Para Katniss escrita por Tatá Mellark


Capítulo 7
Capítulo 7 - Guerra de água e sabão.


Notas iniciais do capítulo

Amores meus S2
Eu estava MUITO ansiosa para ver as reações de vocês em relação a esse capítulo e como não consegui falar com a minha corretora (--'), resolvi eu mesma ler e reler atrás de erros e acabei não encontrando.
Caso vocês encontrem algum, me avisem POR FAVOR, eu sou um pouco distraída e posso ter deixado passar algum erro banal! kkkk, Boa leitura ^^



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Pov Peeta

Tenho que admitir, o castigo não tava sendo o que eu imaginei, até ontem eu mal tinha falado com a Katniss. Mas graças ao Brutus, um funcionário da cantina que nos fiscaliza, agora eu e a Katniss vamos ter de trabalhar juntos. Se bem que hoje já é sexta e é o último dia do castigo.

Ontem depois que deixei a Katniss ir correndo atrás da Clove, tive que limpar todas as mesas que faltavam, que eram muitas, e quando o Brutus veio me perguntar onde ela estava, inventei uma desculpa, o que não foi muito difícil, já que sou bom com as palavras, modesto a parte.

Mas a minha mentirinha me trouxe consequências. Tive de passar o pano molhado sozinho em todo o chão da cantina, o que me deixou acabado, mas mesmo assim voltei para casa com um sorriso no rosto por poder ter ajudado a Katniss.

Hoje quando cheguei ao colégio junto de Cato e Marvel, como de costume, pude ver Katniss, Clove e Foxface descendo do carro da Katniss. Depois de descerem, o olhar de Katniss encontrou o meu, foi um rápido momento e de longe, mas foi o suficiente para deixar a minha manhã mais bonita. Ela apenas disse um breve “oi” mudo e logo voltou sua atenção para suas amigas. Fiz o mesmo, voltei a conversar com os caras e eles sequer perceberam a breve ausência da minha atenção.

As aulas foram normais, só um pouco entediantes. Não sou daqueles tipos de alunos bagunceiros, como a maioria dos meus amigos, até que eu estudo e presto atenção nas aulas. Mas não sei o que estava acontecendo comigo hoje, eu estava sem paciência para as aulas chatas de história com o professor Snow, se eu não tivesse as minhas próprias técnicas de estudo, como gráficos, desenhos e tabelas, eu estaria perdido!

Eu passei a aula toda ansioso, com um pressentimento, com um frio na barriga. Não sei o que eu estava sentindo bem, só sei que tinha a impressão de que uma coisa muito boa iria acontecer hoje. E no fundo da minha mente eu desejava incontrolavelmente que essa coisa envolvesse certa garota marrenta e de vez em quando mal humorada, que tem lindos olhos cinza e lindos cabelos castanhos.

Após o fim da aula, como de costume, eu e os meus amigos que ainda estão no castigo fomos almoçar no restaurante dos meus pais. Onde meu pai sempre simpático preparava um almoço maravilhoso por conta da casa, o que fazia a minha mãe resmungar um pouco, coisas do tipo “todo esse desperdício” ou “não sei por que eles não pagam!”. O que só fazia meu pai e eu trocarmos uns olhares de cumplicidade e darmos algumas risadas.

Depois de almoçarmos todos corremos de volta para o colégio, pois já estávamos atrasados. As meninas entram na secretaria logo na frente do colégio. Marvel vai correndo em direção a escada para poder chegara biblioteca que ocupa todo o terceiro andar.

Cato e eu entramos pelo pátio e vamos em direção ao depósito onde eu iria colocar o uniforme da cantina e cato iria pegar as vassouras e pás para poder começar a limpar o ginásio. Mas quando já estávamos a caminho dos nossos castigos vejo Clove e Katniss saindo do banheiro feminino, Katniss vestindo um macacão da farda da cantina, com ele as suas lindas pernas ficavam de fora, o que eu não pude reparar ontem já que ela chegou atrasada e não trocou a farda do colégio.

Clove apenas olhou para Cato cm uma cara de desprezo que eu sinceramente não entendi, mas como o Cato vive implicando com ela, decido não perguntar a razão dessa vez, afinal, eu já estava mais que atrasado para o meu “terrível” castigo, já era mais de duas e meia e assim iria ter que ficar pelo menos até as cinco ou seis para terminar todo o trabalho de hoje. Despedi-me de Cato e me apressei para entrar logo na cozinha da cantina.

Hoje até parecia que o Brutus estava com raiva de mim e da Katniss, pois nos fez lavar com esfregões todo o chão do refeitório, depois nos fez limpar o fogão, geladeira e toda a cozinha e ainda varrê-la. Quando terminamos já passava das quatro e meia, decidimos parar para comer alguma coisa. Katniss passava a maior parte do tempo calada, como se estivesse me evitando, não entendo o porquê.

– O que a Clove tinha? – pergunto tentando puxar assunto enquanto termino de comer o salgado que comprei.

– Nada, ela só tomou um banho indesejado. – ela responde sem olhar nos meus olhos.

– Ah! Mas ela já está bem, não é? – me esforço para que a conversa não morra.

– Está sim. – ela diz tímida – Alias, obrigada mais uma vez por ontem Peeta.

Tenho que admitir que aquilo me surpreendeu. Katniss Everdeen dizendo obrigada mais de uma vez para mim na mesma semana. Parecia até que a enorme muralha que ela criou entre nós estava diminuindo. Talvez tudo ainda não estivesse perdido.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, Brutus grita nossos nomes de dentro da cozinha. Katniss e eu nos olhamos, ambos já esgotados de tanto trabalho, mas não tínhamos alternativa. Levantamos-nos e vamos até onde Brutus nos chamava.

Ao chegarmos lá, você não vai acreditar, ele nos repreendeu por já serem cinco e quinze e ainda termos que lavar toda a louça. Só o que se passava na minha cabeça era o que os outros funcionários da cantina ficavam fazendo enquanto nos morremos de trabalhar, mas me contive a perguntar. Ainda nos disse que teria que sair as cinco e meia e que todos os outros funcionários já haviam ido embora, ou seja, nos teríamos que lavar toda a louça e ainda ficarmos responsáveis por fechar a cantina e entregar as chaves para o vigia noturno do colégio quando saíssemos.

Katniss ainda tentou reclamar e eu tentei argumentar, mas era a palavra final, ele ainda fez graça dizendo que era “para fechar com chave de ouro”, isso me irritou bastante, mas como não queria pegar mais castigo, me controlei para não dar um belo murro nele.

Quando chegamos à frente da pia quase desmaiamos, havia três pilhas GIGANTESCAS de pratos, copos e talheres empilhados. Como havia duas pias e teríamos que trabalhar juntos, resolvemos que ela passaria a esponja com o detergente e eu passava água e empilhava do outro lado. Quando finalmente conseguimos nos organizar para começar a tortura já era cinco e meia, e Brutus veio alegremente se “despedir”.

Estávamos na metade da terceira pilha e não sei como ainda era seis e meia, até que fomos bem rápidos. Foi quando “sem querer” eu espirro um pouco de água bem na cara da Katniss.

– Nossa! Foi mal Katniss! – disse tentando me desculpar.

– Não, tudo bem, eu também sei brincar. – dizendo isso ela jogou um punhado de sabão que ela tinha na mão, sujando todo o meu braço.

– Ah! Vai ser assim?

– E se for? – Ela desse de bom humor, não sei como, era só isso o que eu precisava para começar uma guerra!

– Então É GUERRA! – gritei e comecei a jogar água da ducha nela.

Estávamos nos divertindo como nunca, eu estava todo sujo e molhado de sabão e ela também, riamos como loucos. Talvez tanto trabalho tenha nos deixado com uns parafusos soltos. Até que quando ela joga sabão em mim e acerta meu rosto, caindo um pouco no meu olho, essa era a minha chance!

– AI!!! – grito fazendo um drama, o que a faz parar de gargalhar e voltar sua atenção para mim, mas pude ver preocupação naqueles lindos olhos, mas não recuei. – Poxa Katniss! Isso já é golpe baixo! – isso fez com que ela se aproximasse. Um pequeno sorriso escapa dos meus lábios, mas acho que ela não percebeu.

– Se você não sabe brincar, não brinque! – Ela parecia com raiva e já se afastava de mim, talvez o meu planozinho não tenha dado certo.

Mas quando ela se afastava de mim, a menos de dois passos ela escorrega no chão coberto de água e sabão. No reflexo para não deixá-la cair estico o meu braço para segurá-la, mas acabo escorregando também e ambos caímos no chão, eu por cima dela. Ela começa a rir da situação, mas eu simplesmente me encontrava refém daquele sorriso, daquela boca, daqueles olhos... Eu a olhava como se a minha vida dependesse daquilo.

Logo ela parou de rir e olhou para mim ainda em cima dela, nossos corpos tão próximos. Nossos olhares se encontraram e ficamos ambos em silêncio por um bom tempo, só perdidos um nos olhos do outro. Foi quando tomei coragem e decidi banir a distância que separava nossas bocas. Aproximo-me devagar, com minha mão direita retiro uma mecha de cabelo solta e a coloco atrás da orelha dela, logo emendando em um carinho em sua bochecha, o que a faz fechar os olhos. É muito bom poder sentir sua pele na minha novamente, havia sentido tantas saudades.

Ela ainda estava de olhos fechados, fecho os meus também e colo nossos lábios, bem devagar para não quebrar a magia do momento. Sinto que ela ainda resiste a esse sentimento que tomou conta de nós, ela não moveu um músculo, mas pude perceber que está absorvendo cada detalhe do toque suave dos nossos lábios juntos.

Sem pressa vou juntando mais ainda nossos lábios, e o que antes era um mero toque, agora já ganha profundidade. Sinto os lábios dela retribuindo o beijo sob os meus lábios, e isso me incentiva a continuar. Beijo-a mais calorosamente, apertando minha mãe esquerda que estava na cintura dela, ela por sua vez entrelaça meus cabelos em seus dedos. Peço passagem com a língua, que ela logo cede, permitindo que eu explore cada canto de sua boca e ela faça o mesmo na minha, nossas línguas se encostam, no começo timidamente, mas logo o beijo ganha força. Aquele beijo tinha um gosto que nunca havia provado antes. Era doce e feroz ao mesmo tempo e posso dizer que era um beijo repleto de saudade.

Quando o ar se faz preciso, nos separamos, ela ainda de olhos fechados, eu encosto nossas testas e posso sentir a respiração ofegante dela e as rápidas batidas do seu coração, isso faz com que um sorriso surja em meus lábios.

– Katniss... – digo ainda extasiado.

– Peeta... – ela sussurra o meu nome, o que faz meu sorriso se alargar ainda mais, se isso é possível.

Mas do nada, ela arregala os olhos e me olha espantada.

– Peeta! – agora ela praticamente grita o meu nome, o que me deixa confuso. – Peeta! O que você ta fazendo? Sai de cima de mim! – ela diz como se não acreditasse que o que havia acontecido fosse real.

– Mas Katniss... Por que você está falando assim? – tento entender o que está acontecendo.

– Sai.De.Cima.De.Mim! – ela diz trincando os dentes e arregalando os olhos, o que mostra que ela está realmente com muita raiva.

Levanto-me de cima dela e ela se senta no chão, ofereço a mão para ajudar a levantar, mas ela ignora e fica de pé logo. Ela me olha como se eu fosse o pior criminoso do mundo e que tivesse acabado de cometer um assassinato.

– Eu vou embora- ela diz ainda me olhando daquele jeito estranho e antes que eu pudesse tentar conversar, ela si correndo pela porta da cozinha me deixando sozinho e ainda com uma pilhinha de louça suja para lavar e um chão para secar.

Mas não tem importância, eu estou nas nuvens, depois de tanto tempo eu havia me esquecido como era bom ter a boca da Katniss na minha. Em menos de vinte minutos já está tudo pronto e eu já estou voltando para casa com minha mochila nas costas assobiando uma canção qualquer.

Quando chego a minha casa, meu humor não podia está melhor, dou um beijo estalado na minha mãe e dou uma piscadela para meu pai, o que o faz rir. Subo e vou para o meu quarto, tomo um banho demorado e como não estava com fome, me jogo na minha espaçosa cama e fecho os olhos lembrando-me do beijo que dei em Katniss. Perco-me em meus pensamentos, já lembrando com saudades dele.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM, CRITIQUEM, ME DEEM A SUA OPINIÃO!!!
Um bom fim de ano a todos os que leem essa fanfic, adoro vocês.
Não sei se escreverei até depois do ano novo, mas ficarei de olho nos comentários. Se vocês gostarem desse capítulo, eu estava pensando em fazer-lo pelo ponto de vista da Katniss, com tudo o que ela sentiu e o que passou na cabeça dela com tudo isso!
Milhões de beijos, Tatá ;3