aconteceu com a mamãe Noel?

O velho Noel respirou fundo.

– Você sabe que esse assunto não é dos meus favoritos, velho amigo.

– Ás vezes, é necessário resgatar certas histórias. Você sabe que eu só iria te perguntar se fosse extremamente necessário.

Norte respirou fundo.

Coelhão ouviu a história atentamente, assustado com os detalhes.

– Mas porque você me perguntou isso?

– Jack e Fada, estão...

Norte ficou pálido.

– Precisamos achá-los. Agora.