Um Conto De Fadas Em Nova Iorque escrita por NiallDoughnut


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora e me desculpem também se esse capítulo ficou uma merda. Eu terminei de escrever ela na minha 'noite de insônia' hahahaha



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Acordei em um lugar totalmente branco, que parecia um... hospital. Respirei fundo e inclinei minha cabeça para trás, porque com certeza, por parte do médico e da Márcia, iria vir por ai uma bronca e tanto. Me sentei na cama e logo avistei, nada mais nada menos que, Nicholas.

- O que você está fazendo aqui? Cadê a Márcia? - Falei assustada.

- Você liga para mim, pedindo a minha ajuda e ainda vem perguntar pela Márcia? Que legal.

- Cadê a Márcia? - Falei o ignorando por completo.

- Sei lá de Márcia. Eu ouvi seu recado e mandei apenas uma mensagem pra ela perguntando onde vocês morava porque eu queria te levar comida. Não disse a ela que você estava desmaiada, no sofá da casa de vocês e com febre, que atingiu os 40º.

- Hm, ok. - Falei olhando em volta. - E quando eu vou poder sair daqui?

- O médico disse que você ficaria até amanhã de manhã aqui, de repouso. Mas antes que você comece a reclamar, pode deixar que eu já dei a volta nele e disse que se for preciso você toma soro em casa. - Ele disse se sentando na cama.

- Ah, você falou isso? Interessante... e como vai a sua amiga? Espera, qual é o nome dela mesmo? Ah, lembrei. É Amanda, não é? Cadê ela?

- Ataque de ciúmes? Para quem ontem se definiu como uma garota que não é interesseira e que mal me conhece.

- Pode parar por ai. Primeiro, isso não é um ataque de ciúmes meu querido. Segundo, em nenhuma das hipóteses, eu disse que eu mal conhecia você. - Falei dando enfâse na palavra, você. - E terceiro e último, quer saber... que se foda, eu não quero saber onde está a sua amiga e nem o que ela faz com você. Agora, será que eu posso ir para casa? - Falei olhando para o doutor que apareceu na porta.

- Eu estive falando com o seu namorado...

- Ele não é meu namorado, ele é apenas meu ídolo. - Falei o interrompendo.

- Então, voltando ao assunto. Você sairá hoje, agora mesmo se você quiser e estiver se sentindo bem. O seu ídolo irá cuidar de você, juntamente com as instruções que eu lhe dei. - O doutor olhou para Nicholas e piscou.

Olhei para o doutor com um olhar de "então, já posso pegar o rumo de casa?" e ele apenas saiu, voltando alguns minutos depois com o meu papel dizendo que eu tinha alta. Ele me tirou a agulha do soro e eu me levantei, graças a Deus. Fui até ao banheiro, onde me troquei e prendi o cabelo. Sai de dentro do banheiro com a mala já fechada e o celular na mão.

- Toma, coloca isso! - Nicholas falou, me dando uma touca.

- Uma touca? É isso mesmo? - Falei rindo da cara dele.

- E mais isso. - Ele falou me dando um óculos de sol. - Ah, e veste esse moletom aqui. Aproveita e coloca também o capuz na cabeça.

- Ok, se você diz para eu fazer.

Soltei o cabelo de maneira a que a touca ficasse bem e coloquei o moletom, colocando o capuz e logo depois o óculos de sol. Saí do quarto e as pessoas pareciam perplexas com o meu modo de estar vestida. Provavelmente me acharam, doida. Nicholas colocou uma mão no meu ombro e a outra na minha cintura, me envolvendo em seus braços para nós passarmos no meio dos paparazzis. Ouvi fãs gritarem pelo nome dele, mas ele nem sequer parou. Entrámos na van, que logo deu partida. O caminho para casa esteve um silêncio de matar qualquer um. A única coisa que dava para ouvir era a rádio, que estava ligada. Finalmente chegámos ao nosso destino. Nicholas saiu primeiro, enquanto eu colocava os meus adereços, para sair da van. Não tinha nenhum paparazzi por ali, mas todo o cuidado era pouco. Não seria legal envolver a minha vida e a da Márcia nessas coisas de mídia. Subimos até ao meu andar, onde eu comecei a tirar as coisas do Nicholas do meu corpo.

- Ei, ei, ei.. pará! Fica com elas, você ainda está meio que, passando mal, vamos dizer assim.

- Mas isso é seu e você vai embora amanhã. Isso não me pertence, então eu não posso ficar.

- Pará, Mirella. Fica! Depois você manda para a Domi e ela me entrega ou manda um dos meninos me entregar. Relaxa, pode ir com as minhas coisas para casa.

- Ok. Então, muito obrigada e boa noite, Sr. Hunt. - Falei e entrei em casa.

Fui caminhando até ao quarto da Márcia, mas ela não estava. O relógio já marcava 3AM e nada dela. Fui para o meu quarto e me deitei na minha cama, do jeito que eu estava, onde acabei adormecendo. Acordei com o meu celular tocando com uma mensagem de Nicholas.

"Provavelmente você irá me matar, mas pedi ao seu porteiro para entregar uma coisa que eu deixei para você ai. Nesse exato momento ele deve estar indo tocar sua campainha. Desculpe o transtorno e até algum dia desses. xX"

Sai correndo pela casa e quando eu estava chegando na porta a campainha tocou. Abri e vi o meu porteiro segurando uma caixa grande. Não era apenas 'uma caixa', como é óbvio. Peguei ela e fechei a porta, indo em direção ao meu quarto. Abri as cortinas e me sentei na cama, onde estava a caixa. Havia um bilhete onde dizia: "Nos conhecemos há 3 dias e já brigámos, engraçado. Espero que goste disto, marrentinha.". Para ser sincera, um sorriso surgiu no meu rosto assim que eu li aquele bilhete, mas logo desapareceu quando eu abri a caixa. Não dava para acreditar que ele tinha feito aquilo. Pisquei o olho umas 5 vezes, porque eu deveria estar sonhando. Ele tinha comprado uma câmera profissional mais avançada que a minha. Olhei para a câmera, era uma Canon EOS 1Ds Mark II, uma das minhas câmeras de sonho e uma das mais caras do mundo. Comecei a pular na cama, como se fosse uma criança de 5 anos que tinha acabado de ganhar seu chocolate preferido. Saí a procura do meu iPhone e assim que o achei tentei ligar para ele, mas parecia estar ocupado. Resolvi mandar uma mensagem de texto, então.

"Obrigada pela câmera, teimoso. Espero que você tenha uma ótima viagem. Beijos e até um dia desses. xX"

Disquei o número da Márcia, que atendeu o telefone nos primeiros toques.

- Onde você está?! - Falei preocupada.

- Entrando em casa, espera ai que eu já vou ao seu quarto. - Ela falou sussurrando.

- Ok, beijos! - E desliguei.
Peguei a caixa e a câmera, me dirigindo até a minha mesinha do computador e colocando-a lá. Me dirigi até a cozinha e peguei a receita, lembrando que tinha que comprar os malditos remédios. Peguei um copo de água e fui caminhando para o meu quarto. Abri a porta e dei de cara com a Márcia segurando a câmera que Nicholas me deu.

- Mas que porra é essa que está acontecendo aqui? Quem deixou você invadir meu quarto e pegar minha câmera? - Falei pousando o copo e indo para cima dela.

- Nick te deu uma câmera nova, é isso mesmo? Hahaha, eu não acredito. - Ela falou tirando fotos minhas.

- Márcia, devolve. Isso não deveria estar na sua mão.

- Não? Porque? Vem cá, vamos guardar recordações para quando o Nicholas chegar ver.

Me levantei e peguei meu copo de água, bebendo um gole e sentando na cadeira da minha secretária, ligando o computador.

- Já vai desistir? - Ela falou se levantando.

Não respondi.

- Não sei porque você ficou tão irritada assim, nem fiz nada com você.

Continuei olhando para a tela do computador, até que apareceu minha área de trabalho. Entrei na internet e fui até ao Twitter.

- Dá para falar comigo? - Ela falou colocando a câmera na mesinha.

Entrei na minha página do Twitter e enviei um tweet.

"Boooooom dia :) estou passando mal, mas estou muito feliz!!! sou abençoada por ter certas pessoas perto de mim. #MuchLove ♥"

Virei a cadeira para Márcia e respirei fundo.

- Diz.

- Queria tanto te contar como foi o meu dia com o Henry.

- Não disse que você não podia contar. Fique a vontade. Irei te ouvir com muito prazer.

- O que está acontecendo Mirella? Diz.

- O que está acontecendo? Então, já que você está amiguinha do Henry, porque você não pede ele para perguntar ao Nicholas? Estava tão divertido lá com ele que você esqueceu de mim por aqui não é? - Falei tentando não dizer nada que a atingisse muito. - Eu passei mal, desmaiei. Fiquei no hospital até não sei que horas. Cheguei em casa com a ajuda do Nicholas, porque aliás, se não fosse por ele eu poderia estar morta agora.

- Não exagera!

- Não exagera o que? Eu estou dizendo a verdade. Quer ver se é verdade? Espera aí, então. - Disquei o número de Nicholas e começou a chamar. Ele atendeu.

- Oi? Está tudo bem? Você piorou? Eu ainda estou aqui no aeroporto, quer que eu vá aí te ajudar em algo? - Ele parecia preocupado. Olhei para Márcia com um olhar de "entendeu o porque do meu 'exagero'?" - Mirella, você está bem?

- Não, estou bem. Era só para mais uma vez te agradecer pela câmera. Olha tenho que desligar agora, assim que der eu ligo. - Falei e desliguei.

Márcia estava com uma cara de preocupada, com uma mistura de decepção. Ela estava com uma cara que mal estava dando para eu decifrar.

- Desculpa se alguma das minhas palavras te feriu, mas você só sabia pensar em 'Henry, Henry e Henry'. Eu canso, as pessoas cansa.

- Desculpa por não ter ligado. - Ela falou e saiu do meu quarto.

Legal, Mirella. Você é tão imbecil que você perdeu a única pessoa que te aturou todos esses anos. Animal você, hein. - Ouvi minha subconsciência querendo me matar.

Me deitei na cama e mandei uma mensagem para minha mãe. Ela era a única que eu queria por perto agora, mesmo nunca a querendo por perto durante os outros anos da minha vida. Olhei para o teto, onde tinha uma frase que eu amo.

"O primeiro passo para conseguirmos o que queremos na vida é decidirmos o que queremos."

Me levantei e troquei de roupa o mais rápido possível. Peguei minha bolsa e sai de casa. Fui caminhando sem destino, até que parei em uma loja de Pet Shop. Fiquei olhando para um cachorro fofinho, que lá estava. Entrei e perguntei o nome da raça do cão, a vendedora não soube me explicar, mas disse que ele era famoso por ser o cachorro mais fofo do mundo. Meus olhos brilharam depois que ela disse "cachorro mais fofo do mundo". Nunca fui apaixonada por cães e também sou meio alérgica a maioria deles, mas eu não resisti com aquele e tive que comprar. Comprei o cão completo também, fui para casa cheia de sacolas. Abri a porta e coloquei o novo cachorrinho no chão. Márcia estava sentada no sofá vendo TV mas parou assim que viu o cachorrinho correndo pela casa.

- Mika, como assim?! Você é alérgica. - Ela começou a rir.

- Ah, pará vai. Ele é muito fofo, não resisti. - Falei dando um abraço nela. Não iria conseguir ficar sem ela nunca na minha vida.

- Quero ver quando você se fartar, para quem você vai dar.

- Estraga prazer. - Falei fazendo bico. - Vem cá, vamos tirar uma foto.

Fiquei uns 5 minutos correndo atrás do cachorrinho, enquanto a Márcia ria de mim. Peguei ele no colo e fui até a Márcia. Olhei para ela com uma cara de 'Vixe, esqueci".

- Qual vai ser o nome dele? Porque a moça da loja disse que ele é macho.

- Poderiámos colocar Hatch. O que você acha? Bem que ele tem cara de Hatch mesmo. - Ela sorriu.

- Ok, iremos batizar-lo de Hatch. Agora vamos tirar uma foto e por no Twitter.

Peguei meu celular e o redirecionei para nós. Sorrimos e eu tirei a foto.

- Vou postar no Twitter. O mundo precisa saber que eu tenho um cachorrinho lindo e fofo.

Entrei no Instagram e postei a foto com a legenda "yaaay, temos um novo bebê em casa! #superexcited Bem vindo Hatch, te amamos." e logo depois já tinha vários comentários. Ri daquela situação. Arrumei as coisas de Hatch na sala e voltei para o meu quarto, ainda estava me sentindo um pouco mal.

4 meses depois

Quatro meses se passaram, assim como o meu aniversário, que não teve nada de especial. Bem, o que aconteceu durante esses quatro meses? Pois é, muita coisa. Eu estou namorando com John, um garoto que eu conheci na faculdade. Ele é a pessoa mais doce do mundo, sem contar que ele faz tudo para me ver feliz. Márcia está namorando. Adivinhem com quem? Sim, Henry Simpson. O mundo dá voltas, pessoal. A alguns anos/meses atrás ela estava correndo atrás dele que nem uma louca e em 3 dias a vida dela muda e depois em quatro meses ela já está namorando com o ídolo. Pelo menos ela teve sorte, não é? Nicholas também está namorando, com a Amanda. Eu já sabia à séculos, mas não podia sair tuitando por aí né. Ele disse em uma entrevista que está com ela à mais de seis meses. LIAR. Acho que eu já consegui atualizar um pouco das nossas vidas não é? Ah, eu parei de fazer a faculdade por problemas de família. Minhas cadeiras estão trancadas até eu resolver voltar a fazer-las. Já viajei para o Brasil sete vezes, nesses quatro meses. Agora as coisas já melhoraram um pouco, mas antes as coisas estavam pior. Voltando a Nova Iorque, estamos em Dezembro. Mês de Natal, neve, festas e fim de mais um ano de realizações. Depois de viajar sete vezes ao Brasil durante quatro meses, tirarei férias do meu país.

9:00 AM

- Acoooooooooorda! - Ouvi duas pessoas gritando e se jogando na minha cama.

- Mas que porra é ess... O que vocês estão fazendo aqui? - Falei dando um pulo da cama.

- Qual é? Viemos passar o natal e ano novo com vocês, sua mãe não te disse?

- Não! Quem deixou vocês entrarem, hein dona Victoria e Gabriella? - Falei olhando para as minhas primas.

- Márcia. Olha a família toda está em Nova Iorque. Seus pais, seu irmão, vovó, meus pais, os pais da Gabi, a maioria dos primos, nós e a Barbie.

- Quem é Barbie? - Falei gargalhando.

- É a cachorrinha da vovó. - Gabi disse sorrindo.

- O que vocês vieram fazer aqui? Esse pessoal todo? - Falei de boquiaberta.

- Já disse, viemos passar o natal e ano novo com você e a Márcia. E queremos que você nos apresente aquela sua banda favorita que também é a nossa banda favorita. Soubemos que eles estarão na cidade para um festival e sabemos também que você e a Márcia irão. - Elas falaram sérias.

- Nem pensar. Vocês duas não vão conhecer eles, nem aqui e nem na China. Tirem o cavalinho da chuva.

- Mirella, você sabia que você ficou aparecendo na TV durante 1 semana por ter conhecido eles?

- Eu não me importo, mas vocês não vão e ponto final.

- Ok, você que sabe. Estou indo para o hotel! Tchau.

- Espera ai. - Falei levantando da cama e correndo até elas. - Vocês estão me ameaçando, é isso mesmo? Não acredito. Me passem o nome do hotel onde vocês estão que eu vos levo comigo, esta bem assim? Olha que troca legal a prima de vocês está fazendo. - Falei sorrindo forçadamente.

- Ok. Estamos no The Plaza Hotel.

- O que?! - Acho que gritei tão alto que acordei até os vizinhos. - Me esperem, eu vou até lá com vocês.

Sai correndo pelo meu quarto, pegando uma roupa 'legal' o suficiente para me encontrar com eles. Peguei meu iPhone, minha bolsa e Hatch. Eu estava tão apegada a ele que qualquer coisa que ele sentisse eu já estava correndo com ele para o veterinário. Peguei um táxi e rapidamente chegamos no The Plaza Hotel. Entramos e eu me lembrei, que aquele foi o hotel onde os meninos ficaram. Sorri ao lembrar do mesmo. Subi para o andar onde minha família estava. Minha mãe estava na porta, com certeza porque esqueceu algo dentro do quarto.

- Mãe? - Falei olhando-a estranhamente.

- Minha filha! - Ela veio ao meu encontro. - Está tudo bem?

- Não. Precisamos conversar. - Falei puxando ela para o elevador e indo até ao Oak Bar. Nos sentamos e eu comecei a 'tagarelar'.

- Porque vocês estão no The Plaza? E toda aquela conversa de que "ai estamos sem dinheiro, você tem que vir para o Brasil de novo porque não esta fácil pagar sua faculdade aí e blah blah blah", pelo jeito eu não preciso voltar, não é?

- Mirella, seu padrasto conseguiu recuperar o nosso dinheiro e ainda entrou em sociedade com uma empresa, na qual eu não me lembro do nome. Mas agora está tudo controlado. - Ela falou tirando um cigarro da mala.

- Você está brincando, não é? Muito bom ninguém me avisar. Agora acho que vocês já podem pagar a minha faculdade para eu destrancar as cadeiras, o que você acha? - Falei sorrindo sinicamente. Não dava para ter uma conversa dessas com a minha mãe, era tudo muito natural para ela.

Meu telefone tocou, era Nicholas. Atendi, na hora.

- Diz! - Falei impaciente.

- Oi, bom dia para você também.

- Nicholas eu não estou com paciência para brincadeirinhas, fala logo o que você quer? - Falei sendo rude.

- Porque você anda tão estupida esses meses? Nossa, que grossa. Era para avisar que nós chegamos ai a amanhã, mas pelo jeito você já não deve ser a fã que era antes, não é?

- Por favor, eu não estou com tempo para discutir. Legal vocês virem semana que vem. Quando chegar em casa eu converso com você pelo skype, está bem? É que eu estou resolvendo um problema de família e minha cabeça está quente. - Falei tentando me desculpar.

- Tudo bem. Vai lá, beijos. - Ele falou. Parecia decepcionado.

- Namorado? - Minha mãe perguntou, curiosa ela.

- Não, amigo. Meu namorado está na faculdade. Ao contrário de mim, que estou aqui gastando tempo com você, mãe. - Falei me levantando. - Estou meio chateada com essa história e para não me aborrecer mais, eu vou para casa. Depois passo aqui está bem? - Dei um beijo em sua testa e sai de lá.

Passei com Hatch pelo Central Park e depois fui para casa. Márcia estava cozinhando algo muito bom, que estava dando para sentir o cheiro do outro lado da porta. Coloquei Hatch na cama dele e fui para cozinha. Ela estava feliz e eu sabia o porque. Os pais dela já tinham ido embora. Foram bem antes do previsto, também. Fiquei no Twitter tweetando coisas sem anexo. Então tive uma idéia não genial de enviar um tweet para os meninos.

"@NicholasOfficial, @Leo_Palmer, @Henry_Simpson, @JackMatthews, @Logan_Tomson is coming to town!!!!! yaaay!"

E passado 5 minutos todos me responderam de volta. Uau, foram rápidos.

"@Logan_Tomson porque o username do Nick está primeiro que o de qualquer um de nós? E sim, estaremos em NY amanhã, yaaay"

"@Leo_Palmer até que fim vamos voltar a nos ver!!!! se vocês não vem até nós, nós vamos até vocês"

"@JackMatthews yaaaayyyyy, saudades Mika, fofa!"

"@NicholasOfficial essa é nossa real fã! hahahaha DM"

Senti um arrepio percorrer o meu corpo.

"@Henry_Simpson eba eba eba, nos veremos em breve. beijos guapa"

Cai na gargalhada com o "guapa" do Henry. Tweetei para eles de volta e fui até minhas DM's.

"Precisamos conversar, você sabe disso! E também sabe que eu apenas disse que estava namorando a Amanda, naquela entrevista para deixarem você em paz!"

Vai começar a discussão do "não casal do ano".

"Sim, claro que sei. Liarrrr... Pode namorar quem você quiser, eu não estou nem ai. Também estou namorando ;)"

"Isso não vai durar muito tempo, estou te dizendo."

"Ameaças Nicholas?! Hahaha, muito engraçado"

"Não são ameaças e sim avisos. Temos que terminar de passar o som para podermos viajar amanhã, beijos e se cuida"

Desliguei o celular e fiquei conversando com a Márcia. Comemos, brincámos, fizemos bagunça entre outras coisas. Mais tarde eu fui no hotel para poder sair com a minha querida família. Voltei para casa era umas 23:45. Deitei e apaguei. John não tinha me ligado desde a 2 dias atrás e eu também não estava preocupada em ligar. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele iria faze-lo. 

Acordei com o celular tocando, como sempre.

- Porra, arranjem outra hora para ligar, essa já não está dando mais!

- Mika?

- John? Ai desculpa, é que todos os dias o pessoal me liga mais ou menos nessa hora, parece que querem me acordar. Mas diz, está tudo bem?

- Não. Eu precisamos terminar.

- Ahn? O que eu fiz de errado? Eu te magooei? - Falei despertando, mais uma vez, puta que pariu.

- Não, não. Eu ando me afastando de você porque eu não consigo mais mentir, entende? Eu não sinto mais o que eu sentia por você antes, aquele amor.

- Hm. Você não quer falar comigo pessoalmente, eu te encontro na porta da faculdade ou vamos ao Starbucks.

- Não, eu não iria conseguir falar isso para você pessoalmente. Saiba que eu te amo, pode não ser da mesma maneira mas amo. Se vemos por aí, está bem? Se cuida, viu pequena?

Eu fiquei em silêncio sentindo as lágrimas cair. Logo hoje. Meu deus, porque comigo, me diz. Me deitei na cama e abracei o Hatch que estava ali. Ele era o único companheiro que eu tinha nesse momento. Fiquei ali, pensando o porque disto acontecer e acabei adormecendo. Acordei eram 14:15 PM. Fiquei deitada na cama, sem saber o que fazer da minha vida. Olhei para o celular que estava na cama e sorri. John era um bom rapaz, mas se a vida mudou os nossos destinos e ele não é meu príncipe não posso fazer nada, a não ser esperar a pessoa certa né. Me levantei e fui até ao quarto da Márcia, mas estava vazio. Ela ultimamente tem saído muito e agora que Henry está na cidade, ela mal vai dormir em casa. Fui para o meu quarto e fiquei lá deitada, sem ter nada para fazer. Eu estava cansada e com preguiça de não fazer nada. Ouvi meu telefone tocar e atendi.

- Adivinha quem é?! - Falaram em uníssono.


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