Cold Flames And Hot Flames escrita por Kat


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Em itálico é a Julieta contando e em 3ª pessoa é pra abrir a imaginação de vocês.



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“Naquela época haviam clãs e éramos de clã diferentes, lutávamos um com os outros sempre que podia, mas assim que a dona do seu clã assinou um tratado de paz começamos a lutar para nos defendermos de um perigo maior...”

A loira estava sentada em um dos bancos, se preparando para o treino começar, suspirou pesadamente e jogou a água gelada que estava em sua garrafa no rosto, tentando encontrar animação para fazer aquilo. Logo uma amiga de seu clã, veio para perto dela. Tinha cabelos rosa, mas um dos lados da cabeça era raspado deixando o cabelo sempre jogado para o lado, tinha uma tatto de lágrima em seu olho e as armas dela eram duas luvas magnéticas que se transformavam conforme o pedido dela. Logo a rosada colocou a mão no ombro de Julieta que se virou para ela, sorriu calmamente,mas a loira continuou séria.

– Você vai conseguir... Talvez se terminar com minha inimiga rápido, eu vá te ajudar... – A maior piscou para a loira que finalmente abriu um leve sorriso. Depois de um tempo ela e as meninas se levantaram. O campo de batalha não era lá aquelas coisas, era apenas um lugar no meio da floresta que haviam desmatado tanto as árvores que nem cresciam mais e era sempre aquele mesmo campo.Com muita neblina no chão, com a brisa da noite batendo nos cabelos das garotas, algumas alegres outras nervosas, outras tensas e ansiosas, como Julieta. Ambas se aproximaram uma das outras a loira ficou parada encarando friamente a pessoa à sua frente. Como de costume sua inimiga sempre fazia uma provocação antes de começar a luta, dessa vez ela começou a dançar, requebrando os quadris e colocando as mãos na cabeça, passando a língua entre os dentes. Se divertia ao ver a cara da loira que revirava os olhos.

– Vamos acabar logo com isso. – Disse e em seguida acabou com a pequena distância que havia entre as duas. A loira usava um bastão grande e uma arma de prata. Com o bastão ela deu uma estocada para frente, tentando acertar a outra que desaparecera da visão da loira, logo ela sentiu um peso em seu bastão e ao olhar viu que a outra estava sentada em cima dele. Julieta rangeu os dentes. – Não brinque comigo. – Ao pegar a arma do coldre imediatamente apertou o gatilho, a maior pegou a bala entre seus dedos e então desceu do bastão, aproximando-se da loira. Jogou a bala por cima dos ombros e então chutou a barriga da loira que foi para trás, caindo no chão. Ao abrir os olhos viu o rosto da morena perto ao dela, a maior passou a ponta dos dedos na bochecha dela e então sorriu.

– Adoro brincar com você. – Em seguida piscou...

“A maioria das vezes você brincava comigo,mas quando eu precisei, você quem me salvou...”

O caos era contínuo, pessoas gritavam e corriam, sem menos olhar para trás. Alguma estavam morrendo queimadas em suas próprias casas, outras pisoteadas pelas que corriam, se perdiam ou acabavam virando comida de Lobos noturnos. A loira ajudava os cidadãos enquanto as outras bruxas ajudavam a matar aqueles monstros. Já carregava duas crianças em cada braço e havia uma agarrada as suas costas. Logo ela parou, desceu as crianças e então agachou-se.

– Fujam! O mais rápido que podem, escondam-se na casa da árvore, eles não vão achar vocês lá... Vão! – Ela ordenou.Havia feito a casa da árvore quando era criança junto de seu pai, mas como nunca usara decidiu colocar as crianças lá. Ao se virar para trás uma sombra passou ao seu lado fazendo a curta saia preta erguer-se, ela se virou novamente e viu o bicho, rosnando para ela. Olhou por trás dos ombros e viu que não era só um, eram 5 ou talvez mais. Julieta tirou o bastão do sutiã e logo depois sua arma de prata. Atirou no monstro a sua frente, fazendo um furo no pelo, o monstro rugiu e ela logo se jogou no chão. O lobo que tentara pegá-la pulou por cima dela,mordendo o que ela havia atirado. Os dois brigaram e ela aproveitou para atirar nos outros, mesmo atirando em suas cabeças eles não morriam.A loira colocou o bastão no chão, enfiando-o na terra e se apoiou nele, chutando os bichos que vinham para perto dela. Mas logo um deles mordeu seu calcanhar. Julieta gritou alto de dor, mas os gritos foram abafados pelas explosões e pelos gritos das pessoas que corriam. Ela caiu no chão e os lobos foram para cima dela. Mordendo fortemente várias partes de seu corpo com força, a loira gritava de dor enquanto tentava proteger seu rosto com os braços que iriam ser triturados pelos dentes dos cães. Logo em seguida ouviu tiros e não sentiu mais os dentes em si. Abriu os olhos e se levantou... Era ela, sua inimiga. Julieta não estava acreditando, antes dela perguntar alguma coisa a morena puxou seu braço, levando-a até uma casa.

– Esconda-se! Mais tarde eu volto para vir lhe buscar, vá. – Ela disse, ofegante e tudo que a loira fez foi obedecer, sem questionar. Entrou dentro da casa e se escondeu no porão temendo que alguma criatura entrasse lá, já estava toda machucada, com fome e suja, não estava nenhum pouco afim de lutar com alguma coisa.

“Achei que você fosse me deixar morrer ali, mas não, você voltou...”

Demorou um dia até que sua inimiga voltasse, encontrou a garota magra, morrendo de fome provavelmente.

– Julieta... – Chamou e então a loira abriu os olhos, fazendo bastante esforço. – Calma... Eu vou te tirar daqui! – A loira conseguiu ver que sua inimiga não estava em um bom estado, toda machucada e sangrando. Ela pegou a loira e a colocou em seu ombro,não demorou e a loira apagou. Acordou depois de algum tempo ouvindo risadas de crianças. Ao olhar para o lado viu Mizuki e as crianças que ela havia salvado. Logo a morena se virou olhando para a loira que já estava de olhos abertos. – Tia Julieta acordou! Vão dar boas vindas à ela. – Em seguida as três crianças correram até a cama onde a loira estava.

– Tia Julieta! Obrigado por nos salvar! – As três disseram juntas e aí Julieta se lembrou das 3 crianças que havia mandado para a casa da árvore. A morena riu e se sentou na beira da cama junto com as crianças.

– Crianças, vão brincar de pega-pega lá fora, enquanto falo com a Julieta aqui. – As três assentiram e então foram para fora. A morena olhou para Julieta. – Está se sentindo melhor?

– Estou com fome. – Mizuki riu.

– Tem pizza na mesa. Levante-se. – Chamou e em seguida a loira se levantou. Mizuki foi para a mesa, puxou uma das cadeiras e se sentou. Logo a loira sentou-se em uma das cadeiras ao lado dela. Começou a comer os pedaços da pizza, rapidamente, meio que desesperada.

– Isso tá ótimo. – Disse sorrindo e então a morena sorriu levemente.

– Julieta... – Chamou e então a loira passou a prestar atenção nela. – Estou sendo procurada pelos magos superiores. – A loira arregalou os olhos.

– O que você fez? – Ela perguntou e ela suspirou.

– Eu só matei todos os lobos e principalmente o chefe deles. Enquanto eu vinha buscar você eles tentaram me pegar, disseram que eu era apenas uma arma e que podia me virar contra eles. Queriam me colocar para dormir. Sua amiga que estava lutando ao meu lado se sacrificou para me dar tempo para fugir.

– Amiga?Que amiga?

– A das luvas magnéticas e ela te mandou um Oi. – A morena mordeu os lábios e virou o rosto.

– Oh Meu Deus! Vi. – A loira começou a chorar.

– Nesse momento estão atrás de mim e logo vão me achar. Preciso que você cuide deles. Uma hora ou outra, vão me achar e eles são importantes para mim agora... – Antes de terminar de falar ouvimos gritos das crianças, ela rapidamente tirou as armas do cabelo e então foi correndo para fora. Ao chegar lá viu esqueletos segurando os braços das crianças puxando-as para baixo, rapidamente atirou nos braços esqueléticos que sumiram em seguida as crianças começaram a correr. – JULIETA! – Gritou enquanto outros braços seguravam as mãos dela impedindo-a de atirar ou atacar.

– Ora... ora... Quem temos aqui. Mizuki, a bruxa mais forte de todo o vale. – Uma mulher surgiu das sombras,não trajava nada além de um vestido preto bem decotado e com a perna esquerda à mostra.A loira e as crianças tentaram fugir, mas foram segurados pelos esqueletos.

– Eu não quero sou a mais forte! Qualquer uma faria aquilo que eu fiz para salvar a terra que ama! – Ela gritou e a outra riu alto.

– Não Mizuki, você é uma aberração, não pode ficar livre, irá destruir todos nós. Você é... – Ela estalou os dedos e esqueletos surgiram das sombras agarrando os braços dela, impedindo-a de se mover. – Irei matar todos e bem na sua frente. – A mulher se virou, mas Mizuki passou as pernas em volta dela, puxando-a para perto. Em seguida soltou as armas no chão.

– Eu faço tudo o que você quiser, serei sua companheira, escrava, empregada, o que você quiser, mas deixe eles irem, todos eles, intactos. – Ergueu uma de sua sobrancelha e logo estalou os dedos novamente e os esqueletos que estavam segurando-os não estavam mais ali. As crianças saíram correndo,mas Julieta se virou para trás. – Por favor Julieta, vá. – Pediu e com lágrimas nos olhos a garota obedeceu...

“Em uma semana depois aquela mulher deu idéia de te executar no meio da praça da vila, eu estive por lá, mas não por muito tempo...”

–Vejam como o governo lida com bruxas que causam problema. – Disse aquela mesma mulher. Mizuki estava com os braços amarrados atrás das costas, em pé e com os olhos fechados, Julieta pensou que talvez ela pudesse estar desmaiada, ou dormindo em pé. Logo em seguida a mulher enfiou uma katana na barriga da morena, o público ficou chocado e Mizuki não demonstrou nenhuma reação.

“Por um mês inteiro tentaram te matar, de qualquer jeito, com qualquer arma... Ninguém conseguiu. A mulher declarou que você morreu em pé e muitos te admiravam por isso. Colocaram você em um caixão no fundo de um rio...”

– Como você foi despertada... Eu não sei, mas é isso que você pretende descobrir certo? – A loira riu baixo, surpreso com aquela história voltei para o quarto e me deitei na cama.Fiquei pensando sobre aquela história e pouco tempo depois ela entrou no quarto, eu rapidamente fingi que estava dormindo. Ela passou por mim e foi para o banheiro, continuei deitado, até que cochilei novamente.


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Notas finais do capítulo

Um pouco... Do passado da Mizuki.
Gostaram?



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