Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, muito obrigada pelos comentários! Irei responder todos eles...
Mesmo aquelas pessoas que não comentam, fico muito feliz em ver que essa e outras fics que escrevi há tanto tempo tem muitíssimas visitas diárias :) :)

Agora, seguem algumas notas do capítulo:
— no livro não diz o nome desse Strigoi que Rose torturou, mas como eu já tinha inventado um nome para ele lá no primeiro capítulo dessa fic, então mantive aqui para não sair da lógica da história.

— no livro a Galina conversa com o Dimitri em russo e Rose não entende nada (e como o livro é narrado por ela, a gente tb fica sem saber), então as palavras desse diálogo da Galina com o Dimitri foram inventadas por mim, ok? Não tem no livro! rs




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Passamos por um lance de escadas, durante todo percurso eu tive que segurar Rose. Ela não conseguia dar cinco passos sem que cambaleasse. Normalmente eu me irritaria com isso, mas como tudo era parte dos meus planos, simplesmente a ergui nos meus braços e desci as escadas com ela no meu colo. Eu havia bebido muito sangue de Rose e juntando com as endorfinas das mordidas, era de se estranhar que ela ainda não tivesse cedido a mim.

Rose observou toda ostentação daquela parte da casa, seus olhos buscando cada canto. Ao mesmo tempo que ela parecia atenta, também estava deslumbrada. Logo encontramos Charles - um dos Strigois que Rose havia torturado, o mesmo que eu havia usado para encontra-la. Ele vigiava os cômodos da propriedade de Galina por meio de câmeras de segurança. Quando passamos por ele, sua postura enrijeceu.

“Rose Hathaway,” ele disse, com tom ameaçador. “Eu lembrei do seu nome – como você mandou.”

Senti Rose apertar minha mão. Ela realmente estava enfraquecida. Nunca havia visto Rose com medo de um Strigoi.

“Ele que me matar,” Rose disse, assim que a porta se fechou atrás de nós.

“Todos os Strigois querem matar você.” Falei secamente. Rose havia feito muitos inimigos. Eu conhecia vários que não hesitariam em acabar com ela. Um Strigoi era movido a vaidade. Qualquer um que consiga esse feito, terá muito do que se vangloriar.

“Ele realmente quer... eu torturei ele,” ela completou, como se lembrasse do que tinha feito a Charles. Eu não me importava com o que Rose havia feito ou com o perigo que ela corria. Em breve ela seria uma de nós e, certamente, se tornaria um Strigoi forte e invencível. Nenhum dos que eu conhecia poderia derrotá-la.

Saímos da casa, pelo lado do jardim. A entrada possuía um enorme labirinto de plantas, que servia tanto para embelezar quanto para dificultar a fuga de qualquer prisioneiro que estivesse ali. Já era tarde da noite e o cheiro das flores de Galina incensavam todo o lugar. Ela realmente tinha se esforçado para construir um jardim que florescesse à noite. Andamos por um momento por entre as plantas. Rose parecia admirar tudo aquilo. Por um momento me perguntei porque as mulheres gostam tanto de flores, algo tão frágil e passageiro.

“Estou cansada,” Rose falou subitamente parando e suspirando. Eu a coloquei sentada, mas logo, ela se deitou na grama. Logo, eu também deitei. Honestamente, aquele jogo não representava nada para mim. Eu apenas tinha levado Rose para tomar um ar e tentar convencê-la de que o que eu queria era o melhor caminho para nós. Era só uma mudança de estratégia. Em cada momento, eu só conseguia pensar em me apossar de todo aquele império construído por Galina. Se por um lado eu queria o poder, por outro, meu prazo estava acabando. Eu não ia conseguir manter Rose como minha prisioneira por muito tempo.

“Isso é incrível,” ela disse, me tirando dos meus pensamentos. “Como é para você?”

“Hmm,” eu levei um bom momento para entender sobre o que Rose estava falando. Seus olhos olhavam para o céu estrelado.

“Tem luz o bastante para mim conseguir ver claramente, mas ainda está escuro comparado ao dia. Seus olhos são melhores que os meus. O que você vê?”

“Para mim, tudo é tão claro quanto o dia.” Respondi, tentando mostrar o quão boa era minha condição de Strigoi. Ela simplesmente não disse nada, então eu acrescentei: “Poderia ser assim para você também.”

“Eu não sei. Eu meio que gosto da escuridão,” ela parecia pensativa.

“Isso é porque você não conhece algo melhor.”

“E o que você me diz?”

Eu me voltei para ela e admirei seu rosto bonito. Tirei uma mecha do seu cabelo que caía sobre a testa. Rapidamente, as memórias daquela noite da cabana me passaram. Eram lembranças que eu não conseguia mais sentir nessa vida. Mas eu tinha certeza de que com Rose despertada aquelas lembranças se tornariam realidade novamente.

“Rose, isso está me deixando louco. Estou cansado de esperar. Eu quero que fiquemos juntos. Você não gosta disso? O que temos? Poderia ser ainda melhor.”

“Porquê? ”

“Por que o quê?” Perguntei sem entender o que ela queria saber.

“Porque você me quer?”

“E porque eu não iria querer você?” Era a resposta mais óbvia que eu poderia dar.

Antes que aquela conversa pudesse progredir, pude ouvir o movimento das folhagens. Alguém pisava levemente na grama. Um outro Strigoi estava se aproximando mansamente de nós. Logo, senti o cheiro conhecido. Era Galina. Imediatamente, sentei em alerta. Rose também se sentou quase ao mesmo tempo que eu, o que me fez lembrar que ela ainda era uma shadow-kissed.

Não demorou muito, Galina surgiu na nossa frente. Rapidamente, eu fiquei em pé e a encarei.

“Dimitri, você conhece minhas regras,” Galina me falou em russo, ignorando deliberadamente a presença de Rose. “Nathan me contou que você resolveu levar minha prisioneira para fora.”

Ouvir Galina mencionar “minha prisioneira” me deixou irritado. Rose não pertencia a ela. Mas eu não iria colocar tudo a perder, não depois de todo tempo que havia dedicado a isso, e fiquei imparcial e educado. “Ela estava muito tempo trancada naquele quarto. Mesmo assim, não oferece perigo. Nathan exagerou no cuidado.”

“Nathan está apenas cumprindo minhas ordens. E muito bem, não tenho do que reclamar dele. Espero não ter o que reclamar de você.”

“Eu prometo que você não irá se decepcionar comigo,” respondi, ainda em russo.

“Assim, espero. O tempo que lhe dei está terminando. Se você não cuidar dela, cuido eu.”

“Não será necessário, Galina. Eu vou cuidar disso para você. Você não vai se arrepender de tê-la em seu grupo. Ela é uma brava guerreira.”

Antes que Galina pudesse dizer mais alguma coisa, virei para Rose, estendendo a mão e colocando-a em pé.

“Rose, essa é Galina. Foi ela quem foi gentil o bastante para deixar você ficar.”

“Spasibo” Rose tentou agradecer em Russo. Galina a olhou com sua expressão fria habitual e não disse nada para ela, antes virou-se para mim, novamente como se Rose não existisse.

“Termine com isso,” Galina disse duramente em russo e saiu rapidamente. Eu entendi perfeitamente o aviso. Ela não estava somente se referindo aquele passeio meu com Rose. Ela se referia também àquela situação. Eu tinha certeza que a qualquer momento a própria Galina iria interferir nos meus planos, Strigois não eram confiáveis e não tinham palavra. Eu fiquei por um tempo parado, organizando os meus pensamentos, em como eu deveria agir, não me mexi até ter certeza que Galina estava distante de nós.

“Anda,” falei para Rose. “Devemos ir.”

“O que ela disse?” Rose perguntou, enquanto passávamos pelo labirinto de arbustos.

“Ela não gosta que você ainda esteja aqui. Ela quer que eu acorde ou mate você,” resumi o que eu vinha ouvido de Galina durante todo esse tempo em que Rose estava conosco.

“Oh. Humm, o que você vai fazer?”

“Vou esperar mais um pouco e então... vou fazer a escolha por você.”

“Quanto tempo?”

“Não muito, Roza. Você precisa escolher. E fazer a escolha certa.”

“E qual é?”

Eu ergui minhas mãos. “Tudo isso. Uma vida juntos.” Eu realmente me sentia impaciente com aquela situação que não se resolvia e também com a pressão e controle de Galina. Ao mesmo tempo, eu queria muito, muito Rose. Nós saímos do labirinto e ela observou por alguns momentos a casa e os arredores.

“E então o que? Então vou trabalhar para Galina também?”

“Por um tempo.”

“Por quanto tempo?”

Eu parei diante dela e a olhei nos olhos. Todo aquele desejo que eu tinha por ela e a ambição pelo poder começou a crescer dentro de mim. Eu era mais forte do que todos eles, e junto de Rose me tornaria invencível. Rose se afastou um pouco de mim, parecendo assustada.

“Até matarmos ela, Rose. Até matarmos ela e pegarmos tudo isso para nós mesmos.”


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