Vampire Diaries: Secrets. escrita por Benny


Capítulo 16
Adeus.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem e deixem reviews.



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“Porque nada dura para sempre. E nós dois sabemos que os corações podem mudar. E é difícil segurar uma vela na chuva fria de novembro.”

November Rain – Guns n’ Roses

Os policiais ficaram entrando e saindo da minha casa a noite toda, interrogando-me sobre todos os detalhes e buscando pistas no meu quarto sobre quem deveria ter feito aquilo. Caroline e Bonnie ficaram ao meu lado durante todo esse tempo, e eu me segurei para não contar tudo à polícia sobre as mensagens de texto, mas fiquei em silêncio, ainda não sabia como explicar aquilo tudo nem pra mim mesma.

– Oh, isso tudo é tão terrível. – falou tia Jenna, finalmente sentando um pouco. Seu rosto estava abatido e seus olhos inchados, como se tivesse acabado de chorar. Eu me senti pior ainda, como se vê-la assim fosse culpa minha. – Você tem idéia de quem possa ter feito aquilo no seu quarto, Elena?

Engoli em seco, milhares de pensamentos correndo desesperadamente pela minha cabeça. Eu lhe diria a verdade?

– Não sei, tia. Eu acho que não tenho nenhum inimigo, pelo menos nenhum que seja capaz de fazer aquilo no meu quarto.

Alguns policiais desceram do segundo andar com mais alguns pertences meus lacrados dentro de sacos plásticos transparentes.

– Precisamos levar estes para a perícia investigar se há alguma pista sobre o responsável por esse vandalismo. – falou o policial mais próximo de mim, que parecia estar realmente compadecido com toda aquela confusão instalada ali. – Fique tranqüila, Elena. Vamos deixar uma viatura em frente à casa durante toda a noite. Seja quem for que tenha feito isso não voltará a assustá-la.

Obriguei-me a dar um sorriso, e murmurei um obrigado. Em seguida o policial e seus outros ajudantes se retiraram.

– Sabem, acho que eu preciso de várias doses de calmantes. – falou tia Jenna, levantando-se da cadeira e caminhando na direção da escada que levava ao segundo andar. – O que eu preciso é de algumas boas horas de sono.

– O que foi isso? – exclamou Caroline, assim que minha tia sumiu de vista. – Quem pode ser extremamente louco ao ponto de lhe enviar essas mensagens de texto? Oh, meu Deus, Elena. Invadiram seu quarto!

Revirei os olhos, Caroline parecia estar tornando aquilo tudo mais difícil do que já era.

– Bonnie, Car, vocês poderiam dormir comigo hoje? Só por essa noite.

– É claro, Elena. – Bonnie respondeu, me abraçando. – Somos suas amigas, estaremos aqui sempre que precisar.

Eu me sentia agradecida, só Deus poderia dizer o quanto. Mas de repente eu quis saber a opinião delas.

– Quem vocês acham que pode estar enviando essas mensagens? Aparentemente quem for está constantemente me vigiando. O que não parece trabalho de um... Alguém...

Foi Bonnie que me poupou do trabalho de afirmar o que nós três vínhamos tentando esquecer desde nossa “brincadeira” com o tabuleiro de Ouija.

– Alguém humano? E isso que você quer dizer? Acha que alguém humano não pode estar 24 horas atrás de você?

Afirmei com um leve aceno de cabeça. Caroline estremeceu.

– Você acha que Stefan pode estar por trás disso? Afinal, ele é um vampiro, não é?

O silêncio que nos rodeou foi extremamente opressor, e de repente a verdade de que Stefan Salvatore não era humano. Que ele era alguma coisa que superava os limites do possível, algo perigoso, assustou a nós três.

– Além do que, Elena. Se Stefan é um vampiro, eu duvido que exista somente ele.

Caroline pulou da cadeira onde estava sentada e olhou para Bonnie como se o mundo estivesse prestes a desabar.

– Mais vampiros? É isso? Estamos cercadas de vampiros?

– Ora, Caroline. Pense bem, vampiros são a lenda mais antiga de Mystic Falls. Há registros de que eles vêem desde a fundação da cidade.

– Você acha que podemos encontrar alguma coisa sobre os Salvatore nos registros das Famílias Fundadoras? Podemos ir até a biblioteca pesquisar, há os diários de Jonathan Gilbert...

Mas de repente a campanhia tocou, nos fazendo silenciar novamente. Olhei para o relógio sobre a parede e me assustei com as horas: 1:15 da manhã, quem estaria tocando a campanhia da minha casa à essa hora da madrugada?

A voz de Bonnie novamente quebrou o silêncio.

– Não se preocupe, há um carro de polícia lá em frente. Seja quem for, não deve ser perigoso.

Isso me acalmou um pouco, mas não o bastante para meu coração saltar dentro do peito. Deixei as duas na cozinha e fui até a sala atender a porta. E alguns segundos antes de eu abrir a porta e dar de cara com meu visitante inesperado, eu já sabia de quem se tratava.

– Stefan? – indaguei, ainda assim surpresa. – O que você está fazendo aqui?

Ele usava uma calça jeans escura e blusa de manga comprida bege. Parecia tão ou mais sedutor durante a luz da lua, mas eu permaneci parada dentro da minha casa. Se as lendas fossem verdade, ele não poderia me atacar assim.

– Eu vim saber se você estava bem. – suas palavras saíram todas de uma vez, como se ele estivesse ensaiado aquele discurso algum tempo antes. Seus olhos pareciam tristes e sua pele continuava mais pálida do que o normal, era quase como se ele estivesse doente, se isso fosse possível. – Soube do que aconteceu com seu irmão e que alguém invadiu seu quarto. Está tudo bem? Precisa de alguma coisa?

Eu estranhei aquilo tudo, Stefan parecia prestativo demais. E se eu não o conhecesse de verdade, diria que parecia realmente.... Preocupado comigo.

– Estou bem, Stefan. Seja quem for que tenha invadido meu quarto, a polícia está investigando e vai encontrá-lo.

– Gostaria de conversar com você, Elena. Me convida para entrar?

Enrijeci, sentindo um calafrio em minha espinha e cada músculo do meu corpo parecia estar prestes a desmoronar. Olhei para Stefan, que não parecia saber que eu já tinha conhecimento do que ele era de verdade: porque ele ainda mantinha a pose de adolescente normal paquerando sua colega de escola.

– Desculpa, Stefan. – neguei, involuntariamente me afastando alguns passos para trás. Ele permaneceu parado, sem conseguir se aproximar mais. – Mas está tarde, e eu gostaria de dormir um pouco. Minha vida está uma loucura, e preciso mesmo de algumas horas de sono.

– Oh, claro. – ele afirmou, parecendo cada vez mais abatido. Seus olhos percorreram toda a porta, e em seguida sorriu para mim. – Podemos conversar qualquer outra hora, eu voltarei.

– Na verdade, me desculpa Stefan. Mas acho que não temos mais nada para conversar. E no fundo você sabe disso. Seja lá o que for que esteja começando entre a gente, é melhor pararmos por aqui. Não volte a me procurar. Por favor.

Meu coração pareceu estar sendo esmagado, sem piedade, por uma mão de ferro. Evitei olhar para Stefan, e respirei fundo antes de dizer minhas últimas palavras.

– Eu sei de tudo, Stefan. Sei o que você é, e somos muito diferentes para darmos certo. Eu nunca vou convidá-lo a entrar na minha vida, porque eu não preciso de mais problemas. Tente entender isso. Adeus.

E então, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas, eu fechei a porta.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. :) E deixem reviews.



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