Once Upon A Prophecy escrita por Witch


Capítulo 5
Part I: We are all together in this


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam realmente gostando *-*



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Regina acordou e se levantou imediatamente. Estava com os olhos arregalados e respirava com dificuldade.

- Minha Rainha!

- Regina!

O médico, Victor, foi o primeiro a exclamar por ela. Ele se aproximou da cama e começou a fazer perguntas: se ela se lembrava de onde estavam, que ano, se estava sentindo alguma dor, se ela sabia o que tinha acontecido e dezenas de outros questionamentos, mas Regina estava confusa demais para responder.

Olhou ao redor e se sentiu perdida, ainda em choque. Claude, seu fiel Claude, estava fechando a porta, provavelmente tinha gritado para os soldados, que aguardavam foram da enfermaria, sobre o estado da Rainha. Maleficent, com um longo vestido vermelho escuro, sentava numa cadeira do outro lado da sala, o cetro seguro entre suas mãos, sua expressão estava aliviada e tinha um sorrisinho no rosto. Já em pé, ao lado da janela, estava Morgana com um longo vestido roxo escuro com detalhes dourados no busto e um cinto cor de ferrugem na cintura. Uma capa pesada e marrom estava jogada numa cadeira ao lado da cama.

- Minha Rainha? – indagou Victor.

Ela levantou uma mão.

- Estou bem, Victor. O que houve? – indagou voltando o olhar para o médico.

- Bem... – hesitou. – Eu não sei, Minha Rainha. O seu coração parou sozinho, se não fosse pelo aviso de Morgana, se Claude e Killian não estivessem correndo para o quarto da sua Majestade, então...

Regina respirou fundo.

- Deixe-nos. – pediu. O médico assentiu e se virou. – Victor. – Ele a olhou novamente. – Obrigada.

O médico sorriu e saiu da sala. Claude pediu licença e o seguiu. Só as três bruxas permaneceram na enfermaria.

- Foram os Destinos. – disse Maleficent quebrando o silêncio. Levantou-se e andou até Regina.

- Os Destinos tentaram me matar? – indagou com incredulidade olhando de Maleficent para Morgana.

A loira sentou-se na cama, o rosto sério. Morgana saiu de perto da janela e assim com Maleficent, se aproximou de Regina.

- Não sabemos o que se passa na mente dos Destinos. – começou Morgana. – Mas elas não queriam a sua morte, por isso me permitiram ver o que aconteceria. Os Destinos não tentam matar ninguém, elas sempre obtêm sucesso.

- Não me sinto mais tranquila com isso. – respondeu.

Maleficent e Morgana se entreolharam.

- O que você viu? – indagou Maleficent. – O que os destinos te mostraram?

Regina pensou e se lembrou do bebê de olhos verdes. Quase podia ouvir os risos.

- Uma criança. – respondeu. – Um bebê com olhos verdes. Eu não sei o que isso pode significar.

- Eu acho que você sabe. – disse Morgana sorrindo – Talvez, não agora, não totalmente, pelo menos, mas a Deusa sabe o que faz e os Destinos não são conhecidos por errar.

- Eu não diria isso. – disse Maleficent olhando para Morgana com ceticismo. – Os Destinos não são confiáveis. – voltou o olhar duro para Regina. – O Conselho deve cair e rápido. – declarou.

Morgana assentiu.

- O que houve? – indagou. – Até poucos dias, vocês estavam analisando a situação, não é? – indagou com deboche.

- O que houve? – indagou Maleficent se levantando – O que houve?! Não só eles nos condenam àquelas terras abandonadas pela dignidade, mas também nos tiram qualquer forma de suportar esses terríveis anos que se chamam vida.

- O que eles fizeram com seu unicórnio? – indagou Regina levantando uma sobrancelha.

Morgana abriu um sorrisinho e Maleficent fez uma careta.

- Nada ainda. Mas irão. Thomas, do mundo Três.  Se lembra dele? Loiro, bonito, rico, príncipe, um verdadeiro nojo se me perguntar. – as outras duas bruxas concordaram. – Enfim, ele pediu para o mundo Sete por unicórnios para as terras deles.

- Mas, não é possível. – respondeu Regina se agitando. – Os unicórnios são originários do mundo Cinco. É lá que eles têm crescido e se reproduzido há séculos. O Conselho não tem o direito de mexer no ecossistema dos nossos mundos.

- O conselho se achar superior à natureza. – interrompeu Morgana suspirando. – Eles acham que, ao contrário de nós, não precisam respeitar a ordem natural das coisas.

- E vocês sabem o porquê? – indagou Maleficent rindo. – Essa é a parte mais engraçada: Thomas quer os unicórnios no reino dele, por que ele deseja que seus herdeiros tenham unicórnios para brincar e não cavalos.

- Isso é um ultraje! – disse Morgana. Seus olhos verdes pareciam queimar.

- O Conselho não pode aceitar isso. – disse Regina olhando para as duas bruxas. – O mundo Cinco pode não ser tão pacifico quanto o mundo Três, mas é o mais seguro para os unicórnios.

- Mas é claro! E você acha que o Conselho liga para qualquer coisa sem ser fazer os regentes favoritos deles felizes?! – exclamou Maleficent. Seu rosto estava avermelhado e seus olhos, amarelos. – Meu povo está acostumado com os unicórnios. Eles são sagrados para todos nós. As mortes deles estão 100% ligadas às leis da natureza, nenhum humano, nenhum habitante do mundo Cinco, sequer se atreve a maltratar um unicórnio! Eles nos ajudam, algumas lavouras dependem totalmente deles. Os Sprouts os respeitam! Na verdade, eles são a única razão pela qual os Sprouts não tentam nos destruir como antes! E o que o maldito do conselho quer fazer?! Tirá-los de nós! Para quê? Para agir como atrações em circos para nobres?! Para serem maltratados e usados como diversão?! Eles não são objetos!

Regina aprendera anos atrás que uma forma eficaz de irritar Maleficent era ameaçar um unicórnio. A bruxa devia tudo aos animais bondosos e pacíficos, na verdade, todo mundo Cinco devia tudo aos unicórnios.

Maleficent, certa vez, quando estavam estudando leis e regras no mundo Sete, dissera para Regina e Morgana que achava que os unicórnios eram anjos, um conceito do mundo Sete que elas eram obrigadas a estudar.

“Seres puros e bondosos que são enviados ao mundo para ajudar as pessoas a passarem por momentos difíceis.” – dissera uma Mal mais nova com um grande sorriso – “ Então, são os unicórnios! A minha vila sempre ficava mais feliz quando a manada de unicórnios passava por lá. Todo mundo sorria e nós cantávamos. Se existem anjos, eles são os nossos unicórnios!”

Morgana nunca aceitou nenhum ensinamento religioso do mundo Sete. O mundo das águas era conhecido por suas culturas completamente diferentes entre si e entre os outros mundos.

 E Regina, bem, ela acreditava nos Destinos e só. Não havia como acreditar em algo maior e bom quando se vivia no mundo Seis, onde só existia miséria e morte, especialmente morte.

- Não há algo que possamos fazer agora. – disse Regina. Sentia-se fraca. Onde estava Acnologia?

- Eu sei, eu sei. – disse Maleficent andando pelo quarto – Mas, eu-! Ah! A injustiça de tudo isso é revoltante!

Morgana voltou até a janela e deixou seus olhos examinarem a paisagem escura do mundo Seis. As únicas luzes vinham das tochas acessas pelos soldados ao redor do Castelo, mas eram poucas. O acampamento dos soldados era do lado contrário a que Morgana olhava. A sua atual linha de visão dava para o resto da Floresta, depois a água negra e se ela se esforçasse bem, era possível ver, bem ao longe, a silhueta do Forte do Tritão.

Os castelos de todos os mundos eram construídos o mais perto possível das barreiras que separavam cada mundo do Mundo Zero e entre si. Para fazer a travessia do mundo Seis ao mundo Sete ou Um ou Cinco era necessário, antes, passar rapidamente pelo mundo Zero, eram poucos segundos e a maioria dos soldados sequer notava. Como consequência, era difícil invadir outro mundo, pois isso significava atacar diretamente o castelo, sem tempo de bolar estratégias, ciladas ou sequer alinhar o exército. Invadir outro mundo era infinitamente mais complicado do que parecia.

Morgana abriu um sorriso quando ouviu Maleficent continuar com a reclamação. Regina tentou disfarçar um bocejo – Uma rainha não faz tais coisas, diria a Rainha, mas o cansaço, às vezes, fala mais alto do que a etiqueta. A loira percebeu e a discussão começou. Era sempre assim, pensava a Sacerdotisa, Mal e Regina discutiam sempre que possível, Acnologia e Igneel não eram diferentes. Tocou a janela e suspirou.

- Eu tive visões. – comentou quase num sussurro.

Aquilo fez o truque e a discussão na sala cessou. Olhando pela janela, Morgana sentiu dois pares de olhos a queimando: um cinza, outro, castanho.

- Os Destinos falaram comigo. – virou-se para as outras duas bruxas e escorou-se na parede – Não da forma que falaram com você, Regina. Foi através de visões. Por semanas, eu tenho tido sonhos... Não é só eu, infelizmente. Vocês se lembram da Rae?

- Bonitinha, mas louca? – indagou Maleficent com um sorriso debochado.

- Visões trazem loucura. – explicou Morgana olhando, irritada, para Maleficent, que balançou os ombros. – Viviane confiava nas visões de Rae mais do que nas próprias e eu também.

Regina se mexeu desconfortavelmente na cama e pediu:

- Morgana, por favor, direto ao ponto sim?

A Sacerdotisa abriu um sorriso contente.

- Sempre objetiva, vejo. – comentou rindo com o olhar irritado da Rainha.

As visões, algo em sua mente insistia. Ela precisava contar sobre as coisas que vira, ela precisava alertar Regina e Mal sobre o que estaria por vir, ela precisava e essa obrigação foi a responsável por desmanchar o sorriso contente e substitui-lo por um olhar sério e confuso.

- As visões são sempre confusas e eu preciso de muito tempo meditando para dar algum sentido às imagens descontroladas. – suspirou – Por essa razão, eu só irei falar sobre elas uma vez e agora. Por favor, me escutem com cuidado.

Maleficent sentou-se na cadeira ao lado da cama e cruzou as pernas. Regina a olhou com seriedade e um pouco de medo.

- Os Destinos falaram. – anunciou Morgana com a voz carregada de tristeza. – a criança deve ser protegida e a maldição sugerida pelo governante do mundo Dois deve ser utilizada.

Regina e Mal exclamaram. Não era novidade a criança ser salva, mas aceitar a maldição negra?!

- Eu não sei exatamente sobre essa maldição. – comentou Mal pensativa. – Mas tenho certeza de que, vindo daquele ser, não pode ser nada bom.

Regina passou uma mão pelos seus cabelos longos e soltos. Ela, melhor do que Morgana e Maleficent, sabia bem do que se tratava a maldição negra. Rumpelstiltskin explicara detalhadamente sobre o feitiço, como lança-lo e suas consequências, portanto, concordava com Mal: Não era coisa boa.

Morgana suspirou e se aproximou das aliadas.

- A maldição negra irá parar o tempo por 28 anos. – continuou a Sacerdotisa olhando entre Mal e Regina todo o tempo – Mais do que isso, a maldição irá nos levar a um lugar sem mágica, assim os magos do mundo Sete não irão perceber o tempo parado. Tudo acontecerá normalmente, os dias passarão, mas o tempo não será contado. Estaremos congelados, esperando pela quebra da maldição.

- Mas ainda não faz sentido. – interrompeu Mal com as sobrancelhas franzidas. – Se formos transportadas para outra terra e a maldição for quebrada, quem garante que o mundo Sete não saberá que fomos nós? Quando voltarmos uma guerra vai eclodir, com certeza, então por que não poupamos tempo e fazemos isso agora?

Regina não pôde evitar se não assentir. Mas, Morgana negou.

- O Destino diz que devemos esperar, que só a criança destruirá o conselho, se declararmos guerra agora-!

- Todos morreremos, dearies.

Morgana não pareceu surpresa com a presença de Rumpelstiltskin, mas Maleficent deu um pulo na cadeira.

- Mas que merda! – praguejou

Regina só soltou uma exclamação, mas não se levantou da cama. Seus olhos castanhos estavam fixos na figura de Rumpelstiltskin que andava quase dançando na velha enfermaria. Morgana não se virou para cumprimenta-lo e Mal praguejou mais algumas vezes.

- O que está fazendo aqui? – indagou Regina. – É a segunda vez que você aparece sem ser convidado.

Mas o governante do mundo Um só sorriu.

- Ora! Eu estava preocupado com a Rainha do mundo Seis. Pode imaginar como o mundo entraria em colapso com a sua morte?! – ele abriu um sorriso com seus dentes de ouro – Não, não, isso não podia acontecer. Mas, felizmente, os Destinos estão do nosso lado.

Ele se aproximou da cama com passos lentos. Morgana não se mexeu nem pareceu se sentir intimidada, mas Mal se levantou e apertou o cetro. Regina puxou as cobertas e colocou os pés no chão, porém não se levantou.

- Explique a maldição. – ordenou Morgana. – Eu sei que Regina já sabe a maior parte, mas não tudo. Ouviremos seu plano e eu direi sobre minhas visões. O Destino falou.

- Pois bem, bruxas. – disse rindo. Regina sentiu um arrepio. – O meu plano é simples, mas eficaz: eles não podem suspeitar que um de nós fez a maldição se todos estivermos juntos no mundo Sete.

- O que está sugerindo? – indagou Maleficent – Como faremos a maldição se estivermos todos junto ao Conselho? Mágica é proibida lá. Mesmo se fizermos escondido, eles saberiam quem foi.

- Exatamente. – continuou Rumpel com um sorriso superior.

- Então, aonde quer chegar? – continuou Mal desconfiada – Você sugere irmos ao mundo Sete quando a maldição for lançada, mas não podemos usar magia no mundo Sete, então como, por Muah, faremos a maldição?

Rumpel respirou fundo, paciente.

- Nós não lançaremos a maldição e estaremos no mundo Sete quando acontecer, assim quando a maldição for quebrada, não seremos os primeiros suspeitos... Teremos tempo para conquistar a Salvadora para o nosso lado, o que será fácil com o auxilio de Snow e Charming.

As duas bruxas se entreolharam. Morgana suspirou.

- O que eu quero dizer, crianças, é que a pessoa que irá lançar a maldição será Snow White e não nós. – levantou uma mão pedindo silêncio quando Regina se levantou pronta para discutir e Mal abriu a boca, com certeza, cheia de insultos. – Iremos preparar tudo e ela só lançará a maldição.

- Por que ela faria isso?! – indagou Regina indignada.

- Por que o amor de uma mãe por seus filhos é muito mais forte do que o medo ou lealdade. Por que quando o sacerdote do Conselho declarar que a criança destruirá tudo pelo que o mundo Sete lutou, eles não pensarão duas vezes em executá-la e pais desesperados tomam medidas desesperadas.

- Se Snow White – comentou Mal com os olhos arregalados e um sorriso quase louco – lançar o feitiço, quando ele for quebrado, o Conselho irá atrás dela primeiro!

- Mas se dermos algum tipo de abrigo para ela, se fingirmos estar do lado de Snow. – continuou Morgana.

- Assim a Salvadora estará do nosso lado. – finalizou Regina com o rosto sério, contemplando as possibilidades – Eu não gosto de ter que trabalhar com Snow White. – declarou.

- Oh, dearie, será uma guerra! – exclamou Rumpelstiltskin rindo– Perdas acontecem, se me entende. – piscou.

Regina gargalhou.

- Teremos a Salvadora, destruiremos o Conselho e o mundo Sete, além das “perdas” infelizes. – comentou Mal. – Gosto do plano.

- Então, deixe-me explicar sobre a maldição e sobre como ela será quebrada.


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Notas finais do capítulo

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