“Eu nunca terei o que é meu

Com você sempre mudando de lado?

Mas, você não vai tirar o meu orgulho

Não, não desta vez... Não desta vez”

–Decode, Paramore

POV EDWARD

Durante essas semanas tudo ainda continuava como antes, ainda olhavam feio para Annabeth, ainda comentavam sobre a Annabeth, ainda zoavam a Annabeth e de uns tempos pra cá começaram a humilhar a Annabeth.

Grudavam chiclete no cabelo dela, grudavam papeis nas costas dela escrito:

“Loser”, ou “Chute-me”.

E isso fazia ela ficar pior, ela quase não ia as aulas, quase não saia de casa, quase não ia ao refeitório, e consequentemente, quase não comia, pois ela aparecia a cada dia mais magra (se isso é possível).

E eu me culpava cada vez mais... Se eu ficasse do lado dela nada disso ia acontecer, mas meu orgulho, infelizmente, era maior que tudo e me impedia de fazer alguma coisa.

Estava no refeitório, algo que agora virou rotina, eu tinha que vir aqui vê-la.

Ela ainda não estava lá... Ainda, pois ela entrou no refeitório completamente bêbada e com a turma do Jacob atrás.

Eles se posicionaram, arrumam os instrumentos e começaram a tocar.

Máscara – Pitty

“Diga, quem você é me diga

Me fale sobre a sua estrada

Me conte sobre a sua vida”

A música era toda em português, e como na escola temos aulas de Língua Portuguesa, então todos aqui entendiam o que ela estava cantando.

“Tira, a máscara que cobre o seu rosto

Se mostre e eu descubro se eu gosto

Do seu verdadeiro jeito de ser”

Estava nítido quem ela queria afetar cantando essa música... Todos que a humilharam.

“Ninguém merece ser só mais um bonitinho

Nem transparecer, consciente, inconsequente

Sem se preocupar em ser adulto ou criança

O importante é ser você”

“Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro

Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja”

Era as mais diferentes reações... Alguns ficaram com raiva, outros pareciam entender o que ela estava cantando e outros reviravam os olhos... Tipo a Tanya.

“Tira, a máscara que cobre o seu rosto

Se mostre e eu descubro se eu gosto

Do seu verdadeiro jeito de ser”

“Ninguém merece ser só mais um bonitinho

Nem transparecer, consciente, inconsequente

Sem se preocupar em ser adulto ou criança

O importante é ser você”

A diretora Victoria, estranhamente, não fez nada... Só ficou olhando e curtindo a música.

“Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro

Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja...”

“O meu cabelo não é igual

A sua roupa não é igual

Ao meu tamanho, não é igual

Ao seu caráter, não é igual

Não é igual, não é igual, Não é igual”

Essa parte ela cantou com os olhos fechados.

“I had enogh of it

(Eu tive o suficiente)

But i don't care

(Mas não me importo)

I had enough of it

(Eu tive o suficiente)

But i don't care

(Mas não me importo)”

“I had enough of it

(Eu tive o suficiente)

But i don't care

(Mas não me importo)

I had enogh of it

(Eu tive o suficiente)

But i don't care

(Mas não me importo)”

Então, ela saiu correndo e subiu na mesa da Tanya, e cantou olhando pra ela.

“Diga quem você é, me diga

Me fale sobre a sua estrada

Me conte sobre a sua vida

E o importante é ser você”

“Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro

Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro

Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro

Mesmo que seja estranho, seja você”

Então, ela pegou Tanya pelos cabelos e a levou para o meio do refeitório.

–Eu sei que é você e o seu grupo imbecil que fica me humilhando -Disse entre dentes -Eu só me pergunto... Quem é você para achar que tem esse direito? -Olhou bem fundo nos olhos de Tanya -Hã?! Quem é você?

–Alguém bem melhor que você -Disse Tanya.

Annabeth gargalhou.

–Melhor que eu? -Perguntou debochada -Não, querida, você não é melhor ninguém e muito menos que eu... Você é só mais um patricinha de uma escola desconhecida de um lugar desconhecido, é isso que você é!

Ela soltou os cabelos de Tanya e a empurrou, a fazendo cair no chão.

–VOCÊ NUNCA VAI SER MELHOR QUE NINGUÉM!!! -Gritou.

Tanya ficou jogada no chão chorando, enquanto Annabeth foi para a porta do refeitório e ... O que eu ví doeu.

Annabeth sorriu, não era o sorriso mais feliz do mundo, mas era um sorriso, foi para a porta e o abraçou, e pior, o beijou... Ela estava beijando Jacob Black.

(...)

Não consegui dormir, aquela maldita cena não saia da minha cabeça. Mas, de alguma forma o que aconteceu no refeitório foi bom para escola.

Tanya Denali não era mais a “Rainha da escola”, vários garotos e garotas “saíram do armário”, garotas que seguiam a risca a moda, agora estavam nem ai para ela. Agora todo mundo da escola estava “sendo eles mesmos”.

Fui para sala e me sentei no fundo, precisava ficar sozinho. Deitei minha cabeça na mesa e fiquei pensando o quão imbecil eu sou.

Por orgulho e por vários outros motivos idiotas eu a perdi. Perdi a única garota (depois de Taylor) que eu realmente amo e amei... Mas, isso aconteceu a muito tempo.

Quando as aulas acabaram, fui para o estacionamento pegar minha bike, mas no meio do caminho encontrei com Tanya, que estava péssima.

–Você está bem, Tanya? -Perguntei preocupado.

Ela se virou. Ela estava com os olhos inchados e marejados.

–Porque você está conversando comigo? -Suspirou.

–Não concordo com o que aconteceu no refeitório -Ela me olhou confusa -Mas, também não concordo com que você fez para a Annabeth -Ela suspirou.

–Eu não fiz nada pra aquela bêbada -Disse irritada.

–Não sei porque eu não acredito -Disse debochado.

–È serio, Edward. Eu nunca fiz nada pra ela -Disse chorosa.

–Então, quem iria fazer?

–Eu... eu não sei se é verdade, mas parece que a escola inteira a odeia mesmo -Deu de ombros -Eu ouvi uma vez no banheiro umas meninas falando que ia fazer algo a pedido da... Rosalie -Mordeu o lábio inferior.

–A Rosalie? -Disse pensativo. Bom, ela odeia a Annabeth e não ficou nada feliz quando ela veio para cá, mas chegar a esse ponto -Hum... Er... Eu vou indo.

–Você vai pra onde?

–Er... Vou pra casa. Porque?

–Er... -Mordeu o lábio inferior -Eu queria te acompanhar... Sabe? Se você quiser -Deu de ombros.

–Se você ficar com aquela historia da gente voltar, tudo bem -Sorri.

–Ah! -Deu uma risadinha -Isso... não, eu não vou fazer isso -Suspirou -Eu sei muito bem quem você ama, mas infelizmente ela parece não saber -Dei de ombros -Eu só ser quero a sua amiga, agora -Sorriu.

–Parece uma boa -Sorri -Amigos? -Estendei a mão.

–Amigos -Disse sorrindo, apertando minha mão.