“Você se lembra, nós estávamos sentados á beira d'água?

Você colocou seu braço ao meu redor pela primeira vez

Você fez a fulha cuidadosa de um homem descuidado se rebelar

Você é a melhor coisa que já fio minha”

-Mine, Taylor Swift

POV EDWARD

A luz entrava timidamente pela janela do meu quarto e um cheiro maravilhoso de chocolate rondava por aqui. Então, me lembrei de ontem e não pude conter um sorriso que brotou nos meus lábios.

A garota dos meus sonhos estava dormindo ao meu lado na cama, não existi sensação melhor. Ela dormia tranquilamente em meu peito, ressonava e suspirava, parecia que não dormia a dias pelo jeito que ficou cansada ontem.

Ontem foi um dia ótimo e difícil:

Ótimo por que finalmente nos resolvemos e paramos de brigar.

Difícil por que ela me contou o que aconteceu na casa dela e acabou chorando até dormir no meu colo.

Ela se mexeu, me abraçou forte como se não quisesse que eu não fugisse, beijei o topo da cabeça dela, então ela acordou assustada, se sentando na cama.

-Desculpa... -Disse com um sorriso amarelo -Eu me assustei.

-Eu percebi -Disse rindo, ela me deu um leve tapa no ombro -Você está bem?

-Sim -Se inclinou e me beijou -E que eu achei que ontem foi só um sonho -Sorriu tímida.

-Eu também -Beijei o ombro dela -Mas, ainda bem que não é -Fui subindo os beijos até o pescoço dela.

-Hum... -Disse baixinho, me fazendo rir -Isso não faz, Edward -Disse meio manhosa e com a voz rouca... Muito, mas muito sexy.

Ela se sentou no meu colo, de frente pra mim, me beijando carinhosamente, minhas mãos subiam e desciam nas costas dela, ela adentrou uma das mãos nos meus cabelos puxando para mais perto, quando o ar acabou desci os beijos até o pescoço dela e respirei fundo guardando o perfume floral na minha memoria, tirei o colete que ela usava e joguei em qualquer lugar do quarto, ela adentrou as mãos na minha blusa e deu um sorrisinho.

-Andar de bike está te fazendo muito bem -Disse maliciosamente no meu ouvido, corei.

Minhas mãos foram automaticamente para a barra da blusa dela, passei lentamente os polegares pela barriga dela, mas quando criei coragem para tirar a blusa dela, Alice entra com tudo no meu quarto, fazendo eu e Anna nos separar repidamente, corados.

Alice olhava assustada e indignada, como se já tivesse ideia do que estava acontecendo.

-Eu não acredito, Edward -Disse balançando a cabeça -Que você teve a coragem de trazer essa mentirosa para dentro da nossa casa -Disse irritada.

Olhei para Alice incrédulo... Não era ela que estava dizendo que eu era sem coração por não me preocupar com Anna e blá, blá?

-Juro que eu realmente não te entendo, Alice -Disse calmamente, me levantei e peguei o colete de Anna que estava no chão e entreguei para ela.

Ela me olhou com olhos marejados e mordia o lábio inferior compulsivamente.

-Eu não estou nem ai para o que você acha -Disse fria -Eu só quero que ela sai daqui -Fechou a porta violentamente.

Me virei para Anna, que me olhava triste.

-Eu só te trago problema -Abraçou as pernas e encostou o queixo nos joelhos.

-Ao contrario... -Me sentei ao lado dela -Você só traz felicidade -Ela sorriu envergonhada.

-Se você diz... -Sorri -Bom, eu tenho que ir -Foi se levantando, mas a segurei pelo pulso.

-Não precisa ir embora só por que a Alice disse -Ela sorriu meiga.

-Não é por causa dela... -Me deu um selinho -É por que eu preciso ir mesmo, a Isabella deve estar doida.

-Quem é Isabella? -Perguntei confuso.

-Ah! É a minha meia irmã-melhor amiga -Sorriu -Ela mora comigo -Deu de ombros.

-Ah! -Disse desanimado.

-Não fica assim não, gatinho -Piscou pra mim, corei -Você vai pra lanchonete, néh?! -Assenti -Então, eu te vejo lá -Me beijou.

Descemos até a sala e encontramos Alice sentada no sofá, de braços cruzados e com a cara amarrada. Senti que Anna ficou meio triste com isso, mas eu não ligo... A Alice que fique com os problemas dela, eu estou com a garota que eu amo e não a nada e nem ninguém que me separe dela agora... Nem a Alice.

Abri a porta para Anna.

-Desculpa pelo que aconteceu com sua irmã... Não gosto de te trazer problemas -A abracei.

-Eu não ligo, só quero ficar ao seu lado... E você não me traz problemas, só felicidade -Ela me abraçou forte.

-Te adoro -Beijou minha bochecha e foi para casa.

Entrei em casa e Alice me encarava com raiva.

-Quando eu ouvi as fofoqueiras daqui do bairro falando que uma garota loira entrou aqui em casa, eu juro que eu não acreditei, achei que te conhecia melhor... Mas, eu vejo que não -Revirei os olhos -Porque você trouxe ela pra cá?

-Nós fizemos as pazes... Eu a perdoei -Ela me olhou como se isso fosse um absurdo.

-Vocês o que?! -Exclamou -Eu não acredito, Edward.

-Qual é, Alice? Eu realmente não te entendo... Quando ela foi embora você brigava comigo por que eu deixei ela ir e agora briga comigo por que eu a perdoei... O que você que?

-Eu a quero longe da minha casa e longe de você... Se ela fez aquilo, sabe-se lá o que ela vai fazer agora -Suspirei irritado.

-Desculpa... -Dei de ombros -Mas agora, não a nada que me separe da Anna -Ela bufou, balançando a cabeça -Alice, entenda, uma hora ou outra isso ia acontecer.

-Prefiro que isso nunca tivesse acontecido -Disse isso e subiu as escadas correndo.

Suspirei pesadamente. Mulheres... Quem entende elas?

(...)

Alice nem se quer olhava para minha cara, e pelo jeito ela deve ter contado o que aconteceu para Rosalie, pois a mesma também não falava comigo. Jasper era o único que ficou realmente feliz com a noticia, mas isso acabou trazendo problemas para ela... Alice não quer falar com ele, o que é ridículo.

-Perdido em pesamentos, Ed? -Disse Tayna.

Tanya foi a única amiga que me sobrou, a única que apóia a minha volta com a Anna.

-Não é nada demais -Dei de ombros -E como você está? -Sorri.

-Ah! Eu estou ótima -Sorriu -Essa coisa de tentar ser uma versão melhor de mim mesma está me fazendo muito bem.

-Isso é bom -Sorrimos -Saiba que eu te apoio.

A porta da lanchonete abriu e o sininho da porta tocou, e a garota mais linda do mundo entrou. Anna estava bem melhor que antes, já não tinha aquela energia negativa envolta dela, não parecia cansada e abatida, ainda estava muito magra, mas estava bem melhor que antes.

Ela olhou para mim e sorriu largamente, mas quando viu Tanya perto de mim o sorriso murchou um pouco, então ela veio na minha direção.

-Er... Oi, Tanya -Disse sorrindo amarelo.

-Oi, Annabeth -Disse Tanya sorrindo.

-Só Anna, por favor -Disse tímida.

-Ah, claro! Anna.

Anna pigarrou, nitidamente, incomodada coma presença de Tanya.

-Você não vai falar comigo, não? -Tentei descontrair o clima.

E pelo jeito deu certo, pois Anna sorriu entrando na brincadeira.

-Eu não sei... Eu não te conhço, bar-man -Riu.

-Puxa! Fui excluído.

Ela gargalhou e me deu um selinho.

-Satisfeito?

-Muito -Corou.

-Pelo jeito você estão ótimos -Disse Tanya.

-Sim -Disse e Anna assentiu.

-Isso é ótimo! Estou torcendo por vocês dois -Sorriu.

-Serio? -Perguntou Anna confusa.

Bom, eu não tiro a razão dela... è bem difícil acreditar em Tanya, mas espero que essa mudança seja pra valer.

-Eu sei -Revirou os olhos -È difícil de acreditar, mas eu juro que é verdade.... Eu realmente torço por você dois.

Ana me olhou, com um pouco de duvida, mas depois olhou para Tanya e sorriu largamente.

-Eu também espero que você encontre alguém legal para você -A abraçou.

“Pelo jeito, temos uma amizade se formando aqui”.

Elas se separam, sorrindo uma para outra, sinceramente nunca pensei que veria isso.

As duas passaram o dia inteiro conversando, rindo, etc. O que me deixou feliz, pois as duas são muito sozinhas no colégio e quase não tem amigos, Anna precisa de uma amiga que a ajude... Quer dizer, ela precisa de muita ajuda agora.

-Eu não acredito que é realmente verdade o que a Alice me contou -Disse Rosalie, entre dentes.

Revirei os olhos... A partir de agora vou ter que aguentar isso.

-Vai, Rose. Fale o quanto é errado e que ela vai aprontar, ou sei lá o que se passa nessa cabeça maluca... Mas antes, eu vou deixar uma coisa clara eu estou nem ai para o que você vei dizer, ou qualquer um... A vida é minha eu faço o que eu quiser com ela.

Sai de trás do balcão e fui até a mesa onde estava as meninas, que estavam rindo.

-Atrapalho?

-È claro que não -Disse Anna, sorrindo.

-Vou roubar a Anna de você, Tanya.

-Ah! Tudo bem -Se levantou -Eu já ia para casa mesmo -Disse Tanya.

Percebia que ela ficava incomodada quando ela me via com a Anna, mas infelizmente tinha que ser assim.

-Então, a gente se vê amanhã, Tanya -Disse Anna.

-Claro -Sorriu -Er... Tchau -Saiu.

Suspirei. Era horrível ver Tanya desse jeito... E ainda mais por minha culpa.

-Ela vai ficar bem, Ed -Disse Anna me abraçando.

-Espero que sim -Suspirei.

-Ela deu uma de cupido com a gente, não foi? -Assenti, meio incerto -Então... A gente podia dar uma de cupido com ela -Sorri.

-Isso não seria errado? -Franzi o cenho.

-Não foi errado quando era a gente.

-Eh!

-Então...? -Disse com uma cara sapeca, sorri.

-Ta legal -Ela deu um gritinho de animação -Mas agora, eu quero te levar para um lugar.

-Pra onde?

-Tecnicamente, nós acabamos de nós conhecer, não foi? -Ela assentiu confusa, oficialmente, a minha filha -Ela me olhou um pouco assustada, mas com um sorriso meigo nos lábios.

-Serio? -Disse sem ar -Quer dizer... Ela acha que eu só fiz uma apresentação no hospital... E... Ela não quer um estranha com o pai dela... Er... Quer dizer... Ela vai querer a mão dela... E... -A calei com um selinho.

-Você é muito insegura, sabia? -Corou -Ela é sua fã, ela vai gostar da sua visita. E você não é estranha... Não se a gente explicar o que está acontecendo entre a gente. E sobre a mãe dela... -Suspirei -È complicado.

-E você vai me explicar?

Essa é um parte da minha vida que eu quero enterrar, mas como o prometido... Nada de segredos.

-È claro -Sorrimos.