Aquela tinha sido a noite mais feliz da minha vida, ao menos foi o que pensei antes de me espreguiçar e encontrar a cama vazia, na mesma hora abri os olhos assustada.

A Sala Precisa ainda estava do mesmo jeito. O quarto ainda parecia brilhar, e a lareira ainda queimava os últimos tocos de madeira, a cama estava toda revirada, mas alguma coisa faltava.

Ele faltava.

Procurei desesperada por algum bilhete, qualquer coisa que me contasse o que tinha acontecido. Nada. Me vesti atordoada, ainda acreditando que alguma coisa tinha haver alguma explicação racional diferente da obvia afirmação: Abandono.

Tentei falar com ele diversas vezes durante o dia, mas sequer recebi um misero olhar, parecia muito ocupado conversando com seus amiguinhos bem relacionados e de boa família para prestar atenção em mim.

Segurei o choro durante todo o dia, mas quando a noite caiu, fechei as cortinas em volta da minha cama e permiti que as lágrimas caíssem continua e silenciosamente, quem ele pensava que era pra me dizer tudo aquilo de noite e no outro dia fingir que eu não existo.

Argh como eu o odeio!