Quando Nada Mais Faz Sentido escrita por Liran Rabbit


Capítulo 1
Prólogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/301913/chapter/1

Que saco! De todos ele tinha de pedir minha ajuda justo hoje? Maldito Norte! Estou morto de sono, querem saber por quê? Passei minha tarde toda com uma humana, mas não uma humana qualquer, para mim ela é bem especial, carismática, charmosa e além de tudo uma boa amiga.

Nos conhecemos semana passada, me lembro como se fosse agora, que eu tinha virado para o lado e vi aqueles olhos azuis cristalinos, como os meus, só que mais puros e inocentes.

FlashBack on

Saia do lugar onde eu sempre costumava dormir para dar aquele meu típico "Olá mundo, hora de acordar".

Andei em direção ao parque e vi toda aquela criançada se divertindo, bem lembrando que o natal estava por vir então, mais carvão na minha linda meia.

Andei em direção as crianças, começando a brincar com elas e fazendo um pouco de neve aparecer congelei a água da fonte formando um tipo de escorrega, todos se animaram e olharam para mim com um sorriso enorme no rosto, correram até o escorrega de gelo e ficaram se divertindo bastante, fiquei olhando todos eles com um sorriso bobo no rosto, até que um voz tirou minha atenção.

— Vitor, cuidado!

Olhei imediatamente para trás e vi uma das coisas mais pelas da fase da Terra, uma garota de cabelos ruivos e olhos azuis bem claros, ela estava bem agasalhada, também não era de se esperar com o frio que eu acabei de fazer, ela tem uma pele tão branca, e o que a deixava mais bonita era os pequenos pingos de neve que ficavam sobre alguns fios de seu cabelo.

Noel, apenas responde, o que eu fiz para merecer o meu presente tão cedo? Juro que talvez eu lhe tente pagar depois...

— Desculpe mana, vamos? - Perguntou o garotinho indo até ela e segurando sua mão.

— Espere! Menina, você poderia me dizer o seu nome? - Perguntei esperançoso que ela responde-se.

— Me chamo Elizabeth. E você? Como se chama? - Perguntou, me olhando.

— Jack Frost.

— É um prazer conhece-lo Jack, então você mora aqui faz tempo?

— Bem na verdade, sim bastante tempo. - Olhei diretamente para o chão escondendo minha cara de sem ter como falar com ela.

— Vitor por que você não volta a brincar mais um pouco enquanto converso com o Jack? - Pediu ela para o irmão mais novo, que a olhou concordando e saiu em direção ao escorrega.

Ela se direcionou até mim e falou:

— Venha, vamos conversar um pouco. - Falou andando em direção a uma árvore e sentando-se logo em seguida.

Andei até ela e fiz o mesmo, ficamos nos encarando por um bom tempo, até que ela resolveu começar a falar.

— Então, você vem todo dia ao parque?

— Bem só de vez enquanto e você Elizabeth acabou de se mudar para a cidade? - Perguntei voltando a olha-la.

— Uhum me mudei ontem, eu adorava minha antiga cidade - Olhou para o nada com uma cara triste.

— Ué então por que se mudou para cá? - Olhei duvidoso.

— Bem é uma historia longa - Ela deu uma pequena risada.

— Pode me contar se quiser, Elizabeth - Olhei com carinho para ela, que me olho com doçura só que com um toque de tristeza.

— Por favor, Jack, me chame de Lizzy.

— Tudo bem mais você vai me contar?

— Sim irei, bem tudo começou mês passado, quando Vitor tinha seu primeiro dente para deixar debaixo do travesseiro para a fada dos dentes poder pegar, quando tinha chegado o dia seguinte, você deve saber o que acontece né? Aparece um dólar para a criança mas quando ele chegou nos nossos pais... - Pausou, receosa - Imagine a pior reação possível dos dois quando ele falou isso, ele são muitos chatos, mas nosso pai é meio que rígido - Desabafou - Começou a falar que tudo não passava de uma grande besteira e que ele devia parar de imaginar coisas - Ela fez uma pequena pausa e deu um longo suspiro - E ainda por cima teve coragem de dizer que foi ele que colocou o dinheiro debaixo do travesseiro dele. Meu pai achou melhor nós três nos mudarmos para ele para de fantasiar, porque todas as crianças comentavam sobre esses contos de fadas.

— Ele ficou chateado não foi?

— Não só chateado como muito decepcionado.

— Então ele não acredita mais?

— Não acredita mais em quê?

— Ora, nos contos.

— Ah sim ele ainda acredita por que eu fiz ele voltar a acreditar - Disse dando um um sorriso orgulhoso.

— Você acredita? Mais você não é meio grandinha? - Dei uma pequena risada.

— Sim acredito e pode parecer besteira o que eu vou falar agora, mas quando também era pequena, eu vi uma pessoa da qual eu nunca vou me esquecer.

— Sério? E quem foi essa pessoa?

— Foi o Papai Noel - Olhou para mim com um sorriso bem grande.

— Mais como? Ele só entra quando todos estão dormindo.

— Pois é, eu também pensava assim, mas é como se ele tivesse deixado eu vê-lo, nem que fosse por alguns meros minutos, que foram poucos, mais inesquecíveis.

— Você pensa em deixar de acreditar tão cedo? - Olhei para ela esperando uma resposta.

— Não, claro que não, do mesmo jeito que eu sei que ele existe outros também existir. E você, Jack, me fale um pouco de você.

— Bem na verdade eu não sei direito o que falar de mim.

— Me fale, por favor - Fez uma cara de cachorro sem dono.

— Ah não não faz essa carinha fofa Lizzy... - Falei e dando por mim o jeito que eu tinha falado.

— Bem eu sempre fui de ficar sozinho, sem ninguém...

— Você não tem pais?

— Não.

— Me desculpe, não tive intenção.. 

— Não peça desculpas, é legal ter uma pessoa que me entenda nesse tipo de assunto, quer dizer, somos amigos, não é?

— Claro que somos amigos, Jack - Ela se levanta e começa ir em direção ao irmão que a estava esperando para ir embora.

Eu a acompanhei até metade do caminho, ficamos conversando muito e correndo para quem chegava primeiro em tal canto apostado, ela e o irmão caminharam até a porta da casa, ele entrou primeiro, ela e eu ficamos nos fitando até que ela se despediu de mim me dando um beijo no rosto, saiu de perto de mim e adentrou a casa.

Fiquei todo bobo com aquele gesto, nunca pensei que alguém faria tal coisa.


Flash Back off

— Oi acorda. - O Canguru ficou chamando minha atenção.

— Oi Canguru, então veio fazer meu trabalho?

— Garoto esperto, não vim porque o Norte tem um assunto urgente para falar comigo e é Coelhão para você.

— Tá, tanto faz - Falei rolando os olhos.

— Pode ir vê-la - Falou de costas pra mim

— O que disse?

— Vá vê-la, só tome cuidado para o Norte não descobrir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando Nada Mais Faz Sentido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.