Vampire Diaries: Secrets. escrita por Benny


Capítulo 9
Hey, eu te amo tanto!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que curtam.



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“Por que você está aqui? Você está ouvindo? Você pode ouvir o que eu estou dizendo?”

Fallen – 30 Seconds To Mars


A casa estava vazia quando eu abri a porta e gritei pela tia Jenna, que obviamente deveria estar no hospital com Jeremy. Eu quase havia esquecido do meu irmão diante do que havia acontecido com Stefan mais cedo, e imediatamente me senti culpada por isso.

Eu não sabia o que pensar direito, e alguma coisa dentro de mim gritava que minha vida estava inteiramente prestes a desmoronar: tudo era surreal demais, havia Stefan, que eu não conseguia usar palavras pra descrevê-lo, e Jeremy se drogando. E Jensen.

Nesse momento meu celular vibrou no bolso detrás da minha calça, me livrando de pensar em coisas que não tinham solução, pelo menos por enquanto. O identificador de chamadas indicava que era Caroline ligando, o que me fez ficar muito mais aliviada.

– Alô? – falei, caminhando na direção da cozinha, abrindo a geladeira, e cacei alguma coisa pra comer. – Eu ia te ligar, não estou na diretoria. Vim direto pra casa.

– Elena, nós ficamos preocupadas. Procuramos você pela escola inteira, e essa é a terceira vez que te ligo. Não escutou o celular tocando?

Não, eu não havia escutado. Mas isso não me surpreendia.

– Desculpa, Car. Eu estou sendo uma péssima amiga ultimamente. – ela deve ter sentido meu tom depressivo, porque pareceu se acalmar.

– Não se preocupe, agente sabe que sua vida não está muito legal nos últimos dias. Somos suas amigas, e Bonnie está aqui dizendo que podemos matar o restante das aulas pra te fazer companhia.

– Oh, não precisa. – eu estava imensamente agradecida por tê-las como amigas. Mas eu nunca deixaria que elas perdessem aulas por mim, ainda mais estando tão próximos das provas finais. – Agente se vê mais tarde, acho que vou dormir um pouco.

– Tem certeza?

A proposta dela era tentadora, tudo que eu mais precisava era de companhia, mas eu não queria ser responsável por fazê-las perder aulas.

– Estou bem, Caroline. Vão pra aula. Vejo vocês mais tarde.

Assim que desliguei o celular, terminei de comer o sanduíche que eu havia preparado e subi pra o meu quarto. Inesperadamente eu realmente senti sono, e não havia mais nada nesse mundo que eu queria mais do que dormir.

Até que escutei o barulho, baixo e surpreendentemente suspeito. Vinha do primeiro andar, da porta dos fundos.

Levantei-me da cama, apurando meus ouvidos e prestando atenção no que poderia ser. Tateei meus bolsos em busca do celular, mas descobri, assustada, que eu o havia deixado na cozinha. Meu coração saltou no peito, e um arrepio de tensão percorreu meu corpo.

O barulho se repetiu, confirmando minha teoria de que vinha da porta dos fundos, e eu respirei fundo enquanto reunia coragem para ir ver o que estava acontecendo. Talvez fosse tia Jenna, que deveria ter esquecido as chaves. Ou talvez não fosse, talvez fosse Stefan.... Ou algo mais perigoso que Stefan.

Saí do quarto caminhando devagar, amaldiçoando as tábuas do assoalho que rangiam aos meus passos. De repente fez se silêncio lá embaixo, e eu imaginei que quem for que estivesse lá já sabia que eu também estava na casa. Parei também, tentando controlar o tremor das minhas pernas, que de repente pareciam fracas demais para sustentar meu próprio peso. Respirei fundo mais algumas vezes, lembrando todos os exercícios de relaxamento que eu havia aprendido nas aulas de ioga.

O barulho aumentou, e em seguida escutei o característico som de passos. Encontrando coragem, e sem pensar duas vezes, desci as escadas.

A sala estava vazia, e o caminho para a cozinha também. Olhei para os lados, desesperada para encontrar alguma coisa que eu pudesse usar como arma. Fosse lá quem fosse que tivesse invadido a minha casa, teria de brigar comigo.

Novamente o som de passos, que dessa vez pareciam assustadoramente próximos. Agarrei o gancho da lareira, sentindo a pessoa chegando mais perto a cada minuto, e me escondi atrás de uma planta. Fiquei parada, e assim que a sombra ficou visível, pulei à sua frente com o gancho a poucos centímetros do rosto de...

– JENSEN! – gritei, num misto de alívio e raiva. – Você me assustou.

– Me desculpa. – ele murmurou, parecendo não saber o que dizer. Imediatamente baixei minha arma improvisada. Engoli em seco, Jensen segurava um pequeno ramo de lírios brancos numa das mãos.

– Eu ia deixar isso no seu quarto. – ele afirmou, mostrando as flores. Mas não sabia que você estava em casa. – ele corou, novamente soando como se ele estivesse sem palavras. Tirou algumas mechas de cabelo dos olhos e chacoalhou uma chave na minha frente. – Você me deu uma cópia da porta dos fundos quando nós... Namorávamos.

De repente eu me senti tonta, inesperadamente sufocada por todas as lembranças que aquela simples palavra evocava. Minha vida emocional estava em pedaços ultimamente, e qualquer coisa me faria chorar. Mas forcei-me a não derramar nenhuma lágrima na frente dele.

– Obrigada pelas flores, - agradeci, recebendo os lírios com certa tristeza. – mas não entendi o motivo delas.

– Hã... Eu sei que tivemos dezenas de conversas como esta antes. Mas eu só queria deixar claro que o que aconteceu comigo e com aquela garota foi completamente inesperado, foi loucura. Não era eu. – ele mexeu as pesadas botas escuras, que faziam um barulho alto demais no assoalho de madeira, e fitou-me com seus desconcertando olhos azuis. – Eu nunca seria capaz de te magoar.

Nunca seria capaz de te magoar. Era quase engraçado como aquelas palavras ecoavam em minha mente, como se eu ainda não conseguisse distingui-las direito.

– Eu vi, Jensen. E não te culpo mais por isso, só acho que você deveria ter terminado comigo antes. Eu entenderia. De verdade.

Ele respirou fundo, tirando novamente mais algumas mechas de cabelo do rosto e me olhando com uma fisionomia angustiada e extremamente triste.

– Eu te amo muito, Elena. Tanto que não consigo verbalizar em palavras.

– Obrigada pelas flores, são minhas prediletas. Mas agora você precisa sair, eu quero dormir antes que Caroline e Bonnie cheguem.

Ele virou-se, caminhando na direção da porta da frente. Eu entrei na sua frente e abri a porta para que ele pudesse sair.

– Tome. – disse, tirando um pequeno envelope cinza do bolso da calça. – É um convite para o show da minha banda sexta-feira. Eu adoraria que você fosse.

– Obrigada novamente. – eu nunca fiz tanto esforço para não chorar em toda minha vida. Eu imaginei que eu fosse explodir de tristeza. – Agora tchau, Jensen.

Assim que ele saiu eu deixei as lágrimas rolarem sem impedimento nenhum. Eu queria morrer naquele momento, minha vida estava de pernas pro ar. Nada mais fazia sentido, e eu não consegui imaginar como faria para melhorar aquilo tudo.

Nesse momento meu celular tocou, o som ecoando assustador na casa vazia e silenciosa. Corri até a cozinha e, assim que olhei o identificador de chamadas bloqueado, um outro arrepio de medo percorreu minha espinha.

Era outra mensagem de texto, tão ou mais assustadora do que a outra. Assim que terminei de ler pela quarta vez seguida, tive a certeza de que eu e Jensen estávamos sendo observados.

Show de rock and roll na sexta? Uau, eu realmente não posso perder.

Assinado: Eu sei de tudo


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Notas finais do capítulo

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