QUERIDAS, QUEM NÃO LEU AS NOTAS INICIAIS, POR FAVOR, VOLTEM E LEIAM TUDO. QUEM JÁ LEU, IGNORA O AVISO ;)

Cap. 24 – o adeus final.

- Esme, eu preciso de ajuda. - pedi. 23 anos se passaram desde minha transformação. Agora tínhamos Rosalie e Emmett, os melhores irmãos que alguém poderia ter. Esme tinha se tornado uma de nos três anos depois de mudarmos para Ashland, no estado de Winsconsin. Era nossa "mãe" para todos os efeitos. 15 anos depois, foi a vez de Rosalie entrar para a família, e, dois anos mais tarde, Emmett foi iniciado também.

- diga, querida. - ela sorriu.

- eu queria ir a Chicago. - sussurrei. - mas ninguém pode saber. Acredito que Carlisle e Edward ficariam chateados...

- bem, o que eu puder fazer para ajudar, eu faço. - Esme respondeu.

- obrigada, mamãe. - sorri. Esme amava quando nós a chamávamos de mãe. Ela sorriu emocionada e me abraçou com ímpeto.

- obrigada você, meu amor... - sorri.

Estávamos em Chicago agora. Esme tinha ficado encarregada de distrair a família, enquanto eu ia matar a saudade de meus pais. Fiquei sentada no galho de uma arvores alta no quintal da mansão Salvatore. Minha casa. 

- papai! - ouvi a voz de uma mulher entrar em minha antiga casa.

- oi Anna. - ouvi meu pai responder. A voz rouca pela idade, mas com a mesma intensidade e carinho de que eu me lembrava. - onde está seu marido?

- está no trabalho papai. Hoje Tommy e eu almoçaremos com vocês. Onde esta a mamãe? - Anna perguntou.

Então era isso. Meus pais tiveram um casal de filhos, e colocaram neles os nomes que eu sonhei. Era bom saber que meus pais queridos e amados estavam bem.

- está no banho. Onde está seu irmão? - papai perguntou.

- aqui pai! - ouvi a voz de homem que reconheci como Thomas.

Eles se cumprimentaram e logo mamãe desceu as escadas.

- meus filhos! - ela os abraçou. Sorri. Eles estavam felizes.

Logo Maria pôs o almoço na mesa do quintal, me dando uma vista privilegiada. Ela olhou na direção das arvores em que eu estava e sorriu. Era impossível ela estar me vendo, as folhas eram bem densas, mas me escondi atrás do tronco mesmo assim.

- o que foi Maria? - Anna perguntou assim que todos se sentaram à mesa.

- não é nada. Vamos comer. – ela murmurou e todos assentiram. Comeram com gosto e eu sorri emocionada ao ver o quão feliz eles eram.

Quando entraram, fui até a casa de Katherine, ver minha amiga. Ela parecia feliz. Estava casada, tinha uma filha linda. Isabella era o nome da menina. Sorri emocionada com a homenagem. Minha bruxinha seria sempre minha melhor amiga. Sempre.

O dia ficou nublado e eu aproveitei para caminha um pouco. Pus um casaco pesado contra o frio que deveria estar fazendo e para esconder minha identidade.

- Bella? - ouvi um sussurrar apavorado e pasmo. Virei-me de automático. E lá estava Kathy, uma mulher experiente, mas sempre linda. - como? É você mesmo?

- desculpe, não sei do que esta falando. - menti. Ela sorriu e começou a chorar.

- Bella, eu não sei como você está viva, e não sei como continua tão jovem... Mas você não imagina como é bom te ter viva. - ela me abraçou com ímpeto e eu me permitir sorrir. Eu podia hipnotizá-la a esquecer, então podia matar um pouco a saudade.

- eu senti sua falta. - sussurrei.

- não vou perguntar o que aconteceu, nem brigar com você por ter me feito sofrer tanto pensando que estava morta. Eu também senti sua falta, Bella. - ela beijou meu rosto e eu enxuguei suas lagrimas. Por pouco ela não se encolheu com o toque frio de minhas mãos. Mas logo separei nosso abraço. - quanto tempo temos?

- nenhum, Kathy. Estou indo embora. Agora mesmo. - disse fria.

- Bella... - ela sussurrou triste.

- foi bom te ver Kathy. Minha bruxinha. Eu te amo. - a abracei.

- eu também te amo. - ela sussurrou. Afaguei seu rosto e a obriguei a olhar no fundo de meus olhos.

- eu tenho que proteger minha nova família. Eu queria muito que você não precisasse esquecer... Mas você precisa. E vai esquecer que me viu hoje, Kathy. Eu sou apenas uma lembrança do passado. Nada mais que isso. Eu amo você.  - a hipnotizei. Quando ela fechou os olhos, eu sumi da rua e fiquei em cima de uma arvore, observando-a.

- o que eu estou fazendo aqui? - ela sussurrou e fez o caminho de sua casa. Chorando baixinho, ao nosso modo, me escondi na mesma arvore de mais cedo, e fiquei a observar meus pais sentados em um balanço no quintal de casa. Pareciam tão apaixonados quanto antes. Assim como Edward e eu, eles se apaixonem um pouco mais a cada dia que passa.

- Bella está aqui. Posso senti-la. - mamãe sussurrou. Papai sorriu. Tentei controlar os soluços. Por um momento desejei que Edward estivesse comigo.

- ela sempre está aqui, meu amor. - papai sussurrou a ela. Sorri.

- papai... Mamãe... Eu sinto muito. Eu amo vocês. - sussurrei sabendo que eles não ouviriam.

- nós te amamos, Bella. - papai sussurrou entre lágrimas. Mamãe também chorava silenciosamente, com a cabeça deitado no ombro dele.

- onde quer que esteja, Bella. Sempre amamos e sempre vamos amar. - mamãe sussurrou. A pior sensação do mundo é querer chorar, e sentir como se as lágrimas estivessem presas dentro de você . Eu queria poder sentir os abraços, os beijos e os carinhos de meus pais. Mas eu não podia.

- se cuidem... - sussurrei e voltei correndo para casa.

Encontrei todos aflitos à minha espera, mas fui direto para os braços de Carlisle. Eu não conseguia pensar em mais nada, só queria sentir um pouco de calor paterno. Afundei meu rosto no peito de Carlisle e ele beijou meus cabelos, me abraçando apertado enquanto eu chorava desolada. Esme se aproximou e começou a afagar meus cabelos e meu braço. Ouvi-a chorar e Carlisle a puxou para nosso abraço.

O lugar onde eu estava naquele momento era tão certo quanto ser humana e sentar ao lado de meus pais verdadeiros. Aquela agora era minha familia. Eram meus pais, meus irmãos e meu marido. Era o meu lugar, era onde eu pertencia.

Depois de um tempo assim, Edward achou melhor que eu me isolasse um pouco. Não me fiz de rogada. Ele nos conduziu ao nosso quarto, deitamos na cama, deitei minha cabeça em seu peito e ele me abraçou.

- o que você viu? - Edward pediu.

- vi meus pais. Meus irmãos. Minha Kathy. Doeu deixá-los para trás novamente Edward. - sussurrei.

- você deveria ter me dito. - ele me repreendeu.

- você teria me deixado ir? - perguntei. Ele ficou calado. - eu precisava fazer isso, amor. Eu não conseguia viver meu presente, já que não consegui me livrar do assombro que o passado me trouxe. Por mais doloroso que tenha sido ir até lá, me sinto livre. Sinto que finalmente posso começar. - sussurrei.

- eu te amo, minha londrina. - ele sussurrou.

- eu te amo, Ed. - sussurrei e o beijei.

 Ali, depois de muito tempo, pude finalmente deixar o passado onde ele deveria ficar. No passado.

Fim da primeira temporada.