Desejos Sádicos. escrita por Bianca Moretão


Capítulo 1
Prólogo e Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

Como o prólogo é curtinho, resolvi coloca-lo junto com o primeiro capitulo. Comentem pfvr *-*



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Prólogo:

'' Ariane tinha apenas quatro anos quando seu pai, um pescador, morreu durante um acidente. Alana, uma mulher bipolar e protetora, muda-se com sua filha a uma casa no interior da cidade, onde passa a cria-la, sem que a mesma tivesse contato com o mundo externo. Solitária e influenciada pela insanidade de sua mãe, a garota, agora uma adolescente, passa a manter os mais terríveis e brutais pensamentos, desejos intensos onde encontrava prazer em imaginar o sofrimento alheio. Os meses corriam, e os desejos de Ariane apenas tornavam-se mais ávidos, transformando a mente insana da garota, em um lugar sombrio e psicopático.

 Aos dezessete anos sua mãe morre, e isso, fora apenas o começo de tudo. ''

 ***

 Capitulo 1:

 O corpo dela estava ali, inerte no velho colchão de seu quarto. Encontrei-a pela manhã, provavelmente já estava morta a algum tempo. 

 Eu não sentia nada, mais agradeci-a por dar-me finalmente a minha tão sonhada liberdade. Tinha em mente que precisava fugir, antes que a noticia se espalhasse e a policia aparecesse, se bem que, analisando a situação, quem daria falta de uma velha insana que isolava-se em uma casa no interior? Poucos na cidade sabiam de minha existência, e isso facilitaria a minha circulação por lá.

 Analisei uma ultima vez o corpo de minha mãe. Se não fosse por seus olhos abertos e arregalados, diria que ainda dormia tranquila. Sua morte provavelmente fora bastante desagradável, a expressão de pavor tomava-lhe o rosto, e a boca levemente aberta, entregava o grito reprimido. Pobre coitada.

 Não lembro-me de ter ouvido nada, devia estar distraída em meus pensamentos.

 Caminhei até seu corpo, precisava achar as chaves da casa. Sabia que devia guarda-las consigo, então não demorei a acha-las enroladas em um pedaço de pano preso em seu bolso. Ri por tamanha estupidez.

 Não levaria nada comigo, não podia levantar suspeitas pela cidade, pegaria apenas uma quantia em dinheiro para que pudesse sobreviver. Pretendia estabilizar-me em algum lugar, tinha em mente tudo planejado, talvez estivesse na hora de realizar tudo o que venho imaginando a algum tempo. Mais eu além de tudo, sabia como seria necessário manter certa postura, ou então, acabaria arriscando a entregar tudo.

 Se eu viesse a realizar aquilo que a tanto planejei, dificilmente poderia passar muito tempo na cidade, teria de mudar-me. 

 Vasculhei cômodo por cômodo a procura de dinheiro, minha paciência estava esgotando-se quando finalmente encontrei o que procurava. Nunca suspeitei que na casa houvesse um sótão. Na verdade, tratava-se de um alçapão, que estava escondido sob um tapete imundo. E lá estava o que eu queria.

 - Talvez a velha não fosse tão louca, veja só, guardava bastante dinheiro. - comentei sarcástica comigo mesma.

 Para mim, louco era quem rasgava dinheiro, e isso eu nunca vi ninguém fazer.

 Enfiei a quantia nos bolsos enquanto voltava a fechar o alçapão. Sabia que, se a perícia aparecesse por lá, encontrariam minhas digitais, mas, se nem por crimes hediondos eles faziam um bom trabalho, por que dariam o trabalho de investigar a morte de uma velha sem família, que deve ter morrido de causas naturais?

 Sorri e levantei-me, espiando pela janela já podia ver os primeiros raios de sol, e isso dizia-me que já estava na hora de partir, nunca havia saído daquele lugar imundo, caso pretendesse achar a cidade, já devia estar indo.

 Antes porém, havia algo que eu devia fazer.

 Fui até o meu quarto, e abrindo o armário, retirei as poucas peças de roupas que eu tinha. Busquei na cozinha um isqueiro, e me surpreendi por acha-lo. Minha mãe sempre fora um tanto paranoica, talvez tivesse medo de que eu pudesse mata-la. Talvez não estivesse completamente errada.

 Fui até o quintal despreocupada, sabia que não encontraria ninguém naquele lugar tão isolado. Dirigi-me até os fundos e, juntando algumas lenhas que encontrei, e um pouco de álcool que eu secretamente mantinha em meu quarto, acendi com a ajuda do isqueiro, uma fogueira para que então, me desfizesse de todas as peças de roupas, permanecendo apenas com o que estava em meu corpo. 

 Fiquei ali parada, vendo cada peça minha virar cinzas, enquanto a fumaça subia até chegar ao meu nariz.

Tratei de apagar a fogueira e espalhar novamente as lenhas, para só então, partir.

 Não dei-me o trabalho de olhar para trás, eu tanto quis minha liberdade, e estava tendo-a agora. Segui pela trilha, deixando para trás aquele lugar que desgraçou minha vida.


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Notas finais do capítulo

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