—   Vocês acham realmente que é aquela garota? Francamente, todos estão ficando pirados – um homem alto de cabelos negros olhava seriamente para um homem gigante com um enorme bigode e sua roupa do estilo de samurai.

—   É ela sim, Jason. Tente se conformar. Hyu me falou e sinceramente confio nele – o homem gigante apontou para o menino de cabelos roxos que piscou para Jason.

—   Mas eu não! Ele não passa de um pirralho irresponsável como Leo! Aquele moleque esta com medo de se aproximar da loirinha lá – Jason aumentava cada vez seu tom de voz, ele estava realmente irritado.

—   NÃO FALE COM ESSE TOM COMIGO JASON! RESPEITE-ME, SOU O REI DOS ESPÍRITOS! – Jason tremeu ao observar os olhos do rei e engoliu seco, assentindo.

—   Rei, eu sei que posso estar exagerando, mas ela nem sabe que é uma maga e herdará isso de sua mãe! Ela não tem nenhum nível de magia, quem dirá irá conseguir além das dozes chaves do zodíaco – Jason estava com a voz mais gentil e seu olhar mostrava sua fúria. Hyu deu um riso abafado e Jason virou para observar o olhar desafiante do garoto de cabelos roxos.

—   Não se preocupe com isso Jason, ela tem potencial. Aquela chave brilhou e não foi o dono que fez isso – a boca de Jason abriu lentamente e pode ver o sorriso discreto de uma mulher com longo cabelo rosa, as roupas rasgadas que acentuavam seu belo corpo.

—   Esta decidido! Vai ser ela – Jason suspirou derrotado e saiu dali fazendo uma reverencia ao rei dos espíritos.

O moreno caminhava por uma estrada com ladrilhos brilhantes, cada passo dava a cor mudava e paisagem dali era incrível, cores vibrantes por todo lugar e em cada lugar um espírito o cumprimentava. Ele parou sentando á ponta de um penhasco.

   Seu olhar havia ficado opaco, ele suspirou tirando a atenção do penhasco e olhando para o céu estrelado.

—   Essa é sua decisão Layla? – ele fechou seus olhos. Atrás dele estava uma pequena figura com cabelos verdes espetados que sorria.

—   Agora entendo o porquê de sua frustação – e o pequeno ser desapareceu deixando o moreno sozinho.

Longe dali, no mundo real...

—   Ah Natsu, vamos logo. Já comeu quase toda a comida do restaurante – a loira apoiava sua cabeça em suas mãos observando o rosado devorar um frango.

—   Aye Natsu, temos que ir – o gato azul colocava peixes em sua bolsa e logo após sentou-se à mesa e o rosado engoliu o resto da comida, assentiu e a loira foi pagar a conta que realmente não era nada animadora e assim seguiram a casa do homem que havia pedido a missão.

Quando chegaram à mansão que era realmente enorme, a loira nem havia se impressionado por que era acostumada a ver isso – o que seus companheiros nem suspeitavam.

Foram atendidos por uma empregada que levou até a sala, um homem grande com um terno preto estava virado para a janela, seu cabelo era de um loiro escuro.

—   Senhor, os magos da Fairy Tail chegaram – dito isto a empregada saiu, o homem se virou e Lucy ficou estática, seus olhos se preenchiam de água.

—   T-tio? – o rosado ao seu lado se virou para olhar Lucy que chorava, ela correu e o abraçou. O loiro também chorava e abraçava sua sobrinha com carinho. Os dois se afastaram e deram sorrisos tristes.

—   Onde você esteve Lucy? – ele perguntou.

—   Fui acolhida na Fairy Tail – ela mostrou a marca rosa em sua mão – ela adquiriu antes de ir a casa de Natsu – e seu tio suspirou de alívio.

—   Que bom, seu pai deixou o testamento... – ele foi interrompido por Lucy.

—   Não quero a fortuna dele tio, sabes que ela é toda sua – seu tio assentiu – mesmo sabendo que essa fosse sua resposta.

—   E sua mãe te deixou algo Lucy – a loira arregalou seus olhos e pode sentir mais lágrimas rolar por seu rosto — Espere aqui Lucy.

A loira assentiu e logo viu dois olhos curiosos pedindo alguma explicação, ela suspirou fundo andando até eles lentamente.

—   Acho que estão confusos, não é? Sabe aquele dia que me encontraram? – os dois assentiram – Então, eu sou filha de um dos homens mais ricos por toda Magnolia sendo assim que eu tinha que herdar sua fortuna e tudo mais, mas eu realmente não me dava muito bem com meu pai e já dizia para minha mãe que um dia eu fugiria e naquele dia que me encontraram eu havia fugido de noite de casa – ela deu uma pequena pausa e continuou – e meus pais vieram me achar, meu pai brigava comigo e minha mãe me defendia, até que os dois discutiam e não viram o cervo que havia entrado em nossa frente e quando vi o carro bateu contra as árvores e eu me salvei, não sei como – as lágrimas caiam sem parar e o gatinho azul segurava suas lágrimas, mas acabou voando até a loira a abraçando e o rosado apenas a olhava escondendo o que estava sentido ao ouvir isso.

—   E por que não ficou lá Lucy? Por que saiu correndo para a floresta? – o rosado lhe perguntou, ela se assustou com a pergunta e se lembrará do por que começando a tremer.

—   Eu senti medo, senti alguém me perseguindo e logo comecei a correr pela floresta... – ela ia continuar até que seu tio voltou com um punhado de chaves em sua mão.

—   Parabéns Lucy, sua mãe lhe deu suas chaves que tinha – ela o olhou confusa.

—   Chaves? – seu tio sorriu.

—   Você é uma maga Lucy – seus olhos arregalaram e o rosado ao seu lado tinha um sorriso enorme em seu rosto.